terça-feira, 3 de novembro de 2009

Genoma dos (3) Porquinhos revelado

É verdade o genoma dos nossos tão conhecidos porquinhos também foi (quase) sequenciado.
Um grupo de cientistas conseguiu decifrar 98% da sequência do DNA do porco doméstico, um avanço que terá consequências no estudo sobre doenças em humanos, dada a semelhança entre as duas espécies. Mais especificamente, os especialistas decifraram o DNA de um porco vermelho da raça Duroc, que vive em uma fazenda da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e que se soma assim à lista de animais cujo genoma já foi sequenciado, anunciaram hoje os autores da pesquisa, do Instituto Wellcome Truste Sanger de Hinxton, na Inglaterra.
A descoberta permitirá aos cientistas determinar quais são os genes mais úteis para a produção suína e quais os envolvidos no desenvolvimento do sistema imunológico do porco ou de outros processos fisiológicos importantes.
Além disso, a sequência genética do porco doméstico contribuirá para melhorar a criação suína, já que fornecerá mais informações sobre as doenças que costumam afectar os animais, e ajudará a preservar a população global de porcos selvagens ou em vias de extinção.
Os investigadores concordam que este avanço poderá ter também sua repercussão nos estudos sobre a saúde humana, já que a fisiologia, o comportamento e as necessidades nutricionais dos porcos e do homem são muito similares.
"Esta sequência fornece à comunidade científica uma ferramenta que servirá para entender melhor as doenças humanas, facilitando estudos cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais e imunológicos", explicou o diretor do instituto, Allan Bradley.
"O porco é um animal único, que é importante para a alimentação e que é utilizado como um animal modelo para o estudo das doenças humanas", ressaltou Larry Schook, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Illinois e líder do projeto.
Schook destacou que ter decifrado 98% da sequência do DNA deste animal tornará possível "aprender mais sobre os efeitos no genoma da domesticação" ao compará-lo com o dos porcos selvagens.
Fizeram parte da pesquisa cerca de 20 institutos e organizações médicas públicas e privadas de Holanda, França, Estados Unidos, Japão, Coreia e Reino Unido.
Notícia lida em Elmundo.es

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