O que está a acontecer ao Fitoplâncton da Antárctida??
Fitoplancton / Imagens NASA
Um novo estudo publicado ontem na Science revela que as populações de fitoplâncton da Peninsula Antárctida, diminuíram cerca de 12 por cento nos últimos 30 anos. A causa segundo os cientistas deve-se às recentes mudanças climáticas. Estas alterações podem explicar a razão do declínio de alguns pinguins e outras espécies.
O fitoplâncton inclui vários grupos de microalgas, das quais se destacam as diatomáceas, que têm a particularidade de possuir uma parede constituída por sílica, os dinoflagelados, os cocolitoforídeos, quase exclusivamente marinhos, as cianobactérias e vários grupos de fitoflagelados, tal como as clorófitas, criptofíceas entre outros (Lalli & Parsons, 1993). O desenvolvimento do fitoplâncton está dependente de numerosos parâmetros físicos, químicos e biológicos, tais como, temperatura, radiação solar, disponibilidade de nutrientes, pressão de predação. O fitoplâncton encontra-se na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, uma vez que serve de alimentação a organismos maiores. Está na base porque pertence ao nível trófico dos produtores.
Além disso, acredita-se que o fitoplâncton é responsável pela produção de cerca de 98% do oxigénio da atmosfera terrestre. Teoricamente, uma vez que se pensa que a vida na Terra começou no mar, o fitoplâncton terá sido o responsável pela aparição dos organismos heterotróficos, que utilizam, não só directamente o plâncton na sua alimentação, mas também o oxigénio para sua respiração.
Além disso, acredita-se que o fitoplâncton é responsável pela produção de cerca de 98% do oxigénio da atmosfera terrestre. Teoricamente, uma vez que se pensa que a vida na Terra começou no mar, o fitoplâncton terá sido o responsável pela aparição dos organismos heterotróficos, que utilizam, não só directamente o plâncton na sua alimentação, mas também o oxigénio para sua respiração.
A zona mais ocidental da península Antárctida ( parte mais a norte do continente da Antarctida) sofreu durante os últimos anos uma subida de temperatura da ordem dos 2.5 ºC - mais do que qualquer outra zona do planeta - e consequentemente uma diminuição na cobertura de gelo.
Os cientistas constataram que em simultâneo com esta alteração climática as populações de pinguins Adélia e de Krill adaptados a um clima frio e seco migraram para sul. Entretanto outras espécies de pinguins migraram para regiões do norte
Martin Montes-Hugo e seus colegas suspeitam que as migrações dos pinguins podem estar relacionadas com alterações na quantidade dos seres que constituem a base alimentar daqueles animais - O Fitoplâncton.
Os cientistas documentaram o decréscimo no fitoplâncton usando dados de campo e informação recolhida por satélite que seguia as pistas da quantidade de clorofila – um sinal da fotossíntese do fitoplâncton. – nas águas em redor da península da Antárctica. A concentração da clorofila diminuiu significativamente a norte da península e aumentou a sul. O fitoplâncton é um excelente marcador para as mudanças climáticas porque respondem rapidamente, por vezes no espaço de apenas um dia, à variação do ambiente e também porque há uma longa cadeia alimentar que depende da sua sobrevivência
Devido às alterações nos padrões da atmosfera que rodeia a península – possivelmente, devido às mudanças climáticas - há actualmente céu nublado onde antes havia sol e vice-versa, diz um dos autores do estudo Martim Montes-Hugo da Universidade de Rutgers. No sul da península, as nuvens estão a diminuir e o sol está a derreter o mar gelado, libertando mais água para o sol penetrar, afirmou Montes-Hugo. “Há mais água e por isso há mais penetração da luz, por isso o fitoplâncton está de perfeita saúde no sul”, referiu.
No norte da península há mais nuvens e o mar de gelo está ainda mais reduzido. Aqui, a mudança de padrões atmosféricos trouxe mais ventos para agitar as águas, o que leva o fitoplâncton para maiores profundidades. Nestes níveis mais profundos estes pequenos seres captam menos sol. “Isto afecta o fitoplâncton”, refere Montes-Hugo. Como as plantas, o fitoplâncton absorve o dióxido de carbono, gás responsável pelo efeito de estufa. Menos fitoplâncton significa menos dióxido de carbono absorvido. Uma diminuição de fitoplâncton na Antárctida significa menos comida para os pequenos crustáceos que, por sua vez, servem de alimento a peixes e por aí em diante na cadeia alimentar que chega até aos pinguins (Adélia) e outros animais. Mudanças na quantidade do fitoplâncton coincidem com mudanças observadas no krill - pequenos crustáceos (Euphausia superba) e nas populações de pinguins.
Martin Montes-Hugo e seus colegas suspeitam que as migrações dos pinguins podem estar relacionadas com alterações na quantidade dos seres que constituem a base alimentar daqueles animais - O Fitoplâncton.
Os cientistas documentaram o decréscimo no fitoplâncton usando dados de campo e informação recolhida por satélite que seguia as pistas da quantidade de clorofila – um sinal da fotossíntese do fitoplâncton. – nas águas em redor da península da Antárctica. A concentração da clorofila diminuiu significativamente a norte da península e aumentou a sul. O fitoplâncton é um excelente marcador para as mudanças climáticas porque respondem rapidamente, por vezes no espaço de apenas um dia, à variação do ambiente e também porque há uma longa cadeia alimentar que depende da sua sobrevivência
Devido às alterações nos padrões da atmosfera que rodeia a península – possivelmente, devido às mudanças climáticas - há actualmente céu nublado onde antes havia sol e vice-versa, diz um dos autores do estudo Martim Montes-Hugo da Universidade de Rutgers. No sul da península, as nuvens estão a diminuir e o sol está a derreter o mar gelado, libertando mais água para o sol penetrar, afirmou Montes-Hugo. “Há mais água e por isso há mais penetração da luz, por isso o fitoplâncton está de perfeita saúde no sul”, referiu.
No norte da península há mais nuvens e o mar de gelo está ainda mais reduzido. Aqui, a mudança de padrões atmosféricos trouxe mais ventos para agitar as águas, o que leva o fitoplâncton para maiores profundidades. Nestes níveis mais profundos estes pequenos seres captam menos sol. “Isto afecta o fitoplâncton”, refere Montes-Hugo. Como as plantas, o fitoplâncton absorve o dióxido de carbono, gás responsável pelo efeito de estufa. Menos fitoplâncton significa menos dióxido de carbono absorvido. Uma diminuição de fitoplâncton na Antárctida significa menos comida para os pequenos crustáceos que, por sua vez, servem de alimento a peixes e por aí em diante na cadeia alimentar que chega até aos pinguins (Adélia) e outros animais. Mudanças na quantidade do fitoplâncton coincidem com mudanças observadas no krill - pequenos crustáceos (Euphausia superba) e nas populações de pinguins.
Aqui podes ver vídeo sobre fitoplâncton.
Fontes da notícia:
1 comentário:
Coloquei uma ligação no meu blogue para o Clube Ciência em Movimento.
Átomo e meio
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