terça-feira, 29 de setembro de 2009

A nossa LUA tem ÁGUA!

A NASA acaba de anunciar que a Lua possui uma enorme quantidade de água congelada! A notícia causou grande comoção junto à comunidade científica internacional. Era só isso que estava faltando para despoletar a imaginação de todos. Se a interpretação das informações enviadas pela nave americana de prospecção estiver realmente correta, cada centavo gasto pelos Estados Unidos no programa espacial poderá ter sido o mais importante investimento da humanidade em todos os tempos. A existência de água na Lua viabilizaria a construção e manutenção de uma Estação Lunar, abrindo novas perspectivas para exploração espacial. A possibilidade de extração do hidrogênio líquido, como combustível para as naves espaciais, e do oxigênio, indispensável à vida do homem fora de nosso planeta, poderá confirmar o que já foi previsto na ficção
Várias partículas de água estão presentes na superfície da Lua, segundo o estudo publicado, quarta-feira, dia 25 de Setembro, na revista Science, e que contesta as anteriores conclusões da ciência, segundo as quais o solo lunar estaria seco com possível excepção para o gelo nos pólos.
Os autores da investigação utilizaram os dados fornecidos por um instrumento da Nasa, «Moon Mineralogy Mapper» ou M3, transportado a bordo do Chandrayyan-1, primeiro satélite indiano a ser colocado em órbita lunar, em 2008.
O instrumento analisa a reflexão da luz do sol sobre a superfície lunar para determinar a sua composição.
O M3 detectou assim um comprimento de onda luminoso que indica um elemento químico que liga o hidrogénio e o oxigénio, explicam os autores do trabalho. Os investigadores defendem que isso prova a presença de água, formada por dois átomos de hidrogénio, ligados um átomo de oxigénio.
O instrumento apenas pode analisar as camadas superficiais do solo lunar, talvez alguns centímetros sob a superfície, precisou Larry Taylor, da Universidade do Tennessee, uma das co-autoras deste estudo.
Esta descoberta coloca novamente o nosso satélite em primeiro plano no campo das novidades espaciais.
Fonte da notícia aqui, imagem daqui

domingo, 27 de setembro de 2009

Trabalhe com o Coração

As doenças cardiovasculares constituem a primeira causa de morte no mundo, com 17,2 milhões de vítimas cada ano. Em 2039 causarão 24 milhões de mortes no ano (segundo dados da OMS). Por isso

Imagem da campanha do Dia Mundial do Coração. (World Heart Federation © Jason Joyce)

Quase metade das pessoas que morrem por doenças cardíacas e acidentes vasculares encontram-se em idade produtiva (entre 15 e 69 anos).
"A maioria das pessoas passa mais de metade do tempo que está acordada a trabalhar. Um local de trabalho que incentive hábitos saudáveis consegue reduzir o risco de muitas doenças, incluindo as doenças coronárias e o AVC - a principal causa de morte em todo o mundo. Por isso, aproveitando a celebração do Dia Mundial do Coração, a Fundação Mundial do coração este ano elaborou uma campanha que apela a todos para “ Trabalhar com o Coração”. Com a introdução de pequenas mudanças no seu dia-a-dia, empresas e trabalhadores podem dar um grande passo em prole de uma maior produtividade e de uma vida mais longa, praticando hábitos saudáveis."
Segundo a Federação Mundial do coração, 80% das mortes prematuras por doença cardiovascular e enfarte poderia prevenir-se se se controlarem os factores de risco principais: tabaco, má alimentação e inactividade física.
O controlo dos factores de risco (hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade, sedentarismo e tabaquismo) em lugar de trabalho é fundamental para se conseguir uma diminuição progressiva das enfermidades cardiovasculares".
Tal como os famosos jogos que calculam a idade cerebral de uma pessoa através de exercíçios simples a Federação Mundial do Coração anunciou uma iniciativa para medir também a idade do coração que dependendo do estilo de vida pode corresponder à idade real ou não. Para saber os anos deste órgão, basta indicar o sexo, a idade, o peso e a altura de uma pessoa e responder a umas quantas perguntas sobre hábitos de vida e antecedentes familiares. A ferramenta está disponível em heartagecalculator.
A idade do coração mede o risco relativo que uma pessoa tem de desenvolver uma doença cardiovascular nos próximos 10 anos em comparação com um individuo saudável.
Descobre a melhor maneira para trabalhar com o teu coração em http://www.fpcardiologia.pt

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Monarcas com "GPS" nas antenas

Borboletas monarca . Monarch Watch/Chip Taylor
WASHINGTON - Todos os anos cerca de 100 milhões de borboletas monarca migram dos EUA para o México durante o Outono do hemisfério norte, fenómeno que há muito tempo intriga os cientistas. Um novo estudo revela que o sentido de orientação das borboletas reside nas antenas e não no cérebro. Steven Reppert, do Departamento de Neurobiología da Universidade de Massachusetts. assegura, que tal como um GPS necessita de satélites, estes apêndices necessitam da luz solar para se guiar e encontrar o caminho.
A investigação, publicada na revista Science, usou a borboleta monarca, que é capaz de percorrer 4.000 quilómetros durante as suas migrações desde varias partes dos EU e Canadá ao México, até uma Reserva da Biosfera da Borboleta Monarca.
Como foi feita a descoberta?
Reppert e os seus colegas realizaram várias experiências. Começaram por retirar as antenas a algumas borboletas. Verificaram que durante o voo as estas perdiam o seu sentido de orientação normal para o sul apesar do seu cérebro continuar a funcionar da mesma maneira. Em seguida pintaram num outro grupo de borboletas, as suas antenas com tinta preta e verificaram que estas também perdiam a orientação durante o voo. Por último, pintaram as antenas de um terceiro grupo com tinta clara e observaram que estas já conseguiam orientar-se. Os cientistas deduziram que os insectos precisam de conhecer a posição do sol para se orientarem.
Ser capaz de voar para o sul pode não parecer grande coisa para pessoas que têm acesso a mapas e receptores de GPS, mas as borboletas só contam com o sol para navegar. E o sol não para de se mover, o que significa que os insectos têm de ajustar a navegação constantemente para manter o curso.
Como a maioria dos animais, as monarcas têm o chamado "relógio circadiano" no cérebro, que ajuda a estimar qual a hora do dia. Saber a hora e a posição do sol no céu permite encontrar o sul.
Agora o novo estudo vêm revelar que as borboletas têm um segundo relógio, nas antenas, que detecta a luz. "O que quer que possamos aprender sobre esse insecto... vai de certeza ensinar nos algo sobre como o nosso cérebro funciona", disse Reppert, que estuda os relógios biológicos no cérebro de animais, incluindo os seres humanos.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ciclo do Carbono no Google Earth

Imagem retirada de NASA Credit: Tyler Erickson e Google Earth ( clica na imagem para aumentar)
O Google Earth tem uma nova aplicação que mostra os níveis de dióxido de carbono nas diferentes camadas da atmosfera terrestre.
Recentemente o Google promoveu um concurso para apresentar resultados científicos usando KML, um formato de dados usado pelo Google Earth. "Eu tentei pensar num complexo conjunto de dados que teriam relevância pública", disse Tyler Erickson, investigador geoespacial no Tech Research Institute de Michigan em Ann Arbor. Ele optou por trabalhar com os dados da pesquisadora Anna Michalak, da Universidade de Michigan, Ann Arbor, que desenvolve modelos computacionais complexos para detectar a evolução do dióxido de carbono no tempo, por onde ele entra e sai da atmosfera (NASA). Da posse desta informação, conseguimos ter agora um grande plano visual para ver e compreender o ciclo do carbono afirmou o cientista. Pode ver-se a cores o dióxido de carbono a circular na terra através das plantas e da água ou a entrar nos níveis elevados da atmosfera. Em Junho de 2009, Michalak descreveu esta pesquisa no Sistema de Ciência da Terra da NASA no vigésimo simpósio em Washington, DC. Uma imagem da aplicação de Tyler Erickson do Google Earth (em cima) mostra faixas verdes que representam o dióxido de carbono na parte mais baixa da atmosfera próximo à superfície da Terra onde a vegetação e os processos de terra podem ter impacto no ciclo do carbono. As faixas vermelhas indicam as partículas em altitudes mais elevadas que são imunes às influências do solo. A aplicação foi pensada para educar o público e até mesmo os cientistas sobre como as emissões de dióxido de carbono podem ser rastreadas. Para obter estas informações foi instalada uma rede de 1.000 torres nos Estados Unidos, equipada com instrumentos pela NOAA para medir o teor de dióxido de carbono das parcelas de ar em determinados locais. Os dados são recolhidos e posteriormente transferidos para imagens. Parece fácil mas a técnica é complexa e difícil de explicar. Erickson passou 70 horas a programar o aplicativo Google Earth, o que facilita aos utilizadores a navegação através do tempo e do espaço e visualizar o gás a movimentar-e na atmosfera. Pelo seu trabalho, Erickson foi declarado um dos vencedores do Google em Março de 2009. "Esta é uma ferramenta visual que pode ajudar os cientistas a explicar às pessoas o ciclo do carbono de modo a influenciá-las a adoptar hábitos mais amigos do ambiente, para um mundo melhor, disse Michalak. Falamos muitas vezes acerca de como a visualização dos impactos pode tornar as pessoas mais ecológicas, preocupadas com o ambiente. "É uma forma muito mais humana de olhar para a ciência." O próximo passo, disse Erickson, é adaptar a aplicação para se adequar às necessidades da comunidade de investigação. Os cientistas poderiam usar o programa para visualizar a melhorar os modelos atmosféricos de modo a que a representação se aproxime cada vez mais da realidade. "Incentivar mais pessoas para entregar os dados em formato interativo é uma boa ideia", disse Erickson. "Eles devem ajudar a inovação em pesquisa reduzindo as barreiras à partilha dos dados".
Ler notícia em :
http://www.treehugger.com/files/2009/09/google-maps-earth-carbon-cycle.php
e também em http://www.nasa.gov/topics/earth/features/co2_google.html

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dormir bem reduz falhas de memória


Segundo um estudo (o primeiro) realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e publicado no journal Learning & Memory, uma boa noite de sono pode reduzir as falhas de memória tanto nos mais novos como nos mais velhos.Os autores do estudo afirmam que estas descobertas são importantes na medida que trazem implicações práticas para todos, desde os estudantes com problemas em provas de escolha múltipla, como para idosos que confundem os medicamentos que devem tomar. A equipa de investigadores avaliou os níveis de memória num grupos de estudantes universitários, tendo para isso mostrado várias palavras aos participantes, pedindo que eles, após o período de 12 horas, identificassem quais as palavras que tinham visto e ouvido antes. Os estudantes que tinham dormido mais entre os dois momentos do teste foram também os que tiveram menos problemas com a memória, escolhendo menos palavras incorrectas."É fácil confundir as coisas na nossa mente", afirmou a psicóloga Kimberly Fenn, uma das autoras do estudo. "Esta pesquisa sugere que, depois de dormir, somos capazes de discernir os aspectos incorrectos da memória", concluiu a investigadora.
Estas experiências são as primeiras a mostrar que o número de falsas memórias pode ser reduzido após uma boa noite de sono, e que os seus beneficios aumentam a fidelidade dos episódios guardados.
Ler mais em

A mosquinha Drosophila aprende com a experiência das companheiras mais velhas

Segundo uma recente investigação da Universidade de McMaster (Canadá), a pequenina mosca da fruta é capaz de uma aprendizagem social complexa muito semelhante à usada pelos humanos.
A mosca da fruta (Drosophila melanogaster) aprende com as companheiras mais experientes-(Credit:iStockphoto)
Um estudo, publicado muito recentemente ( 16/09/2009) na revista Proceedings of the Royal Society B, demonstrou que as moscas fêmeas de Drosophila melanogaster, inexperientes podem aprender com as suas companheiras com mais experiência, as moscas da fruta que já se reproduziram.
Os cientistas que investigavam as raízes evolutivas da aprendizagem social em insectos, descobriram que as moscas que pela primeira vez iam pôr ovos, escolhiam os lugares onde se viam ovos já postos por moscas mais experientes em frutas maduras, em vez de procurar novas frutas maduras.
Esta investigação sugeriu também que os insectos de hábitos solitários podem mostrar aprendizagem social, o que levanta a possibilidade de a aprendizagem mútua ter promovido a evolução da socialização entre os insectos como mecanismo de sobrevivência.
Assim, parece que a mosca da fruta é muito mais sofisticada do que se pensava até aqui, afirmou Dukas, Professor associado do Departamento de Psicologia, Neurociência e Comportamento, co-autor do estudo com Sachin Sarin (estudante de pós-graduação). "Ela partilha muitos dos genes e compostos que controlam a aprendizagem nos humanos. Este estudo abre novas vias de investigação sobre a evolução e a neurogenética da aprendizagem social".

domingo, 20 de setembro de 2009

Mãe, porque os flamingos ficam de pé sobre uma só pata


É um dos mais enigmáticos mistérios da natureza: porque os flamingos se apoiam numa só pata?
A questão já foi colocada tanto por biólogos como por visitantes de jardins zoológicos, por todo o mundo mas apesar das numerosas teorias que têm surgido, ninguém forneceu ainda uma explicação definitiva.
Agora, depois de um estudo exaustivo de flamingos das Caraíbas em cativeiro, dois cientistas acreditam ter finalmente encontrado a resposta: os flamingos ficam de pé só sobre uma pata para regular a temperatura.
Matthew Anderson e Sarah Williams, psicólogos da Universidade Saint Joseph de Filadélfia, são cientistas que se dedicam ao estudo da evolução dos comportamentos.
"Os flamingos captaram a minha atenção por variadas razões", diz Anderson. "Cientificamente falando, a sua natureza altamente gregária torna-os a espécie ideal para investigar influências sociais no comportamento, e esteticamente falando, são grandes, lindos e verdadeiros ícones de beleza. Mas talvez a mais importante tenha sido o facto da inexistência de investigação empírica sistemática e conduzida por hipóteses feita com estas aves."
A investigação de Anderson e Williams começou com o estudo da lateralidade em flamingos:isto é saber se os flamingos revelam alguma preferência sobre o lado do corpo que utilizam para diversas tarefas, tal como os humanos podem ser dextros ou canhotos.
Descobriram que os flamingos preferem descansar a cabeça num dos lados do corpo e que o lado que o flamingo escolhe para pousar a cabeça determina o grau de agressividade para com os restantes membros do bando.
Isso levou-os a investigar se os flamingos também escolhem ficar sobre alguma das patas preferencialmente, e daí, qual o motivo porque se apoiam apenas numa pata, testando empiricamente a questão pela primeira vez.
Para levar a cabo esta investigação, Anderson e Williams passaram vários meses a observar os hábitos de flamingos das Caraíbas Phoenicopterus ruber em cativeiro no Jardim Zoológico de Filadélfia, onde os animais têm anilhas que os identificam individualmente.
Primeiro examinaram se apoiar-se apenas numa pata reduz a fadiga das patas das aves ou se ajuda os flamingos a escapar mais rapidamente de predadores encurtando o tempo que demoram a levantar voo. Ambas as situações tem sido vulgarmente apresentadas como razões para a postura unipedal de repouso dos flamingos. Os cientistas eliminaram cada uma delas pois a sua pesquisa mostrou que os flamingos levavam mais tempo, e logo mais energia, para se deslocarem depois de descansarem sobre uma pata por oposição a descansar sobre as duas. As aves também não revelavam preferências sobre a pata que escolhiam.
Ficar sobre uma pata também não ajuda no equilíbrio das aves quando está vento, outra ideia que tinha sido proposta.
No entanto, os investigadores descobriram que os flamingos preferem ficar só sobre uma pata muito mais frequentemente quando estão na água do que em terra, como referiram na última edição da revista Zoo Biology. "Como a água inevitavelmente retira mais calor corporal, este resultado apoia a hipótese de termorregulação", diz Anderson.
Resumindo, as aves ficam sobre uma só pata para conservar o calor do corpo. Se colocassem as duas patas na água perderiam mais calor do que seria saudável, facto particularmente importante pois que passam tanto tempo na água em busca de alimento.
"Os resultados fornecem evidências definitivas de que a termorregulação é a principal função do descanso unipedal em flamingos", confirma Anderson.
Provavelmente, o motivo porque as aves alternam entre uma pata e outra é para evitar que aquela que está mergulhada na água arrefeça demasiado. "Se ficassem constantemente numa só pata arriscavam-se a uma maior perda de calor e a possíveis danos nos tecidos devido ao frio."
Os investigadores também descartaram outras teorias mais estranhas, como a que sugere que os animais ficam sobre uma só pata para ajudar a melhorar a circulação sanguínea ao limitar os efeitos da gravidade, mas não eliminam a ideia de que possam existir outros efeitos benéficos, para além da conservação do calor.
"Dado o estilo de vida aquático dos flamingos, também talvez o descanso unipedal ajude a reduzir a carga de parasitas ou de fungos", diz Anderson. Outras aves, como as garças, cegonhas, patos e muitas outras também ficam muitas vezes só sobre uma pata na água, quem sabe se pelas mesmas razões que os flamingos, mas como estes ficam mais tempo na água para se alimentarem do que as outras aves, talvez seja uma especulação, referiu.
Saber mais:

sábado, 19 de setembro de 2009

Mais próximo das estrelas com GigaGalaxy Zoom

Um projecto da Organização Europeia para Pesquisa Astronómica no Hemisfério Sul (ESO, na sigla em inglês)no âmbito do AIA 2009 o GigaGalaxy Zoom permite ir pela Via Láctea "adentro". Com um panorama interactivo de 800 milhões de pixeis do céu, é possível ter acesso a informação e imagens objectos de céu profundo (e não só). Vale a pena espreitar as nossas vizinhanças para ver as estrelas mais de perto e aprender mais sobre a Via Láctea. Basta clicar sobre o grande panorama, obtendo informações e imagens detalhadas de certas regiões específicas.
As mais de 1.200 fotos que compõem a imagem foram feitas pelo fotógrafo francês Serge Brunier. Ele passou as semanas entre Agosto de 2008 e Fevereiro de 2009 nos observatórios do ESO no Chile, La Silla e Paranal, e em La Palma, nas Ilhas Canárias.
Com as fotos brutas o francês Frédéric Tapissier e outros especialistas do ESO recriaram o céu exactamente como os nossos olhos o vêem do melhor ponto de observação do planeta, montando um panorama de 360º que abrange toda a abóbada celeste. A imagem final possui uns espantosos 800 milhões de pixels – no entanto, a versão disponibilizada na internet para o público está com “apenas” 18 milhões.
Clica aqui para iniciares a viagem.Vais descobrir novos mundos.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Macacos curados de daltonismo graças a terapia genética

Terapia genética potencia a cura do daltonismo. Técnica tem potencial de ser aplicada a seres humanos. Simulação de como Dalton veria o seu jantar, antes e depois do tratamento-Photograph: Neitz Laboratory
Investigadores americanos conseguiram curar o daltonismo de dois macacos-esquilo, através do recurso a uma terapia genética. O estudo, publicado esta semana na Nature, revela que o método utilizado pode ser aplicado na resolução de problemas de visão de seres humanos adultos, nomeadamente o daltonismo, visto que já não têm a plasticidade cerebral das crianças. Esta espécie de primatas é caracterizada pelos machos serem daltónicos, enquanto as fêmeas vêem as cores normalmente. Os dois macacos machos que serviram como cobaias no estudo, Dalton e Sam, foram acompanhados durante dez anos pela equipa liderada por Jay Neitz, da Universidade de Washington. Neste contexto foram submetidos a diversas provas que incluíam a apresentação de padrões gráficos, a fim de verificar se distinguiam as cores ou não. Estes padrões só podem ser reconhecidos quando a visão diferencia perfeitamente as cores. Enquanto isso, na Universidade da Flórida, William Hauswirth e os seus investigadores desenvolveram uma terapia genética para actuar nas células cone, extremamente importantes para a visão humana. Esta terapia consiste na introdução na retina de uma proteína extraída de genes humanos – opsina L -, que promove a produção de pigmentos sensíveis ao verde e ao vermelho. Os primeiros resultados surgiram passadas cinco semanas do início do tratamento e, ao fim de um ano e meio, Sam e Dalton já conseguiam distinguir 16 cores. O estudo é revolucionário, pois pensava-se que só o cérebro das crianças tinha a capacidade de processar novos estímulos. Prova-se assim que, pelo menos em relação às cores, a premissa não é verdadeira, visto que os cérebros dos adultos também tem essa capacidade. Segundo a co-autora do estudo, Katherine Mancuso, da Universidade de Washington, ainda assim será necessário garantir a segurança deste procedimento, pelo que a aplicação desta técnica em seres humanos pode demorar alguns anos. O daltonismo afecta maioritariamente os homens, sendo que um em cada 12 é afectado por esse distúrbio genético, enquanto apenas uma em cada 230 mulheres sofre dessa deficiência visual.
Os dois macacos-esquilo tornaram-se assim a base da promessa da possível oportunidade para acrescentar ou restaurar funções ao olho humano. A equipa espera conseguir usar este conhecimento para tratar este problema em humanos, mas também conseguir chegar a outras doenças mais graves, como a retinopatia diabética ou a degeneração causada pelo envelhecimento. “É uma promessa grande e um passo muito importante. No futuro a terapia genética será resposta para muitos problemas de visão.
Fonte da notícia: Cienciahoje.pt e

domingo, 13 de setembro de 2009

Descoberto método para vencer resistência de bactérias aos antibióticos

Imagem de Scanning electron micrograph (SEM) shows a strain of Staphylococcus aureus bacteria taken from a vancomycin intermediate resistant culture (VISA). (Credit: Janice Haney Carr) retirada de http://www.sciencedaily.com/releases/2009/05/090527170308.htm

Uma equipa de investigadores da Universidade de Nova York (Estados Unidos) descobriu um mecanismo que pode ser capaz de reduzir a toxicidade e aumentar a eficácia dos antibióticos em doses baixas em algumas bactérias resistentes como staphylococcus aureus ou o anthrax.
Concretamente, a investigação descobriu que o óxido nítrico presente no organismo é o responsável por criar certas resistências nestas bactérias, de modo a poderem defender- se do stress oxidativo que os antibióticos lhes causam e neutralizar o efeito de muitos dos seus componentes antibacterianos.
Segundo os cientistas, inibir o efeito do óxido nítrico acabaria com muitas bactérias que criaram resistências aos fármacos e permitiria a utilização de antibióticos em doses mais baixas que seriam mais efectivas e menos tóxicas para o nosso organismo.
Sabe-se que o óxido nítrico está presente em diversos gases tóxicos e na poluição do ar e também diversos estudos demonstraram a sua participação em diferentes reacções fisiológicas como a aprendizagem e a memória, a pressão arterial ou a disfunção eréctil.
Todavia, até agora não se tinha demonstrado a sua participação na criação de resistências bacterianas aos antibióticos. Com base nisto os autores do estudo propõem o uso de enzimas inibidoras do óxido nítrico e já comercializadas, para tornar as bactérias como os estafilococos e o antrax mais sensíveis aos antibióticos.
"O desenvolvimento de novos fármacos para combater bactérias resistentes não é viável devido ao elevado custo e aos inúmeros efeitos adversos que surgem no organismo durante o tratamento da infecção" explicou , Evgeny A. Nudler, autor do estudo.
Em contrapartida, "inibindo a acção do óxido nítrico ganhamos a batalha na luta contra as bactérias já que não temos que inventar novos antibióticos, apenas é preciso melhorar a sua actividade, inclusive em doses baixas", referiu Nudler.
Fonte da notícia aqui e também aqui

domingo, 6 de setembro de 2009

CONSEGUIDA A PRIMEIRA IMAGEM DE UMA MOLÉCULA

Usando um microscópio de força atómica, cientistas "fotografam" molécula

Primeira imagem de uma molécula individual, uma molécula orgânica chamada pentaceno-em cima. Estrutura teórica do pentaceno-em baixo. [Imagem: IBM Research - Zurich]

Investigadores da IBM em Zurique, conseguiram, pela primeira vez, “fotografar” uma molécula individual. Até agora tal não tinha sido possível devido à sensibilidade das moléculas, embora os microscópios mais potentes já consigam obter imagens de átomos individuais. O trabalho foi publicado na edição de 28 de Agosto da revista científica Science. Este estudo poderá auxiliar no desenvolvimento de produtos electrónicos e até de remédios em escala molecular

COMO FOI POSSÍVEL TAL FEITO INÉDITO

A fotografia foi obtida pela interacção entre a ponta de prova do microscópio de força atómica(AFM) e a molécula que está a ser observada. Estas interacções são interpretadas pelo software do microscópio que produz a imagem do relevo da molécula. Da mesma forma que se usa o raio X para se obter imagens dos ossos e órgãos internos, os cientistas usaram o microscópio de força atómica para obter imagens das estruturas atómicas que são a espinha dorsal das moléculas individuais. A técnica, chamada de Microscopia de Força Atómica, mede a força de atracção entre os átomos da amostra e a ponta de prova do microscópio. É como se a ponta de prova pudesse “apalpar” a amostra. A imagem é assim criada através das variações na intensidade da força.

Contudo, ao ser usado para obtenção de imagens de moléculas inteiras, a ponta deste sistema acaba por interagir com a molécula, impedindo a aquisição da imagem. O problema foi resolvido colocando-se na ponta de prova do microscópio uma molécula de monóxido de carbono. Assim, o pentaceno (molécula com 22 átomos de carbono e 14 de hidrogénio, com 1,4 nm de comprimento), molécula usada no estudo, entra em contacto apenas com a molécula pouco reactiva de oxigénio do monóxido de carbono, não havendo o risco de se quebrar ou ligar à ponta do microscópio devido às forças electrostáticas ou de Van der Waals. Isto acontece porque os electrões à volta da molécula do pentaceno e os electrões à volta da molécula de monóxido de carbono estão do mesmo lado e criam uma pequena força repulsiva, o que mantém as moléculas afastadas e permite o funcionamento do microscópio de força atómica. Medindo desta forma, os cientistas construíram o “mapa topográfico” da molécula, o que se transformou na primeira visualização de uma molécula inteira.
O microscópio eletrónico cria uma espécie de "mapa topográfico" da molécula. A visualização directa, por meios ópticos, é impraticável porque a molécula é muito menor do que o comprimento de onda da luz visível. [Imagem: IBM Research - Zurich]

Sendo o espaçamento entre os átomos de carbono no pentaceno de 0,14nm, na imagem obtida pode ver-se claramente o formato hexagonal dos cinco anéis de carbono e a posição de cada átomo individual de carbono. Até mesmo as posições dos átomos de hidrogénio podem ser deduzidas nesta imagem. A ponta do microscópio passa apenas a 0,5 nm da amostra. Foram precisas 20 horas de funcionamento do aparelho para se obter uma imagem única.


O líder da pesquisa, Leo Gross, afirmou à BBC que os cientistas pretendem agora combinar o método para medir as cargas individuais dos átomos, desenvolvido por eles, com a nova técnica, o que pode permitir que eles descrevam moléculas com um grau de detalhe sem precedentes.
Estas pesquisas devem ajudar particularmente no campo da “eletrónica molecular”, auxiliando, no futuro, na criação de estruturas formadas por moléculas individuais que possam funcionar como interruptores e transístores.
Embora a técnica possa traçar as ligações que conectam os átomos, ela não é capaz de distinguir átomos de diferentes tipos.
A equipa de pesquisadores pretende agora testar a nova técnica com uma similar chamada de STM (Scanning Tunneling Microscope) para determinar se a combinação dos dois métodos pode descobrir a natureza de cada átomo nas imagens do AFM.
Este desenvolvimento será muito importante para as pesquisas a nível de vários ramos da biologia, electrónica molecular, química, em particular, a química sintética, usada para a produção de remédios.
Fonte da notícia: BBC news e

sábado, 5 de setembro de 2009

Ursos Panda em Perigo de Extinção

O panda gigante da China pode desaparecer "em duas a três gerações" devido ao rápido crescimento económico que tem vindo a destruir o habitat natural destes animais, alertou no mês passado, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Segundo a organização não-governamental WWF, o grande problema é que o habitat natural do panda gigante, o emblemático urso preto e branco que é um dos símbolos da China, está a ser dividido em pequenos territórios, o que dificulta que diferentes populações de animais entrem em contacto para se reproduzirem."Se o panda não conseguir encontrar parceiros de outros habitats para acasalamento pode enfrentar a extinção em duas ou três gerações", alerta Fan Zhiyong, director do programa de espécies da WWF na China, lembrando que o risco de endogamia (cruzamento com membros de seu próprio grupo) reduz ainda a resistência destes animais às doenças. O especialista do WWF precisa que a "construção de estradas próximas às reservas naturais" está a causar uma "considerável restrição de liberdade de movimentos, obstruindo rotas de migração e prejudicando a saudável troca de genes entre representantes da espécie". No entender de Fan Zhiyong, para diminuir a pressão sobre estes animais e garantir a sua conservação é fundamental abdicar da construção de infra-estruturas nas imediações das reservas naturais. Actualmente há cerca de 1600 pandas a viverem em liberdade na China, a maioria nas províncias de Sichuan (sudoeste), Shaanxi (norte) e Gansu (noroeste). No entanto, as estimativas da WWF apontam para que 43 por cento dos habitats naturais ainda não sejam considerados reservas naturais ou áreas protegidas e que 29 por cento destes animais careça de protecção efectiva.
Fonte da notícia aqui

Saguins fãs de Metallica

Imagem retirada de flickr.com
Símios gostam de ouvir Metallica, são as conclusões de um estudo publicado no "Biology Letters" da Royal Society. O objectivo era descobrir até que ponto é que os primatas são capazes de responder a estímulos sonoros e evidenciar emoções semelhantes às dos seres humanos.
Banda heavy metal dos Metallica. Photograph: Andy Fossum/Rex Features
O estudo realizado pelo norte-americano, Chuck Snowdon, psicólogo da Universidade de Wisconsin-Madison e o violoncelista David Teie comparou os efeitos de músicas compostas para humanos em macacos e descobriu que a música dos Metallica tem o efeito de acalmar os saguins-de-cabeça-branca (Saguinus oepidus). A experiência consistiu em tocar trechos de música de 30 segundos para 14 macacos e registar as mudanças no seu comportamento. David Teie fez de DJ e remisturou vários sons dando a ouvir a estes macacos o «Adagio for Strings», de Samuel Barber, uma suave melodia de piano, «The Fragile», do grupo de rock Nine Inch Nails, ou o «The Grudge», dos Tool, seguido de um pouco de heavy metal, «Of Wolf and Man», dos Metallica. A música dos Metallica foi a única que teve efeito sobre o grupo, acalmando os animais. Os investigadores chegaram à conclusão que os primatas reagiam emocionalmente a músicas que incorporavam sons comuns em chamamentos de macacos, especialmente determinadas cadências.
O estudo quer entender se outros animais têm a mesma relação emocional com a música que os humanos. “Os componentes dos gritos humanos e animais podem ser muito similares, e de uma perspectiva evolucionária, estamos descobrindo que padrões de notas, dissonâncias e ritmo são importantes para comunicar estados afectivos tanto em animais quanto em pessoas”, disse Snowdon ao jornal britânico “The Guardian”.
Ler notícia em: http://www.cienciahoje.pt/ e também em
Informação sobre os saguins de cabeça de algodão aqui