quinta-feira, 31 de julho de 2008

Férias

Sustentabilidade nas Férias



Está na hora de gozar umas merecidas férias. Eu vou para a praia. Muitos também irão. Outros concerteza vão para o campo.


Aqui deixo, aos leitores deste blogue, uns conselhos sobre como tornar as suas férias muito agradáveis, um pouco mais sustentáveis e amigas da nossa querida Terra.

Na praia:
- Utilizem os cinzeiros de praia. Mas se querem uma ideia ainda melhor… deixem de fumar;
- Frequentem a praia com todas as vantagens que ela nos dá mas não se esqueçam que nas horas de maior calor devem evitar a exposição ao Sol, ou seja, entre o meio dia e as quatro horas da tarde, dediquem -se a outras actividades;
- Não se esqueçam de colocar o lixo produzido nos recipientes ;
-

- Tenham atenção ao que colocam na água. Já repararam que possivelmente estão numa praia com bandeira azul? Essa condição é para manter. E se a praia não tem bandeira azul porque não juntar todos os frequentadores da praia e tentar fazer algo para melhorar a sua qualidade?
- Preocupem-se com o habitat das espécies do mar;
- Animais de estimação sim. Mas na praia não;
- Sejam cidadãos conscientes e ajudem na preservação da praia vossa preferida.
NA PRAIA DEIXEM APENAS AS VOSSAS PEGADAS
No campo:
- Não passeiem nas horas de maior calor;
- Façam campismo com consciência do valor da natureza;
- Não façam fogueiras em mata aberta;
- Não tragam para casa mais que bons momentos – deixem a paisagem como está;
- Tragam o lixo para casa;
- Tenham cuidado com os cursos de água e preservem-nos;
- Não cacem nem incentivem actividades de caça sobretudo de espécies protegidas;
- Façam passeios de contacto com a natureza. Vejam a paisagem como nunca antes tinham visto e pensem: não vale a pena preservá-la?

Em casa:
- Apaguem as luzes se não precisam delas;
- Comprem produtos em embalagens grandes em vez de comprarem várias embalagens pequenas;
- Para refrescar a casa abram as janelas e recorram só em casos extremos aos aparelhos de refrigeração do ar;
- Se puderem recorram a fontes de energia renováveis (mas não é só nas férias!);
- Reduzam os gastos com detergentes e tenham atenção à composição dos detergentes que compram -já existem detergentes ecológicos (biodegradáveis);
- Prefiram o duche – sobra mais tempo para as coisas boas das férias;
- Fechem a torneira enquanto lavam os dentes;
- Não deixem os aparelhos em stand-by.

Mas sobretudo divirtam-se sustentadamente. Usem as férias para o que elas servem. Passem umas boas férias e lembrem-se:
somos todos parte do problema e da solução.

Exercício em comprimidos

Nova droga reproduz em ratos os benefícios do exercício físico.


Cientistas norte-americanos desenvolveram uma fármaco que reproduz os benefícios do exercício físico sem ser preciso ir ao ginásio, pelos menos em ratos de laboratório, indica um estudo hoje publicado na revista Cell.

Segundo as conclusões da investigação, ratos sedentários que tomaram a substância durante quatro semanas queimaram mais calorias e ficaram com menos gordura do que outros não tratados.

Quando testados em moinhos de roda, correram mais (44%) e durante mais tempo (23%) do que os não tratados.

Embora fique em aberto a questão de saber como é que estes resultados se poderão traduzir nos humanos, os cientistas esperam que o fármaco possa um dia ajudar a tratar a obesidade, a diabetes e as pessoas impedidas de praticar exercício físico por motivos médicos.

"Temos exercício em comprimidos", afirmou um dos autores do estudo, Ron Evans, do Instituto Salk para Estudos Biológicos e do Instituto Médico Howard Hughes. "Poderemos obter os resultados químicos dos exercícios físicos sem ser preciso praticá-los", referiu.

Noutra experiência com ratos que praticaram exercício, outro fármaco tornou esse treino físico mais eficaz e aumentou-lhes a resistência. Depois de um mês a tomarem a substância e a praticarem exercício, os ratos corriam durante 68% mais tempo e 70% mais longe do que outros que se exercitaram sem tomar o fármaco. Ambas as drogas foram estudadas por investigadores para outros usos.

A que imita os efeitos do exercício, chamada AICAR, está em fase avançada de testes em humanos para saber se pode prevenir uma complicação da cirurgia cardíaca de bypass. Segundo Evans, experiências anteriores com este fármaco indicaram que pode prevenir o aumento de peso numa dieta rica em gorduras, o que a tornaria útil para tratar a obesidade. No entanto, teria de ser tomada durante um longo período, pelo que a sua segurança teria de ser garantida.

Várias companhias farmacêuticas estão a trabalhar em drogas deste tipo para tratamento da diabetes porque, nos animais, estimula os músculos a eliminar o açúcar do sangue.
Fonte da notícia: cienciahoje.pt

Na minha opinião «Apesar (de o medicamento) se poder transformar numa 'pílula do exercício', e resolver problemas de saúde para alguns doentes não significa que não se pratique exercício físico real, e se obtenha todos os benefícios que aquele fornece»

Torvosaurus na Lourinhã


Crânio do maior dinossauro do Jurássico apresentado sábado na Lourinhã

O primeiro Torvosaurus foi descoberto em 1972 no Colorado


O Museu da Lourinhã apresenta sábado o crânio de um dinossauro Torvosaurus, o maior carnívoro terrestre do Jurássico (com aproximadamente 150 milhões de anos), construído a partir do fóssil de um osso original encontrado no concelho.

O fóssil descoberto na Lourinhã pertence ao maxilar e ainda conservava os dentes cortantes em forma de faca, com 13 centímetros, adaptados para cortar as presas, disse à Lusa o especialista em dinossauros do Museu da Lourinhã, Octávio Mateus.

O Torvosaurus, espécie que significa ‘lagarto selvagem’ foi o maior predador terrestre do período do Jurássico.

“Os achados de ossos do crânio são extremamente raros porque são muito finos e separam-se entre si com muita facilidade”, explicou o paleontólogo. “É uma descoberta extraordinária”, considerou Octávio Mateus.

O Museu da Lourinhã estuda e expõe espécies de dinossauros desde 1984 e tornou-se conhecido pelos achados de ovos de carnívoro que receberam o nome de Lourinhanosaurus. O museu alberga ainda vários esqueletos e pegadas de outros dinossauros herbívoros e carnívoros descobertos na Lourinhã e que têm sido alvo de estudos científicos por equipas locais e da Universidade Nova de Lisboa.

O primeiro Torvosaurus foi descoberto em 1972 no Colorado (Estados Unidos da América) e descrito por Peter Galton e James Jensen, em 1979, como o maior dinossauro carnívoro do Jurássico até então conhecido. O espécime português, encontrado na Lourinhã, e que teria um comprimento de 14 metros, tinha um crânio que media cerca de metro e meio, dimensões que excedem ligeiramente as do norte-americano e, por isso, “é o maior do período Jurássico actualmente conhecido”, concluiu Octávio Mateus.

O achado foi encontrado a 27 de Julho de 2003 por uma criança de 10 anos que passeava com o pai e o entregou ao Museu da Lourinhã. A apresentação pública da réplica do crânio, que decorrerá sábado, vai estar a cargo de Octávio Mateus e de Miguel Telles Antunes, da Academia das Ciências de Lisboa, da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã.

Fonte da notícia: cienciahoje.pt

terça-feira, 29 de julho de 2008

Olhos postos no céu

No dia 25 de Junho de 2008 fomos visitar o Centro Ciência Viva de Constância. Lá e com a ajuda de telescópios e os nossos belos olhinhos percorremos o Universo. E descobrimos os planetas Júpiter, Marte, nebulosas, estrelas etc. Muito interessante e espectacular. Vejam o video...

Peddypaper

No dia 6 de Junho de 2008 o clube com a colaboração dos professores Adelina Correia, Maria João Lima, Carla Paixão, Paula Freire, Leonor Luz, João Tiago, Lucinda Mendes e Marco Bento, organizou um peddypaper "Em busca do OK(si)Génio Perdido"."Como uma imagem vale mais que mil palavras", vejam o slideshow:







segunda-feira, 28 de julho de 2008

As incríveis árvores de Socotra

Socotra é um pequeno arquipélago formado por quatro ilhas no Oceano Índico, em frente à costa do Chifre da África Parece ser um dos poucos paraísos na terra, onde ainda existe uma importante diversidade biológica com uma rica e diferente flora e fauna: 37% das 825 espécies de plantas de Socotra, 90% de seus répteis e 95% de seus caracóis, não existem em nenhuma outra parte do mundo, o que por si só é razão mais que suficiente para as ilhas serem consideradas património da humanidade pela Unesco .
Umas das plantas mais estranhas de Socotra é a Dracaena cinnabari, uma árvore de estranha aparência com formas de guarda-chuva. Sua seiva, de cor vermelha, era procurada na antiguidade para ser usada na medicina ou na tinturaria.



domingo, 27 de julho de 2008

Limões refrescam e ajudam a proteger contra "pedras nos rins"

Photo credits: muhammadahmed


Para manter a hidratação no Verão beber água é o melhor que as pessoas podem fazer, mas para aquelas que apresentam risco de desenvolver cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins, adicionar limão à água é uma boa medida de prevenção, segundo investigadores norte-americanos.

O Dr. John Milner, da Faculdade de Medicina de Stritch da Universidade Loyola de Chicago, revela que os cálculos renais são um distúrbio frequente do tracto urinário, sendo que a principal causa é a ingestão insuficiente de fluidos, mas adicionar rodelas de limão à água ou a limonada podem ajudar a proteger contra a formação de pedras nos rins.

Os limões têm uma elevada concentração de citratos, que inibem o crescimento dos cálculos renais. A limonada natural, não a feita com pó que utiliza aroma artificial, reduz o desenvolvimento de cálculos renais naqueles que têm tendência para os desenvolver.

Os cálculos renais são cristais que se formam nos rins ou ureteres, os pequenos tubos que drenam a urina dos rins para a bexiga. Os cálculos nas vias urinárias são massas duras como a pedra, que se formam em qualquer parte das vias urinárias e podem causar dor, hemorragia, obstrução do fluxo da urina ou uma infecção. O tamanho dos cálculos pode variar desde muito pequenos (não podem ser detectados à vista desarmada) até outros de 2,5 cm de diâmetro ou mais.

Os homens têm uma probabilidade quatro vezes maior de desenvolver cálculos nos rins do que as mulheres e o risco aumenta drasticamente quando atingem os 40 anos, acrescenta o Dr. Milner.

Fonte da notícia: FARMACIA.COM.PT em 25-07-08

Projecto de Conservação Ex Situ de Organismos Fluviais



No dia 15 de Julho, foi assinado um protocolo de colaboração entre o Aquário Vasco da Gama, a Quercus, o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, com vista ao desenvolvimento de um Projecto de Conservação Ex Situ de Organismos Fluviais.

Espécies ameaçadas

A degradação dos rios portugueses está a colocar em risco a sobrevivência de muitas espécies da nossa fauna e flora. De entre estas, as que necessitam de medidas de emergência e serão objecto de conservação neste projecto, são cinco espécies de peixes do Oeste e do Sul do País: a boga do Oeste (Achondrostoma occidentale), a boga-portuguesa (Iberochondrostoma lusitanicum), o escalo do Mira (Squalius torgalensis), o escalo do Arade (Squalius aradensis), a boga do Sudoeste (Iberochondrostoma almacai); e três plantas: o narciso do Algarve (Narcissus willkommi), o trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifolia) e Pilularia minuta.


O que se pretende fazer

O principal objectivo deste projecto consiste em reproduzir e manter populações ex situ (em cativeiro) das espécies de organismos de água doce mais ameaçadas do continente português. Pretende-se ainda garantir a manutenção de um número suficiente de exemplares de forma a conservar a diversidade genética intra-específica.
Numa primeira fase, que durará três anos, a implementação do projecto visa apenas garantir a manutenção de um repositório genético em cativeiro. No entanto, numa segunda fase (já em preparação), prevê-se a utilização destas populações em acções de repovoamento dos rios, associadas a projectos de recuperação de linhas de água.
O projecto será desenvolvido em instalações da Direcção Geral dos Recursos Florestais, localizadas em Campelo, concelho de Figueiró dos Vinhos, no Sítio de Interesse Comunitário “Serra da Lousã”. O local integra-se na bacia hidrográfica do rio Tejo. Trata-se de uma antiga piscicultura actualmente desactivada. As instalações são compostas de nove tanques ao ar livre, com cerca de 21 m2 de área e profundidade variável, e oito tanques interiores de pequena dimensão (60x40 cm). Dispõe ainda de um edifício de apoio com duas salas para laboratório e exposições, e uma sala para apoio.
Prevê-se ainda a necessidade de adquirir tanques para reprodução, a instalar no exterior.
A divulgação pública do projecto será também efectuada através do sítio http://www.peixesdeportugal.com/.

Notícia divulgada por Aquário Vasco da Gama em 25-07-08

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Alerta:Invasão de medusas revela Mediterrâneo doente

Invasão de medusas revela Mediterrâneo doente



Missão científica no Mediterrâneo de um grupo de especialistas da organização Greenpeace e de um instituto espanhol de ciências marinhas detectou a presença de grande número de medusas junto às costas da ilhas Baleares. Cientistas dizem que actividades humanas estão na sua origem

Cada vez em maior número, as medusas regressam todos os anos por esta altura às águas do Mediterrâneo. Nas ilhas Baleares, os veraneantes apercebem-se do problema, porque estes seres gelatinosos lhes estragam os banhos de mar. Mas a questão é mais profunda. A presença crescente destas criaturas marinhas na região denuncia, afinal, o desequilíbrio ecológico ali existente.

O diagnóstico é de uma equipa de biólogos marinhos da organização Greenpeace e do Instituto de Ciencias del Mar (ICM), em Espanha, que fizeram nas últimas semanas uma campanha de observação a bordo do navio Artic Sunrise, da organização ecologista.

"As medusas são o paradigma do desequilíbrio ambiental das nossas águas", afirmou a propósito a bióloga Dacha Atienza, do ICM espanhol, citada num comunicado da organização ambientalista.

"Sabe-se muito pouco sobre a ecologia das espécies mais comuns no Mediterrâneo e a falta de estudos científicos é uma parte do problema", notou a mesma especialista, chamando a atenção para a "necessidade de investigar de forma mais intensiva os fundos marinhos na região das Baleares e as comunidades biológicas ali existentes". Sem essa informação, diz a especialista espanhola, "é impossível garantir protecção adequada a essas espécies das profundidades".

Mas há outras causas para a proliferação das medusas naquela, e noutras zonas, do Mediterrâneo, adiantam os ecologistas. Entre elas, com a maior fatia de responsabilidades, estão "uma maior afluência de nutrientes às águas do mar", a pressão da "urbanização costeira" e da agricultura intensiva, que geram essa contaminação, a diminuição da entrada de água doce na bacia oceânica, devido aos caudais mais reduzidos dos rios que ali desaguam e outros desequilíbrios do ecossistema.

Com esta campanha de observação a bordo do Arctic Sunrise, que incluiu mergulhos a diferentes profundidades com um ROV para observação dos ecossistemas do fundo marinho, biólogos e ecologistas quiseram também chamar a atenção para "a necessidade de combater as causas que originam a presença crescente de medusas nas costas baleares a cada novo ano, como única forma de resolver o problema".

Entre essas causas está também a diminuição crescente, ao longo dos últimos anos, dos predadores das medusas. Esses predadores são espécies de maior parte, como o atum e as tartarugas marinhas.

Os primeiros têm sido sujeitos a uma pesca intensiva, o que acabou por provocar uma queda acentuada nos efectivos da espécie. As segundas, além de afectadas pela poluição, são também sensíveis ao aumento da temperatura das águas, registada nas últimas décadas devido às alterações climáticas. E esta é outra questão para a qual biólogos e ecologistas chamam agora inevitavelmente a atenção.

Desde o século XIX, as águas superficiais do Mediterrâneo sofreram um aumento de temperatura da ordem dos 0,6 graus, o que é outro incentivo importante para as medusas. É que estes seres gelatinosos, que são nocivos para outras espécies mais vulneráveis, como é o caso dos corais, "gostam" muito de águas quentes.

Diário de Notícias OnLine

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Encontrada em Madagáscar nova população de lémures

Biodiversidade
Madagáscar: encontrada população de espécie de Lémur criticamente ameaçada




Uma equipa de investigadores anunciou hoje ter encontrado uma nova população de Prolemur simus, espécie de Lémur rara e criticamente ameaçada, nas zonas húmidas de Torotorofotsy, na ilha de Madagáscar. A descoberta, dizem, aumenta a esperança para a sobrevivência da espécie.

Orientados pelo guia local Jean Rafalimandimby, os investigadores da organização não governamental malaia MITSINJO e do Zoo Henry Doorly (Nebrasca) encontraram, em 2007, entre 30 e 40 animais encontrados na zona Centro-Este da ilha, 400 quilómetros a Norte das áreas isoladas de floresta de bambu onde habita o resto da população, até agora a única que era conhecida.

“Encontrar o extremamente raro Prolemur simus num local onde ninguém suspeitava é, provavelmente, mais entusiasmante do que descobrir uma nova espécie de Lémur”, comentou Edward Louis, conservacionista norte-americano do Zoo Henry Doorly, que coordenou a investigação.

A destruição do habitat pelas práticas agrícolas e abate ilegal de árvores ameaça esta espécie estimada, até à descoberta da nova população, num total de cem indivíduos.

“A nossa esperança é que a presença destas criaturas criticamente ameaçadas aumente os esforços de protecção do seu habitat a fim de as manter vivas”, disse Rainer Dolch da MITSINJO, responsável pela gestão da reserva Torotorofotsy, Sítio Ramsar.

Os investigadores colocaram coleiras com transmissores em seis lémures para saber mais onde e como vivem.

A elevada biodiversidade de Madagáscar, onde 90 por cento das espécies não existem em mais lugar nenhum do planeta, pode explicar-se pela variedade dos ecossistemas (floresta tropical, montanhas, planícies) e sua história geológica. Madagáscar, inicialmente ligado ao continente africano, separou-se há entre cem a 200 milhões de anos.

Os investigadores vão apresentar mais informação sobre a descoberta da nova população de Prolemur simus no Congresso Internacional da Sociedade de Primatologia 2008, em Edimburgo, Escócia, de 3 a 8 de Agosto.

A expedição teve o apoio da Margot Marsh Biodiversity Foundation e da Conservation International.

Fonte da notícia: PÚBLICO em 22/07/08

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Descoberta a Chave Química da Atenção


Investigadores descobrem substância química que regula a atenção





Cientistas britânicos descobriram a substância química e os circuitos cerebrais envolvidos no processo de fixação da atenção, o que poderá constituir um novo alvo para fármacos contra doenças que envolvam défice de atenção. Segundo um estudo hoje publicado na revista Nature, a "chave" química da atenção é a acetilcolina, uma "molécula mensageira" que abre as necessárias "fechaduras" do córtex cerebral para que as células nervosas possam comunicar entre si e o processo de fixação da atenção funcione em pleno. A molécula contribui para o processo ao actuar sobre os receptores muscarínicos, o que implica alterações no comportamento das células cerebrais. A investigação, dirigida por Alex Thiele, da Universidade de Newcastle, tem implicações potencialmente significativas não só para a compreensão do funcionamento do cérebro como para o desenvolvimento de tratamentos para doenças como a de Alzheimer.
"Conseguimos pela primeira vez identificar com precisão o mecanismo pelo qual o cérebro implementa a atenção e aumenta a consciencialização para determinadas tarefas", afirmou Alex Thiele. "Todos sabemos da nossa experiência de vida que algumas vezes não prestamos atenção a tarefas ou ao ambiente que nos rodeia", escreveu o investigador.
"A nossa investigação demonstra que para prestar plenamente atenção, os neurónios e os receptores específicos do cérebro requerem uma dose de acetilcolina", acrescentou. "Quando isso acontece correctamente, o cérebro tem níveis mais elevados de atenção e maior consciência das tarefas que um indivíduo tenta desempenhar".
Os investigadores chegaram às conclusões depois de trabalharem com macacos que receberam injecções de acetilcolina no córtex visual do cérebro. Tendo treinado os animais a prestar atenção a determinado acontecimento, verificaram que eram melhores e mais rápidos no desempenho da tarefa depois de reberem acetilcolina. No entanto, isso só aconteceu quando os animais receberam doses muito pequenas da substância, já que doses muito elevadas se revelaram prejudiciais. Estas descobertas são consideradas importantes para avançar no conhecimento da atenção, indispensável para a percepção consciente, a aprendizagem e a memória.
Fonte da Notícia: Ciencia Hoje.PT

Maior parte dos alimentos destinados a crianças não é nutritiva




A maior parte dos alimentos destinados especificamente a crianças tem um conteúdo nutricional pobre devido aos elevados níveis de açúcar, segundo investigadores canadianos.De acordo com Charlene Elliott, da Universidade de Calgary, apenas 11 por cento dos produtos avaliados fornecem um bom valor nutricional em linha com os critérios descritos pelo Centro de Ciência para o Interesse Público (CSPI, sigla em inglês), uma agência norte-americana sem fins lucrativos sedeada em Washington.Os padrões nutricionais do CSPI referem que os alimentos saudáveis não devem retirar mais de 35 por cento das suas calorias da gordura, excluindo nozes, sementes e manteigas de noz, não devem ter mais de 35 por cento de açúcar acrescentado por peso, e os níveis de sódio devem estar limitados a 230 miligramas por porção para snacks e 770 miligramas por porção para refeições pré-preparadas. O estudo, publicado na "Obesity Reviews", descobriu que apenas menos de 70 por cento dos 367 produtos estudados, que incluíam artigos de confeitaria, bebidas não alcoólicas e artigos de pastelaria, retiravam uma elevada proporção de calorias do açúcar, cerca de 23 por cento dos produtos apresentavam um conteúdo elevado em gordura e 17 por cento tinham elevados níveis de sódio.


Isabel Marques - FARMACIA: COM.PT em 17-07-08
Site original da notícia: UPI.com

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Marte já foi um planeta azul????


Confirma-se! A água foi um elemento abundante em Noachian, o primeiro período geológico de Marte ( entre 4.600 e 3.800 milhões de anos), época na qual eram abundantes os processos hidrológicos.
O planeta vermelho poderia albergar vida microorgânica nos deltas descobertos pelos cientistas, que asseguram que existiu um lago de grandes dimensões.

Minerais que revelam a presença de água foram detectados em milhares de locais na superfície de Marte. Os filossilicatos, que se formaram a temperaturas entre os 100 e os 200o Celsius, mostram que o planeta não era um "caldeirão a ferver". , "Parte das terras altas do Sul de Marte tinha água.
Que houve água em Marte já se sabia, mas agora os cientistas descobriram que esta era muito comum em vastas regiões do Sul do planeta vermelho. Os últimos dados da sonda Mars Reconnaissance Orbiter revelaram vestígios de filossilicatos, minerais argilosos que testemunham a acção química da água.
Segundo o estudo publicado hoje na revista Nature, os resultados mostram uma rica diversidade de ambientes, que podem ter permitido a vida. Marte afinal também já foi um planeta azul.
A equipa liderada por John Mustard, da Universidade de Brown, refere que existiram processos hidrológicos activos, tanto à superfície como em profundidade, num período conhecido como Noachian - há entre 4,6 e 3,8 mil milhões de anos. Com o recurso à sonda, os cientistas analisaram a presença dos filossilicatos em crateras, vales e dunas na superfície de Marte. E encontraram-nos em milhares de locais. A cratera de Jezero foi a primeira zona em que se detectaram minerais "claramente influenciados pela água" e que, de acordo com os investigadores, pode ter sido um antigo lago. Os minerais formaram-se a temperaturas baixas (100 a 200o Celsius). "A ter existido algum tipo de microorganismo em Marte, este tipo de ambiente teria sido ideal para a sua sobrevivência", refere Mustard. Era um ambiente rico em água acrescentou. Noutro artigo, Bethany Ehlmann, da mesma universidade, analisou os sedimentos do delta de Jezero. Apesar de os cientistas não conseguirem saber se a existência do rio era apenas esporádica, sabem que envolvia muita água. "Esta era suficiente para correr entre as rochas, transportar os minerais e levá-los até ao lago para formar o delta", disse Ehlmann. Estes deltas parecem excelentes locais para encontrar restos de materiais orgânicos, porque tudo o que foi transportado pelas águas ficou ali, deixando, em teoria, um cemitério de micróbios, diz o Daily Telegraph. "Se existiram microorganismos na antiguidade de Marte, as correntes de água seriam um excelente lugar para viver", referiu Ehlmann. O estudo surge dias depois de a Agência Espacial Europeia divulgar imagens de Echus Chasma, uma das zonas mais extensas, que apresenta vestígios de água, capturadas pela sonda Mars Express.


segunda-feira, 14 de julho de 2008

Alimentos são a melhor forma de obter ácidos gordos omega- 3



Um investigador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, afirma que os alimentos podem ser a melhor forma de obter ácidos gordos omega-3. O investigador Fernando Gomez-Pinilla sugere que os alimentos ricos em ácidos gordos omega-3, tais como o salmão, as nozes e o kiwi, podem ter nutrientes adicionais que não se encontram nos suplementos de omega-3.

Gomez-Pinilla disse ainda que os cientistas estão a perceber quais são os ácidos gordos omega-3 que parecem ser especialmente importantes. Um dos ácidos gordos, o ácido docosahexaenoico, ou ADH, de origem marinha, reduz o stress oxidativo e aumenta a plasticidade sináptica, a aprendizagem e memória. O ADH é o ácido gordo omega-3 mais abundante nas membranas das células do cérebro.

O cérebro e o organismo são deficientes na produção de ADH, assim este tem de vir pela dieta alimentar, segundo o investigador. Uma dieta deficitária em ácidos gordos omega-3 tem sido associada ao aumento do risco de diversos distúrbios mentais, incluindo distúrbios de Déficit de Atenção, dislexia, demência, depressão, distúrbio bipolar e esquizofrenia, e ainda a doenças cardíacas, enfartes, acidentes vasculares cerebrais, bloqueios dos vasos sanguíneos, cancro, diabetes, doenças da pele e alterações do sistema imunitário.

Gomez-Pinilla, que estuda os efeitos da comida, exercício e sono no cérebro, afirma que os ácidos gordos omega-3 são essenciais para uma vida saudável e para o bom funcionamento do organismo.

Isabel Marques em 14-07-08

Fonte da notícia: FARMÁCIA.COM.PT

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Identificado Gene Que Favorece a Obesidade


Uma equipa europeia de investigadores identificou um gene cujas mutações aumentam o risco de obesidade, segundo um estudo publicado pela revista Nature Genetics na terça-feira.

Na base do trabalho, realizado por investigadores franceses e britânicos, está o gene PCSK1, que desempenha um papel essencial na maturação de várias hormonas com papel chave, ao nível do cérebro, na ingestão de alimentos.

Este gene fabrica uma enzima, a "proconvertase 1", que torna operacionais várias hormonas envolvidas no controlo do apetite, como a insulina, o glicagon ou a proopiomelanocortina (que provoca a saciedade).

Anteriormente, tinham sido identificadas mutações do PCSK1 em três pacientes que sofriam de uma forma rara e grave de obesidade, chamada monegénica (causada por um só gene), nos quais se constatou a ausência da enzima. "Quase 25% da população tem uma forma diferente desta enzima que é aparentemente um bocadinho menos activa", disse o Prof. Philippe Froguel, do Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS), da Universidade de Lille 2 e do Instituto Pasteur de Lille.

As investigações começaram com 150 famílias francesas com crianças obesas e foram depois alargadas a uma amostra maior de população em França, Dinamarca, Suíça e Alemanha. Os resultados mostram que anomalias aparentemente menores da enzima podem desencadear excesso de peso na população em geral, de acordo com os investigadores.

O aumento da frequência da obesidade e do excesso de peso é geralmente atribuído a alterações do modo de vida relacionadas com a dieta ou a sedentariedade, mas há vários "genes da obesidade" já identificados.

"Todos reagimos de modo diferente ao meio ambiente, que é cada vez mais semelhante, e a razão pela qual reagimos diferentemente tem em parte causas genéticas múltiplas. Este gene é uma causa entre outras", explica o investigador. "Penso que no final do ano teremos identificados uma dúzia de genes diferentes da obesidade".

Dados do estudo

Título: Common nonsynonymous variants in PCSK1 confer risk of obesity
Publicação: Nature Genetics, Julho de 2008
Autores: Michael Benzinou, John W M Creemers, Helene Choquet, Stephane Lobbens, Christian Dina, Emmanuelle Durand, Audrey Guerardel, Philippe Boutin, Beatrice Jouret, Barbara Heude, Beverley Balkau, Jean Tichet, Michel Marre, Natascha Potoczna, Fritz Horber, Catherine Le Stunff, Sebastien Czernichow, Annelli Sandbaek, Torsten Lauritzen, Knut Borch-Johnsen, Gitte Andersen, Wieland Kiess, Antje Körner, Peter Kovacs, Peter Jacobson, Lena M S Carlsson, Andrew J Walley, Torben Jørgensen, Torben Hansen, Oluf Pedersen, David Meyre e Philippe Froguel.

Martim Ramos em Público.PT -Peso & Medida (08/07/08)

Frutas e Legumes nas escolas


Bruxelas quer lutar contra a obesidade e problemas de saúde



Frutas e legumes grátis nas escolas

UE/Saúde: Bruxelas quer distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas
A Comissão Europeia propôs dia oito, em Estrasburgo, um programa de distribuição gratuita de frutas e legumes nas escolas dos 27 para assegurar uma alimentação saudável para lutar contra a obesidade e problemas de saúde graves.
A Comissão Europeia prevê um co-financiamento europeu no valor de 90 milhões de euros anuais que permitirá garantir a compra e distribuição nas escolas de frutas e legumes frescos, sendo esta verba completada por financiamentos nacionais nos estados-membros que optarem por participar no programa.
“Esta proposta mostra que estamos decididos a tomar medidas concretas de luta contra a obesidade”, declarou Mariann Fischer Boel, comissária europeia responsável pela Agricultura e pelo Desenvolvimento Rural.
A responsável europeia insistiu que “é fundamental incutir nas crianças, desde a mais tenra idade, bons hábitos, que serão mantidos ao longo da vida”.
O programa de distribuição de fruta nas escolas destina-se a promover junto dos jovens “hábitos alimentares saudáveis” que, de acordo com os estudos realizados, têm tendência a manter-se ao longo da vida.
Segundo dados da Comissão Europeia, cerca de 22 milhões crianças da UE têm excesso de peso, mais de cinco milhões das quais são obesas, devendo este valor registar um aumento de 400 mil por ano. Os peritos estão de acordo em afirmar que uma alimentação saudável pode desempenhar um papel essencial na redução das taxas de obesidade e na diminuição do risco de problemas de saúde graves – nomeadamente doenças cardiovasculares e diabetes de tipo 2 – numa idade mais avançada.
Os estudos demonstram que é na infância que se adquirem hábitos alimentares saudáveis. As pessoas que, durante a infância, comem quantidades consideráveis de frutas e legumes continuarão a ser bons consumidores, ao passo que as que comem pequenas quantidades tendem a manter os seus hábitos e a transmiti-los aos seus próprios filhos.
Se o programa for aprovado pelos Estados-membros dos 27, a Comissão Europeia irá disponibilizar 90 milhões de euros por ano para a distribuição de frutas e legumes nas escolas e os governos terão a possibilidade de participar ou não. Os programas serão co-financiados numa base de 50 por cento ou de 75 por cento nas chamadas “regiões de convergência”, onde o PIB por habitante é mais baixo.

O fim do pinheiro? 40 mil já morreram

“Devastador”. É assim que Vasco Campos presidente da Associação Florestal CAULE, sediada em Covas, concelho de Tábua, descreve o cenário do pinhal na zona centro do país.
“A situação é extremamente grave. Há árvores a morrer no espaço de um mês e em certos povoamentos mais de 50% dos pinheiros estão infectados com o nemátode” acrescenta o mesmo responsável. Os números avançados por este especialista em forestas apontam para 40 mil árvores infectadas.
O nemátode (Bursaphelenchus xylophilus) - ser microscópico detectado em 1999 na zona de Setúbal, onde terá chegado através de madeira importada, acabou por sair dali através do transporte de madeira pelo eixo da auto-estrada A1 e do IP3. Nos concelhos de Arganil, Penacova, Tábua, Pampilhosa, Oliveira do Hospital, Góis, Porto de Mós e Alcobaça já há registo de incidência do nemátode.
Domingos Patacho, engenheiro florestal da organização ambiental Quercus, diz não querer dramatizar quanto ao cenário do fim do pinhal em Portugal, mas não tem dúvidas de que “em dois/três anos a paisagem irá mudar”.
Vasco Campos garante que, a este ritmo, numa década ficaremos sem pinhal.

Os pinheiros vão desaparecer e com eles as fantásticas sombras de Verão na torreira do Sol, à beira mar; os piqueniques de família; a recolha de pinhas e pinhões; a recolha da seiva do pinheiro.

A indústria do pinheiro também sofre um revés, pois tem que tratar toda a madeira a altas temperaturas antes de a poder exportar para o resto da Europa, o que implica adquirir equipamento próprio.

É o fim do pinheiro.

Fonte da notícia: Expresso

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Cursos de Observação de Aves


Os interessados em observação de aves poderão aprofundar os seus conhecimentos de ornitologia através dos cursos organizados pela recém-criada Birds & Nature Tours. O próximo curso decorrerá no próximo fim-de-semana no Estuário do Tejo.

A Birds & Nature Tours, a primeira e única empresa portuguesa totalmente dedicada à área da observação de aves (o birdwatching), organiza Cursos de Ornitologia.

Os Cursos decorrem ao longo dos dois dias de um fim-de-semana e incluem uma parte prática e uma parte teórica. Existem programas para iniciados (ex. Iniciação ao Birdwatching) e programas para interessados mais experientes (ex. Identificação de Limícolas e Gaivotas, Identificação de Rapinas, etc...).

O próximo Curso (Iniciação ao Birdwatching), decorrerá já no fim-de-semana de 12 e 13 de Julho e destina-se a iniciados com pouca ou nenhuma experiência. A parte prática realizar-se-á no estuário do Tejo e a teórica no Hotel Al Foz, em Alcochete. Se não tiver disponibilidade neste fim-de-semana, tem a possibilidade de se inscrever no curso idêntico que decorrerá em 19 e 20 de Julho.

Preços: 70 € (1 inscrição), 120 € (2 inscrições), 150 € (3 inscrições)

Os preços de cada curso incluem:
- Acompanhamento técnico permanente do(s) formador(es) / guia(s)
- Manual do Curso
- Diploma
- Utilização de binóculos, telescópios e guias de identificação de aves
- Seguro de responsabilidade civil e de acidentes pessoais

Para mais informações, consulte o site da empresa Birds & Nature http://www.birds.pt/

Para se inscrever, basta contactar a Birds & Nature através do e-mail booking@birds.pt ou pelo telefone 913 299 990.

Fonte da notícia: Naturlink

Ciência Viva no Verão


De 15 de Julho a 15 de Setembro, a Ciência Viva convida-te a passar momentos de lazer e de conhecimento com especialistas de universidades, centros de investigação e associações científicas.

Descobre em http://www.cienciaviva.pt/ o programa deste ano nas áreas da Astronomia, Geologia, Biologia, Engenharia e Faróis e inscrete-se, gratuitamente, nas actividades que te despertarem maior interesse.

Mas prepara-te, porque a escolha não vai ser fácil: descer a uma mina de sal-gema ou descobrir as rochas e os fósseis na fachada dos edifícios? Aprender a anilhar uma ave ou ver o comportamento das plantas durante a noite? Observar um eclipse parcial da Lua ou participar numa Astrofesta? Conhecer uma barragem por dentro ou avistar os cabos submarinos que atravessam o Atlântico? Sair para o alto mar à procura de cetáceos ou passar um fim de tarde num farol?

São mais de 2600 actividades em todo o país que aguardam a tua participação.
Inscreve-te!

Programa completo e inscrições em: www.cienciaviva.pt/veraocv/
Para mais informações: 808 200 205 (Número Azul)

Muitas acções requerem inscrição prévia.
A participação está sujeita ao número de vagas disponíveis

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tuataras: as últimas serão machos



O ano de 2085 é pouco risonho para as tuataras. Através de modelos, investigadores australianos prevêem que estes répteis estejam condenados a desaparecer nesta data.
As tuataras (Sphenodon sp.) existem desde o final do Triásico, há mais de 200 milhões de anos. Sobreviveram aos dinossauros mas agora estão limitadas a 30 ilhas da Nova Zelândia.
A diferenciação sexual destes répteis acontece no ovo, e depende da temperatura ambiente. Acima dos 21,5 graus os embriões tornam-se machos. O modelo utilizado tem em conta a situação geográfica das tocas de uma espécie de tuatara, Sphenodon guntheri, e a previsão do aumento de temperatura. Os resultados mostram que todas as tuataras que nascerem em 2085 vão ser machos, o que dita o fim da espécie.




“Ao integrar-se o clima e a fisiologia, fomos capazes de fazer previsões espaciais explícitas sobre um determinado local da ilha”, explica Nicola Mitchell, da Universidade do Oeste da Austrália, em Perth, citado numa notícia da Nature on-line. Os investigadores já usaram este modelo para situações reais e os resultados foram concordantes.

No passado, apesar de ter havido grandes oscilações da temperatura a nível planetário, a situação geográfica das tuataras permitia-lhes fugir para regiões apropriados. Agora, a solução poderá passar por proteger ou mudar os ninhos para locais mais frescos.

A tuatara é o único representante de répteis da ordem Sphenodontia (ou Rhynchocephalia) e família Sphenodontidae. É um réptil endémico da Nova Zelândia que vive apenas em algumas ilhas ao largo deste país, estando extinto nas duas ilhas principais. É considerado uma espécie ameaçada desde 1895.O nome tuatara é uma palavra Maori que significa dorso espinhoso. O tuatara é considerado um fóssil vivo, já que pouco se modificou desde o Mesozóico, o tempo dos dinossauros.

As tuataras têm características mistas entre lagartos, tartarugas e aves. Os dentes estão fundidos aos maxilares e não têm órgãos de copulação nem auditivos externos. São animais de clima frio, que não suportam temperaturas acima dos 27ºC. Os adultos medem cerca de 60 cm de comprimento, pesam entre 0,5 e 1 kg e são terrestres e principalmente noturnos. Os juvenis adaptaram-se a um modo de vida oposto, arbóreo e diurno, principalmente por serem uma das presas favoritas das tuataras adultas.

O ciclo de vida destes répteis é extremamente longo e os indivíduos podem chegar aos cem anos de vida. As fêmeas levam muitos anos a atingir a maturidade sexual e põem ovos apenas de quatro em quatro anos. O período entre a copulação e a eclosão é de 12 a 15 meses. As tuataras crescem continuamente até aos 35 anos de vida. Como os lagartos, as tuataras têm um olho pineal na testa, coberto por uma escama. A função deste terceiro olho, estando ele coberto, permanece desconhecida.
Fonte da notícia: PÚBLICO PT

O Risco é Maior...

Echium plantagineum
Estudo alerta que risco de extinção das espécies foi até hoje subestimado

Algumas espécies de seres vivos estão expostas a um risco de extinção claramente superior ao que até hoje era admitido, segundo um estudo publicado ontem na revista “Nature”.

Ao negligenciar as diferenças entre indivíduos numa dada população, as pesquisas efectuadas até agora subestimaram os perigos para a fauna e a flora, afirma Brett Melbourne, professor na Universidade do Colorado e os seus colegas.

"As populações bastante grandes, consideradas anteriormente como relativamente protegidas da extinção, podem estar em perigo", afirma.

Segundo a União Mundial para a Natureza (UICN), mais de 16 mil espécies encontram-se em vias de extinção.

Um em cada quatro mamíferos, uma ave em cada oito e um terço dos anfíbios foram colocados pela UICN na "lista vermelha".

Mas, segundo um estudo publicado pela “Nature”, os modelos que servem para estabelecer este género de classificação apenas consideram dois tipos de riscos.

O primeiro é o risco de morte de alguns indivíduos de uma espécie rara, que pode pôr em perigo a sua sobrevivência, como é o caso em algumas espécies de baleias que contam actualmente menos de 400 indivíduos, ou para os tigres, cujo número de indivíduos em liberdade não passa dos quatro mil.

O segundo factor tem em conta as condições ambientais, como a desflorestação, assim como as alterações de temperatura ou de precipitação, ligadas às alterações climáticas.

No entanto, segundo Melbourne e Alan Hastings, da Universidade da Califórnia, o rácio de machos-fêmeas, assim como as variações das taxas de fecundidade e de mortalidade no seio de uma população devem também ser levados em conta.

A combinação de todos estes factores permite determinar se uma espécie é capaz de ultrapassar uma quebra demográfica súbita ou se existe um risco de extinção.

Há milhares de espécies ameaçadas no mundo. Algumas correm mesmo perigo de extinção. Estas podem vir a extinguir-se 100 vezes mais depressa do que se pensara, pois as fórmulas para estimar o período de vida dos animais e plantas ameaçados foram calculadas de forma errónea. Aqui encontras a lista Vermelha da UICN (41.415 espécies ameaçadas, das quais 16.118 em perigo de extinção) . Basta uma visita e surfar no site para ver as fotos e saber mais sobre cada uma dessas espécies.

Aproveita para vê-los: Só restam 4000 no mundo

terça-feira, 1 de julho de 2008

SOS TIGRES. OIÇAM AS NOSSAS GARGANTAS




O tigre é um animal selvagem que todos conhecemos e é o felídeo maior do mundo. É capaz de atingir 300Kg de peso no entanto a actividade humana está acabando com a sua espécie. Actualmente já só restam entre 3.000 a 4.000 tigres no estado selvagem em todo o mundo. Estes animais estão à beira de extinção. Se a caça continuar, este belo animal desaparecerá em 15 a 20 anos.

A caça furtiva, a destruição do seu habitat natural e a diminuição das suas presas naturais levada a cabo pelo homem são as principais causas da ameaça à sobrevivência destes grandes felídeos.A situação é preocupante e, em alguns casos, resultou já na extinção de três das oito sub-espécies de tigre. Já desapareceram o Tigre de Bali (anos 40), o Tigre do Mar Cáspio (anos 70) e o Tigre de Java (anos 80). Outras espécies existentes no sul da China podem vir a desaparecer.
Ao problema do comércio de peles de tigre acresce a componente mística e cultural deste animal. Não só as peles são cobiçadas, como também alguns ossos que, segundo a cultura chinesa, por exemplo, têm propriedades afrodisíacas e curativas.
Para Belinda Wright, a questão "trágica" da batalha pelos tigres é o fato de os animais valerem mais mortos do que vivos. Além da alta cotação da pele, quase todas as partes do animal são aproveitadas pela medicina tradicional chinesa.
Traficantes ligados ao rico mercado do tigre: vendem os seus ossos (famosos na medicina chinesa), a sua pele, a carne, os olhos e até o seu pénis. Os curandeiros chineses acreditam que o pó de seus ossos cura o reumatismo e garante longevidade, pilulas feitas a partir dos olhos acabam com as convulsões, o pênis traz virilidade. Um osso pode chegar a valer 65 euros, enquanto as peles de tigre são vendidas no Tibet e na Rússia por mais de 60.000 euros
Os tigres sempre exerceram fascínio sobre os homens: os registros remontam até 6000 anos atrás, onde desenhos de tigres foram encontrados próximo do rio Amur na Russia. Segundo os arqueólogos, os habitantes da região os reverenciavam como seus ancestrais e como Deuses. Na mitologia hindu o tigre é o veículo da Deusa Durga; na China do Patriárca Chang Tao-ling. Homens e tigres coexistiram por milhares de anos. Até quando?

"Esquisitices" do Mundo Animal

Os bebés do camaleão-de-labord (Furcifer labordi) parecem sentir-se tão seguros dentro do ovo que passam a maior parte da vida dentro dele, revela um grupo internacional de biólogos. O réptil, que vive em Madagáscar, no leste da África, é um caso único entre os vertebrados terrestres: o seu ciclo de vida, por razões ainda desconhecidas, faz lembrar o de um insecto. Forma adulta do camaleão-de-labord, fotografada em Ranobe (sudoeste de Madagascar) (Foto: Christopher J. Raxworthy/Divulgação )

Segundo Kristopher Karsten, da Universidade do Estado de Oklahoma (EUA), que estudou o comportamento desta espécie durante 5 anos (com outros Biólogos Americanos e de Madagascar), os adultos e filhos de camaleão-de-labord nunca se encontram "cara a cara". Ao sair do ovo, os bebés crescem rapidamente, acasalam, põem seus próprios ovinhos e caem mortos meses antes do nascimento dos filhos.
Os cientistas levantam uma série de hipóteses para tentar explicar esse estranho "desfasamento de gerações" entre filhos e pais. Uma das possibilidades tem a ver com o próprio clima da região: por ser muito árido e imprevisível, com uma estação seca longa, a protecção do ovo seria usada para sobreviver aos meses das "vacas magras". É que, durante algum tempo, o embrião fica "em pausa", sem se desenvolver activamente, de forma a sincronizar o nascimento com a estação das chuvas na ilha africana.

Outra possibilidade é de que a espécie tenha desenvolvido um sistema hormonal excessivamente masculinizado, por causa da competição necessária para obter parceiros e se reproduzir rapidamente no habitat hostil. De facto, referem Karsten e seus colegas, os animais são muito agressivos entre si. Acontece que o excesso de hormonas masculinas está justamente associado à mortalidade aumentada e precoce. A equipa, no entanto, ainda não tem evidências directas de que é esse o caso.

A pesquisa está na edição desta semana da revista científica americana "PNAS". Proceedings of the National Academy of Sciences

Maior Feira dedicada às Áreas Protegidas Portuguesas- a 3ª



3ª Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente 2008

De 24 a 27 de Julho de 2008, em Olhão, terá lugar a 3ª Feira Nacional de Parques Naturais e Ambiente, promovida pela Câmara Municipal de Olhão em parceria com o ICNB e com o apoio de várias entidades, organizações e empresas, contando com o Alto Patrocínio de S. Exa. o Presidente da República. No dia 24 às 18 h, no Jardim Pescador Olhanense, terá lugar a inauguração daquela que é a maior feira dedicada às Áreas Protegidas portuguesas. O horário é das 18 às 24h com entrada gratuita.
Com o tema “O Ecoturismo na Conservação da Natureza” pretende-se mobilizar a sociedade para as questões da Biodiversidade, divulgar as Áreas Protegidas (AP) e contribuir para o desenvolvimento sustentável das mesmas, através do ecoturismo.
Nesta Feira estão representadas não só as Áreas Protegidas portuguesas como também algumas estrangeiras, organizações não governamentais de ambiente (ONGA), associações e empresas da área do ambiente, com especial destaque para o ecoturismo.
Do programa constam eventos de “outdoor”, desporto e ecoturismo, actividades na Quinta de Marim, mostra de livros sobre ambiente e conservação da natureza, Bolsa de Turismo e viagens alternativas, exposição “DesignForFuture”, bem como um mercado de produtos regionais e de agricultura biológica. O Seminário Internacional “O Ecoturismo na Conservação da Natureza” é outra iniciativa a não perder.
Na Quinta de Marim, no Parque Natural da Ria Formosa, e mediante inscrição (ver página da Feira) haverá um leque de actividades que vão desde a visita à exposição "H2O - Fotobiografia da Água" do fotógrafo de natureza Paulo Magalhães, até workshops de observação de aves, pintura na natureza, fauna e flora, fotografia e digiscoping. Os visitantes podem, ainda, usufruir de passeios na Ria Formosa (a pé, de barco, de bicicleta e de burro) ou mesmo fazer parte de um programa de voluntariado e participarem nas actividades do centro de recuperação de aves selvagens. Haverá ainda um ciclo de palestras sobre projectos de conservação da natureza.
Esta Feira é também uma forma de comemorar o Dia Nacional da Conservação da Natureza (28 de Julho), integrando-se, ainda, no Ano Internacional do Planeta Terra e na Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.
Fonte da Notícia:ICNB

O selo da Ciência ganhou o concurso dos CTT

O selo da Ciência ganhou o concurso dos CTT
Trabalho de Nuno Micaêlo, que CH apoiou fortemente, foi o escolhid0



O selo vencedor vai andar em todas as cartas em 2009 (clique para ampliar)

A proposta de selo de Nuno Micaêlo, investigador da Universidade de Aveiro, foi a grande vencedora do concurso «Aqui há selo», lançado pelos CTT. Ciência Hoje empenhou-se fortemente na campanha apelando ao voto no trabalho de Nuno e conseguiu um aumento substancial na votação. O selo de Nuno foi um dos cinco que passaram à fase final e foi escolhido por um júri especial como o melhor de todos. Será editado pelos CTT em 2009. Ver informação dos CTT em http://www.irrequietos.com/aquihaselo/senior/Vencedor.aspx
Trata-se de uma ilustração do centro activo de um enzima da parede de uma bactéria chamada de Bacillus subtilis, uma enzima importante em várias aplicações biotecnológicas (ver entrevista em http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=26546&op=all )

O trabalho de Nuno Micaêlo, , coloca assim a Ciência nos sacos postais de todos os carteiros do País e reflecte a mudança de atitude em Portugal para com esta área do conhecimento nos últimos anos.


Fonte da notícia Ciencia Hoje.PT