terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Pobre Nemo, o peixe-palhaço, está a ficar surdo, perdido e tudo por culpa do CO2


Nemo, o peixe-palhaço, está mais perdido do que nunca, graças às mudanças climáticas.
A acidificação dos oceanos está a provocar perda dos sentidos e desorientação no peixe-palhaço...pobre Nemo já não consegue ouvir os predadores...
Photo: Flickr, CC

O aumento da acidez dos oceanos causada pelo aquecimento global está destruindo o olfato e habilidades de navegação dos pequenos peixes cor-de-laranja do famoso filme "Procurando Nemo", deixando a espécie mais perto da extinção, informou um novo relatório.
Quem não se lembra de "À Procura de Nemo", o filme de animação sobre o pequeno peixe  palhaço que perdeu o pai e vive tantas aventuras para encontrá-lo. Talvez tenha rido junto com o seu filho  ao ver o filme  e talvez até mesmo  tenha gostado mais dessa animação, do que ele. Mas hoje  vamos ver algo sobre este  pequeno peixe, que não é tão engraçado.assim.
Amphiprion percula, ou peixe anémona mais conhecido como peixe palhaço é um peixe de cor alaranjada e brilhante com riscas bem distintas de cor branca.  Chegam a atingir aproximadamente uns 11 cm de comprimento. Constroem os seus ninhos nas anémonas onde passam quase toda a sua vida. Os dois estabelecem uma relação simbiótica perfeita: a anémona protege o peixe palhaço de depredadores e outros perigos, enquanto que o peixe palhaço por sua vez come os parasitas mantendo- a  limpa.
São conhecidas cerca de 28 espécies de peixe palhaço, a maioria das quais vive nas águas profundas do oceano indico, mar vermelho e no oceano atlântico. Uma curiosidade surpreendente destes peixes é que nascem machos, apenas alguns se convertem em fêmeas para dominar um grupo, mudança esta que se torna irreversível.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM ESTE PEIXINHO?
O aumento do nível de dióxido de carbono na água do mar prejudica o sistema nervoso dos peixes. Os animais expostos a altos níveis da substância relacionada ao aquecimento global ouvem mal, sentem menos os cheiros característicos de predadores e abrigos e se cansam mais. Segundo os autores da pesquisa, a presença cada vez maior de CO2 nas águas marinhas é uma ameaça direta — e ainda não totalmente conhecida — à vida.
A pesquisa foi feita pelo cientista Philip Munday do 'Centre of Excellence for Coral Reef Studies ARC' e da Universidad James Cook de Australia, com exemplares de peixe-palhaço e peixe-donzela, espécies que vivem próximas a recifes, na água do mar com altos níveis de dióxido de carbono dissolvido há vários anos. "A pesquisa que já está sendo realizada à vários anos mostra claramente que eles sofrem uma alteração significativa no seu sistema nervoso central, podendo prejudicar as suas hipóteses de sobrevivência", afirmou  Munday, que publicou a descoberta na revista Nature Climate Change.
Os oceanos absorvem cada ano cerca de 2.300 milhões de toneladas de CO2 produzidas pelo homem, quantidade esta que produz uma acidificação no mar.
Os filhotes dos peixes, afirmam os cientistas, são os mais afetados pelos altos níveis de dióxido de carbono. Mas os predadores desses filhotes também apresentaram mudanças no comportamento quando expostos a níveis elevados de CO2. "Nosso trabalho demonstrou que o sentido do olfato foi afetado pela presença de mais CO2 na água, o que significa que eles tiveram mais dificuldade de localizar um coral para se abrigar ou detectar o odor de alerta de um peixe predador", disse Munday.
A audição é outro dos sentidos afetado. "Eles ficaram confusos e deixaram de evitar os sons dos corais durante o dia. Ser atraído pelos corais à luz do dia os torna presas fáceis para os predadores", afirma o investigador.
Até a capacidade de navegação no ambiente aquático, como as curvas para esquerda ou direita, foram prejudicados nas cobaias expostas a água com muito CO2. "Isto nos levou a suspeitar que o que estava acontecendo não era simplesmente um dano aos sentidos individuais, mas que níveis mais altos de dióxido de carbono estavam afetando o sistema nervoso central dos peixes como um todo", avalia Munday.
A causa da mudança de comportamento nos peixes, segundo os cientistas, está num receptor chamado GABA-A localizado nos seus cérebros. Esse receptor é extremamente sensível ao CO2. A maioria de animais com cérebros têm receptores GABA-A, mas animais que vivem na água são mais sensíveis a variações de CO2 porque o seu sangue tem níveis baixos da substância.
 Para os cientistas, se o CO2 continuar a ser emitido na mesma  quantidade, até o fim deste século as consequências para a vida marinha podem ser desastrosas, com extinções em massa de centenas de espécies.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Consegues Vê-los???? Agora sim...Mais tarde talvez não! Campanha WWF


A organização ambientalista WWF espalhou cartazes,  no metro de Paris em França na qual animais de espécies ameaçadas aparecem camuflados  numa floresta tropical. O observador precisa encontrar os animais escondidos no meio da folhagem, como se fossem esculturas feitas com as plantas. Os animais camuflados na imagem são um elefante, um coala com um filhote nas costas, uma pantera, uma preguiça, um orangotango, um tigre, um tucano, um crocodilo, uma iguana, um chimpanzé, um papagaio, um javali e uma jiboia.

Os cartazes fazem parte de uma campanha da WWF que alerta para os danos causados pelo desmatamento e visa levar o público a refletir sobre o número de animais que podem ser extintos se o desmatamento continuar. As imagens  também foram publicadas na revista Lonely Planet. Uma das criadoras da campanha, Marine Garcia, da agência Marcel, afirmou que quatro artistas trabalharam meticulosamente no cartaz para tentar esconder os animais sem fazer com que seus contornos se perdessem totalmente, para que o público tivesse que se esforçar para vê-los. "O objetivo deste cartaz é fazer com que as pessoas saibam que o desmatamento não mata apenas árvores, está matando a vida selvagem também. Os animais estão escondidos pois, em breve, podemos não vê-los mais", afirmou.
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias  e
para veres o cartaz com os animais camuflados  clica no site    

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sea Tree - Uma solução "flutuante" 100% para albergar vida selvagem



(Imagem: Koen Olthuis - Waterstudio.NL)

O arquitecto holandês J. Koen Olthuis projectou um edifício destinado apenas a animais e plantas. O Sea Tree (Arvore marinha) é semelhante à das  usadas para construir plataformas de petróleo no mar,  mas pode ser instalada em grandes rios e lagos urbanos. Tem como grande objectivo o de servir de refúgio para plantas, animais marinhos, pássaros e insectos como abelhas, entre outros.

Aparece como uma espécie de torre flutuante que pode ser movida de um lado para o outro. Debaixo da água serve de habitat para pequenas criaturas ou até, quando o clima o permite, para recifes de corais.
 See Tree consiste em fornecer uma solução para estas espécies, sem ocupar espaços com custos elevados em terra, e pode aumentar a fauna e flora das cidades grandes, ajudar a limpar rios poluídos e absorver a água da chuva.

Este será o primeiro objecto flutuante 100 por cento construído e projectado para flora e fauna, já que segundo o arquitecto “quanto mais construímos, mais deslocamos a flora e a fauna".

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

"Experiência" de alunos portugueses poderá vir a ser testada na ISS

Será que as leveduras no espaço produzem mais álcool do que na Terra? Esta é a questão de uma experiência de alunos portugueses que poderá chegar à Estação Espacial Internacional ( ISS).
A experiência elaborada pelos alunos Guilherme Aresta, Daniel Carvalho e Miguel Ferreira chegou nesta terça-feira à semi-final da competição YouTube Space Lab, junto com mais 59 projectos de todo o mundo. As duas equipas que ganharem vão ver a sua experiência testada na Estação Espacial Internacional. A ideia da competição, organizada pela NASA, pelo YouTube, pela empresa espacial Space Adventures, pela loja Lenovo e pela Agência Espacial Europeia, foi lançada a 11 de Outubro de 2011 a nível internacional, para jovens entre os 14 e 18 anos. O objectivo era conceber uma experiência que pudesse ser testada na Estação Espacial Internacional.


 “o vídeo intitulado “Yeast-Powered Space Travel” explica, passo a passo, a experiência com ajuda de desenhos. As leveduras produzem etanol quando se alimentam e, segundo a hipótese dos três estudantes, se estiverem submetidas à microgravidade espacial, vão estar numa suspensão perfeita para produzir etanol, ao contrário da Terra, em que a gravidade faz com as partículas fiquem agregadas consoante a densidade que têm, o que dificulta um metabolismo mais eficiente.”

O resultado do concurso é baseado na votação que é feita no sítio YouTube SpaceLab.
Vota, partilha o link, convida os teus amigos para o evento e ajuda os "nossos alunos" a levar esta experiência para o espaço!
http://www.publico.pt

UM TESOURO - A ciência no mapa do metro

O site Science, Reason and Critica Thinking é um baú de tesourinhos…e que tesouros!
Podemos encontrar por exemplo, este fantástico mapa da história da Ciência Moderna, criado “para celebrar os feitos do método científico ao longo da idade da razão, do iluminismo e da modernidade”:
Mapa da história da ciência moderna
Notem que, se entrarem na página original do mapa, para além de poderem ver todos as “linhas” em detalhe, poderão também ver informação relativa a cada cientista mencionado. E estão lá todos os grandes nomes dos principais ramos da Ciência Moderna (pós séc. XVI)!
Mas,  mais interessante ainda são as “conexões” entre as “linhas” pois a Ciência Moderna, apesar do alto grau de especialização individual, vive da colaboração alargada entre disciplinas e entre cientistas. 
Este mapa reflete uma história maravilhosa! A história da CIÊNCIA MODERNA.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Back in Time, Aplicação portuguesa há 5 dias no top de vendas dos EUA

Back in Time é um livro interativo multimédia, que conta a história do universo desde o Big Bang ao aparecimento do homem, abrangendo diferentes áreas do conhecimento: Astronomia, Ciências Naturais, Geologia e História Antiga e Moderna. O utilizador conta com mais de 300 imagens temáticas, 60 animações, vídeos e mais de 200 factos históricos. Desenvolvido pela empresa portuguesa Landka. A aplicação está disponível em seis idiomas (português, inglês, mandarim, espanhol, francês e alemão) e uma vez instalada não precisa de Internet para funcionar.
Mais informações aqui

sábado, 7 de janeiro de 2012

Peixe recorre a mimetismo e imita padrão estriado de polvo

Este vídeo mostra como um indivíduo de Stalix cf. histrio se associa ao Thaumoctopus mimicus adotando o mesmo padrão colorido do polvo, aparentemente para assim se poder afastar em segurança do buraco onde se refugia a fim de se alimentar. O mimetismo é a imitação por parte de uma dada espécie, do aspeto de outra diferente, através da aquisição da mesma cor, padrão, comportamento etc, porque tal lhe confere alguma vantagem, como por exemplo, não correr o risco de ser apanhada e comida por um predador. Quando este comportamento mimético não é uma característica generalizada a todos os exemplares da espécie, mas ocorre apenas nalgumas populações, estamos perante um caso de mimetismo oportunista e não obrigatório. Já existem registos de caso de mimetismo oportunista em peixes, mas desconhecia-se que o peixe que é protagonista da presente descoberta recorresse a este artifício. A filmagem, obtida em julho de 2011,ao largo do Norte da ilha de Sulawesi, na Indonésia, por Godehard Kopp, um dos autores, mostra como um exemplar de Stalix cf. histrio adquire o padrão estriado e as cores do polvo mimético Thaumoctopus mimicus, acompanhando-o na sua deslocação durante 15 min. Os autores explicam que o Stalix cf. histrio é um peixe que nada mal e que passa a vida adulta perto de um buraco na areia do fundo marinho onde se refugia em caso de aproximação de um predador. Deste modo, é sugerido que o peixe mimetiza o polvo, que por sua vez mimetiza outros peixes e cobras marinhas para passar despercebido aos predadores, com o objetivo de se afastar do buraco de areia em que se esconde em segurança, de forma a poder-se alimentar. Uma vez que as áreas de distribuição das espécies de peixe e de polvo apenas coincidem parcialmente, este comportamento por parte do peixe não pode ser uma estratégia característica da espécie mas apenas das populações que coocorrem. Fontes: resources.metapress.com, www.sciencedaily.com

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Pérolas" no Algarve...


Pela primeira vez em dez anos de trabalho foram encontradas pérolas em ostras do género Crassostrea. O investigador Frederico Batista, da Estação Experimental de Moluscicultura de Tavira do Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR), trabalha há uma década num projecto de conservação da ostra portuguesa e nunca tinha observado este fenómeno. Em esclarecimentos ao «Ciência Hoje», o investigador, que trabalha com Ana Grade, da mesma instituição, e Deborah Power, do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), explicou que, não tendo valor comercial, as pérolas encontradas têm “interesse científico”.

Em 756 ostras apanhadas em diferentes locais do Algarve (Ria de Alvor, Ria Formosa e Rio Guadiana) e que constituem a amostra deste estudo, foram encontradas pérolas em dois exemplares.
Pode não parecer muito, mas o fenómeno é tão raro que os investigadores ainda não têm respostas. “Não sabemos muito bem como é que aconteceu, mas acreditamos que não tem nada de mal e que se deve às características do meio”, diz Frederico Batista.

O aparecimento de pérolas é frequente em ostras perlíferas (família Pteriidae). Estas podem atingir elevado valor comercial. Nos últimos dez anos, o fenómeno não tinha sido observado nas ostras do género Crassostrea que existem em Portugal. A formação de pérolas deve-se a uma reacção defensiva da ostra a corpos estranhos, tais como parasitas ou partículas. O corpo estranho é coberto por camadas, sendo estas essencialmente de carbonato de cálcio sob a forma de cristais de aragonite.

Nas ostras, cuja espécie está também ainda por definir, foram encontradas cinco pérolas. Numa foi observada uma pérola com dimensão de cinco milímetros de diâmetro e 190 miligramas de peso, e, na outra, quatro pérolas com apenas dois milímetros de diâmetro.

“As ostras podem ser das espécies Crassostrea angulata (nome científico da ‘ostra Portuguesa’), Crassostrea gigas (‘ostra do Pacífico’) ou então híbridas”, explica o investigador. As duas espécies são muito parecidas entre si e nos sítios onde foram recolhidas acontece com frequência a hibridação.

“O que tem de valor é a raridade. Quanto o material que compõe das pérolas, tanto o brilho como a cor não parece ser especial”, diz o cientista. As pérolas já seguiram para um laboratório em Cambridge para serem analisadas.
Fonte/Adaptado de: Ciência Hoje

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Missão essencial: Salvar cavalos marinhos do Mediterrâneo

Biólogos franceses criam cavalos marinhos em aquários e libertam-nos no mar Mediterrâneo. Um gesto essencial para salvar a população ameaçada pela pesca excessiva e pela poluição.

A Química do Champanhe

Champanhe é festa, é celebração, é conquista, é estreia, e nutricionalmente falando... ainda bem!