quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Criado peixe transparente ideal para estudar sem dissecar


Peixinho-dourado transparente permite a cientistas verem os órgãos internos e a corrente sanguínea

Peixe-dourado transparente criado por Japoneses-APF

Um grupo cientistas japoneses da Universidade de Mie apresentou uma nova criação: um peixe transparente ideal para experiências científicas.

Como não tem pigmentação, os investigadores podem estudar o funcionamento dos seus órgãos internos e a circulação sanguínea sem recorrer à dissecação. A criação foi apresentada na reunião anual da Sociedade de Biologia Molecular do Japão.
Tendo em conta que cada peixe produz vários milhões de ovos cada vez que se reproduz, os cientistas acreditam que o peixinho dourado se converterá num modelo animal muito útil para a realização de toda a espécie de estudos sobre o desenvolvimento e o funcionamento dos órgãos internos e do sangue. Também é esperado que possa servir como ferramenta educativa nas aulas experimentais de ciências, onde os alunos poderão analisar o interior dos animais sem ter que os dissecar.
Este animal não é resultado de experiências transgénicas, mas sim do cruzamento entre carpas-douradas (Carassius auratus auratus), os vulgares peixinhos de aquário, efectuado ao longo de três anos.


Há já vários anos que uma versão transparente dos peixes-zebra (Danio rerio) é utilizada em experiências científicas. No entanto, o uso destes animais é limitado, isto porque são muito pequenos (não passam os cinco centímetros) e leves (pesam apenas três gramas).

Os peixes agora criados no Japão podem chegar aos 25 centímetros e a pesar mais de dois quilogramas. Além disso, vivem até aos 20 anos.

O investigador Yutaka Tamaru explica que as escamas e a pele do peixe não têm pigmentação, o que permite ver perfeitamente o coração, o cérebro, o funcionamento dos órgãos e da corrente sanguínea, bem como todo o seu desenvolvimento à medida que vai crescendo.
A criação destes peixes transparentes é uma óptima notícia para os defensores dos animais, já que oferece uma alternativa às sempre polémicas dissecações que se costumam realizar nas experimentação cientifica.
Fonte da notícia: elmundo.es

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