sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Descobertas novas espécies no mar da Tasmânia

(Foto: EFE)

Cientistas da Austrália e Estados Unidos descobriram várias novas espécies marinhas, como anémonas, corais vermelhos, e um espécime de ascídia carnívora, nas profundidades inexploradas do oceano, a sul da ilha australiana de Tasmânia.

O achado aconteceu nas ilhas de Lizard e Heron, que integram parte da Grande Barreira de Coral australiana, localizadas a noroeste do país. As expedições, levadas a cabo por investigadores do Instituto Australiano de Ciência Marinha, tinham como objectivo inventariar os corais moles conhecidos por octocoralários, devido aos oito tentáculos que possuem nas extremidades, e documentar a fauna australiana em profundidades não examinadas até agora.

Depois de várias análises, os investigadores lançaram alguns resultados iniciais assim como imagens impressionantes das espécies descobertas. Da grande variedade de espécies encontradas, destacam-se 300 novas espécies de coral mole, das quais mais de metade são completamente novas para a ciência, acreditam os cientistas. Os cientistas encontraram ainda uma estranha ascídia carnívora, aranhas do mar, esponjas gigantes e também comunidades dominadas por percebes e milhões de anémonas com tentáculos de cor violeta", referiu Thresher, membro da equipa de investigadores.
Durante a expedição científica que durou quatro semanas, os cientistas também encontraram novas evidencias do impacto causado pelo dióxido de carbono nos corais do leito marinho dessa zona, a quatro e dois quilómetros de profundidade.
Os investigadores de CSIRO e do Instituto de Tecnologia de Califórnia, referiram que alguns dos corais por eles descobertos nas profundidades estão a morrer. Aqueles recolheram dados a fim de estudar as ameaças colocadas pelo aquecimento global e o crescente nível de acidez detectado no oceano de maneira a encontrar soluções para a sobrevivência das barreiras de coral.
Os corais adquirem os seus característicos esqueletos duros mediante absorção dos materiais que se dissolvem na água do mar. Quando grandes quantidades de dióxido de carbono atingem a água dos oceanos, as alterações químicas que ocorrem reduzem a capacidade destes organismos marinhos de formar os seus esqueletos.
Em 2007 as Nações Unidas alertaram que a Grande Barreira de corais da Austrália, declarada Património da humanidade e com uma extensão de 340.000 quilómetros quadrados, corria risco de entrar numa fase de “extinção funcional”.
Um estudo publicado pelo Instituto Australiano de Ciências Marinhas no princípio de Janeiro, alertou para uma descida de 14% no crescimento da grande Barreira Coralífera Australiana, uma das de maior riqueza biológica do Mundo, durante os últimos 19 anos.
Fonte da notícia: elmundo.es

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