domingo, 29 de junho de 2008

Consumo mundial de água
29 de Junho de 2008

Além de descobrires como está distríbuida a água no Mundo, agora neste
mapa podes ver o consumo de água em m3 por habitante/ano.
Como se pode ver Portugal é um dos países que mais água consome
por habitante juntamente com Espanha, Itália, Grécia, Estados Unidos, entre
outros.

Distribuição da água no Mundo


(Clica na imagem para aumentá-la)


A água é um recurso que é preciso valorizar e cuidar. Como podes observar no gráfico, o oceano está na origem da maior parte das precipitações do planeta. A chuva que cai na terra satisfaz praticamente todas as necessidades da água doce das populações.

sábado, 28 de junho de 2008

Espargos em Marte - Será possível?



Phoenix analisou uma amostra do solo de Marte e achou-o parecido com o da Terra. “É o tipo de solo que poderíamos encontrar no nosso quintal”, declarou, em conferência de imprensa, Samuel Kouvanes, responsável pelo instrumento da sonda que acaba de realizar a primeira análise química ao solo de Marte. “Os espargos até se davam provavelmente muito bem com um solo desses”.
Para além de ser a primeira experiência de química realizada pela sonda Phoenix, é também a primeira de sempre a analisar quimicamente um solo extraterrestre. E os resultados são de facto espectaculares: o solo do pólo norte marciano (onde a sonda está há um mês) parece ser “muito ameno para a vida”, diz Kounaves.

A Phoenix é um autêntico geólogo-robô e o seu objectivo é recolher amostras de solo para determinar se, nos últimos dez milhões de anos, houve ou não em Marte condições para a existência de vida. Para isso, o braço robotizado da Phoenix recolheu uma pequena amostra e introduziu-a num dos instrumentos de bordo, o MECA (Microscopy, Electrochemistry and Conductivity Analyzer), onde o solo foi misturado com água e a lama resultante analisada “tal como um jardineiro analisa as propriedades da sua terra”, refere o New York Times. Estão previstas mais duas experiências deste tipo durante a missão, que deverá durar três meses.

Resultado: “a dois centímetros e meio de profundidade”, salienta o documento da NASA, “o solo marciano tem um pH muito básico, de entre 8 e 9 – “uma alcalinidade decididamente notável”. Também foram detectados iões de magnésio, sódio, potássio e cloro.

“A presença de sais minerais constitui mais uma prova da existência de água”, diz Kounaves, aludindo ao anúncio, há dias, da descoberta de gelo pela sonda. “Também encontrámos uma série de nutrientes, ou seja de compostos químicos indispensáveis para a vida tal como a conhecemos. (...) O mais impressionante não é que Marte seja um outro mundo: é que, em muitos aspectos (...) é muito parecido com a Terra.”

Um outro instrumento da Phoenix, o TEGA (Thermal and Evolved-Gas Analyzer), um minúsculo forno, aqueceu um outro bocadinho de solo até 1000 graus Celsius – “nunca uma amostra extraterrestre tinha sido cozida a temperaturas tão altas”, diz a NASA. A análise dos resultados demorará semanas até ficar concluída, mas já se sabe, refere o diário norte-americano, que a operação libertou vapor de água. “Neste momento”, diz William Boynton, responsável pelo TEGA, “podemos dizer que, no passado, o solo esteve claramente em contacto com água. O que não sabemos é se essa interacção ocorreu no local escavado ou noutro local, sendo a seguir transportado para essa área sob forma de pó.”

[Fonte: Público]

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Plantas "escalam" montanhas

Plantas «escalam» montanhas devido ao aquecimento global .

Mosaico mostra diversidade na Europa (cdt: Science)


O aquecimento climático causou, nas últimas décadas, a migração de numerosas espécies vegetais para altitudes mais elevadas, revela um estudo conduzido por uma equipa internacional e publicado quinta-feira na Science

(ver http://sciencenow.sciencemag.org/cgi/content/full/2008/626/3 )

Comparando a distribuição de 171 plantas de floresta em altitudes que variam do nível do mar aos 2.600 metros entre 1905 e 1985 e, depois, entre 1986 e 2005, os investigadores concluíram que as plantas "escalaram" cerca de 29 metros por década.

As observações mostram que as alterações climáticas não afectam somente a distribuição das espécies vegetais em longitude e latitude mas também em altitude.

A mudança é mais evidente nas ervas de renovação rápida e nas plantas de regiões montanhosas, que, tal como já se suspeitava, são mais sensíveis às mudanças do clima - assinalou Jonathan Lenoir, do Instituto de Tecnologia de Paris, principal autor da investigação.

O estudo assinala que o aquecimento do clima está a provocar uma resposta biológica e ecológica dos animais e das plantas na superfície de todo o planeta (comprovada pela evolução da distribuição e pela densidade das espécies) mas também nas profundidades marinhas.

Os cientistas notaram ainda que a mudança climática em França - onde teve lugar grande parte do estudo - se caracteriza por aumentos anuais médios de temperatura com uma amplitude superior ao resto do mundo, pois enquanto em todos os países estudados se verificou um aumento de 0,6 graus Celsius, em França a subida foi de 0,9 graus.

Nas regiões alpinas, o aumento da temperatura média chega ao 1 grau desde o início dos anos 80, o que explica o recuo dos glaciares, indicam os analistas.
Fonte da notícia: Ciência Hoje.PT

domingo, 22 de junho de 2008

Sonda Phoenix encontra gelo em Marte

As duas imagens, tiradas nos dias (ou sóis, em termos marcianos) 20 e 24, mostram o desaparecimento do material no canto inferior esquerdo, principalmente.


NASA acredita que sonda Phoenix encontrou gelo em Marte.

Investigadores da agência espacial norte-americana (NASA) estão convencidos que a substância branca e brilhante encontrada pela Phoenix na superfície de Marte é gelo, e não sal, após terem comparado as fotografias captadas pelas câmaras da sonda.
Os cientistas da missão detectaram que os pequenos pedaços de material brilhante que as câmaras da Phoenix fotografaram no dia 12 de Junho, num local denominado Dodo-Goldilokcs, no pólo norte marciano, não apareciam nas fotografias tiradas no mesmo local quatro dias depois.Para os responsáveis da NASA aquela substância era água congelada, que se evaporou após o braço robótico da Phoenix a ter exposto à atmosfera marciana.«Tem de ser gelo», afirmou o líder da equipa científica da missão, Peter Smith, da Universidade do Arizona, explicando que «os pequenos pedaços desapareceram totalmente nos últimos dias, o que constitui uma perfeita indicação que se tratava de gelo», avança a AFP.De acordo com o investigador, havia dúvidas no seio da equipa sobre se o material seria gelo ou sal, mas, acrescentou, «o sal não evapora». A Phoenix aterrou em Marte no dia 25 de Maio, com a missão de procurar indícios da presença de água e compostos orgânicos que ajudem os cientistas a determinar se já houve no planeta condições propícias para a existência de vida.
A página da missão Phoenix no site da Nasa traz as imagens registradas pela sonda, videos e animações (em inglês).
Foto: NASA

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Jason 2 no espaço





Satélite de observação oceânica
Jason 2 no espaço



O satélite franco-americano Jason 2, destinado a medir o nível dos oceanos, foi hoje lançado com êxito na Califórnia, num foguetão Delta 2, informou a NASA.

O satélite fornecerá medições precisas da evolução do nível dos mares para avaliar a extensão e o impacto das alterações climáticas nos próximos anos.

O satélite Jason-2 analisará não apenas o aumento no nível dos mares, mas também vai revelar como grandes massas de água estão se movimentando pelo planeta.

A informação será fundamental para ajudar as agências meteorológicas a fazer melhores previsões do tempo. O Jason-2 vai fornecer um mapa topográfico de 95% das partes livres de gelo dos oceanos da Terra a cada dez dias.

O Jason 2 foi lançado da base Vandenberg da Força Aérea dos Estados Unidos, na Califórnia, devendo posicionar-se numa órbita a 1.335 quilómetros de altitude.

O satélite prosseguirá as observações do nível dos oceanos e da circulação das correntes oceânicas do globo iniciadas em 1992 pelo satélite Topex/Poseidon e a partir de 2001 pelo seu sucessor, o Jason 1.
No coração da nova missão está o Poseidon 3, um altímetro que emite pulsos de microondas a partir da superfície do mar, constantemente. Ao cronometrar em quanto tempo o sinal faz a viagem de volta, o instrumento poderá determinar a altura da superfície do mar.
Segundo François Parisot, outra vantagem do Jason-2 é o fornecimento de informações em tempo real, disponíveis dentro de três horas a partir da recolha de medidas.
Isso será muito útil para prever tempestades. As informações vão ajudar meteorologistas a detectar quando uma tempestade irá ficar mais intensa e permitir assim alertas mais precisos.

As informações do Jason-2 também poderão fornecer informações que vão ajudar vários setores industriais a decidir quando as condições serão melhores para perfurações no fundo do mar ou para a colocação de cabos submarinos.O satélite também poderá ajudar na navegação marítima. Com informações a respeito das correntes (marítimas), é possível escolher a rota para ir mais rápido e economizar até 5% de combustível", acrescenta Escudier.

Trata-se de missões conjuntas da NASA e do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES) de França.

PEGADA ECOLÓGICA


A pegada ecológica é um conceito que mede a superfície necessária para produzir os recursos requeridos por cada cidadão bem como para absorver os resíduos por si gerados.

A média da pegada é de 2,85 hectares/pessoa (ha/p).
Actualmente os humanos estão consumindo cerca de 120% do que o planeta produz. Esta realidade é insustentável. A pegada ecológica superou a capacidade de geração de recursos do planeta nos anos 80.

Para reduzires a tua pegada ecológica deves praticar os seguintes conselhos:

- Reduzir, reutilizar e reciclar os materiais.
- Diminuir o consumo eléctrico e da água.
- Produzir o menor número possível de resíduos.
A Pegada Ecológica constitui uma forma de medir o impacte humano na Terra. Este conceito, desenvolvido por Mathis Wackernagel e William Rees, autores do livro “Our Ecological Footprint - Reducing Human Impact on the Earth” (1996), exprime a área produtiva equivalente de terra e mar necessária para produzir os recursos utilizados e para assimilar os resíduos gerados por uma dada unidade de população. Pode ser calculada para um indivíduo, uma comunidade, um país, ou mesmo para a população mundial. Dito de outra forma, a Pegada Ecológica avalia a extensão com que uma dada população se apropria do espaço biologicamente produtivo. Uma vez que as pessoas usam recursos de todas as partes do mundo, e afectam locais cada vez mais distantes com os seus resíduos, esse espaço é, geralmente, o somatório de uma série de pequenas áreas distribuídas por todo o planeta que, na sua totalidade, tem vindo a aumentar.

Faz click aqui para calcular a tua pegada ecológica.

Baleias ameaçadas pelo Aquecimento Global



Baleias ameaçadas pelo aquecimento global

O derretimento da camada de gelo na Antártida, causado pelo aquecimento global, ameaça baleias migratórias, que têm suas áreas de alimentação reduzidas.

Um estudo divulgado pelo Worldwide Fund for Nature (WWF) alerta para o facto de que o gelo marítimo do inverno será reduzido até cerca de 30% em alguns lugares.Esta situação será fatal para as baleias pois estas alimentam~se de Krill (pequenos camarões na sua maioria da espécie Euphansia superba) . O krill depende do gelo marinho para sobreviver. Se este diminuir os recursos alimentares das baleias irão escassear. Devido a isso, as baleias são obrigadas a viajar mais 500 quilômetros em busca de comida.

A conclusão é que o aumento das rotas de migração não apenas fará aumentar o montante de energia usado pelas baleias para chegar a suas áreas de alimentação como também reduzirá a temporada de alimentação por causa do tempo consumido para chegar até lá.

"Essencialmente, o que estamos vendo é que as baleias associadas ao gelo como as baleias mink da Antártida enfrentarão mudanças dramáticas em seu habitat dentro de um período não muito maior do que o período de vida desses animais", afirmou Heather Sohl, dirigente do WWF.

O documento foi divulgado para coincidir com o 60o encontro anual da Comissão Internacional Baleeira (IWC), que ocorre em Santiago (Chile), na próxima semana. Nesse encontro, o Brasil deve propor a criação de um Santuário para Baleias no Atlântico Sul.

Países baleeiros como o Japão e a Noruega, por outro lado, realizam uma campanha para que seja levantada a moratória sobre a caça comercial de desses animais, adotada pelo IWC em 1982.

Entre as baleias mais ameaçadas pelo derretimento do gelo na Antártida encontram-se a baleia-azul, o maior animal do mundo, e a cachalote.

Só recentemente, essas espécies começaram a recuperar depois de terem ficado à beira da extinção no século 20, antes da moratória da IWC entrar em vigor.



quinta-feira, 19 de junho de 2008

Uma enzima num selo

Uma enzima num selo: projecto de Nuno Micaêlo no top 10 do concurso «Aqui há selo» dos CTT


Mais vale selo do que parecê-lo! Vamos pôr a Ciência nos CTT!


Imagina-te a comprar um selo com a ilustração do centro activo de uma enzima da bactéria Bacillus subtilis. A curiosa aquisição está perto de se tornar uma realidade e resulta da vontade de divulgar uma descoberta científica feita por portugueses e o potencial da "arte molecular". Nuno Micaêlo, o investigador do grupo de Modelação Molecular da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro que submeteu o projecto ao concurso "Aqui há selo" dos CTT e Lígia Martins, a investigadora do ITQB responsável pela caracterização da bactéria são os protagonistas.
Ciência Hoje também quer que haja um selo sobre Ciência em Portugal; daí fazer campanha e apelar ao voto no trabalho de Nuno Micaelo. Atenção: só se pode votar até ao dia 20 deste mês, ou seja, até à próxima sexta-feira! Ciência Hoje aposta na vitória do investigador Nuno Micaêlo, da Universidade de Aveiro, no concurso lançado pelos CTT que termina na próxima sexta-feira. A menos de 80 votos do segundo lugar, o «selo» de Nuno pode e deve chegar à vitória. É a única forma de a Ciência andar pelas cartas em todo o País. Apelamos ao voto e que digam aos vossos amigos e colegas para votarem. Hoje chegamos ao segundo lugar, amanhã partimos para levar este selo à vitória.
A hora não é de hesitações. Talvez seja uma oportunidade única de «A Ciência em Portugal» demandar os caminhos difíceis da filatelia. Confrontado essencialmente com duas propostas mais «populares», a «natureza» dos cogumelos e o apelo ao coração dos «direitos dos animais», o projecto de Nuno Micaêlo traz a ciência para as malas dos carteiros.
Basta clicar em «A Ciência em Portugal» ou em ,http://www.irrequietos.com/aquihaselo/senior/stampranking.aspx e aí escolher o selo sobre ciência que reproduzimos na imagem que ilustra esta mensagem - o selo do Nuno! O voto só é contado depois de validar um e-mail recebido dos CTT!
Para conhecer os objectivos da divulgação deste selo bem como a importância das aplicações da enzima ver em Entrevista para o portal de ciência www.cienciahoje.com - uma entrevista feita pela jornalista Marta F. Reis ao autor do selo, Nuno Micaêlo, e à cientista Lígia Martins, investigadora responsável pela enzima ilustrada no selo, disponível no portal http://www.cienciahoje.com/. Nesta Nuno Micaêlo e a doutora Lígia Martins falam sobre o objectivo da divulgação deste selo, da ciência e importantes aplicações biotecnológicas daquela enzima. É uma boa oportunidade para saber em primeira mão o que pensam os cientistas sobre este selo.
Fonte da notícia : http://www.cienciahoje.pt/

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Descoberta nova espécie de pirilampo em Portugal


O Parque Biológico de Gaia anunciou ontem a descoberta de uma espécie de pirilampo nova em Portugal, que até agora era apenas conhecida em Espanha e França.

A identificação desta espécie - Lamprohiza mulsanti Kieserwetter - foi feita a partir de "exemplares colhidos por um grupo de entomólogos no Parque Biológico de Gaia e noutras localidades do Norte de Portugal", refere o parque.
Esta espécie foi primeiramente classificada em 1850, por Ernest August Hellmuth von Kiesenwetter, um entomologista alemão cujas colecções encontram-se no Museu de História natural de Munique e no Staatliches Museum fur Tierkunde, em Dresden.

LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gene de Pirilampo ilumina outros organismos....


Gene de pirilampo permite "iluminar" outros organismos e assim detectar lesões genéticas - estudo de cientista portuguesa
A introdução de um gene do pirilampo num verme permitiu usar a luminescência adquirida por este organismo para conhecer o seu metabolismo e detectar o efeito de alterações genéticas, num estudo realizado na Escócia por uma cientista portuguesa.

"O que eu fiz foi colocar o gene de um pirilampo americano num organismo modelo da biologia, o nemátode Caenorhabditis elegans, que assim se tornou capaz de utilizar um substrato, a luciferina, para emitir luz à custa das suas reservas de energia", disse Cristina Lagido à agência Lusa.

"Assim, medindo a luz emitida com um instrumento chamado luminómetro é possível ter uma ideia das reservas energéticas do organismo" - acrescentou.
Outra conclusão do estudo, publicado na revista britânica BMC Physiology, foi que é possível utilizar a luminescência para detectar o efeito de determinadas lesões genéticas.
Cristina Lagido, que trabalhou nesta investigação com colegas da Universidade de Aberdeen, na Escócia, utilizou a técnica de inactivação selectiva de genes conhecida por ARN de interferência (ARNi), cuja descoberta por Andrew Z. Fire e Craig C. Mello (norte-americano de origem portuguesa) lhes mereceu o Prémio Nobel da Medicina de 2006.
"Com esta técnica silenciei genes que são importantes para a respiração celular e, como seria de esperar, obtive uma redução drástica dos níveis de luz", explicou, referindo que o objectivo inicial da equipa, e que continua a ser uma das suas linhas de investigação, era a utilização do nemátode como bio-sensor de poluição ambiental, por esse nível diminuir quando o animal é exposto a poluentes.
Outra linha de investigação proposta por Cristina Lagido, e para a qual a equipa procura obter financiamento, é a aplicação deste bio-sensor em estudos de genética para tentar averiguar quais os genes do nemátode que desempenham um papel em termos de tolerância ao stress ambiental.
"Se o nível de luz aumentar, isso significa que os nemátodes se tornaram mais resistentes e, se diminuir, que se tornaram mais sensíveis", afirmou.
A vantagem da utilização da luminescência como indicador de saúde é, para a investigadora portuguesa, a rapidez das medições quando comparadas com a observação microscópica detalhada.
O C. elegans foi o primeiro animal a ter o seu genoma sequenciado e é considerado um excelente modelo para investigação genética com relevância para os seres humanos.
"Apesar das aparências", diz a cientista, "há bastantes semelhanças a nível genético entre os humanos e este nemátode, como é evidenciado por 40 a 60 por cento dos genes responsáveis por doenças em humanos serem semelhantes a genes do nemátode".
Como exemplo, Cristina Lagido apontou os genes que estão na base da aquisição da doença de Alzheimer, que foram descobertos primeiro em C. elegans, em 1993, dois anos antes da sua descoberta na espécie humana.
"Desta forma é possível que aquilo que se descobrir sobre a função de genes utilizando o nemátode luminescente venha a ter aplicações úteis", salientou.
Cristina Lagido trabalhou nesta investigação com o geneticista Jonathan Pettitt, cuja área principal de investigação é a Biologia do Desenvolvimento, com Anne Glover, que trabalha há vários anos na produção de bio-sensores microbianos que utilizam a bioluminescência para monitorização ambiental, e ainda com a técnica de investigação Aileen Flett.
Doutorada em Microbiologia pela Universidade de Aberdeen (1997), depois de se ter licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade de Lisboa (1992), a carreira de Cristina Lagido como investigadora tem-se centrado no estudo das respostas dos organismos ao seu meio ambiente através de uma abordagem multidisciplinar que junta biologia molecular, genética, microbiologia, toxicologia, biotecnologia e análise estatística.

Fonte da notícia: CienciaHoje.PT

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Por que se extinguem as espécies?


Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), 39% das extinções se devem à introdução de espécies, 36% à destruição do habitat e 23% à caça e exterminação premeditada.
Além destas causas o comercio fraudulento de animais e plantas protegidos é uma das causas mais importantes da perda de biodiversidade no mundo. Estes factos conduzem a una situação dramática que provoca que 700 espécies de fauna e flora estejam a ponto de extinguir-se e que 2.300 espécies animais e 24.000 plantas se encontrem ameaçadas



Segundo o World Wildlife Fund (WWF), esta prática é considerada o terceiro negócio ilegal mais rentável (economicamente falando) do mundo (depois da venda de armas e de drogas). Calcula-se que anualmente movimenta cerca de 160.000 milhões de euros. Por outro lado as sanções são irrisórias e isso provoca que seja mais rentável paga-las do que abandonar o negócio.

Morte de muitos recifes de coral e outras coisas más

Subida de CO2 na atmosfera torna oceanos mais acídicos

O oceano absorve uma grande quantidade do CO2 atmosférico

Aumento de acidez nos oceanos pode prejudicar recifes de coral e ecossistemas marinhos
02.06.2008 - 13h46 Reuters
O aumento de acidez nos oceanos pode matar muitos recifes de coral e deixar ilhas como as Maldivas e o Kiribati mais vulneráveis a tempestades marítimas e ciclones. A conclusão vem no relatório de um centro de investigação australiano que estuda a ecologia e o impacto das alterações climáticas na Antárctica (Antarctic Climate & Ecosystems Cooperative Research Centre).Com o aumento de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, os oceanos absorvem mais gás e tornam-se mais acídicos. Segundo o relatório, por volta de 2100 o aumento de acidez vai expandir-se para norte a partir da Antárctica. Esta acidez dificulta a produção das partes rijas de animais como a estrela-do-mar e os corais, cujo exoesqueleto é formado por carbonato de cálcio. “A acidificação dos oceanos torna os corais e as algas mais fracos e os sistemas tropicais [as ilhas] ficarão mais vulneráveis ao impacto físico das tempestades e ciclones”, explica o relatório. As ilhas Maldivas no Oceano Índico e o Kiribati no sul do Pacífico vão ficar menos protegidas contra tempestades marítimas.O fenómeno também vai ter um impacto negativo no comércio tanto a nível piscatório como a nível turístico já que todo o ecossistema que depende dos recifes vai ficar em perigo.Cadeia alimentar em perigoQuando o CO2 é absorvido pelo oceano transforma-se num ácido fraco chamado ácido carbónico. Actualmente o aumento de concentração de CO2 é a maior dos últimos 650.000 anos devido à actividade humana.“O oceano é um enorme sumidouro das emissões e têm absorvido cerca de 48 por cento do CO2 emitido pela humanidade desde antes da revolução industrial”, diz o relatório. O Oceano Antárctico é dos oceanos que mais CO2 tem absorvido. Em 2060, a concentração de iões de carbonato nas águas da Antárctica será tão baixa que a aragonite, uma das formas de carbonato de cálcio existente nas conchas dos organismos, deixará de ser produzida.Esta alteração também poderá interferir com a respiração dos peixes, o desenvolvimento larvar dos organismos marinhos e com a capacidade dos oceanos para absorverem nutrientes e toxinas.“A acidificação irá ter provavelmente um efeito em cascata na cadeia alimentar, que é importante para os seres humanos”, diz Will Howard, um dos investigadores do Centro australiano.Segundo o relatório, as calotes polares mostram que a subida do nível de CO2 é 100 vezes maior do que a maior que teve lugar durante os últimos 650.000 anos. Os registos sedimentares sugerem que o nível actual do gás é o mais alto dos últimos 23 milhões de anos. As previsões dizem que durante este século o nível do CO2 na atmosfera vai duplicar aquele que existia antes da era industrial. O oceano irá continuar a absorver parte deste CO2.“Muitas espécies [marinhas] necessitaram de milénios para evoluírem e não se sabe se serão capazes de se adaptar a uma acidificação do oceano relativamente rápida, na ordem de décadas e não de milénios”, diz o relatório.
Fonte da notícia: PÚBLICO:PT

Nova espécie de ave marinha em Portugal


Freira do Bugio passa a ser uma ave endémica de Portugal





Análise genética confirma nova espécie de ave marinha em Portugal

Até data a Freira do Bugio era considerada idêntica à que nidifica nas ilhas de Cabo Verde.

O Projecto LIFE SOS Freira do Bugio, coordenado pelo Parque Natural da Madeira em parceria com a SPEA revelou que o nível de divergência genética encontrado entre os indivíduos de Freira do Bugio - Pterodroma feae - da Madeira e Cabo Verde é significativamente diferente, e por este motivo as duas populações devem ser consideradas duas espécies distintas. Estes resultados vêm confirmar a existência de uma nova espécie de ave marinha em Portugal, uma noticia de enorme relevância pois esta passa a ser uma das espécies de aves mais ameaçadas devido ao reduzido número de indivíduos existentes.

O Projecto SOS Freira do Bugio, financiado pelo Programa LIFE Natureza, está a decorrer desde 2006 e pretende desenvolver diversas acções orientadas para melhorar o conhecimento de uma das aves mais raras do Mundo - a Freira do Bugio – ave que apenas nidifica no planalto Sul da ilha do Bugio, no arquipélago das Desertas, a 30 km da Ilha da Madeira.

A Freira do Bugio é uma ave que faz buracos no chão, com mais de um metro de profundidade durante a época de nidificação (Junho-Novembro) e visita a ilha (planalto sul com menos de cinco mil metros quadrados) apenas de noite, de modo a evitar os possiveis predadores, passando o seu dia-a-dia no mar. Apesar de passarem grande parte do dia no mar, é nesta área que as aves têm os ninhos, em buracos no solo. A erosão deste planalto e a ocupação dos ninhos por outras espécies de aves são as principais fontes de stress que os investigadores tentam combater.

Todavia, embora o projecto inclua a realização de censos marinhos e a identificação das suas principais áreas de alimentação no mar, a sua vida continua a permanecer um mistério ainda por desvendar.

As populações desta espécie presentes na Madeira e Cabo Verde já tinham sido alvo de interesse no que respeita às dúvidas sobre se seriam espécies distintas, pois de acordo com estudos anteriores, estas populações foram apontadas como pertencentes a subespécies diferentes, o que era já contestado por alguns autores. Como resultado da análise molecular entre as duas populações, realizada em parceria com o Laboratório de Genética Humana da Universidade da Madeira (LGH), foi verificado que o nível de divergência sequencial é significativamente diferente para que as duas populações em estudo fossem consideradas duas espécies distintas. Outro factor que corrobora o resultado de serem espécies diferentes é o desfasamento existente na época de reprodução destas duas populações, bem como o isolamento geográfico.

Segundo Dília Menezes, coordenadora do Projecto (PNM), “este resultado é sem dúvida muito importante do ponto de vista da biodiversidade, em que temos mais uma espécie que agora apresenta um estatuto de conservação ainda mais delicado, pois passamos a ter uma população circunscrita a uma única área de nidificação e com um efectivo muito menor. Isto leva-nos a ter uma maior responsabilidade na conservação e gestão desta espécie”.

Iván Ramírez, Coordenador do Programa Marinho da SPEA acredita que “A Freira do Bugio provavelmente vai ser reclassificada como “Em Perigo” pela IUCN, o que aumenta a responsabilidade nacional para a preservar. A conservação da área de nidificação e a melhora do conhecimento desta espécie no mar é fundamental, neste sentido, esperamos que a marcação individual que começamos o ano passado com data-loggers nos permita conhecer com maior detalhe os seus movimentos e conseguir uma protecção total desta nova espécie de ave endémica da Madeira”. 

Os resultados da análise genetica, assim como o progresso do projecto, serão apresentados internacionalmente no Congresso Mundial da BirdLife International, a maior federação de ONGs dedicada ao estudo e conservação das aves do mundo, da qual a SPEA é a representante em Portugal.

SPEA (29-05-2008) - notícia retirada de www.cienciapt

O Poder do leite orgânico


Leite orgânico ajuda a combater doenças


Cientistas britânicos compararam a qualidade do leite orgânico com o convencional. Os resultados indicaram que os níveis de nutrientes chegam a ser até 60 por cento no produto orgânico. Uma mais-valia contra complicações oncológicas e cardiovasculares, defendem os especialistas.

“A investigação mostra que os níveis desses nutrientes chegam a ser até 60 por cento mais elevados em algumas amostras de leite orgânico”, revelou a equipa.

Segundo o estudo publicado no Journal of Science of Food and Agriculture, o leite produzido de forma orgânica ganhou em antioxidantes, vitaminas e ácidos gordos representando, deste modo, mais benefícios para a saúde.

O leite produzido pelas vacas que pastam e têm uma dieta à base de feno é mais rico em antioxidantes, vitaminas, carotenóides e ácidos gordos que fazem bem à saúde, como o ómega 3 e o ácido linoleico, sustenta a equipa, sugerindo que estas substâncias ajudam a combater o cancro e problemas cardiovasculares.

Artigo de Raquel Garcez Pacheco

Fonte: Journal of Science of Food and Agriculture

domingo, 1 de junho de 2008

Quando os planetas são reis e os átomos valetes...

Jogo de cartas ajuda jovens a perceber de Química, Física e Astronomia



Em vez de ases, biscas e jokers, as cartas de um jogo criado por António Chaves têm átomos, planetas e o Universo, para ajudar crianças de escolas de Sintra e Amadora a aprender física, química e Astronomia.

"Big Bang" é o nome deste jogo de cartas que o projecto Ciência Viva reconheceu como um projecto que promove "actividades experimentais na aprendizagem das ciências, envolvendo as comunidades científica e educativa".

O jogo, registado em 2002 na inspecção-geral das actividades culturais, foi testado pela primeira vez na Área de Projecto de uma turma da Escola Secundária Dr. Azeredo Neves, na Damaia, Amadora. Esta semana foi também apresentado no Sintra Anima 2008, a decorrer até 03 de Junho neste concelho, e vai ser demonstrado na segunda e quarta-feira da próxima semana, durante a iniciativa 'Amadora Educa', iniciativa que reúne as escolas do concelho.

Segundo o autor, António Chaves, o jogo é também utilizado nas salas de aulas nas escolas secundárias Ferreira Dias, no Cacém, e na Matias Aires, em Agualva. "O professor em vez de abordar temas das ciências naturais, física, química e astronomia em termos teóricos pode exemplificar em termos práticos com as cartas e os valores dos grupos e ir até à partícula mais pequena dentro do conhecimento dos alunos", explicou.

Nestes dois níveis, dirigidos ao básico e ao secundário, o baralho tem 50 cartas, espalhadas por 16 grupos, e tem de ter entre dois a sete jogadores. A carta única do primeiro grupo e a mais valiosa, que corta todas as outras, é a que representa o próprio Universo.

Seguem-se os outros grupos, que representam o Big Bang, galáxias, a Terra, os seus dois hemisférios, estrelas, planetas do Sistema Solar, asteróides, cometas, leónidas, moléculas de oxigénio, átomos de hidrogénio e neutrões, protões e electrões, os elementos mais pequenos remetidos para o último grupo deste jogo.

"Divide-se algumas cartas pelos jogadores, que viram uma carta. Quem tiver a carta mais alta inicia o primeiro jogo", explicou António Chaves. Segundo disse, na primeira jogada é melhor jogar uma carta mais baixa, "para nos livrarmos delas". O jogador seguinte pode lançar uma carta do mesmo grupo e, se não tiver, tem de ir buscar a um monte.

Termina quando todos ficam sem cartas

Se não lhe sair uma carta igual ou superior à carta jogada inicialmente, o primeiro jogador pode jogar todas as cartas que tiver desse grupo. "Por exemplo, se eu jogar um planeta, obrigo o outro a jogar um planeta, mas se ele não tiver um nem o conseguir no monte de cartas, eu posso livrar-me nessa altura de todos os planetas que tenho. No entanto, se o outro jogador tiver uma estrela ou uma galáxia pode jogá-la sobre esses planetas, porque uma estrela vale muito mais em potência do que os planetas todos juntos", contou.

O jogo termina quando todos ficam sem cartas para jogar e ganha quem ficar primeiro sem cartões.

Além dos níveis jogados no ensino básico e secundário, António Chaves desenvolveu também o "Big Bang" para o ensino superior, que engloba cartas com física quântica. "Tem mais cartas, incluindo algumas de física quântica, como 'força nuclear fraca', 'força forte' e mais estrelas e galáxias", explica.

António Chaves salienta que em Portugal "não dá para viver dos jogos", mas como gosta de desenvolver passatempos didácticos-pedagógicos, está a acabar mais um a nível de saúde e já desenvolveu um outro sobre prevenção rodoviária.

Fonte da notícia: CienciaHoje.PT