quinta-feira, 31 de julho de 2008

Exercício em comprimidos

Nova droga reproduz em ratos os benefícios do exercício físico.


Cientistas norte-americanos desenvolveram uma fármaco que reproduz os benefícios do exercício físico sem ser preciso ir ao ginásio, pelos menos em ratos de laboratório, indica um estudo hoje publicado na revista Cell.

Segundo as conclusões da investigação, ratos sedentários que tomaram a substância durante quatro semanas queimaram mais calorias e ficaram com menos gordura do que outros não tratados.

Quando testados em moinhos de roda, correram mais (44%) e durante mais tempo (23%) do que os não tratados.

Embora fique em aberto a questão de saber como é que estes resultados se poderão traduzir nos humanos, os cientistas esperam que o fármaco possa um dia ajudar a tratar a obesidade, a diabetes e as pessoas impedidas de praticar exercício físico por motivos médicos.

"Temos exercício em comprimidos", afirmou um dos autores do estudo, Ron Evans, do Instituto Salk para Estudos Biológicos e do Instituto Médico Howard Hughes. "Poderemos obter os resultados químicos dos exercícios físicos sem ser preciso praticá-los", referiu.

Noutra experiência com ratos que praticaram exercício, outro fármaco tornou esse treino físico mais eficaz e aumentou-lhes a resistência. Depois de um mês a tomarem a substância e a praticarem exercício, os ratos corriam durante 68% mais tempo e 70% mais longe do que outros que se exercitaram sem tomar o fármaco. Ambas as drogas foram estudadas por investigadores para outros usos.

A que imita os efeitos do exercício, chamada AICAR, está em fase avançada de testes em humanos para saber se pode prevenir uma complicação da cirurgia cardíaca de bypass. Segundo Evans, experiências anteriores com este fármaco indicaram que pode prevenir o aumento de peso numa dieta rica em gorduras, o que a tornaria útil para tratar a obesidade. No entanto, teria de ser tomada durante um longo período, pelo que a sua segurança teria de ser garantida.

Várias companhias farmacêuticas estão a trabalhar em drogas deste tipo para tratamento da diabetes porque, nos animais, estimula os músculos a eliminar o açúcar do sangue.
Fonte da notícia: cienciahoje.pt

Na minha opinião «Apesar (de o medicamento) se poder transformar numa 'pílula do exercício', e resolver problemas de saúde para alguns doentes não significa que não se pratique exercício físico real, e se obtenha todos os benefícios que aquele fornece»

Sem comentários: