domingo, 22 de novembro de 2009

Células estaminais podem criar uma nova pele para vítimas de queimaduras

Cientistas franceses afirmaram ter descoberto uma forma de usar células estaminais embrionárias humanas para criar pele nova, que poderia ser usada em vítimas de queimaduras graves.
Segundo os investigadores do Instituto de Terapia com Células-Tronco de Evry, em França, as células estaminais podem ser cultivadas e transformadas em pele, em 12 semanas.
Esta pele de células estaminais poderia resolver os problemas de rejeição dos pacientes com queimaduras graves.
Christine Baldeschi, que liderou o estudo, afirmou que os resultados são promissores.
A Investigadora afirmou que a nova técnica poderá levar à criação de um "recurso ilimitado para a substituição temporária da pele em pacientes com grandes queimaduras, que aguardam enxertos".

Desenvolvimento embrionário
A técnica francesa copiou as etapas que levam à formação da pele durante o desenvolvimento embrionário.
Os cientistas colocaram as células estaminais numa rede artificial o que lhes permitiu formar uma camada de pele.
Esta pele foi enxertada em cinco ratinhos que passadas 12 semanas, apresentava uma estrutura compatível com a da pele humana.
O próximo passo da equipa será testar a nova técnica em pacientes humanos.
Atualmente, pacientes com queimaduras graves podem ser tratados com o uso de uma técnica que cultiva pele nova usando células da pele do próprio paciente.
No entanto, o cultivo desta nova pele demora três semanas, e o paciente fica exposto ao risco de infecções e desidratação.
Pele de cadáveres é usada durante este período para cobrir as queimaduras, mas a disponibilidade é limitada e geralmente esta pele é rejeitada pelo sistema imunológico do paciente.
Outro método que já foi tentado envolve o uso de redes artificiais nas quais as células podem ser cultivadas, mas esta técnica não funciona em grandes queimaduras. Há também o aumento do risco de rejeição e transmissão de doenças, já que esta técnica usa material de bovinos e outras pessoas.
Holger Schluter, do Centro de Estudo do Câncer Peter MacCallum em Melbourne, Austrália, afirmou que o estudo francês é um progresso.
"Esta descoberta sugere que a pele derivada de células estaminais embrionárias pode ser transplantada para pacientes com queimaduras que esperam enxertos de pele, com um risco reduzido de rejeição", afirmou.

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