quinta-feira, 30 de abril de 2009

"Xiongguanlong baimoensis" é o avô do T.rex




Todos conhecemos bem o Tyrannosaurus rex, o gigantesco dinossauro que foi o vértice da pirâmide alimentar, o depredador supremo, durante milhões de anos e acerca dele sabemos bastante. Ou pelo menos existem muitos fósseis da época em que ele viveu, há 65 milhões de anos, pouco (relativamente) antes do extermínio total dos grandes sáurios junto com os 60% das espécies de animais que existiam na altura. De facto, eles foram os últimos animais dominantes antes dessa grande hecatombe.
Mas, em relação à sua procedência evolutiva, havia uma grande lacuna devido à falta de fósseis nos 50 milhões de anos anteriores, e os únicos antecessores conhecidos do T. rex, muito mais pequenos, viveram no Barremiano, um período do Cretáceo inferior, entre 130 e 125 milhões de anos.
Mas uma descoberta recente de fósseis na China vem mudar esta situação: Perto da cidade de Jiayuguan, encontraram restos que pertencem a outra espécie de tiranossauro, baptizada como Xiongguanlong baimoensis, e que tem uns 105 milhões de anos de antiguidade.
Estes fósseis, tal como publicaram em Proceedings B, poderão corresponder ao elo perdido na evolução do T. rex, o parente que o une aos seus antepassados muito mais pequenos.

Segundo os cientistas, os fósseis mostram os primeiros sinais das características que se acentuaram muito nos tiranossauros surgidos a posteriori: o crânio com formato de caixa, ossos reforçados nos parietais que podiam suportar grandes músculos mandibulares, dentes frontais modificados e uma coluna vertebral muito mais forte para suportar a cabeça.
Mas também mostra características que estão ausentes em outros tiranossauros mais antigos, como um focinho comprido e estreito.
Este avô do T. rex era bastante mais pequeno, mas não tanto como os fósseis do Barremiano: Um indivíduo adulto devia medir uns 1,5 metros de altura até ao quadril (é a maneira normal de medir estes animais), e devia pesar perto de 250 quilos.
De todas as maneiras, o neto foi bastante mais crescido, chegando o T. rex aos 4 metros de altura até ao quadril e a pesar mais de 5 toneladas.

Noticia retirada de cienciaascores.blogspot.com/
Imagem e noticia também na BBC.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sumo de fruta 100% natural! É saudável! Já bebeste o teu?

ESTUDO diz que
Sumo de fruta 100% natural ajuda as pessoas a serem mais saudáveis

Imagem retirada daqui

Investigadores norte-americanos descobriram que as pessoas que bebem um copo de sumo de fruta 100 por cento natural por dia apresentam menos factores de risco de diversas doenças crónicas.O Dr. Mark Pereira e Dr. Victor Fulgoni, da Universidade do Minnesota, utilizando dados de uma sondagem nacional relativa à nutrição e saúde, descobriram que os consumidores de sumo de fruta 100 por cento natural apresentavam um Índice de Massa Corporal (IMC) menor, uma circunferência da cintura mais pequena e uma menor resistência à insulina, em comparação com os não consumidores de sumo. Com base na análise, o risco de obesidade era 22 por cento mais baixo entre os consumidores de sumo de fruta 100 por cento natural, enquanto o risco de síndrome metabólica era 15 por cento menor, em comparação com os não consumidores. A síndrome metabólica é definida através da presença de três ou mais dos seguintes factores: obesidade central, níveis de glicose no sangue elevados, níveis de triglicerídeos, em jejum, elevados, baixos níveis de lipoproteínas de alta densidade (bom colesterol) ou pressão sanguínea elevada. O Dr. Pereira referiu que se sabe que manter uma dieta rica em frutas e vegetais está associado a uma diminuição do risco de algumas doenças crónicas, sendo que um copo de sumo de fruta 100 por cento natural equivale a uma porção de fruta e, com base na análise, o consumo deste tipo de sumo está associado a alguns destes mesmos benefícios.

Sumo de laranja - imagem daqui

Fonte da notícia: http://farmacia.com.pt/

terça-feira, 28 de abril de 2009

Degelo polar continua imparável


A Antárctida perde uma superfície de gelo do tamanho de Nova York.
O degelo polar provocado pelas alterações climáticas continua imparável. Vários troços da plataforma continental Wilkins separam-se dando lugar a vários icebergs. A superfície total dos fragmentos alcança os 700 quilómetros quadrados, quase do tamanho da cidade de Nova York como afirmou Angelika Humbert, especialista em glaciares, da Universidade de Münster que há vários anos se dedica ao estudo das placas de gelo da Antárctida. Dos 700 quilómetros quadrados, 370 separam-se directamente da plataforma nos últimos dias. Os outros 330 quilómetros quadrados provêm do desmoronamento da ponte de gelo que unia a plataforma à ilha Charcot e à Península Antárctica. Segundo estimativas de Humbert as fragmentações da plataforma Wilkins podem atingir os 3.700 quilómetros quadrados após a ruptura da ponte, que constituía o elo de estabilização. De facto este bloco sofreu uma redução nos seus 16.000 quilómetros quadrados iniciais quase para metade. E a espessura diminuiu tanto que levará vários séculos a recuperar.
Esta situação deve-se ao facto das temperaturas na península terem aumentado 3ºC neste século.
A comunidade científica concorda ao afirmar que as culpas das alterações climáticas são principalmente, os gases provenientes dos combustíveis fósseis dos carros e fábricas.
A redução no tamanho das plataformas não aumenta significativamente os níveis do mar. No entanto existe uma preocupação e grande de que os fragmentos de gelo da plataforma que flutuam se derretam e aí sim aumentem os níveis da água do mar.
Fonte da notícia: Elmundo.es

Criação de Novo Logótipo Ecológico da UE


A Comissão Europeia anunciou ontem em Bruxelas o lançamento de um concurso com vista à criação do novo logótipo europeu para produtos biológicos, destinado a todos os estudantes de arte e design dos 27 Estados-membros da União Europeia(UE).
O novo logótipo da UE para produtos biológicos será obrigatório para todos os produtos biológicos pré-embalados originários dos 27 Estados-Membros que cumpram as normas de rotulagem, e o símbolo que vencer o concurso será adoptado como logótipo oficial em Julho de 2010.
O concurso desafia os estudantes a conceberem um logótipo original e atractivo, que conjugue os vários aspectos da agricultura e produção biológica.
O concurso é aberto a todos os cidadãos da UE inscritos numa instituição de ensino superior de arte ou design com sede num dos países da união, podendo as candidaturas ser submetidas na página da Internet "www.ec.europa.eu/organic-logo", até 25 de Junho próximo.


O vencedor levará 6.000 euros para casa. Os segundo e terceiro premiados recebem respectivamente prémios no valor de 3.500 e 2.500 euros.
Fonte da notícia: http://dn.sapo.pt/

Chitas com nova origem

Uma nova origem para as chitas

imagem daqui

A descoberta de um crânio de uma espécie primitiva de chita vem trocar as voltas à comunidade científica. Até há relativamente pouco tempo assumia-se que as actuais chitas (Acinonyx jubatus), os mais velozes animais de locomoção terrestre, tiveram origem na região norte-americana tendo, então, expandido a sua distribuição para a Ásia, Europa e África.
Com a descoberta deste crânio com um conjunto de características muito primitivas, na província de Gansu (China), uma nova realidade do processo evolutivo deste felino tem que ser construída, desta feita, com origem naquela região asiática.
Actualmente, esta espécie de felino com estatuto de Vulnerável apenas habita o continente africano e uma pequena região do Irão, onde é possível encontrar um grupo de apenas um centena de indivíduos. No total, existirão apenas cerca de 7500 indivíduos adultos no mundo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Plantas invasoras ameaçam Portugal Continental

Portugal sob "GRAVE RISCO" de invasões biológicas. É urgente prevenir e gerir os impactos das invasões biológicas . GUIA de IDENTIFICAÇÂO dará uma ajuda preciosa para identificar as invasoras.


imagem retirada daqui

Será apresentado amanhã dia 28 de Abril, pelas 17h, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, o “Guia Prático para a Identificação de Plantas Invasoras de Portugal Continental”. Este livro, da autoria de Elizabete Marchante (CEF, FCTUC), Helena Freitas (CEF, FCTUC) e Hélia Marchante (CERNAS, ESAC), visa divulgar o tema das invasões biológicas, identificando as principais plantas invasoras de Portugal Continental. Profusamente ilustrado, este guia inclui uma introdução ao tema das invasões biológicas, informação diversa sobre cada uma das espécies e um glossário ilustrado.A apresentação do livro contará com a presença de dois convidados: o Dr. João Loureiro, da Unidade de Aplicação das Convenções Internacionais do ICNB, que apresentará a dimensão política e legislativa com o tema “A comercialização de espécies exóticas e a CITES”; e o Doutor Jorge Paiva, do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, que abordará a componente científica.

AS PLANTAS INVASORAS

Não conhecem leis nem fronteiras e causam, por todo o mundo, prejuízos superiores a cinco por cento do PIB global. As plantas invasoras estão a multiplicar-se cada vez mais depressa. Mas em Portugal já têm cadastro. Portugal está mais susceptível a invasões biológicas, com prejuízos graves para a economia e para a saúde. O alerta é das biólogas Helena Freitas, Elizabete Marchante e Hélia Marchante, autoras do novo guia sobre as plantas que ameaçam o território continental.


Segundo Helena Freitas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia, Portugal está sob "grave risco" de invasões biológicas, com consequências para a economia nacional e para a saúde pública. De resto, um estudo publicado na revista Frontiers in Ecology and the Environment, citado pelo jornal Público, refere que só na Europa são gastos 10 mil milhões de euros no combate às espécies invasoras. Ao nível mundial, o Global Invasive Programme (GISP) estima que o prejuízo causado por estas plantas ascenda ao equivalente a 5 por cento do PIB global. "Entre as plantas invasoras que suscitam mais preocupação estão as acácias (a mimosa, por exemplo), o chorão-das-praias, a erva-das-pampas (ou penacho), a háquea-picante e o jacinto-de-água (na figura), mas há certamente mais", reconhece Elizabete Marchante, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.
Jacinto - de -água imagem daqui
Para a bióloga, "uma das grandes dificuldades associada ao problema das invasões biológicas é que cada pessoa, não consciente do problema, pode contribuir para o agravar, quer introduzindo novas espécies (intencional ou acidentalmente), quer utilizando espécies invasoras nas suas actividades profissionais ou mesmo no seu jardim. É fundamental investir nesta divulgação, pois só reconhecendo as espécies invasoras é que se pode evitar a sua utilização".As plantas utilizadas na decoração são elas próprias, frequentemente, espécies de risco. "Estas espécies podem vir de qualquer local do mundo. Chegam acidentalmente, por exemplo através de sementes misturadas com mercadorias, mas também intencionalmente, por exemplo para o mercado ornamental", explica Elizabete Marchante.Nem todas as plantas exóticas são nocivas, sublinha Helena Freitas. Contudo, como explica o guia, algumas destas espécies "além de superarem as barreiras geográficas, conseguem superar barreiras bióticas e abióticas", podendo tornar-se numa "ameaça para os ecossistemas naturais, para a produção de alimentos e, mesmo, para a saúde humana e para a própria economia".

Nova espécie de Acácia rosa descoberta na Etiópia

Flor de Acacia fumosa - Fotografia em elmundo.es (Science)

O Botânico sueco Mats Thulin identificou uma nova espécie arbórea do género Acacia (Fabaceae)na região de Ogaden, zona de díficil acesso a Leste da Etiópia. A espécie pode atingir os 6 metros, com uma copa de diametro entre 8 a 10 metros. Esta acacia floresce na estação seca com distintivas flores rosas. . Mats Thulin baptizou esta nova espécie com o nome de Acacia fumosa.


Um exemplar de 'Acacia fumosa' no seu habitat natural. Foto de Mats Thulin (Science)

Acacia fumosa foi descoberta em Maio de 2006. O seu estudo foi publicado recentemente na revista Science. As características que a diferenciam das demais espécies do mesmo género são a sua casca lisa e claro as suas flores de cor rosa.
Os investigadores observaram que esta espécie predomina numa zona de pelo menos 8.000 quilómetros quadrados, quase a superfície da ilha de Creta, pelo que calculam que podem existir milhões de árvores.
Cerca de 2.350 espécies de plantas são descobertas por ano, das quais 300 são encontradas em África. Esta é sem dúvida uma descoberta muito importante. Não é frequente encontrar-se uma nova espécie tão abundante, já que a maior parte dos exemplares descobertos recentemente situam-se em pequenas zonas localizadas ou então disseminadas.
Na era do Google Earth e do GPS subsistem ainda muitas maravilhas da natureza por identificar e novas espécies por descrever. Há coisas fantásticas, não há?
Fonte da notícia: Elmundo.es

sábado, 25 de abril de 2009

Novo Portal para descobrir o Universo

Portal Para o Universo.
imagem retirada daqui
Site do Ano Internacional de Astronomia
O Portal Para o Universo já está aberto, com notícias sobre o Universo

Saber as últimas novidades da astronomia é agora mais fácil, graças ao Portal Para o Universo, o mais recente projecto do Ano Internacional da Astronomia.

O site, lançado na Universidade de Hatrfordshire, no Reino Unido, na Semana Europeia da Astronomia e da Ciência Espacial, conta com tecnologias Web 2.0 e promete ser paragem obrigatória para quem quer estar a par do que se passa lá fora - mesmo fora do planeta.

O Portal Para o Universo dá acesso às últimas notícias de astronomia, vídeo e áudio em podcast, imagens, os blogues mais interessantes, e era esperado com expectativa por cientistas, jornalistas e público em geral. Em http://www.portaltotheuniverse.org/ podemos também encontrar imagens do Sol, saber o posicionamento do telescópio espacial Hubble em directo ou ainda consultar imagens do Universo obtidas por telescópios.

“O público tinha necessidade de um site como este, onde conteúdos de astronomia estão reunidos num só local e facilmente acessível”, disse Lars Lindberg Christensen, gestor do projecto, citado num comunicado de imprensa do Ano Internacional da Astronomia.

A iniciativa do Ano Internacional da Astronomia quer trazer o Universo à Terra, e a criação deste site possibilitá-lo-á, abrindo a porta a estrelas e galáxias.
Fonte da notícia

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Memórias de uma Tartaruga

Tartaruga - Imagem daqui

Memórias de uma Tartaruga
Passa um domingo diferente no OCEANÁRIO.Faz uma VIAGEM pelo fundo do MAR.Ficarás a conhecer muitas espécies que aí vivem e o que o HOMEM anda a fazer aos seus habitats Podes trazer a família.

Imagem do Oceanário retirada daqui


Visita Guiada Temática, dia 26 de Abril, às 11h00

O Oceanário de Lisboa apresenta, no próximo dia 26 de Abril, às 11h00, uma anfitriã muito especial. Uma "tartaruga" receberá o público com a visita "Memórias de uma Tartaruga", dirigida a toda a família, em especial aos mais pequenos. As visitas guiadas temáticas, decorrerem no último domingo de cada mês, pagando os visitantes apenas o bilhete de entrada no Oceanário.
Durante uma hora e meia os participantes têm a oportunidade de explorar o Oceanário de Lisboa na companhia de um educador ambiental, disfarçado de tartaruga, que os conduz a uma aventura pelo fundo do mar através de uma visita teatral única. Durante a viagem, a tartaruga apresenta muitas espécies marinhas, explica qual o impacto do Homem nos seus habitats e o que podemos fazer para as proteger.
O programa tem como objectivo motivar a alteração de comportamentos de forma a respeitar e preservar os oceanos, sugerindo aos visitantes que pequenos gestos representam grandes mudanças no futuro do planeta.
Visita guiada temática: "Memórias de uma tartaruga"
Data: 26 de Abril
Horário: 11h00
Condições: Visita limitada a 25 participantes; não necessita reserva prévia; a visita tem início à hora marcada com os portadores de bilhete presentes junto à bilheteira.
Preço: Preço normal de bilheteira para entrada no Oceanário.
Informações: Tel.: 21 891 7002 ou 21 891 7006; Fax: 21 895 5762;

quarta-feira, 22 de abril de 2009

HojeÉ... Dia da Terra. Como comemorá-lo?

imagem de Chris Radcliff retirada de Flickr

Hoje é Dia da Terra.Que podemos fazer para comemorá-lo de maneira ecológica? Não gostam de manifestações. Também não é preciso. Qualquer um pode realizar pequenos gestos que em conjunto resultam em grandes actos. Enumero 10 que podem praticar não apenas hoje mas todos os dias.


1-Aconselhem aos amigos que troquem as lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo consumo.

2-Falem com os vossos conhecidos sobre os benefícios das energias renováveis, e dos problemas causados pelas energias fósseis ao nosso planeta.


3-Plantem árvores. incentivem os vossos amigos a fazer o mesmo.

4-Ensinem as crianças vossas conhecidas a apreciar e a cuidar da Natureza. Falem com elas sobre a importância da Biodiversidade.

5-Àquela pessoa que deitou lixo para o chão peçam-lhe para o apanhar e o deitar no cesto do lixo.

6-Reciclem, e convençam os vossos amigos a fazer o mesmo. Que separem o que é biodegradável e o que não o é.


7-Não usem sacos de plástico, e se tiverem que usar reciclem-nos. Difundam estas ideias entre os amigos. Milhares de animais vão agradecer-vos.


8-Informem às pessoas que não sabem, o que é o aquecimento global, e a relação que existe entre este e as variações climáticas.

9-Expliquem aos vossos amigos e familiares o que são os gases de estufa e como afectam o nosso planeta originando subidas na temperatura na nossa terra.


10-Sempre que possível, evitem utilizar transportes que contaminem. Andem a pé ou usem a bicicleta.


Nos últimos 35 anos perdemos um terço da totalidade da vida selvagem. Não é exagero. E um terço podem acreditar que é muitíssimo.

A MENSAGEM É :

Vamos cuidar do nosso planeta e estar atentos para que os demais também o façam. Por isso neste dia da Terra, façam algo pelo nosso Planeta, ainda que vos pareça tão pequeno como cada um destes 10 pontos que enumerámos.

Mensagem retirada de http://elblogverde.com/

domingo, 19 de abril de 2009

Iogurte melhor que antibiótico na luta contra bactéria

Iogurte - imagem de http://www.semlactose.com/index.php/2008/01/22/iogurte-contem-lactose/

Iogurte ajuda no combate à Helicobacter pylori

Cientistas da Universidade de Kyoto (Japão) descobriram um novo benefício dos iogurtes para a saúde, relacionado com o facto de este conter bactérias vivas.

No estudo desenvolvido, os cientistas enriqueceram o iogurte com um anticorpo, proveniente de ovos de galinha, que combate a Helicobacter pylori (bactéria responsável por muitas úlceras do estômago e algumas formas de gastrite). Este anticorpo, chamado IgY-urease, ajuda o sistema imunitário das galinhas a controlar esta bactéria.

Os investigadores observaram que, em 42 doentes infectados que consumiram durante quatro semanas dois copos deste iogurte por dia, a actividade do microorganismo foi reduzida em 42%. Os anticorpos, após neutralizarem a bactéria, são destruídos pelo ácido produzido no estômago.

A Helicobacter pylori infecta mais de 50% da população, sendo responsável por muitas doenças gastrointestinais em todo o mundo. Embora já existam antibióticos para combater esta bactéria, o objectivo destes cientistas é desenvolver um tratamento que seja mais acessível, fácil de tomar e sem efeitos laterais. Por outro lado, em países subdesenvolvidos (locais onde a bactéria tem maior expressão), a administração deste iogurte terá um duplo efeito: além de ajudar no combate à bactéria, irá também actuar no combate à desnutrição e a outros problemas de saúde (uma vez que é uma fonte saudável de cálcio e proteínas).

Este iogurte anti-úlcera já é comercializado no Japão, Coreia e Taiwan. Brevemente poderá ser introduzido nos Estados Unidos da América, onde a bactéria afecta cerca de 25 milhões de pessoas.
Links da notícia aqui e também aqui

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Risco de Alzheimer pode ser detectado ainda na juventude


Exame simples pode detectar risco de Alzheimer ainda na juventude

Gene ApoE4 está ligado à hiperactividade no hipocampo

Um exame que detecta hiperactividade numa região do cérebro com funções vitais na memória poderá bastar para indicar se um adulto jovem corre mais risco de desenvolver Alzheimer décadas depois, podendo assim ser tratado precocemente.

Cientistas da Universidade de Oxford realizaram um estudo, que permitiu concluir que basta um exame simples, que detecta a hiperactividade numa região do cérebro com funções vitais na memória, para indicar se um jovem adulto corre o risco de vir a desenvolver Alzheimer mais tarde. Desta forma, pode-se apostar num tratamento precoce.


(www.alz.org/brain/)

Neste estudo comparou-se a actividade cerebral de 36 voluntários com idades compreendidas entre os 20 e 35 anos, através de imagiologia por ressonância magnética. Metade das pessoas estudadas possuíam o gene ApoE4, que está relacionado com a doença. Além disso, os portadores do gene registaram maior actividade no hipocampo, mesmo em repouso, quando comparados com os não portadores.

Todos os voluntários desempenharam as tarefas, para avaliar as suas capacidades cognitivas, normalmente. Os cientistas consideraram que os portadores do gene ApoE4 (ligado à hiperactividade do hipocampo), têm uma maior probabilidade de desenvolver a doença. Desta forma, pode-se desenvolver um método simples de identificar as pessoas com maior possibilidade de desenvolver Alzheimer, ainda na juventude, e aconselhar-lhes um tratamento precoce.

Este estudo relaciona-se com outro, que concluiu que quem herda uma cópia do gene ApoE4 tem quatro vezes mais possibilidade de contrair Alzheimer. Já quem herda duas cópias do gene, corre dez vezes mais risco. Contudo, os cientistas lembram que nem todos os portadores de uma ou duas cópias deste gene desenvolvem obrigatoriamente a doença.

A doença de Azheimer (causa mais comum de demência), afecta entre 60 a 70 mil pessoas em Portugal.

Fonte da notícia: http://www.biotec-zone.net/

Lua Titã intriga Cientistas

Formato da lua Titã de Saturno intriga cientistas

Na imagem, aparece a lua Titã com a cor alaranjada. A Titã é a maior lua de Saturno
(imagem de HENRY FOUNTAIN)


Graças à missão Cassini, cientistas descobriram nos últimos anos muitos factos sobre Titã, a maior lua de Saturno. Entre outras coisas, eles sabem agora que ela possui dunas de areia, lagos de metano líquido e, talvez, vulcões glaciais.

Também sabem algo sobre o seu formato. Usando dados de instrumentos do radar da Cassini, Howard A. Zebker, da Universidade de Stanford, e colegas determinaram que Titã apresenta uma pequena saliência em redor do seu centro e é achatada nos pólos.

O grau de achatamento é pequeno, relatam os investigadores num artigo publicado online na Science. Também não é nada surpreendente, afirmou Zebker, "porque Titã rotaciona de forma parecida à da Terra" (e a Terra também é achatada). Titã também tem sempre a mesma face voltada para Saturno e a poderosa força gravitacional do planeta gera grandes marés na lua, aumentando a deformação.

Mas o formato de Titã não é exatamente o que seria esperado em teoria. Uma possível explicação para isso, referiu Zebker, é a distribuição irregular de calor no núcleo de Titã. Ou talvez a lua estivesse mais perto de Saturno no passado, quando se formou e quando terá "congelado."

O achatamento de Titã também pode ajudar a explicar o motivo de seus lagos de metano estarem concentrados perto dos pólos. Se existe um "lençol de metano" (análogo a um lençol de água na Terra), então seria mais provável que o líquido alcançasse a superfície numa área de baixa elevação, como o são os pólos.

Site original da noticia: The New York Times

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O império das formigas

Tirando os humanos, poucos organismos colonizaram o nosso planeta de forma tão eficaz como as formigas. Os fotógrafos Heidi e Hans-Jürgen Koch mostram-nos a espectacular vida secreta destes insectos sociais.

Um Tesouro de Proteínas. Esta Formica polyctena, muito comum nas florestas europeias, encontrou o cadáver de uma libelinha. Quando relatar o achado, um exército de companheiras acudirá ao local para o desfazer em pedaços e transportá-lo para o formigueiro. © H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com.

Heidi e Hans-Jürgen Koch andam há mais de duas décadas a captar as mil e uma facetas da fauna doméstica e selvagem. E são bons, mesmo muito bons. De facto, entre outros Galardões, o seu trabalho mereceu o reconhecimento do World Press Photo, o concurso de fotografia mais prestigiado do mundo. É evidente que este casal alemão forma uma boa equipa. Entre os dois, encarregam-se praticamente da totalidade da produção, das suas obras, desde a busca de exemplares até à edição das imagens.
O seu último trabalho debruça-se sobre o mundo das formigas. Embora vistos de perto estes insectos possuam um certo ar alienígena, a verdade é que, milhões de anos antes de surgirem os primeiros Homo sapiens, eles já sabiam organizar-se em sociedades complexas e estruturadas.
Crê-se que as cerca de 14 mil espécies conhecidas de formigas evoluíram a partir de um antepassado que viveu em meados do cretácio, há uns 120 milhões de anos. Desde então, adaptaram-se e actualmente, à excepção da Antárctida e de algumas ilhas, ocupam todas as zonas terrestres do Planeta. O segredo deste êxito talvez resida na sua habilidade para se coordenarem e fundarem novas colónias, que podem albergar desde algumas dúzias a milhões de indivíduos. Uma das maiores que se conhecem cobre 6000 quilómetros de costa, desde Portugal ao norte de Itália. Em geral, estas super-estruturas organizam-se em torno de uma rainha, maior e mais longeva (podem chegar até aos 30 anos) que as operárias. Estas encarregam-se de praticamente tudo no formigueiro, desde cuidar das pupas até obter alimentos, para o que desenvolveram estratégias muito sofisticadas. De facto, segundo os entomólogos Ted Schultz e Sean Brady, do Museu Smithsonian de História Natural (Estados Unidos), várias espécies aprenderam a cultivar fungos há 50 milhões e aperfeiçoaram a técnica até ao ponto de terem os seus próprios “jardins” que exploram como verdadeiros agricultadores.
Onde está o Wallie? Desculpem , onde está a Formiga?

A extraordinária organização revelada pelas formigas carpinteiras Camponotus fellah chamou a atenção dos investigadores da Universidadede Lausanne ( Suíça) que as etiquetaram para descobrir qual o papel de cada uma.© H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com.


Pausa para beber:
Uma gota de água é um improvisado banquete para estas formigas da floresta, cujo comprimento ronda os 5 mm . © H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com .



Competição pela água:


Estas formigas vermelhas bebem de uma gota de água que pende de uma folha. Tal como nós os himenópteros necessitam do líquido vital para sobreviver.© H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com.




E uma casinha muito saborosa:


Em 2003 a NASA desenvolveu um gel especial translúcido que simultaneamente servia de habitat e de alimento para um grupo de formigas. Assim, os austronautas podiam estudar facilmente o seu comportamento num ambiente de microgravidade. © H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com.



No calor da maternidade:

As operárias transportam as pupas para as zonas do ninho com as condições mais favoráveis. No interior das pupas, o insecto desenvolve a morfologia que apresentará na fase adulta. Após a eclosão, as formigas levam alguns dias a "endurecer" o revestimento e a adquirir a sua coloração definitiva.© H.&H.-J. Koch/animal-affairs.com

Pupas da formiga Ochetellus (Victoria, Austrália)

Farmácia às costas:

Algumas espécies de formigas colhem resina das árvores. Esta substância fortalece o seu sistema imunitário e permite-lhes resistir melhor às bacterias.


Fonte da notícia:
Para saber mais:http://www.antweb.org/

Formiga, Cérebro e o Labirinto são os temas básicos.

A semana passada fui ver a Exposição Peter kogler, patente no MUSEU COLECÇÃO BERARDO - Centro Cultural de Belém - LISBOA, até 31 MAIO 2009
e saí de lá com o entusiasmo de ter descoberto algo novo.

Atraídos pela gigantesca trama que preenche as paredes da sala onde começa a exposição, os visitantes são convidados a entrar num mundo de signos e de ideogramas dominado por uma transformação infinita de imagens e de espaços digitais. Desenhos gerados por computador, dissipam a identidade e a individualidade do ser humano em retratos anónimos compostos por redes. A formiga e o cérebro são dois temas básicos que unem o simbólico ao orgânico. O labirinto como símbolo de uma sociedade operada em rede pelos media é outro tema central que Kogler interliga com o espaço real em projecções de vídeo e murais extremamente variados. Expondo pela primeira vez em Portugal, Peter Kogler cria uma rede de tubos que vem integrar-se no espaço muito desenhado das salas do Museu Colecção Berardo.

Ao entrar na exposição o visitante é, desde logo, confrontado com um enorme desenho em vinil preto que abruptamente preenche as paredes do museu. A sua forma apesar de abstracta não deixa, por isso, de ser inquietante aos olhos do público que nela tenta vislumbrar um sentido. Para quem conhece a obra de Kogler, facilmente se recorda da sua participação na Documenta X, em 1997, onde o artista revestiu o espaço da Documenta-Halle com um papel de parede cujo motivo era um entrelaçado de tubos. Várias foram as referências atribuídas, na altura, a estes tubos, que lidos como signos de modernidade, traziam à memória fábricas de refinaria, Fernand Léger ou a arquitectura do Centre Pompidou. Tal como estes tubos, também os que vemos na exposição do Museu Berardo são de dimensões e espessuras diferentes e formam um emaranhado tubular, cuja trajectória cria uma ambiguidade na percepção e orientação do visitante. No entanto, são transparentes e revelam o seu interior, em rede. Ora, aqui a rede actua, já não como signo de modernidade, mas como a sua actualização numa era que, não estando de costas viradas para o passado, vê a tecnologia analógica substituída pela digital. Passagem esta, aliás, testemunhada pela imagem digital de um mundo desenhado em rede sobre uma superfície monocromática branca, de 2008, e que nos espreita da sala seguinte.

A exposição apresenta uma série de trabalhos da década de 1980, dos quais se destacam uma instalação, de 1984, e um conjunto de cinco pinturas, de 1986. O primeiro é composto por várias pinturas e desenhos a carvão e guache, sobre cartão, de diferentes dimensões, que integrados num todo formam uma grande composição. Nele habitam elementos figurativos e abstractos, como signos de uma linguagem gráfica, que aparecem e reaparecem pontualmente, tal é o exemplo de uma casa, materializada numa escultura de estrutura modular que completa a instalação.

As cinco pinturas de 1986, com cabeças gráficas desfiguradas sobre fundos vermelhos, adquirem também uma singularidade no conjunto da exposição, pois não só correspondem aos primeiros trabalhos do artista gerados por computador, como introduzem uma nova direcção na sua obra, já que daí para a frente o computador tornou-se uma ferramenta imprescindível para Kogler. A complexidade daquelas formas pictóricas alcançadas apenas com o computador contrastam com o resultado final de simplicidade visual.

Todavia, o uso de imagens isoladas impressas não tem continuidade, pelo que, na transição para os anos noventa, a técnica de serigrafia é redireccionada para povoar superfícies com um motivo que se multiplica em série. Este princípio de repetição mecânica é aplicado nos vários papéis de parede que, dada a sua reversibilidade, tanto cobrem as paredes do museu com fortes padrões, como sobre eles são penduradas pinturas. Mas, apesar do seu aparente efeito decorativo, estamos perante trabalhos que comportam uma dimensão reflexiva. Se, por um lado, a imagem de uma formiga ao ser repetida incessantemente se torna um padrão, por outro, funciona como alegoria de um modelo de organização e ordem sociais que reveste outra ordem, isto é, a da arquitectura do espaço expositivo.

A imagem da formiga volta pois a surgir numa outra instalação de 2007 readaptada para este contexto. Trata-se de uma dupla projecção que nos devolve o percurso de várias formigas. Como as paredes têm um revestimento fotosensível e a projecção é em loop, aquele percurso sobrepõe-se a si mesmo podendo apenas ser interrompido pela acção corporal do visitante que, deste modo, é convidado a interagir directamente com o dispositivo.

Uma animação vídeo computadorizada de 2005 encerra a exposição, mas ao contrário da anterior, esta instalação tenta gerar algum incómodo ao projectar ratos gigantes no chão que se vão acumulando e de um modo ameaçador se aproximam dos pés do visitante. Será que este trabalho tenta então repor a ideia de dispositivo como algo de terrífico? Creio que a estratégia de Peter Kogler e que esta exposição também enfatiza é, aliás, outra que recusa o entusiasmo optimista da técnica, mas que encontra também nela uma potencialidade, a devolução ao uso comum da experiência e da acção.



Fotos retiradas de lookconcepts.blogspot.com

Ver artigo escrito por Sofia Nunes em http://www.artecapital.net/criticas.php?critica=234
Para explorar mais, visita o site

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O caso estranho da lagosta de duas cores, pigmentos e genes explicam.

Uma lagosta que é metade esverdeada e metade avermelhada. Que imagem espectacular!

Não é uma montagem fotográfica. Esta lagosta é natural, o que torna a precisão na qual ela é dividida muito mais espantosa. Tão espantosa quanto a imagem são os conceitos biológicos envolvidos na explicação do seu aspecto.
Como surgem as cores nas lagostas?
As cores das lagostas são o resultado da interacção de três pigmentos: amarelo, vermelho e azul. A lagosta acima não produz o pigmento azul na sua metade esquerda do corpo, provavelmente por não possuir um gene importante na sua produção. É possível encontrar lagostas totalmente azuis que não possuem pigmentos amarelos ou vermelhos.


Foto: Steven G. Johnson ( aqui)

O importante é perceber que as cores de uma lagosta são determinadas pelos seus genes. Portanto, o lado direito e esquerdo da lagosta são geneticamente distintos! Chamamos os indivíduos que possuem células com genótipos diferentes de quimeras.
A pergunta é: por que as células do lado direito da lagosta têm um gene que as permite fabricar pigmentos azuis e as células do lado esquerdo não?

Para responder à questão - Um pouco sobre o desenvolvimento das lagostas

As lagostas, assim como outros artrópodos, têm o que chamamos de desenvolvimento embrionário determinado. Desta forma, quando o zigoto da lagosta se divide pela primeira vez, formando duas células, o lado direito e esquerdo são determinados, ou seja, todas as células do lado esquerdo da lagosta serão descendentes de uma das células e todas as células do lado direito serão descendentes da outra. Na divisão celular seguinte, o lado de cima e de baixo são determinados e assim por diante. Portanto, se houver alguma alteração genética nestas primeiras células, somente uma parte do animal vai possuí-la.

O caso da lagosta bicolor mostra exatamente a situação acima referida: alguma alteração genética logo depois (ou durante) a primeira divisão celular da lagosta fez com que um dos lados da lagosta não produzisse pigmentos azuis, deixando-a vermelha. Falta apenas uma única peça do puzlle: que alteração genética poderia ser?


Uma possível alteração genética que levaria à condição da lagosta acima é a chamada não disjunção. A não-disjunção ocorre quando ocorre um erro na divisão celular e uma célula recebe duas cópias de um cromossoma enquanto a outra não recebe recebe nenhuma.

No caso da lagosta, a não-disjunção aconteceu na primeira divisão celular (a que estabelece o eixo direito-esquerdo) com um cromossoma que possui um gene essencial para produzir o pigmento azul. Neste caso, o lado vermelho da lagosta ficou sem este cromossoma.
Muitas vezes não notamos quando acontece uma não-disjunção em um artrópode porque ela não resulta num fenótipo observável. Os casos mais sensacionais são quando uma espécie de artrópode tem machos e fêmeas diferentes( dimorfismo sexual) e a não-disjunção acontece nos cromossomos sexuais. Existem casos de insectos com metade do seu corpo correspondendo a macho e a outra metade a fêmea! Chamamos estes casos, que podem ser observados abaixo, de ginandromorfismo.


Borboleta - foto daqui

Antheraea frithi (mariposa) retirada daqui

Heteropteryx dilatata- Foto retirada daqui


Caranguejo-Foto daqui
É claro que é possível que tenha acontecido uma mutação no gene do pigmento azul, entre a primeira e segunda divisão celular mas a hipótese da não-disjunção é a mais provável.

Muitas pessoas não sabem mas podem acontecer exemplos de não-disjunção em humanos. Os casos mais famosos são a trissomia do cromossoma 21, que causa a síndrome de Down. Ela acontece quando um óvulo ou um espermatozóide sofre uma não-disjunção e duas cópias do cromossoma 21( que se mantiveram juntas na célula sexual ) se unem a mais uma cópia do cromossoma ( da outra célula sexual) para formar o ovo. Também existem casos de pessoas com XXX, XXY e XYY. Estas trissomias acontecem quando se verifica não-disjunção nos cromossomas sexuais.

domingo, 5 de abril de 2009

100 DÚVIDAS? Animais albinos, porquê?

Olha bem para estes animais! Todos brancos! São bonitos? São todos albinos. Porquê?






Todos os animais, incluindo nós temos cor na pele, nos cabelos, pêlo, olhos. Essa cor varia de animal para animal, de espécie para espécie, de individuo para individuo. É dada pela melanina, um pigmento de cor escuro, que em forma de granulos está no interior de certas células - os melanócitos - que existem em todos os vertebrados. Encontra-se na pele, nos pêlos e numa parte do olho chamada coróide. É precisamente a ausência de melanina num animal, que o torna albino. Esta característica genética tem a designação de Albinismo.

A melanina é muito importante porque além de dar a cor também dá protecção contra os raios solares. Assim a falta dela, como acontece nos albinos, leva a que sobrevivam pouco tempo no seu habitat natural. Como a melanina protege a pele e a retina da acção nociva dos raios solares, o albinismo costuma proporcionar queimaduras consequentes da exposição ao sol, formação de rugas cutâneas, envelhecimento cutâneo prematuro, desenvolvimento de determinados tumores malignos na pele e sensibilidade à luz e dores nos olhos, quando se permanece em ambientes muito quentes ou iluminados. Nos animais albinos, a sua falta de pigmentação torna-os facilmente perceptíveis, quer para suas presas, quer para seus predadores.

Mas o que é que faz com que um animal seja albino? A causa é genética. Os pais de um albino transmitiram-lhe ambos, um gene recessivo. Estes genes vão originar uma falha na via metabólica que converte um aminoácido chamado tirosina em melanina por acção da enzima tirosinase. Nos albinos esta enzima não funciona ou funciona de forma deficiente.

Para se ser um verdadeiro albino, o animal deve apresentar ausência total de pigmento, mesmo nos olhos. Isto significa que existem animais com coloração branca (leucísticos) que não são verdadeiros albinos.

Encontramos animais albinos em todos os grupos: insectos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

E também há aranhas albinas..........sabias?

Tartaruga albina - foto retirada de

Bébé elefante cor-de-rosa encontrado em África

Mike Holding especializado em vida selvagem capturou imagens de um elefante bébé cor-de-rosa, em Botsuana, um país no sul na África, enquanto filmava uma manada de cerca de 80 elefantes no delta do rio Okavango, para um programa da BBC.


"Nós vimos (o elefante rosa) por alguns minutos apenas, enquanto a manada atravessava o rio", disse.

"Foi um momento muito empolgante para todos no acampamento. Sabíamos que era algo raro, ninguém conseguia acreditar", acrescentou.

Especialistas acreditam que o elefante bebé provavelmente é albino, o que é um fenómeno extremamente raro entre elefantes africanos.

O albinismo é comum em elefantes asiáticos, mas muito raro em espécies da África.

"Encontrei apenas três referências a filhotes albinos, que ocorreram no Parque Nacional Kruger, na África do Sul", salientou Mike Chase, ecologista que lidera a organização de cariz ambiental Elefantes Sem Fronteiras.

"Provavelmente esta é a primeira vez que um elefante albino é registrado no norte de Botsuana."
"Estudamos os elefantes da região há cerca de dez anos e esta é a primeira prova documentada de um filhote albino", acrescentou.


"O que vai acontecer com este bebé elefante albino ainda é um mistério. A sobrevivência a este raro fenómeno é muito difícil nas condições duras da África. O sol forte pode causar cegueira e problemas de pele", afirmou.
Há esperança do elefante bebé que tem entre dois e três meses sobreviver.

"Pelo facto de ter sido visto no delta do rio Okavango, ele poderá ter uma chance maior de sobrevivência. Ele pode encontrar abrigo debaixo de grandes árvores e cobrir-se de lama, o que o protegerá do sol", afirmou o ecologista.
Para já ele encontrou a sombra do corpo da sua progenitora. "Este comportamento sugere que ele sabe de sua fragilidade face ao forte sol africano e adoptou estratégias para melhorar suas hipóteses de sobrevivência."

"Aprendi que os elefantes se adaptam muito facilmente, são inteligentes e mestres na sobrevivência", acrescentou.


Fotos e fonte da notícia:

http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7951331.stm

sexta-feira, 3 de abril de 2009

"Volta ao Mundo em 80 Telescópios"

Durante 24 horas, milhões de olhos vão seguir os melhores astrónomos do mundo. Que procuram eles, afinal, no Universo? Os melhores astrónomos do planeta vão ser observados em directo durante 24 horas por todos os cantos da Terra. Os observatórios mais avançados do mundo, do Pólo Sul ao espaço, vão reunir-se para uma espécie de "Big Brother" astronómico. A iniciativa "Volta ao Mundo em 80 Telescópios", do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009), arranca às 10 horas do dia 3 de Abril.
Poster das "100 Horas de Astronomia"Crédito: AIA2009

O que procuram os melhores astrónomos do mundo em locais tão diferentes como o Pólo Sul ou o Canadá?
O que investiga no espaço a primeira missão da NASA encarregue de encontrar planetas habitáveis (Keppler Mission)?
O que busca no Universo o célebre telescópio Hubble?

Através da Internet (site: http://www.ustream.tv/channel/100-hours-of-astronomy), qualquer pessoa poderá espreitar em tempo real o nascer de nova ciência. Na "Volta ao Mundo em 80 Telescópios" participam observatórios dos Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, Japão, Espanha, Chile, Países Baixos, Itália, França, Reino Unido, Índia, África do Sul, China, Porto Rico e Canadá. Serão ainda transmitidas imagens de um centro da Antárctica e de pontos de observação espaciais da Agência Espacial Europeia e da NASA.
Os curiosos terão ainda oportunidade de questionar os maiores especialistas do mundo, através do envio de mensagens electrónicas. A "Volta ao Mundo em 80 Telescópios" é uma das 1500 iniciativas da maior acção de divulgação científica de sempre, as "100 Horas de Astronomia", que decorrem de dia 2 a 5 de Abril. O objectivo é simples: fazer com que, pelo mundo inteiro e ininterruptamente durante 100 horas, as pessoas possam observar o Universo através de um telescópio, assistir a uma palestra sobre um tema de Astronomia, ver uma sessão de planetário ou descobrir na Internet como trabalham os investigadores. Com eventos organizados de Norte a Sul do país, Portugal figura entre os países mais dinâmicos da Europa.



Para mais informações, os interessados poderão aceder ao site http://www.100hoursofastronomy.org/.

Na página http://www.ustream.tv/channel/100-hours-of-astronomy, podes acompanhar ao vivo a emissão das 100 horas de Astronomia.
Fonte da notícia: Astronomia On -line

Com os olhos postos no Céu -"100 Horas de Astronomia"


"100 horas de Astronomia". Este é o título do evento mais mediático, até ao momento, do Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009). E já começou... ontem dia 2 e prolonga-se até Domingo dia 5.
A maratona astronómica, nunca antes realizada, está a acontecer em Portugal e por todo o mundo. A organização nacional do Ano Internacional da Astronomia 2009 (AIA2009) convida os portugueses a fazer parte desse projecto recorde, ao deslocar-se até um dos pontos de actividades para espreitar através dum telescópio e descobrir a beleza do céu.
No Centro Ciência Viva do Algarve, no dia 3 de Abril, há observação do Sol e à noite, entre as 21:30 e as 23:30, observação astronómica nocturna.

O NUCLIO, como não podia deixar de ser, também se associou ao evento promovendo uma série de actividades nos dias 3, 4 e 5 de Abril, no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, em S. Pedro do Estoril. São 3 dias em que as pessoas poderão participar em algumas das actividades regulares do NUCLIO, como a "Astronomia em Crescente" (dia 4) ou o "Domingo Divertido" (dia 5), e algumas outras que fazem parte da sua programação própria para o AIA2009, como o "E agora Eu sou Galileu" (dias 3 e 4). Pode consultar a programação completa para as "100 horas de Astronomia", em:
http://www.nuclio.pt/projectos/000079.html
E já agora dê também uma vista de olhos pelas páginas dos projectos específicos..."Astronomia em Crescente" - http://www.nuclio.pt/projectos/000077.html
"E agora Eu sou Galileu" - http://www.nuclio.pt/projectos/000078.html

Mas estas "100 horas" são um esforço mundial. Se não pode estar com o NUCLIO em S. Pedro do Estoril, procure uma outra iniciativa perto de si. Veja as páginas da coordenação nacional deste projecto em:
http://www.astro.up.pt/caup/eventos/aia2009/100horas/index.php
Se se encontra num outro ponto do globo, consulte a página internacional em:
O Ano Internacional de Astronomia é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, o Ciência Viva e a European Astronomical Society (EAS).
Links:
Ano Internacional da Astronomia:)
AIA 2009 (Página UNESCO/IAU)
Informações recebidas do NUCLIO e do Núcleo de Astronomia do Centro Ciência Viva do Algarve.

Descoberta colónia clonal gigantesca de amibas no Texas

Uma vasta população de amibas clonais foi encontrada no lodo de um pasto de vacas perto de Houston, numa área com cerca de 12 metros de extensão.

Colónia gigante de amibas - Foto de Owen Gilbert/Rice University


O Texas (Estados Unidos) pode vangloriar-se de uma notícia insólita: abriga a maior colónia mundial de amibas clonais.

Os cientistas localizaram esse vasto e pegajoso império, com cerca de 12m de extensão, constituido por milhões de indivíduos unicelulares geneticamente idênticos, palpitando de vida no lodo de um pasto de vacas perto de Houston.

"Foi um acontecimento muito inesperado", disse Owen Gilbert, aluno de pós-graduação da Universidade Rice e autor do estudo publicado pela revista Molecular Ecology na sua edição de Março. "Nunca tínhamos visto nada parecido".

Os cientistas dizem que a descoberta representa mais do que uma simples curiosidade, porque a colónia é formada por amibas ditas sociais. Ainda que o termo "amiba social" possa parecer contraditório, as amibas sociais são capazes de se reunir em grupos organizados e de apresentar comportamentos de cooperação ; algumas delas chegam a cometer suicídio para ajudar na reprodução das outras.

A descoberta de uma colónia tão grande de amibas geneticamente idênticas oferece novas percepções sobre como essa cooperação e sociabilidade podem ter evoluído, e pode ajudar a explicar a razão dos micróbios exibirem comportamento social pronunciado num número de ocasiões mais elevado do que aquele que a ciência costumava prever.

"A descoberta tem um interesse científico bastante significativo", disse Kevin Foster, Biólogo evolutivo da Universidade Harvard, que não participou do estudo. Ainda que pareça improvável que amibas coordenem interacções mútuas a distâncias maiores que as microscópicas, a descoberta de uma colónia clonal de proporções tão gigantescas, "suscita a possibilidade de que as células possam evoluir de maneira a organizar-se em escala espacial muito mais ampla" referiu o cientista.

O conceito de uma colónia de amibas gigante pode conjecturar lembranças do filme "A Bolha Assassina", clássico da ficção científica de 1958, se bem que as amibas sociais em questão, espécie conhecida como Dictyostelium discoideum, actuam de maneira muito mais subtil. Microscópicas e ocultas na terra, as amibas teriam passado despercebidas a qualquer observador do pasto.

Joan Strassmann, co-autora do estudo com Gilbert e David Queller, outro Biólogo evolutivo da Universidade Rice, disse que ela e uma equipe de alunos de graduação procuraram exemplares da espécie usando palhinhas de refrigerante espetadas na terra e no esterco das vacas, a fim de extrair material onde as amibas supostamente se encontrariam. No laboratório, eles estudaram as amostras. Estudos de ADN demonstraram que grande número das amibas recolhidas do pasto eram geneticamente idênticas.

Bernard Crespi, Biólogo evolutivo da Universidade Simon Fraser, no Canadá, salientou que o estudo era o primeiro a demonstrar claramente "a intima inter-relação" existente entre os micróbios sociais, uma população de indivíduos geneticamente idênticos. Uma colónia com as características apresentadas oferece condições ideais para fomentar a evolução de comportamentos como a cooperação, porque quanto mais semelhantes forem dois organismos, em termos genéticos, mais a selecção natural favorecerá que se auxiliem mutuamente.

A Dictyostelium, por exemplo, é capaz de feitos notáveis de cooperação, e demonstra exemplos de altruísmo suicida, um comportamento sob o qual amibas individuais se unem para formar um único corpo, com algumas delas sacrificadas a fim de permitir a reprodução mais efectiva de amibas em outras porções desse corpo.

Os cientistas afirmam que se forem encontradas colónias clonais também de outras espécies, isso poderia ajudar a explicar os exemplos generalizados de comportamento social encontrados entre os micróbios. Mas ainda não é claro qual a condição que precipita o florescimento dos clones. Os cientistas referem que encontrar as amibas reproduzindo-se em massa em campo aberto é bastante estranho, porque elas tendem a preferir o solo de floresta.

É possível que as vacas tenham estimulado o crescimento da colónia ao espalhar as amibas pelo lodo, diz John Bonner, Professor emérito de ecologia e biologia evolutiva na Universidade de Princeton. Mas embora uma colónia de dois milhões de amibas possa parecer impressionante (ou até ameaçadora), na verdade ela mostrou-se surpreendentemente frágil.

"Após uma semana , choveu bastante e a colónia basicamente desapareceu", disse Gilbert. Aparentemente, é essa a natureza fugaz dos grandes fenómenos amebianos, porque a colónia clonal do Texas não é a primeira a desaparecer inexplicavelmente.

Fonte da notícia: The New York Times

Artigo publicado por CAROL KAESUK YOON a 23 de Março de 2009