É verdade o genoma dos nossos tão conhecidos porquinhos também foi (quase) sequenciado.
Um grupo de cientistas conseguiu decifrar 98% da sequência do DNA do porco doméstico, um avanço que terá consequências no estudo sobre doenças em humanos, dada a semelhança entre as duas espécies. Mais especificamente, os especialistas decifraram o DNA de um porco vermelho da raça Duroc, que vive em uma fazenda da Universidade de Illinois (Estados Unidos) e que se soma assim à lista de animais cujo genoma já foi sequenciado, anunciaram hoje os autores da pesquisa, do Instituto Wellcome Truste Sanger de Hinxton, na Inglaterra.A descoberta permitirá aos cientistas determinar quais são os genes mais úteis para a produção suína e quais os envolvidos no desenvolvimento do sistema imunológico do porco ou de outros processos fisiológicos importantes.
Além disso, a sequência genética do porco doméstico contribuirá para melhorar a criação suína, já que fornecerá mais informações sobre as doenças que costumam afectar os animais, e ajudará a preservar a população global de porcos selvagens ou em vias de extinção.
Os investigadores concordam que este avanço poderá ter também sua repercussão nos estudos sobre a saúde humana, já que a fisiologia, o comportamento e as necessidades nutricionais dos porcos e do homem são muito similares.
"Esta sequência fornece à comunidade científica uma ferramenta que servirá para entender melhor as doenças humanas, facilitando estudos cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais e imunológicos", explicou o diretor do instituto, Allan Bradley.
"O porco é um animal único, que é importante para a alimentação e que é utilizado como um animal modelo para o estudo das doenças humanas", ressaltou Larry Schook, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Illinois e líder do projeto.
Schook destacou que ter decifrado 98% da sequência do DNA deste animal tornará possível "aprender mais sobre os efeitos no genoma da domesticação" ao compará-lo com o dos porcos selvagens.
Fizeram parte da pesquisa cerca de 20 institutos e organizações médicas públicas e privadas de Holanda, França, Estados Unidos, Japão, Coreia e Reino Unido.
Notícia lida em Elmundo.es
Sem comentários:
Enviar um comentário