sábado, 21 de março de 2009

A ÁRVORE, A ÁGUA E A POESIA

Dia 21 de Março Dia Mundial da Floresta e da Poesia
Dia 22 de Março Dia Mundial da Água.
Porque tem o Homem necessidade de celebrar estes dias??????????


Quando é o próprio que destrói ecossistemas inteiros; poluí a água, o solo, o ar; extingue centenas de espécies de plantas e animais;
Perdem-se anualmente em todo o mundo um total de 7,3 milhões de hectares de florestas, o que supõe uma perda diária de 20.000 hectares - superfície que equivale a toda a área metropolitana de Nova York, segundo dados de 2007.
Nos últimos anos só 57 países aumentaram a sua superfície florestal, se bem que nem sempre com as espécies mais adequadas. As florestas são fundamentais para combater o aquecimento global.
Cada um de nós tem de REFLECTIR sobre os seus comportamentos e mudá-los, a menos que queiramos destruir TODA a BELEZA que O NOSSO PLANETA ENCERRA.
Para reparar todos os problemas que criamos, precisamos de "comemorar" A NATUREZA todos os dias do ano.
“As árvores são a mais sábia forma de vida, porque muitas sobrevivem-nos. Nunca saem do lugar no seu pedaço de solo, escolhido por uma brisa ou por qualquer bicho do mato… Uma árvore tem sabedoria da paciência, de saber esperar pela ansiada notícia doutros mundos, trazida pelo vento, pelas aves e insectos. No fundo, as árvores sabem de tudo, da vida. Sem elas não sobreviveríamos, nada sobreviveria. Sem elas não existiriam palavras, nem esboços lavrados no papel. Não existiram memórias humanas gravadas de outros tempos. Não saberíamos quem fomos, nem o que somos, nem tampouco o que poderemos vir a ser.” http://arvoresvivas.wordpress.com/2008/01/25/arvores-ilustradas/
O grande pintor Piet Mondrian também prestou o seu contributo à beleza da árvore através das suas obras.

Piet Mondrian, Avond (Evening); Red Tree, 1908

Piet Mondrian, Gray Tree, 1911

imagens retiradas de gotasdagua.blogspot.com/2006_07_01_archive.html

Hoje dia da árvore e dia da poesia e porque considero que poesia tem muito a ver com a beleza duma árvore e quer uma, quer outra ,são fontes de oxigénio, uma para os pulmões,outra para a alma,e ainda porque sou natural do belo Alentejo, quero deixar aqui a minha singela homenagem a esta data num poema lindíssimo da grande poetisa Florbela Espanca.


Árvores do Alentejo

Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
--- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!

Florbela Espanca

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