domingo, 19 de julho de 2009

O eclipse mais longo do século


A natureza é cheia de coincidências surpreendentes, como aquela que nos permite desfrutar da beleza quase mística que é um eclipse solar. A Lua, com um raio de aproximadamente 1.738 km, encontra-se a uma distância média da Terra de 384 403 km. Incrivelmente, a esta distância o seu tamanho aparente no céu é praticamente igual ao do Sol. Esta coincidência faz com que, quando os três corpos estão alinhados (Terra, Lua e Sol) possamos desfrutar de um eclipse.


No próximo dia 22 de Julho, a lua vai interpor-se novamente entre a Terra e o Sol criando mais um espectacular eclipse solar. Infelizmente para nós, este eclipse não será visto em Portugal uma vez que a sombra da lua será projectada sobre o Pacífico Norte e sobre países como a China, Índia, Nepal, Bangladesh e Myanmar. Em Portugal serão 3h35m da madrugada quando o eclipse atingir o seu auge sobre o Pacífico.
Se estiver de férias no oriente, pode consultar um destes mapas detalhados sobre o caminho de totalidade do eclipse (trajectória do eclipse total).
De acordo com os especialistas este será o eclipse mais longo do século XXI, com uma duração esperada de 6 minutos e 39 segundos. Não fossem os avanços tecnológicos, no próximo 22 de Julho, quem não estivesse no norte da Índia, este do Nepal, norte do Bangladesh, Bhutan ou Myanmar, no centro da China ou em alto mar, no Oceano Pacífico, perderia a oportunidade histórica de ver o Sol completamente coberto pela Lua, durante tanto tempo. Mas cientistas espanhóis vão instalar-se nos arredores de Chongqing, na China, para transmitir em directo o eclipse na internet.
Quando forem 02:35:21 em Portugal, o sol estará completamente coberto, fenómeno que só será possível observar na íntegra olho nu a 100 quilómetros das ilhas Ogasawara, no sudoeste do Japão. A próxima data para assistir a um eclipse solar de magnitude 1.0799 fica fora das agendas, mas pode anotar: 13 de Julho de 2132.
O eclipse poderá ser visto neste site, uma colaboração entre o governo regional de Madrid, o grupo Ciclope e a Universidade Politécnica de Madrid.
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