quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Energia solar dentro dos olhos para recuperar a visão


A cegueira é uma doença irreversível ( com excepção de alguns casos pontuais muito específicos) que implica a perda total ou parcial da visão. A medicina tem dado passos gigantescos para preveni-la e trata-la. Está neste caso uma das últimas tecnologias que nos apresenta uma excelente e engenhosa solução: minicélulas fotovoltaicas para recuperar a visão.
Investigadores da Universidade de Stanford anunciaram recentemente o desenvolvimento de um novo implante de retina artificial que usa o poder fotovotaico e pode ajudar os cegos a verem.

Esta invenção tecnológica consiste na colocação de implantes atrás da retina, os quais recebem energia solar que irá activar um mecanismo altamente avançado que permitirá aos pacientes verem como qualquer pessoa com visão normal.

O dispositivo é colocado por detrás da retina e consiste em uma videocâmara que capta as imagens num PC que processa os dados e um LCD de infravermelhos que transmite luz infravermelha ao dispositivo fotovoltaico no interior do olho. A luz produz electricidade dentro dele, que transmitirá dados através dos nervos oculares até ao cérebro. Neste serão processadas as imagens.

O implante mede três milímetros e tem uma espessura de 0.03 milímetros e inclue três camadas de células fotovoltaicas flexíveis. O sistema é capaz de produzir imagens suficientemente claras como para reconhecer rostos e ler cartazes de publicidade nas ruas.
Imagens e notícia em:
http://www.inhabitat.com/2009/12/29/mini-photovoltaic-device-give-sight-to-the-blind/

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Criado peixe transparente ideal para estudar sem dissecar


Peixinho-dourado transparente permite a cientistas verem os órgãos internos e a corrente sanguínea

Peixe-dourado transparente criado por Japoneses-APF

Um grupo cientistas japoneses da Universidade de Mie apresentou uma nova criação: um peixe transparente ideal para experiências científicas.

Como não tem pigmentação, os investigadores podem estudar o funcionamento dos seus órgãos internos e a circulação sanguínea sem recorrer à dissecação. A criação foi apresentada na reunião anual da Sociedade de Biologia Molecular do Japão.
Tendo em conta que cada peixe produz vários milhões de ovos cada vez que se reproduz, os cientistas acreditam que o peixinho dourado se converterá num modelo animal muito útil para a realização de toda a espécie de estudos sobre o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos internos e do sangue. Também é esperado que possa servir como ferramenta educativa nas aulas experimentais de ciências, onde os alunos poderão analisar o interior dos animais sem ter que os dissecar.
Este animal não é resultado de experiências transgénicas, mas sim do cruzamento entre carpas-douradas (Carassius auratus auratus), os vulgares peixinhos de aquário, efectuado ao longo de três anos.


Há já vários anos que uma versão transparente dos peixes-zebra (Danio rerio) é utilizada em experiências científicas. No entanto, o uso destes animais é limitado, isto porque são muito pequenos (não passam os cinco centímetros) e leves (pesam apenas três gramas).

Os peixes agora criados no Japão podem chegar aos 25 centímetros e a pesar mais de dois quilogramas. Além disso, vivem até aos 20 anos.

O investigador Yutaka Tamaru explica que as escamas e a pele do peixe não têm pigmentação, o que permite ver perfeitamente o coração, o cérebro, o funcionamento dos órgãos e da corrente sanguínea, bem como todo o seu desenvolvimento à medida que vai crescendo.
A criação destes peixes transparentes é uma óptima notícia para os defensores dos animais, já que oferece uma alternativa às sempre polémicas dissecações que se costumam realizar nas experimentação cientifica.
Fonte da notícia: elmundo.es

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Projecto quer salvar a ovelha churra de extinção


Imagens de David Barroso retiradas daqui
A Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco está a tentar dar uma nova vida à raça de ovelhas Churra do Campo, que deu fama à carne de borrego e ao queijo da Beira Baixa, mas que actualmente está ameaçada de extinção.
Actualmente estão cadastradas 203 ovelhas Churras do Campo, 35 das quais propriedade da ESA de Castelo Branco. A escola agrária está agora empenhada em garantir a reprodução dos animais, ao mesmo tempo que estuda as características da carne e do leite no sentido de potenciar o seu uso em produtos comerciáveis.
O projecto de recuperação e preservação da ovelha Churra do Campo faz parte do programa Rotas da Transumância e garantiu o apoio financeiro do fundo comunitário INTERREG. Para além da ESA o projecto inclui os municípios onde a Churra do Campo tinha implantação: Penamacor, Idanha-a-Nova e Fundão.
Entre os municípios Penamacor assume a parte de leão do projecto, tendo conseguido a recuperação de alguns animais dispersos, rigorosamente seleccionados pelos investigadores da ESA para se garantir a preservação da raça genuína. Para além das ovelhas existentes da ESA as demais ovelhas recuperadas estão por conta da Câmara Municipal de Penamacor, que conta também com a colaboração da Cooperativa Agrícola da Meimoa (Meimoacoop).
A ovelha Churra do Campo, com cujo leite se produziam os famosos queijos da Beira Baixa, caracteriza-se por ter uma estatura pequena. De cor branca, a lã só não cobre parte da cabeça e a extremidade livre dos membros, quase chegando ao solo na época da tosquia. É ainda uma sua característica a cabeça pequena, deslanada, mas com lã na fronte e ganachas, cornos raros nas fêmeas e frequentes nos machos, olhos grandes e orelhas curtas e horizontais.
A ovelha do «Campo» (era assim que o povo designa as terras da raia da Beira Baixa) foi sendo substituída por outras raças mais produtivas, o que a fez dispersar e desaparecer das explorações agrícolas da região. Porém, foi com a ovelha churra que se tornou famosa a carne de borrego e os queijos da Beira Baixa. Daí a importância da recuperação desta espécie ovina, pois assim poderá voltar a garantir-se a genuinidade de alguns produtos regionais além da premissa básica de que se deve “entregar às gerações futuras o património genético” recebido dos antepassados como afirmou Moitinho Rodrigues, director da ESA.
Fonte da Notícia: cienciahoje.pt

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Peixes dos corais mais agressivos, a culpa é do aquecimento global

Peixes dos corais sofrem alterações de personalidade devido ao aquecimento da água
Cientistas preocupados com os efeitos do aumento da temperatura

Temperatura da água afecta os peixes dos corais. Os peixes que habitam nos recifes de corais podem vir a sofrer bastantes alterações de personalidade devido às mudanças climáticas. Um estudo da Universidade da Nova Gales do Sul, Austrália, indica que correm o risco de se tornarem mais agressivos. Os resultados publicados no «Proceedings of the Royal Society B» revelam que um ligeiro aumento de temperatura da água, aproximadamente de dois graus, faz com que os peixes fiquem 30 vezes mais agressivos e activos. O metabolismo destes animais acelera rapidamente com o aumento da temperatura.
Já se sabia que em ambientes controlados – como os aquários – os peixes aumentam a sua actividade, aumentando, por exemplo, o acasalamento. Mas em meio natural isso também se verifica. Este aumento torna também os peixes mais chamativos. “Um peixe que nada sozinho e é muito activo será mais visível para um predador do que um peixe mais tranquilo”, explica Peter Biro, um dos autores do estudo.
A ideia de que o peixe pode ter personalidade parece um pouco excêntrica, admite o investigador, mas é muito importante para se tentar perceber como os animais respondem aos desafios ambientais. Até agora, os cientistas não sabem quais serão os efeitos de longo prazo da mudança climática nos corais, mas admitem que também é possível que algumas espécies se consigam adaptar bem às novas condições do mar.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Descoberta SUPERTERRA parecida com a NOSSA TERRA

Foto retirada daqui

Um grupo de astrônomos do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, nos Estados Unidos, descobriu um planeta com uma massa seis vezes maior que a da Terra e que pode ter 75% de sua superfície coberta de água, além de uma atmosfera gasosa. A descoberta do planeta, que é um dos que mais se parece com o nosso até então, foi publicada nesta quinta-feira pela revista Nature. A sua descoberta, representa "um grande passo à frente" na procura de mundos semelhantes à Terra, referiu Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia.


A "Super-Terra", nome dado ao planeta baptizado de GJ 1214b, está a 42 anos-luz de distância num outro sistema solar. A sua proximidade torna possível estudá-lo a ponto de determinar sua atmosfera, informaram os cientistas. "Isso faria desse planeta a primeira 'Super-Terra' com atmosfera confirmada - mesmo que esta atmosfera não seja boa para a vida como a conhecemos", explicou David Charbonneau, que coordenou a equipa de pesquisa.

O GJ 1214b tem uma órbita de 38 horas em torno de uma estrela pequena e fraca, com cerca de um quinto do tamanho do Sol. A temperatura do novo planeta, no entanto, é muito alta para abrigar formas de vida como as terrestres, já que os cientistas calculam que ela ronda os 2o0 graus Celsius.

A maior semelhança com a Terra está na densidade, apontam os cientistas. As descobertas até agora sugerem que o planeta recém descoberto é composto por cerca de três quartos de água e gelo e um quarto de rocha. "Apesar de sua temperatura alta, este parece ser um mundo de água", disse Zachory Berta, estudante que primeiro identificou dados sobre a presença do planeta.

"É muito menor, mais frio e mais parecido com a Terra do que qualquer outro exoplaneta", referiu Berta. Exoplaneta ou planeta extra-solar é qualquer um localizado fora do nosso Sistema Solar. Berta explicou que parte da água da "Super-Terra" provavelmente está no estado cristalino, o qual existe em ambientes com pressão atmosférica pelo menos 20 mil vezes superior à encontrada ao nível do mar no nosso planeta.
Podes ler mais sobre a notícia nos links:
http://www.ccvalg.pt/
Nature (requer subscrição)
Universe Today
SPACE.com
New Scientist
National Geographic
PHYSORG.com
Wired
MSNBC
BBC News
Scientific American

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Uma Nova Espécie de Búzio Descoberta na Costa Algarvia

Fusinus albacarinoides é o nome de uma nova espécie descoberta no Algarve.

O biólogo Carlos Afonso, do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR), identificou este búzio (gastrópode) caracterizado por possuir uma concha castanha-avermelhadae ter 20 milímetros de comprimento e oito de diâmetro.

A espécie vive agarrada a rochas em profundidades superiores a 14 metros. O investigador descobriu a espécie no decorrer de mergulhos de recenseamento dos invertebrados marinhos entre a Oura e a Praia da Marinha.

A investigação decorreu no âmbito do projecto RENSUB - «Cartografia das comunidades marinhas da costa Algarvia dos zero aos 30 metros de profundidade», levado a cabo pelo CCMAR e financiado pela Administração da Região Hidrográfica do Algarve.

O género Fusinus, ao qual pertence a nova espécie, é da família Fasciolariidae, um grande grupo de moluscos gastrópodes carnívoros que se alimentam principalmente de poliquetas, vermes aquáticos.

Possuem dimensões que variam entre poucos milímetros e 38 centímetros de comprimento. São espécies não comerciais, não comestíveis, não estão sob ameaça ecológica e não têm estatuto de protecção.

Encontram-se distribuídas pelos mares tropicais e subtropicais. No Mediterrâneo, o género encontra-se representado com 15 espécies reconhecidas, no entanto, até à data, na região geográfica do Algarve apenas três espécies foram confirmadas.
Notícia em cienciahoje.pt e também em http://www.regiao-sul.pt/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AVATAR-o filme sensação, em 3D


O filme «Avatar», um prodígio da tecnologia que o realizador James Cameron esperou quinze anos para fazer, vai estrear no dia 17 deste mês em quase 90 salas de cinema portuguesas, a maioria com projecção em três dimensões (3D). De acordo com a distribuidora Castello Lopes, 50 salas serão de projecção a 3D e as restantes 32 de exibição tradicional, em película de 35 milímetros.
«Avatar», cuja antestreia se realizou ontem em Londres, é apontado como a grande sensação do cinema em 3D, com recurso à mais recente tecnologia e efeitos especiais, aperfeiçoando no grande ecrã a combinação de actores reais com personagens animadas.

James Cameron pensou na história em 1995, ainda antes de estrear «Titanic», mas só retomou o projecto há quatro anos, quando tinha todas as ferramentas tecnológicas para o concretizar. Uma das novas técnicas utilizadas é o reconhecimento facial, que capta, em computador, as expressões dos actores, incluindo o movimento dos olhos, para posterior reprodução em animação.

O filme conta no elenco com Sigourney Weaver, Sam Worthington, Michelle Rodriguez e Zoe Saldana.

Em Londres, o realizador sublinhou que por detrás de todas as cenas de acção, aventura e guerra, apesar dos efeitos especiais e aparato tecnológico, «Avatar» conta uma "emotiva história de amor".

O filme passa-se em 2154, quando os humanos descobrem um valioso mineral num novo planeta, Pandora, habitado pelos Na´vi. Para entrarem no planeta, os humanos criam avatares, seres híbridos com DNA Na´vi, para extrair aquele mineral.
A história centra-se em Jake Sully, um militar norte-americano que, através do seu avatar, ficará dividido entre dois mundos, entre duas culturas, em conflito entre si.

James Cameron sublinhou que " há referências indirectas à guerra no Vietname, aos atentados de 11 de Setembro, à forma como tratamos o ambiente, o sentimento de pertença a uma comunidade".

A estreia comercial está a ser acompanhada com expectativa pela indústria cinematográfica. Há quem defenda que o sucesso, ou fracasso, do filme será relevante para futuros investimentos na tecnologia e no 3D. «Avatar» será também, em breve, lançado para PlayStation3, Wii, Xbox360, DS e PSP.

O último êxito de James Cameron, «Titanic», foi o filme mais lucrativo e premiado de sempre da história do cinema, com 11 Óscares e 1,2 mil milhões de euros de receita.
Imagem e notícia em cienciahoje.pt

sábado, 12 de dezembro de 2009

Menino ou menina? A guerra dos sexos trava-se desde o inicio nos ovários e as armas são os genes.

Se um bebé é menino ou menina, depende do cromossoma Y, que transporta o espermatozóide do pai que fertilizou o óvulo da mãe. Esta é a resposta que conhecemos, agora uma investigação veio mostrar que o processo responsável pelo desenvolvimento do sexo do bébé é mais complexo. Já se sabia que o embrião tinha de desencadear uma guerra hormonal para se tornar macho; agora, uma equipa de cientistas europeus descobriu que mesmo nos ovários de fêmeas adultas decorre uma guerra para que estes não se transformem em testículos.
À esquerda, tecidos normais de ovário de fêmea de rato adulta, com imagem aumentada de células normais; à direita, o que acontece quando gene FOXL2 foi silenciado e o ovário começou a produzir células de Sertoli .
Foto: Treier/EMBL
Nos humanos, o sexo é determinado pelos cromossomas: as mulheres têm dois X, e os homens têm um X e um Y. Enquanto o X é enorme, o Y é pequenino, apresenta poucos genes mas possui um fundamental, chamado SRY. Este é responsável por desencadear o desenvolvimento dos testículos, ao activar um outro gene, chamado SOX9, que faz com que se desenvolvam testículos no embrião em vez dos ovários que seriam o seu destino, se o SRY não entrasse em acção. Por isso, existia a ideia de que o embrião era feminino por defeito.

O trabalho publicado na revista Cell esta semana, coordenado por Mathias Treier, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, mostra que, nos adultos, é o caminho para se transformar num macho que tem de ser constantemente contrariado pelas fêmeas.
Esta descoberta pode ter importantes implicações para a medicina reprodutiva. Podem ajudar no tratamento de desordens do foro sexual em crianças bem como compreender os efeitos masculinizantes da menopausa em algumas mulheres.
Mas em termos de ciência básica, além de descobrir os mistérios fundamentais da vida, há ainda outro ponto muito interessante nesta descoberta: o gene que mantém o SOX9 inactivo, para que os ovários continuem a funcionar, não fica no cromossoma X e muito menos no Y: fica no cromossoma três, chama-se FOXL2 e não está activo apenas durante o desenvolvimento embrionário. É também produzido em grande quantidade durante a idade adulta e actua com receptores de estrogénio à superfície das células do ovário para reprimir a acção do SOX9.

Em experiências feitas em ratinhos, se a acção do FOXL2 for inibida, os ovários começam a produzir linhagens celulares típicas dos testículos, como as de Sertoli e de Leydig, e a produzir testosterona. “Como o yin e o yang, o FOXL2 e o SOX9 opõem-se à acção um do outro para garantir o estabelecimento e manutenção dos diferentes tipos celulares femininos e masculinos”, diz Treier, citado pela Cell.

Site do estudo http://www.cell.com/fulltext/S0092-8674(09)01433-0?large_figure=true
notíca aqui e também em
http://www.es.globaltalentfcri.com/articles/1654/Descubren-el-gen-femenino.html

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mãe, porque as bananas tem pintas pretas?



A maioria de nós gostamos de bananas. Além de apresentar uma cor amarela bem característica, as bananas têm uma outra característica que está presente em quase todos os exemplares: as manchas negras. Estas contrastam com a cor amarela própia dos pigmentos da fruta, e evidenciam um dos processos mais comuns em qualquer organismo vivo: a sua morte.
As manchas negras da banana não são mais do que células mortas da fruta, as quais vão crescendo de tamanho com o passar dos dias, evidenciando a morte do fruto. Todos se lembram de já ter reparado que as bananas quando amadurecem demais, vão perdendo a sua coloração original, adquirindo na sua totalidade a cor preta.
O cientista Bernhard Kräutler da Universidade de InnsbrucK na Austria decidiu investigar o processo. Para isso aplicou uma velha e conhecida técnica que neste caso mostrou ser muito eficaz : os raios UV.
Na fotografia que aparece encima, podemos apreciar as manchas da banana rodeadas de um círculo de luz mais azulada que o resto. Esta zona está reflectindo células que estão em pleno processo de morte, o que permite aos cientistas analisar este processo em tempo real.
Fonte da notícia:
http://www.ojocientifico.com/

domingo, 6 de dezembro de 2009

Resolvido mistério da forma da cabeça dos tubarões martelo

Uma investigação publicada este mês no "'The Journal of Experimental Biology" veio resolver um dos mistérios que envolvia estes tubarões desde há duzentos anos: Porque a sua cabeça tem forma de martelo?
Cientistas da Universidade da Florida Atlantica demonstraram que a cabeça em forma de martelo permite aos tubarões ter uma extraordinária visão-como se tivessem prismas binoculares conseguindo assim ver numa perspectiva de 360º.

A visão prismática funciona quando os campos dos dois olhos se sobrepõem, permitindo uma correcta percepção da profundidade e distância. Este tipo de visão é especialmente importante para os animais depredadores, que necessitam calcular a distância a que se encontram as suas presas.
Os resultados surpreenderam os investigadores, que não estavam à espera que os tubarões tivessem este tipo de visão. O estudo confirmou ainda que a visão poderá ter tido um importantíssimo papel na evolução de um dos habitantes mais fascinantes dos oceanos.

Fonte da notícia: Elmundo.es

sábado, 5 de dezembro de 2009

ADN revela proveniência geográfica das barbatanas dos tubarões martelo usadas na célebre sopa



A sopa de barbatana de tubarão é como sabem um dos pratos mais apreciados na China. Para satisfazer a enorme procura, todos os anos morrem milhões de tubarões nos oceanos já que habitualmente os pescadores apenas retiram as barbatanas aos tubarões, lançando-os de seguida ainda vivos no mar.

Através de uma técnica cientistas dos Estados Unidos poderão a partir do ADN saber a origem das barbatanas dos tubarões que se vendem no mercado e desta forma descobrir quais as regiões do oceano onde a população de tubarões corre perigo. Até ao momento era impossível determinar quais as zonas de maior ameaça para os tubarões por causa daquele tipo de comercio. Agora amostras de ADN permitem averiguar quais as zonas do oceano onde se encontram as populações de tubarões em perigo devido a pesca. Um estudo publicado nesta terça feira 'Endangered Species Research', reforça a necessidade de proteger os tubarões martelo de uma caça indiscriminada , tema a ser tratado na próxima convenção do comerçio internacional de espécies em perigo (CITES) que se celebrará em Qatar em Março de 2010.
Demian Chapman, um dos autores da investigação, disse que a prova do ADN na barbatana permite identificar não só a espécie a que pertence mas também a sua origem geográfica: "Podemos determinar quais as zonas onde se comercializam mais tubarões e avaliar se a pescas que se realiza em determinadas regiões é sustentável. Se estão pescando demasiados exemplares poder-se-ía reduzir a captura dos animais nessa zona até que a espécie recupere", afirmou.
Económicamente resulta muito mais rentavel vender só as barbatanas dos tubarões pelo que muitos dos pescadores optam por rejeitar o resto do corpo dos animais. Assim, dispoêm de mais espaço nas suas embarcações para transportar uma muito maior quantidade de barbatanas. Um quilo de barbatana de tubarão pode alcançar nos mercados os 100 dólares ( cerca de 70 euros).
Graças à técnica do ADN idealizada pelo Instituto Guy Harvey e pelas universidades Nova Southeastern e Stony Brook de Nueva York, poder-se-á conhecer donde vêm os tubarões, o que permitirá desenvolver esforços para repovoar as zonas mais ameaçadas.

Os investigadores analisaram o ADN de 62 barbatanas de tubarão da especie 'Sphyrna lewini'- provenientes do mercado de Hong Kong mediante un método conhecido como 'identificación de reservas genéticas' (GSI, em inglés). Ainda que este estudo tenha sido feito com tubarões martelo os investigadores também identificaram outras espécies de tubarões. Esta técnica já foi usada em peixes tartarugas e mamíferos mas esta é a primeira vez que é usada em tubarões.

Chapman e seus investigadoresdores colheram amostras de tecido de 62 barbatanas de tubarão-martelo no Mercado de Hong Kong; A equipa monitorou uma seqüência de DNA de uma parte específica do genoma do tubarão e comparou-a a um "mapa" de sequencias de DNA de tubarões-martelo retiradas de pesquisas globais.
Os resultados mostraram que 57 das 62 barbatanas obtidas do mercado de Hong Kong tinha vindo de tubarões tanto do Oceano Atlântico, quanto do Oceano Índico-Pacífico.
Vinte e um por cento dessas 57 barbatanas de tubarões tinha origem no oeste do Atlântico, incluindo o Golfo do México e a costa atlântica da América do Norte, além do sul do Brasil.
Essas populações são consideradas ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Encontrar tantos tubarões em águas empobrecidas do Atlântico ocidental surpreendeu a equipa dos investigadores, disse Chapman, porque comprova que a sobrepesca é ainda um problema na região.
Calcula-se que cerca de 73 milhões de tubarões morrem em cada ano. Destes à volta de três milhões são tubarões martelo.
Fonte da notícia: Elmundo.es e também
http://news.nationalgeographic.com/news/2009/12/091203-sharks-fins-soup-dna.html

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Microrobôs preparam-se para campeonato mundial

Este é um dos microrobôs participantes da competição de 2009, colocado ao lado de uma mosca da fruta para que se tenha uma ideia das suas dimensões. [Imagem: ETH Zurich]

Jogadores invisíveis
Em Maio de 2010, o frio do Alasca não será problema para os microscópios robôs jogadores de futebol que participarão do 2010 Mobile Microrobotics Challenge. As inscrições para o evento acabam de ser abertas.
Microrobôs de competição
Se numa Copa do Mundo estão reunidos os mais talentosos jogadores de futebol de todo o mundo, no desafio mundial de microrobótica estarão presentes os "jogadores" tecnologicamente mais avançados, desenvolvidos por cientistas e engenheiros dedicados à criação e operação de robôs úteis cujas dimensões são medidas em micrómetros - 1 micrómetro equivale a 1 milionésimo de metro.
Enquanto as partidas são assistidas através de microscópios, os microrobôs são comandados por controle remoto e movem-se em resposta a campos magnéticos variáveis ou a sinais eléctricos transmitidos ao longo de um "campo de relva artificial" que é, na verdade, um chip de silício.
Os microrobôs têm algumas dezenas de micrómetros de largura por algumas centenas de micrómetros de comprimento, alcançando massas na ordem dos nanogramas - 1 nanograma equivale a 1 milionésimo de grama.
Os minúsculos jogadores são fabricados de materiais como alumínio, níquel, ouro, cromo e, claro, silício.
Competição de microrobôs
O campeonato mundial de microrobôs é organizado pelo NIST, o instituto de medidas e padrões dos Estados Unidos, que também organiza as competições RoboCup.
Apesar dos organizadores referirem-se sempre a "nanosoccer" - "soccer" é a designação norte-americana para futebol - a competição não tem semelhanças com o futebol, não havendo nem mesmo equipas.
A competição consiste em três desafios: 1) uma corrida de velocidade em uma pista de 2 milímetros de comprimento; 2) uma tarefa de montagem, na qual os competidores devem inserir bastões em buracos predeterminados; e 3) uma competição de estilo livre, na qual cada equipa escolhe uma tarefa para o seu robô que enfatize um ou mais de seus pontos fortes.
Tarefas de interesse prático
O objectivo da competição é avaliar a agilidade, a capacidade de manobra, a resposta ao controle do computador e a capacidade de movimentar objectos - todas características que os futuros microrobôs precisarão para desempenhar tarefas como microcirurgias no interior do corpo humano ou para a fabricação de minúsculos componentes para equipamentos eletrónicos microscópios
Notícia em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Melhor pigmento azul da história é descoberto por acaso


Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e melhores para o ambiente do que todos os que existem ou já foram usados no passado. [Imagem: Subramanian Research Group].

Riscos dos pigmentos azuis
Para quem vive num planeta azul, pode parecer estranho saber que fabricar tintas azuis possa ser um problema.
O facto é que os pigmentos azuis têm-se mostrado problemáticos - o azul cobalto, criado em França no início do século 19, pode ser carcinogênico; o azul da Prússia liberta o venenoso cianeto; e outros pigmentos azuis não são estáveis quando expostos ao calor ou a ambientes ácidos.
Desde a antiguidade, que vários povos como os egípcios, chineses, e até os maias, sonham com a descoberta de compostos inorgânicos que possam ser usados para tingir os objectos de azul. Mas os sucessos não têm sido muito dignos de serem chamados assim.
Descoberta por acaso
Agora, por um mero acaso, investigadores da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, descobriram uma família de compostos de manganês que pode pôr um fim nessa procura milenar.
Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e deverão gerar novos pigmentos azuis mais amigos do ambiente do que todos os que existem ou já foram usados no passado.
Os testes demonstraram que os novos pigmentos azuis suportam temperaturas extremamente elevadas e não descoram mesmo depois de uma semana mergulhados em uma solução ácida.
"Basicamente, esta foi uma descoberta acidental," conta Mas Subramanian, coordenador do laboratório onde o feliz "acidente" ocorreu.
"Nós estávamos explorando os óxidos de manganês por causa de algumas propriedades eletrônicas muito interessantes que eles apresentam, algo como poder ser ferroelétrico e ferromagnético ao mesmo tempo. Nosso trabalho não tinha nada a ver com pigmentos," conta o cientista.
Melhor pigmento azul da história
Não tinha, até que o estudante Andrew Smith retirou algumas amostras dos óxidos de manganês do forno e verificou que elas eram totalmente azuis, e de um azul belíssimo. Estava nascendo o mais novo, e provavelmente o melhor, pigmento azul da história.
A cerca de 1.200 ºC, o sem-graça óxido de manganês transformou-se num composto azul que pode ser usado como pigmento em tintas, sendo capaz de resistir ao calor e ao ataque de ácidos, além de não conter elementos tóxicos e a sua produção ser barata - os óxidos de manganês são produtos largamente disponíveis no mercado, com custo baixo.
Depois de analisar o composto e descrever sua estrutura e características físico-químicas em detalhe, os investigadores afirmam que o novo pigmento azul poderá ser usado em qualquer tipo de tinta, das impressoras a jacto de tinta até automóveis, artes e tintas para paredes.
Mente e olhos bem atentos
"Várias descobertas interessantes não foram realmente planeadas, nós temos assistido a isso ao longo de toda a história," diz Subramanian. "Há sorte envolvida nas descobertas, mas eu sempre digo aos meus alunos que v tem que estar alerta para reconhecer algo quando esse algo acontece, mesmo que não se esteja procurando por ele. A sorte favorece a mente atenta para descobrir coisas."
Notícia lida em http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Bibliografia:Mn3+ in Trigonal Bipyramidal Coordination: A New Blue ChromophoreAndrew E. Smith, Hiroshi Mizoguchi, Kris Delaney, Nicola A. Spaldin, Arthur W. Sleight, M. A. SubramanianJournal of the American Chemical SocietyNovember, 2009Vol.: 131 (47), pp 17084-17086DOI: 10.1021/ja9080666

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Como as Formigas constroem os seus formigueiros? Com arquitectura avançada e cooperação.

Eu gosto de formigas, a maioria das pessoas não as tolera. Apesar disso não podia deixar de partilhar convosco as expetaculares imagens que resultaram de uma experiência algo sofisticada levada a cabo pela Unidade de Investigação da NASA, na Florida. Pretendia-se naquele trabalho descobrir como é que as formigas constroem os seus formigueiros.
Na primeira imagem podemos ver o formigeiro construido para as protagonistas desta história - as formigas. Estas foram colocadas numa espécie de aquário gigante fechado, iluminado com uma luz ultravioleta (que representa o Sol) e um gel transparente contendo os nutrientes constituintes do solo (que representa a terra). Passados poucos minutos, as formigas começam a construir canais no gel, o que lhes permite circular na "terra". O resultado é uma autêntica obra de arte que podem acompanhar nas fotos abaixo, passo a passo.



terça-feira, 24 de novembro de 2009

O FOXP2 do chimpanzé e do homem - novo estudo sobre a origem da fala e linguagem

Geneticamente, somos muito parecidos com os chimpanzés. Mas há pelo menos uma coisa que nos distingue radicalmente desses nossos “primos”: nós falamos e eles não. Como é que essa profunda transformação surgiu ao longo da evolução?

Pouco se sabe ainda sobre os mecanismos biológicos da emergência da fala. Mas resultados publicados na revista Nature no dia 11 de Novembro por Dan Geschwind, da Universidade da Califórnia, e colegas, sugerem que ela se deverá, em parte, à evolução de um único gene. Mais precisamente: o FOXP2. O desenvolvimento da capacidade de falar nos seres humanos modernos, concluem os cientistas, terá começado com umas alterações naquele gene, surgidas depois de o nosso ramo evolutivo se ter separado do dos outros primatas. Essas alterações no FOXP2, por sua vez, provocaram duas mudanças na proteína fabricada pelo gene, que terão desencadeado uma série de acontecimentos celulares no cérebro humano e levado ao desenvolvimento da fala. “O nosso estudo é o primeiro a analisar o efeito nas células humanas destas [alterações] na proteína produzida pelo FOXP2” diz Geschwind num comunicado.Já se sabia que o FOXP2 estava envolvido nas capacidades linguísticas, porque no ser humano as mutações neste gene provocam perturbações da fala e da linguagem. Agora, os cientistas compararam o efeito das duas versões do gene – a “ancestral”, dos chimpanzés, e a humana actual – em células humanas e em tecidos humanos e de chimpanzé. E descobriram que os efeitos de cada versão do gene são diferentes: a proteína FOXP2 humana, cuja função é activar certos genes cerebrais e desactivar outros, não apresenta o mesmo padrão de activação que a proteína dos chimpanzés. “Descobrimos que um número significativo dos genes-alvo [da proteína FOXP2] têm uma expressão diferente nos cérebros humano e de chimpanzé”, diz Geschwind. “Não só as [duas versões] do [gene] FOXP2 são diferentes, como também funcionam de forma diferente. Os nossos resultados poderão permitir perceber por que os humanos nascem com os circuitos cerebrais necessários à fala e à linguagem e os chimpanzés não”, salienta.“Graças à identificação dos genes influenciados pelo FOXP2”, diz Genevieve Konopka, co-autora, “temos um novo conjunto de ferramentas para estudar como a linguagem humana é regulada ao nível molecular.” O que poderá permitir, segundo o mesmo documento, perceber as perturbações da fala associadas ao autismo ou a esquizofrenia – e talvez, um dia, encontrar formas de as atenuar.
Notícia lida em Público .pt

domingo, 22 de novembro de 2009

Células estaminais podem criar uma nova pele para vítimas de queimaduras

Cientistas franceses afirmaram ter descoberto uma forma de usar células estaminais embrionárias humanas para criar pele nova, que poderia ser usada em vítimas de queimaduras graves.
Segundo os investigadores do Instituto de Terapia com Células-Tronco de Evry, em França, as células estaminais podem ser cultivadas e transformadas em pele, em 12 semanas.
Esta pele de células estaminais poderia resolver os problemas de rejeição dos pacientes com queimaduras graves.
Christine Baldeschi, que liderou o estudo, afirmou que os resultados são promissores.
A Investigadora afirmou que a nova técnica poderá levar à criação de um "recurso ilimitado para a substituição temporária da pele em pacientes com grandes queimaduras, que aguardam enxertos".

Desenvolvimento embrionário
A técnica francesa copiou as etapas que levam à formação da pele durante o desenvolvimento embrionário.
Os cientistas colocaram as células estaminais numa rede artificial o que lhes permitiu formar uma camada de pele.
Esta pele foi enxertada em cinco ratinhos que passadas 12 semanas, apresentava uma estrutura compatível com a da pele humana.
O próximo passo da equipa será testar a nova técnica em pacientes humanos.
Atualmente, pacientes com queimaduras graves podem ser tratados com o uso de uma técnica que cultiva pele nova usando células da pele do próprio paciente.
No entanto, o cultivo desta nova pele demora três semanas, e o paciente fica exposto ao risco de infecções e desidratação.
Pele de cadáveres é usada durante este período para cobrir as queimaduras, mas a disponibilidade é limitada e geralmente esta pele é rejeitada pelo sistema imunológico do paciente.
Outro método que já foi tentado envolve o uso de redes artificiais nas quais as células podem ser cultivadas, mas esta técnica não funciona em grandes queimaduras. Há também o aumento do risco de rejeição e transmissão de doenças, já que esta técnica usa material de bovinos e outras pessoas.
Holger Schluter, do Centro de Estudo do Câncer Peter MacCallum em Melbourne, Austrália, afirmou que o estudo francês é um progresso.
"Esta descoberta sugere que a pele derivada de células estaminais embrionárias pode ser transplantada para pacientes com queimaduras que esperam enxertos de pele, com um risco reduzido de rejeição", afirmou.

sábado, 21 de novembro de 2009

DAMSL - Atlas digital de espécies marinhas


Hoje nas minhas pesquisas pela net encontrei um recurso excelente para biólogos marinhos, estudantes ou para aqueles que se interessam pelo que se encontra e se esconde debaixo da superficie marinha. Falo do Atlas Digital de Espécies Marinhas, um projecto da Universidade de Miami que nos apresenta uma base de dados iconográfica de grande interesse.
Desde o Mar Vermelho até à Grande barreira de coral, o Atlas cobre uma vasta região, com fotografias das espécies que habitam as profundidades marinhas com uma boa resolucão e também com os nomes científicos das mesmas. Além disso, utilizando o Google Earth os visitantes podem apreciar fotos de várias regiões bastando apenas deslocar o cursor do rato para a região escolhida. Em cima podemos ver Tubastrea aurea, uma espécie de coral e Haliclona sp. uma esponja. Mas estas não são as únicas maravilhas que encontraremos no atlas, por isso proponho que lhe façam uma visita para comprova-lo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

HojeÉ... dia de pensar no MAR


HOJE comemora-se o DIA NACIONAL DO MAR. Este ano a celebração é dedicada ao tema "O Mar e o Desenvolvimento Sustentável". Um pouco pelo país inteiro acontecem actividades para assinalar a efeméride.
O mar está a morrer! PORQUÊ?
Porque o nosso apetite insaciável por peixe e a ganância de indústrias cada vez mais poderosas e sem escrúpulos que não sejam os do lucro desenfreado e imediato, transformou os oceanos, berço e suporte de toda a vida, em desertos explorados até à exaustão total.
E o MAR é tão importante para nós. E faz-nos tão bem.
O oceano é um espaço tridimensional cuja imensidão se projecta em todas as direcções, exercendo a sua magia e encanto em múltiplas vertentes da nossa vida. Desde a contemplação dos deslumbrantes finais de tarde à beira-mar, ao prazer das descobertas que um passeio entre a zona de marés proporciona, o oceano consegue sempre surpreender e fascinar. Constitui uma inesgotável fonte de inspiração para a criação artística e é objecto de estudo por parte da comunidade científica, ansiosa por desvendar os segredos e mistérios do berço da vida. Por outro lado, o oceano proporciona uma grande variedade de bens e serviços essenciais à vida. Das suas águas o Homem retira 1/5 do total da proteína animal que consome, explorando comercialmente perto de 3.000 espécies marinhas. Consumimos espécies como o Alabote, o Atum, o Bacalhau, os Camarões, o Espadarte, o Linguado, o Peixe-Espada Branco, o Redfish, a Pescada, a Raia, o Salmão, a Solha e o Tamboril - espécies que estão na lista de espécies ameaçadas. De inúmeras espécies produzem-se medicamentos, roupa e um interminável conjunto de bens, sem os quais a nossa qualidade de vida seria forçosamente diferente.

"O FUTURO DOS OCEANOS DEPENDE DA NOSSA ESCOLHA. A procura e o aumento do consumo de animais marinhos deixou algumas espécies em estado vulnerável. É preciso defendê-las e agir por um oceano sustentável. Através de uma escolha adequada, e respeitando os oceanos, podemos fazer a diferença. Na altura da sua compra informe-se sobre a origem e método de captura, ou criação, da espécie que vai adquirir. Se não estiver seguro da sua escolha siga a nossa sugestão." > uma iniciativa do Oceanário de Lisboa:

terça-feira, 10 de novembro de 2009

NANO ESFERAS- um nova ferramenta para reparar espinal medula

Nano esferas - as ‘copolymer micelles’ têm 60 nanómetros de diâmetro
Investigadores na Universidade de Purdue, no Indiana (EUA), descobriram uma nova abordagem para reparar fibras nervosas danificadas na espinal-medula usando nano esferas que podem ser injectadas directamente no sangue, logo após um acidente.
As ‘copolymer micelles’ sintéticas são constituídas por 60 nanómetros de diâmetro e são cem vezes mais pequenas do que um glóbulo vermelho. A investigação liderada por Ji-Xin Cheng, professor associado do departamento de Química da Weldon School of Biomedical Engineering, da Universidade de Purdue, foi publicada ontem, no «Nature Nanotechnology». As ‘micells’ podem ter outras aplicações, como tratamento de cancro, por exemplo. As esferas já são usadas há mais de 30 anos como veículo de transporte de medicamentos, mas nunca tinham sido utilizadas directamente como medicina para um tecido danificado. Um grave ferimento na espinha dorsal resulta numa ruptura da membrana neuronal, seguindo-se processos neuro-degenerativos secundários extensos, mas a reparação terá mais probabilidades de sucesso se for imediata. As esferas podem combinar dois tipos de polímeros, um hidrofóbico e outro hidrófilo, ou seja, um que pode ser misturado com água e o outro não, mas este tem a possibilidade de ser carregado com fármacos para tratar doenças. Um dos agentes mais usados é o ‘polyethylene glycol’ (PEG) e, segundo estudos levados a cabo na Universidade de Purdue, o PEG têm trazido grandes avanços no tratamento de danos na espinha de animais, já que “ataca” especificamente as células danificadas e sela a área ferida, reduzindo a possibilidade de futuros problemas. O 'polyethylene glycol’ tem ainda uma função importante na restauração de células. O estudo foi feito em ratos com a espinha dorsal danificada, para a tese de doutoramento de Yunzhou Shi, orientada por Cheng e ficou provado que reduz eficazmente a inflamação da lesão e que os animais podem mesmo recuperar a capacidade de locomoção.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Berlintwitterwall: MURO digital para derrubar

Para comemorar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, o Kulturprojekte Berlin GmbH (uma organização que trata de mediatizar a arte e cultura na capital alemã) criou o «Berlintwitterwall.com» – uma parede virtual onde os internautas poderão partilhar pensamentos sobre o fim da divisão europeia, uma fronteira que custou a vida a centenas de fugitivos e todos os muros que ainda faltam derrubar para tornar o mundo num lugar melhor.

A página apresenta-se sob a forma de parede grafitada, que funciona como uma espécie de twitter – o popular mini blog –, e pode ser actualizada através de mensagens de correio electrónico ou de telemóvel até 140 caracteres. Se se clicar no "stop" e "play", antigas mensagens (tweets) são mostradas. Outro ícone, uma câmara, apresenta uma selecção de trabalhos artísticos que cairão como acto símbolico para a festa "Fest der Freiheit" (Festival da liberdade) no Brandenburg Gate, em Berlim. Na página pode ler-se todo o tipo de mensagens vindas dos vários cantos do mundo, tal como o convite para derrubar a Grande Muralha da China, como exigência ao direito à liberdade de expressão, dadas todas as censuras sofridas, mormente, na internet. Cada vez que um internauta chinês pretende entrar numa página considerada prejudicial pelo governo aparece a incómoda mensagem: “não é possível aceder à página”. Num abrir e fechar de olhos o Muro de Berlim virtual ficou repleto de frases. Nele aparecem mesmo imensas escritas em caracteres chineses e experiências pessoais sobre o dia 9 de Novembro de 1989. A iniciativa é apoiada pelos «Repórteres sem fronteiras» (Reporters Without Borders: For Press Freedom).

Notícia em Ciênciahoje.pt

domingo, 8 de novembro de 2009

Estamos a ficar sem TEMPO. E ELAS (as ESPÉCIES) também

A ameaça de extinção a plantas e animais não pára de aumentar. A UICN (União Internacional para a Conservação) revelou a actualização da Lista Vermelha no passado dia 3 de Novembro. Das 47.677 espécies registadas, 17.291 estão ameaçadas de extinção.
Segundo esta lista, estão ameaçados 21 por cento de todas as espécies de mamíferos conhecidas para a ciência, 30 por cento dos anfíbios, 12 por cento das aves, 28 por cento dos répteis, 37 por cento dos peixes de água doce, 70 por cento das plantas e 35 por cento dos invertebrados.“É cada vez mais claro e evidente que está a criar-se uma séria crise de extinções”, comentou Jane Smart, directora do Grupo de Conservação da Biodiversidade da UICN, em comunicado. “Em Janeiro será lançado o Ano Internacional da Biodiversidade. Mas a análise mais recente da Lista Vermelha da UICN mostra que a meta para 2010 de reduzir a perda de biodiversidade não será alcançada”, lamentou. “Já é altura de os Governos começarem a falar a sério sobre a conservação das espécies e colocar a questão no topo das suas agendas para o próximo ano. Estamos a ficar sem tempo”.A Lista Vermelha revela que dos 5490 mamíferos do planeta, 79 estão extintos ou extintos na natureza, 188 estão Criticamente Ameaçados, 449 estão Ameaçados e 505 estão Vulneráveis. Agora, esta lista tem 1677 espécies de répteis, 293 das quais acrescentadas este ano. No total, 469 estão ameaçadas de extinção e 22 já estão extintas ou extintas na natureza.“Os répteis do planeta estão, sem dúvida, a sofrer, mas a situação pode ser muito pior do que parece”, comentou Simon Stuart, responsável pela Comissão da UICN para a Sobrevivência das Espécies. “Precisamos de uma avaliação de todos os répteis para compreender a gravidade da situação. Mas não temos os dois ou três milhões de dólares [1355 milhões ou 2032 milhões de euros] para a fazer”, salientou. Actualmente, 1895 das 6285 espécies de anfíbios estão em perigo de extinção, tornando-os no grupo mais ameaçado. Destes, 39 estão extintos ou extintos na natureza, 484 estão criticamente ameaçados, 754 estão ameaçados e 657 estão vulneráveis. Quanto às plantas, das 12.151 espécies na Lista Vermelha, 8500 estão ameaçadas de extinção, com 114 já extintas ou extintas na natureza. A Lista tem 7615 espécies de invertebrados, 2639 estão ameaçados de extinção, e 2306 moluscos, 1036 dos quais estão ameaçados. Além disso, 3120 espécies de peixe de água doce figuram agora na Lista, quando no ano passado eram 510.“Estes resultados são apenas a ponta do iceberg. Só conseguimos avaliar 47.663 espécies até agora: há muitos mais milhões lá fora que podem estar gravemente ameaçados”, comentou Craig Hilton-Taylor, gestor da Unidade da Lista Vermelha da UICN.
Fonte da notícia: Público.pt

DESAFIO...recriar o UNIVERSO como uma OBRA de ARTE.

O Ano Internacional de Astronomia quer reaproximar a arte da ciência e transformar os astros em objectos de contemplação. Neste sentido lançou um desafio a todos os alunos das escolas portuguesas, do Ensino Básico e Ensino Secundário, através de um concurso - Astronomia Artística. Os interessados são convidados a recriarem planetas, luas, estrelas, galáxias através da arte, utilizando qualquer veículo como a multimédia, artes plásticas, literatura (poesia, conto) ou música.
Então... VAMOS PÔR A CRIATIVIDADE À PROVA ... e...MÃOS À OBRA.
Regulamento: Download PDF
Ficha de Inscrição: Download PDF
Cartaz do concurso: Download RAR
Data limite para entrega de trabalhos: 31 de Janeiro de 2010
Podes ler mais em http://www.astronomia2009.org/astroarte

O Ano Internacional de Astronomia (www.astronomia2009.org) é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, da Agência Ciência Viva e da European Astronomical Society (EAS).

Mercúrio sempre a surpreender...

A sonda norte-americana "Messenger" que sobrevoou Mercúrio a 29 de Setembro de 2009 revelou quase toda a superfície do planeta, até ao momento desconhecida. Foram captadas imagens a cores que permitiram detectar uma grande abundância de ferro e titânio à superfície do planeta.
Na imagem, a área amarela (parte superior) mostra uma forte atividade vulcânica explosiva. No centro, a bacia de 29 km de diâmetro tem um interior liso que pode ser o resultado de vulcanismo efusivo.
A sonda Messenger recolheu dados a partir dos quais, é agora possível conhecer quase toda a superfície, até agora misteriosa, do planeta mais pequeno do sistema solar, revelou a NASA.

Cerca de 98 por cento da superfície do planeta está fotografada, graças aos dados obtidos pelo Messenger em Setembro deste ano, em Janeiro e Outubro de 2008 e ainda pelo Mariner 10 (primeiro engenho a aproximar-se de Mercúrio em 1974 e 1975). Apenas os dois pólos ainda estão por descobrir. Messenger vai olhar para essas regiões quando se instalar, de forma permanente, na órbita do planeta em 2011. “Ainda que a superfície de Mercúrio fotografada (em Setembro) a baixa altitude represente menos de 563 quilómetros de parte a parte do equador, as novas imagens lembram-nos que Mercúrio está sempre a surpreender-nos”, escreve em comunicado Sean Solomon, responsável científico por esta missão. Os instrumentos a bordo da sonda captaram imagens a cores de alta definição, permitindo desvendar novas características geológicas. Esta missão do Messenger mostrou também uma grande abundância de ferro e de titânio à superfície do planeta. A descoberta foi uma surpresa porque as observações feitas da Terra e nos voos antecedentes do Messenger mostraram uma fraca concentração destes metais.
Os novos dados sobre a composição de Mercúrio levantam novas questões sobre a sua origem. Alguns cientistas afirmam que Mercúrio se formou principalmente a partir de restos de um corpo que terá colidido com a Terra.
Site original da notícia em NASA
Noticia lida em Público.pt

sábado, 7 de novembro de 2009

Primeiro Atlas das bactérias do corpo humano

Bacterias vulgarmente encontradas na pele humana – Staphylococcus aureus, E. Coli, Proteus mirabilis, and others – blossoms into full-blown handprint on a culture medium. Photo Source: Exploring The Human Body: Incredible Voyage.The Book Division National Geographic Society, Washington D.C. 199 .
Muitos de vocês já alguma vez perguntaram – Quantas bactérias existirão no organismo humano? O número de micróbios que existem em teu corpo ronda os 100 triliões, muitos deles associados a funções fisiológicas básicas, tais como o bom funcionamento do sistema imunitário, a digestão e até a eliminação de agentes patogénicos.
Também todos sabemos que apesar do genoma humano variar muito pouco de um ser humano para outro, o teu organismo está exposto a situações muito diferentes das do meu, e por isso as bactérias se organizam de forma diferente. Partindo desta premissa, microbiólogos da Universidad de Colorado em Boulder empreenderam uma ambiciosa tarefa: desenhar o primeiro atlas de bactérias do corpo humano. As organizam-se de formas diferentes de um ser humano a outro e para prová-lo os investigadores tiraram amostras do corpo de 51 voluntários, das axilas, do cabelo, do canal do ouvido, das mãos, dos dedos, da parte de trás dos joelhos, da boca, etc. De uma forma surpreendente, os investigadores encontraram diferenças notáveis na concentração de de um individuo para outro, com diferenças muito relevantes na mesma zona do organismo. Por exemplo, as regiões com menores diferenças foram os pés, a cabeça e a boca, enquanto que os joelhos e o tronco apresentavam as maiores diferenças.
As diferenças levantam questões, como por exemplo se temos marcas microbianas diferentes desde o nascimento, ou se estas evoluíram à medida que fomos crescendo. De facto, dos 4200 tipos de reveladas pelos investigadores, só cinco eram compartilhadas por todos os participantes no estudo.
Apesar de ser necessária uma investigação mais aprofundada conhecendo-se o padrão de variabilidade de um individuo para outro, será possivel desenvolver estratégias para identificar regioes do onde transplantes de microbios específicos possam melhorar a saúde.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Máquina dos raios X no top das 10 melhores invenções tecnológicas

Muitas das invenções em ciência marcaram um antes e um depois a partir do momento em que apareceram. Não estamos a falar de novos inventos, como é óbvio, mas sim de inventos científicos e tecnológicos que fizeram história pela sua importância em termos revolucionários para as respectivas áreas. A máquina de raios-X foi eleita a melhor invenção de sempre, numa votação promovida pelo Museu de Ciências de Londres.
Criado em 1895, este aparelho ganhou dez mil dos 50 mil votos que o museu recebeu nesta eleição que propunha aos eleitores reflectirem sobre o impacto das invenções ao longo dos tempos. Andy Adam, presidente do Royal College of Radiologists, mostrou-se satisfeito com o resultado, pois considera que este mecanismo revolucionou a Medicina, no sentido de ter possibilitado a visualização do interior do corpo humano, sem para que isso fosse necessário abri-lo."A tecnologia na radiologia avançou tanto que estamos prestes a chegar à era do paciente transparente”, afirmou. A Medicina foi a área melhor posicionada nesta votação, tendo ocupado todos os lugares do “pódio”. Em segundo lugar ficou a penicilina e em terceiro, a descoberta da estrutura do ADN. Entre as dez invenções mais votadas estão ainda a Apollo 10, a máquina a vapor e o telégrafo como podem ver na lista em baixo. Esta eleição foi realizada no âmbito do centenário do Museu de Ciências de Londres, local onde os objectos mais votados estão expostos.

1. Máquina de raios X
2. Penicilina
3. Modelo do DNA
4. Nave Apollo 10
5. Foguete V2
6. Locomotiva a vapor 'Rocket'
7. Computador ACE
8. Máquina a vapor
9. Carro Ford T
10. Telégrafo
Claro que, como é normal em qualquer ranking a subjectividade está presente. Por exemplo a máquina a vapor e o telégrafo parece-me estar num lugar abaixo do merecido. E O PRIMEIRO LUGAR! É certo que os raios X trouxeram um avanço substancial, mas foram mais importantes que a descoberta da penicilina e do DNA? Deixem a vossa opinião nos comentários. Nós agradecemos.

Imagens em Funnytogo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Gelado de Morango - "Sobremesa Medicinal"

Cientistas desenvolvem gelado que combate efeitos secundários da quimioterapia

Uma equipa de investigadores da Nova Zelândia está a desenvolver, juntamente com uma grande multinacional de nutrição, um gelado que tem se tem demonstrado promissor no combate aos efeitos secundários da quimioterapia em pacientes com cancro. Para já, esta "sobremesa medicinal" está apenas em fase de testes, tendo os participantes ingerido 100g do gelado com sabor a morango por dia.Adoptando o nome de ReCharge, esta sobremesa é composta por ingredientes activos de produtos lácteos que permitem aliviar a diarreia, anemia e a falta de apetite que costumam afectar os pacientes submetidos à quimioterapia.“Os dois componentes bioactivos do leite desenvolvidos para o ReCharge têm o potencial único de ajudar o organismo a lidar com os efeitos adversos da quimioterapia”, afirmaram os autores do estudo.

Fonte da notícia: Farmacia.com.pt

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Genoma dos (3) Porquinhos revelado

É verdade o genoma dos nossos tão conhecidos porquinhos também foi (quase) sequenciado.
Um grupo de cientistas conseguiu decifrar 98% da sequência do DNA do porco doméstico, um avanço que terá consequências no estudo sobre doenças em humanos, dada a semelhança entre as duas espécies. Mais especificamente, os especialistas decifraram o DNA de um porco vermelho da raça Duroc, que vive em uma fazenda da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e que se soma assim à lista de animais cujo genoma já foi sequenciado, anunciaram hoje os autores da pesquisa, do Instituto Wellcome Truste Sanger de Hinxton, na Inglaterra.
A descoberta permitirá aos cientistas determinar quais são os genes mais úteis para a produção suína e quais os envolvidos no desenvolvimento do sistema imunológico do porco ou de outros processos fisiológicos importantes.
Além disso, a sequência genética do porco doméstico contribuirá para melhorar a criação suína, já que fornecerá mais informações sobre as doenças que costumam afectar os animais, e ajudará a preservar a população global de porcos selvagens ou em vias de extinção.
Os investigadores concordam que este avanço poderá ter também sua repercussão nos estudos sobre a saúde humana, já que a fisiologia, o comportamento e as necessidades nutricionais dos porcos e do homem são muito similares.
"Esta sequência fornece à comunidade científica uma ferramenta que servirá para entender melhor as doenças humanas, facilitando estudos cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais e imunológicos", explicou o diretor do instituto, Allan Bradley.
"O porco é um animal único, que é importante para a alimentação e que é utilizado como um animal modelo para o estudo das doenças humanas", ressaltou Larry Schook, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Illinois e líder do projeto.
Schook destacou que ter decifrado 98% da sequência do DNA deste animal tornará possível "aprender mais sobre os efeitos no genoma da domesticação" ao compará-lo com o dos porcos selvagens.
Fizeram parte da pesquisa cerca de 20 institutos e organizações médicas públicas e privadas de Holanda, França, Estados Unidos, Japão, Coreia e Reino Unido.
Notícia lida em Elmundo.es

Genoma de pepino deixou de ser segredo.

Cientistas do Instituto de Genética de Pequim decifraram o genoma do pepino. Esta descoberta tem como finalidade o aperfeiçoamento deste vegetal

Um grupo de cientistas conseguiu decifrar a sequência genética do pepino, uma descoberta que pode ter importantes implicações para a produção de novas e melhores variedades deste vegetal, indica um artigo hoje publicado na revista Nature.
Combinando técnicas tradicionais de sequenciação e outras de última geração, uma equipa de especialistas do Instituto de Genética de Pequim conseguiu revelar o genoma do pepino, elevando para sete o número de plantas e vegetais cuja composição genética deixou de ser um segredo. Além do pepino já foram decifradas as sequências genéticas da espécie "arabisdopsis thaliana", do arroz, do álamo (uma espécie de choupo), da papaia, da videira e do sorgo. Na prática, esta descoberta permite a criação de variedades de vegetais mais resistentes às pragas e que absorvem melhor os fertilizantes, permitindo ainda modificações genéticas para conseguir espécies melhoradas. Desta forma modificando a estrutura genética podem obter-se variedades de frutas e vegetais que resistam melhor às variações de temperatura ou dos caprichos do tempo e estender a plantação a zonas em que actualmente não se podem plantar. O pepino faz parte da família das "cucurbitaceae", que inclui o melão. Esta família de vegetais e frutas ocupa actualmente cerca de nove milhões de hectares em plantações por todo o mundo, que produzem 184 milhões de frutas e hortaliças por ano.
Noticia em cienciahoje.pt

domingo, 1 de novembro de 2009

SMOS é o satélite que vai vigiar a água no nosso Planeta

Recriação do SMOS em órbita-Foto ESA
A ESA vai pôr em órbita na madrugada de segunda-feira, SMOS (Soil Moisture and Ocean Salinity), a primeira sonda capaz de medir a salinidade e a humidade da terra. O Objectivo é detectar dados que ajudem a entender as variações climáticas
O satélite europeu SMOS, que será lançado da base russa de Plessetsk, vai cartografar a humidade dos solos e a salinidade dos oceanos, para compreender melhor as alterações climáticas.
O lançamento está previsto para as 01h50, por um foguetão Rockot, e está orçado em 315 milhões de euros. O radiotelescópio a bordo do SMOS vai recolher os sinais rádio emitidos pela fina película de água à superfície da Terra. Foram precisos 17 anos para desenvolver as tecnologias que permitem agora fazer esta cartografia, diz a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês). Os instrumentos vão recolher imagens a cada 1,2 segundos. Cada imagem cobrirá mil quilómetros quadrados.“O aquecimento global é um facto” mas as suas consequências no ciclo da água (precipitação, evaporação, infiltração no solo, armazenamento, etc) “ainda são incertas”, explicou recentemente Yann Kerr, responsável científico da missão SMOS, no Centro de Estudos Espaciais da Biosfera (Cesbio). É necessário ter “dados melhores” porque os modelos climáticos actuais “não conseguem reconstituir o que se passa”, nota este especialista. Os dados recolhidos deverão permitir ao SMOS fornecer mapas da humidade do solo com uma resolução inferior a 50 quilómetros, abarcando toda a superfície do globo no espaço de três dias, a partir da sua órbita a cerca de 758 quilómetros de altitude. O SMOS deverá ainda medir as variações da quantidade de sal na água à superfície dos oceanos. A concentração de sal influencia a circulação das águas à superfície do planeta.
Este projecto faz parte de um programa comum de observação da Terra, que reúne a ESA e as agências espaciais francesa (CNES) e espanhola (CDTI).
Site do Projecto SMOS:http://www.esa.int/SPECIALS/smos/
Notícia lida em Público.PT e em ElMundo.es

sábado, 31 de outubro de 2009

Abóboras afastam BRUXAS ...e MICRÓBIOS

Na véspera das comemorações do Halloween surge a notícia de que as abóboras, tradicionalmente esculpidas e iluminadas para “assustar as bruxas”, contêm uma substância que afasta os micróbios, causadores de milhões de infecções fúngicas em adultos e crianças. Esta constatação surge num estudo conduzido por cientistas coreanos e publicado na última edição da revista especializada “Journal of Agricultural and Food Chemistry”. A equipa de investigadores liderada por Kyung-Soo Hahm e Yoonkyung Park explica que alguns microrganismos estão a tornar-se cada vez mais resistentes aos antibióticos existentes. Neste sentido, cientistas de todo o mundo têm vindo a procurar novas fórmulas de antibiótico capazes de combater a imunidade dos micróbios. Na sequência desta busca, os investigadores coreanos extraíram proteínas de cascas de abóbora a fim de verificar se estas inibem o crescimento de micróbios, incluindo o Candida albicans, uma espécie de fungo associado a alguns tipos de infecção oral e vaginal. Uma das proteínas estudadas, a PR-2, foi eficiente na inibição do crescimento do Candida albicans, sem efeitos tóxicos evidentes. Além disso, retardou o crescimento de vários fungos que atacam plantações , podendo assim tornar-se útil como fungicida agrícola. Os cientistas sugerem agora que a PR-2 seja incorporada em medicamentos naturais no sentido de combater infecções fúngicas. Em países como o México, Cuba e Índia, a casca da abóbora é utilizada desde tempos ancestrais como forma de impedir o crescimento de microrganismos.
Fonte da notícia: cienciahoje.com

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Azahar na casa nova, em Silves

O primeiro de 16 linces chegou esta Segunda-feira, 26 de Outubro, ao Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves. Outros 15 linces vão chegar durante o mês de Novembro, provenientes dos centros espanhóis de reprodução Acebuche, no Parque Nacional de Doñana, e La Olivilla

A Femea do lince-ibérico Azahar - Foto: Nuno Veiga (agência Lusa)

Azahar, a fêmea de lince ibérico que foi transportada de Jerez de La Frontera, já está no Centro de Reprodução do Lince Ibérico, em Silves. O seu nome provém do árabe e significa flor branca, flor de laranjeira (a amarga Citrus aurantium L., que já era conhecida pelos árabes antes dos Descobrimentos).
Pouco passava das quatro da tarde quando o jipe do Centro Zoológico de Jerez chegou à Herdade da Santinha, em Silves, mas Azahar, a fêmea de lince ibérico que atravessou a fronteira, ainda teria de esperar que todos os jornalistas estivessem presentes, para poder ganhar de novo liberdade condicionada.
Em Silves, onde foi libertada, Azahar conta agora com uma 'casa' de cerca de mil metros quadrados e bastante maior do que o espaço em que vivia.
Segundo relatou ao Observatório do Algarve Iñigo Sanchez, biólogo do Zoo espanhol, a fêmea viajou "bastante calma" durante todo o percurso, que rondou os 400 quilómetros de distância. "Saímos à uma da tarde (espanhola) e chegámos aqui perto das quatro", disse.
Azahar viajou dentro de uma caixa desde Espanha, sempre monotorizada por um veterinário.
Assim que os biólogos abriram a caixa, Azahar saíu que nem uma seta, dando vários saltos e só passado mais de uma hora o animal se acalmou.
Azahar, que tem agora cinco anos, viveu nos últimos três em cativeiro no jardim zoológico de Jerez de la Frontera. Não é um animal nascido em cativeiro, tendo sido capturada em 2006 após lhe ter sido detectado um problema na coluna, com a ajuda das múltiplas câmaras instaladas no parque de Jerez.
O animal, que se alimenta de coelho bravo, foi transferido hoje para Portugal ao abrigo do protocolo entre os ministros do Ambiente de Portugal e Espanha assinado em Agosto de 2007.
Agora, o Centro de Reprodução pretende que, após a adaptação, Azahar acasale com um dos machos que chegará ainda este ano.

Esta é uma etapa principal do Plano de Acção para a Conservação do Lince-ibérico em Portugal, que tem como objectivo viabilizar a conservação da espécie em território nacional, invertendo o processo de declínio continuado das populações que conduziu à situação actual de pré-extinção. No contexto ibérico, o Plano de Acção visa contribuir para assegurar a viabilidade da espécie enquanto elemento fundamental dos ecossistemas mediterrânicos.
O Plano de Acção procura como uma meta final, a longo prazo, possibilitar a reintrodução do lince-ibérico na sua área histórica de distribuição. O modelo estratégico de actuação assenta num conjunto de medidas que se complementam: o programa de reprodução em cativeiro, a recuperação e a manutenção do habitat favorável, e a reintrodução de espécimes da espécie em territórios adequados. Entre outros aspectos, ressalta a importância da gestão agrícola, florestal e cinegética para a criação das condições adequadas nos habitats potenciais de lince. O programa desenvolvido no CNRLI vai procurar favorecer o estabelecimento de uma população cativa de lince-ibérico viável do ponto de vista sanitário, genético e demográfico.
O CNRLI integra a rede ibérica de centros de reprodução de lince. Foi construído expressamente para servir este plano e inaugurado em Maio deste ano, resultando o seu financiamento de uma medida de sobrecompensação pela construção da barragem de Odelouca. A gestão é assegurada pelo ICNB.
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