terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O olfacto mais antigo da natureza

Imagem retirada de diegodacal
Cientistas descobrem peça do puzzle que faltava no sistema olfactivo dos insectos. Num artigo publicado na revista Cell a Cientista LeslieB. Vosshall frisou que apesar de já se saber que os insectos possuem receptores de glutamato ionotrópico no cérebro, proteínas situadas nas sinapses neurais para mediar a comunicação entre neurónios, não se tinha conhecimento de que também os possuíam no "nariz".”Aparentemente parece uma ideia absurda” que a mosca tenha esses receptores posicionados para interagir com as pequenas moléculas do ar, refere a investigadora.Mas se pensarmos um pouco, faz sentido. O processo é igual ao que se desenrola no cérebro, só que em vez de captar pequenas moléculas na sinapse, os receptores do "nariz" tomam-nas do ar, prossegue a cientista.
A investigação teve inicio à dois anos, quando a equipa que investigava na altura o genoma da mosca descobriu seis genes de receptores de glutamato ionotrópico.Colocou-se a hipótese de de esses genes codificaram os receptores desconhecidos existentes nas antenas do nariz da mosca.. Cada antena do insecto está dividida em três tipos de neurónios do odor. Destes só dois eram conhecidos, o terceiro, situado numa franja sensível era um mistério para os cientistas.
Neste momento, L. Vosshal e os seus colegas da equipa demonstraram que essas células detectam odores através dos receptores ionotrópicos situados na parte terminal dos neurónios que tem acesso aos odores do mundo exterior.
Graças aos receptores, os neurónios respondem aos estímulos olfactivos. Os cientistas demonstraram – no “ extirpando” geneticamente um receptor da sua célula de origem e colocando-o numa outra distinta que passou a detectar odores.

Resolvido o mistério, os cientistas terão agora de explicar a razão dos insectos terem desenvolvido dois conjuntos de receptores de glutamato ionotrópico. Vosshal sugere que a função ancestral dos receptores seria a de detectar pequenas moléculas do ar, já que as plantas também os utilizam na detecção de produtos químicos existentes no ambiente.
Fonte da notícia: Natura Curiosa

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