segunda-feira, 28 de abril de 2008

Galinhas descendem dos dinossauros T-Rex


Cientistas descobriram que as galinhas descendem do temível dinossauro T-Rex. A mesma descoberta representa também uma revolução na paleontologia, já que até agora os cientistas pensavam que as moléculas de proteína eram destruídas durante o processo de fossilização.

Uma investigação conjunta entre as universidades norte-americanas de Harvard e da Carolina do Norte descobriu que as galinhas descendem do mais temível dos dinossauros, o T-Rex.

A descoberta, publicada na edição desta semana da revista Science, é vista como a primeira evidência molecular de que as aves são os descendentes mais próximos dos dinossauros na era moderna.

Os investigadores conseguiram recuperar e analisar fibras de colágeno de um osso de Tiranossauro T-Rex com 68 milhões de anos e compararam a proteína com 21 espécies existentes na actualidade, sendo que o jacaré é o primo mais afastado do temível dinossauro.

Esta descoberta representa também uma revolução na paleontologia, já que até agora os cientistas pensavam que as moléculas de proteína eram destruídas durante o processo de fossilização.

Os investigadores acreditam que, a partir de agora, vai ser possível construir matrizes de evolução animal mais precisas, apesar de avisarem que a molécula de DNA ainda não sobreviveu à passagem do tempo, pelo menos à passagem de milhares de anos.

Através do estudo das sequências moleculares foi possível também descobrir que os elefantes são os descendentes directos dos mastodontes que viveram há 600 mil anos.

26 de Abril 08 - TSF Online

sábado, 26 de abril de 2008

«De longe é arte, de perto é lixo»








Imagens dos trabalhos de Chris Jordan expostos a partir de 15 de Abril em Lisboa no Pavilhão do Conhecimento

Para ver mais: http://www.chrisjordan.com/

Exposição «Running the Numbers» ilustra o impacto do consumo na poluição do Planeta
do fotógrafo Chris Jordan.

De longe é arte, de perto é lixo, resume o fotógrafo Chris Jordan. Na exposição "Running the Numbers", inaugurada a 15 de Abril no Pavilhão do Conhecimento e patente até 30 de Abril, em Lisboa, 426 mil telemóveis fora de uso, 1,14 milhões de sacos de papel, 200 mil maços de cigarros, dois milhões de garrafas de plástico por reciclar e outros tantos desperdícios são matéria-prima de uma colecção de imagens que promete ajudar a perceber o que tentam dizer as estatísticas sobre a poluição do planeta.

No âmbito da celebração internacional do Dia da Terra, que se assinala no dia 22 de Abril, o National Geographic Channel e a Agência Ciência Viva trouxeram a Portugal o fotógrafo norte-americano autor de uma série de montagens fotográficas em que se abordam os números do consumismo norte-americano.

O exemplo é crasso. Quando estava a mostrar a tela com dois milhões de garrafas de plástico vazias, que equivale à quantidade utilizada nos EUA a cada 5 minutos, a um amigo num museu de Nova Iorque, o amigo terminou de beber a garrafa de água que tinha na mão e foi pô-la no lixo, conta Chris Jordan. Depois, voltou com uma certa culpa e disse, "Também é só uma, que diferença faz?", lembrou o fotógrafo norte-americano, para dizer que o episódio retrata exactamente o contrário daquilo que é suposto as pessoas pensarem quando olham para cada uma das peças da exposição. Neste caso, sublinhou, "dois milhões de garrafas são dois milhões de vezes uma garrafa, por isso o comportamento de cada um faz a diferença".

A exposição "Running de Numbers" partiu da leitura de livros e artigos nos jornais onde as estatísticas eram apresentadas com uma linguagem fria e crua. Sempre que há um número que o choca ou que o toca, pega nele e tenta arranjar uma forma mais sedutora e, no fundo, capaz de criar mais impacto junto do público.

Durante muitos anos todos os temas ligados ao planeta, ao ambiente e à cultura cívica eram-lhe completamente indiferentes, explicou esta manhã aos jornalistas. Daí perceber o que é estar do lado de quem não se interessa e a quem números como 106 mil latas de alumínio, o equivalente às latas utilizadas nos Estados Unidos a cada 30 segundos, ou 65 mil cigarros, o equivalente à quantidade de adolescentes americanos menores de 18 anos que se tornam viciados em tabaco por mês, não dizem nada.

"Estes números gigantes são difíceis de sentir. A enormidade da informação estatística ultrapassa-nos. Os números tendem a entrar por um ouvido e a sair por outro, sem nos tocarem a um nível emocional", frisou Chris Jordan. "Penso que o que se passa na América e noutras culturas é uma espécie de anestesia, que não tem nada a ver com sermos ou não pessoas com sentimentos mas com o facto de a informação não estar a ser bem transmitida", disse.

Quando acordou para esta realidade, pôs de lado uma carreira como advogado e enveredou pela via do activismo cultural. O seu trabalho como fotógrafo tem merecido a atenção internacional, tendo já sido exibido em mais de cinquenta exposições nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América do Sul. "Running de Numbers" é a primeira experiência enquanto exposição individual e começou a tournée no Allen Memorial Art Museum, nos Estados Unidos. Em parceria com o National Geographic Channel viajou pela Ásia, na Tailândia, veio agora a Portugal e vai estar em Itálica, Caracas e Venezuela.

É uma colecção em que aborda sobretudo temas negativos do consumo norte-americano mas é uma série em construção, que pretende terminar com uma peça que vai demorar um ano a ficar concluída, em Abril de 2009. Sem querer adiantar muito, disse o fotógrafo, essa última tela terá um sentido diferente.

"Dedico-me a retratar comportamentos inconscientes. Todos contribuímos para este desperdício de forma inconsciente. O problema é que, ao fazê-lo colectivamente de forma inconsciente criamos um resultado catastrófico, que ninguém quer assumir", salientou Chris Jordan. "O grande desafio dos dias de hoje é como é que mantemos a qualidade de vida a que nos habituámos ao mesmo tempo que nos preocupamos com o planeta, mesmo quando a infra-estrutura do nosso mundo nos obriga a consumir", frisou.

As imagens, faz questão de dizer, não são fotografias no sentido tradicional mas não deixam de ser fotografias. Cada uma teve por base produtos específicos reais, a uma escala mais pequena. Na peça dos 426 mil telemóveis, que representam os telemóveis retirados de circulação diariamente nos Estados Unidos, o fotógrafo foi a uma empresa de reciclagem e pediu para fotografar uma superfície com um metro de quadrado de telemóveis inutilizados. A cada fotografia remexia os aparelhos para conferir o ar aleatório e preparar a montagem final, uma imagem confusa onde os vestígios da tecnologia se vão sobrepondo, "porque ninguém mete o telemóvel ou o ipod a reciclar quando arranja um novo", lembrou.

Há depois duas peças que estão entre as preferidas do autor. Numa baseou-se na obra "Skull of a Skeleton with Burning Cigarette" de Picasso e reconstruiu-a com 200 mil maços de cigarros, o número de americanos que morrem com doenças relacionadas com o fumo de tabaco a cada seis meses. Digitalizou 60 maços de marcas de diferentes, tratou as imagens com diferentes luminosidades para poder dar forma ao esqueleto de Picasso. Noutra aproveitou uma tela do pintor Seurat, em que está retrata uma tarde de lazer no parque, e preencheu-a com 106 mil latas de alumínio, as latas utilizadas nos EUA a cada 30 segundos, que significam também o que mudou nas tardes de lazer hoje em dia.

O trabalho de montagem, explica, é muitas vezes moroso e até aborrecido mas o resultado são "imagens sedutoras que reflectem as tragédias invisíveis que estão a acontecer no nosso planeta". E frisou: "A minha esperança é que, desta forma, consiga tornar as estatísticas, que são uma linguagem crua e fria, em coisas que as pessoas conseguem de facto ver, em que conseguimos perceber o que gastamos".

Ou pelo menos parte do que se consome, por que cada tela diz apenas respeito a uma amostra do consumo de um determinado produto. Como no caso do papel de escritório, explica Chris Jordan para o qual faz uma tela em que representa 30 mil resmas ou 15 milhões de folhas de papel, o equivalente à quantidade gasta nos Estados Unidos a cada 5 minutos. "Além do papel de escritório há todo o restante papel, os livros, as revistas e depois, o que mostro, é o consumo de cinco minutos, gostava que fosse possível ilustrar o consumo de um ano".

Perante estes números, que são os da realidade norte-americana mas que, segundo o fotógrafo, poderão ser espelhados ou motivar reflexões semelhantes noutras culturas, a solução passa por "começar a pensar criativamente" no impacto que tem o consumo individual sobre o colectivo.

"Acho que cada um de nós tem parte da solução no seu próprio comportamento. Se ninguém se importar o resultado são as imagens destes quadros. Quero passar a ideia de aquilo que cada pessoa faz, conta, pode fazer a diferença", frisou Chris Jordan.

Integrada na campanha de comunicação do National Geographic Channel "O que você faz, conta!", a exposição "Running the Numbers" faz parte de um conjunto de iniciativas que visam alertar para uma mudança radical de comportamentos que conduzam a uma vida saudável no planeta terra.

Adaptado de artigo de Marta F. Reis publicado em 15-04-2008
Site: www.cienciahoje.pt/

Cotonetes, escovas de dentes e outras coisinhas mais







O plástico é uma coisa recente… tão recente que o primeiro composto de plástico foi desenvolvido apenas no início do século XX.

Este material, relativamente novo quando comparado a outros como o vidro e o papel, passou a estar presente, por vezes de forma incontornável, em grande parte dos nossos utensílios e consumíveis domésticos. Bastará pensar na quantidade de produtos de plástico ou com invólucros de plástico que diariamente adquirimos em qualquer supermercado.

Se olharmos com um pouco de atenção para a constituição do plástico, notamos que este nada mais é do que uma produção sintética, de concepção integralmente humana. A sua composição corresponde a produtos derivados de refinarias de petróleo (hidrocarbonetos) e a outros elementos (frequentemente compostos clorados). São fabricados pelo processo de polimerização, no qual pequenas moléculas se combinam quimicamente e produzem outras maiores, através de um conjunto de reacções conjuntas (mediante o emprego de calor e/ou pressão), formando um material sólido estável.

De uma forma geral, são dois os tipos de plásticos que encontramos nas prateleiras de qualquer supermercado: os termorrígidos, que uma vez expostos aos processos de aquecimento e aumento de pressão não podem mais ser fundidos (portanto, não são passíveis de serem transformados pelo processo de reciclagem); e os termoplásticos, que podem ser repetidamente amolecidos e moldados através dos anteriores processos.

Os plásticos apresentam, na sua generalidade, uma característica importante e particular: são extremamente duráveis. Tão duráveis que não apodrecem nem se degradam com a facilidade de outros compostos naturais como os de madeira. Como resultado, enormes quantidades de produtos compostos de plástico são descartados e acumulam-se no ambiente sob a forma de lixo.
Até para aqueles organismos invisíveis ao nosso olhar (bactérias e outros microorganismos responsáveis pela biodegradação), o plástico não é banquete fácil, seja em condições naturais ou mesmo quando são adicionadas misturas de celulose para facilitar a digestão microbiana.

Um outro importante factor a ter em consideração é a dificuldade de degradação deste composto quando em ambiente marinho, no qual as condições são completamente diferentes das dos ambientes terrestres (aquelas utilizadas aquando da estimativa de tempos de biodegradação).

Das cerca de 100 milhões de toneladas de plástico fabricadas por ano, 10 milhões (!) destas vão, voluntária ou involuntariamente, parar ao mar. A frota mercante mundial e as plataformas marinhas são responsáveis por 20% (639 mil contentores de plástico/dia) desta descarga e os restantes 80% terão origem directa em terra.


No entanto, o dilema sobre o plástico não termina na poluição em si. A verdade é que estes compostos sintéticos entram inevitavelmente na cadeia alimentar marinha, quer seja pela ingestão directa por parte de organismos superiores como mamíferos marinhos, quelónios (tartarugas marinhas) ou peixes, quer através de partículas pequenas (por vezes minúsculas) que integram a cadeia alimentar mais básica (zooplâncton e fitoplâncton). A consequência é óbvia, não só para aqueles organismos que nos habituamos a ver nos documentários da caixinha colorida, como também para nós, portugueses, que nos orgulhamos de sermos um povo que consome muito e bom (?) peixe.



Para mim, esta realidade é verdadeiramente assustadora. A solução, mais do que a separação doméstica (algo que faço e continuarei a fazer), passa pela redução, sempre que possível, do consumo de artigos que contenham plásticos, seja nos seus constituintes ou nas suas embalagens. O princípio é sabido: sem hábitos de consumo, não haverá hábitos de oferta.

Sacos, embalagens, caixas, cotonetes, canetas, escovas de dentes, entre outros… quantos objectos de plástico usou e descartou durante a passada semana?


Artigo de Pedro Correia, educador ambiental
Publicado por Departamento Educacional do Zoomarine em 24-04-08

site: zoomarine.blogdrive.com/

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Plantas do Mediterrâneo em perigo de extinção



Segundo um estudo realizado por 1.360 especialistas de 95 países (solicitado pela ONU), entre 20%  a25% das espécies de plantas da área mediterrânica estarão extintas antes do ano  2050, já que estes ecossistemas experimentarão a maior perda de biodiversidade devido à sua  sensibilidade a alterações, especialmente ás registadas no uso do solo.
São cinco os factores mais importantes que determinam a perda de biodiversidade: A concentração  atmosférica de CO2, la deposição de nitrógenio e chuva ácida, o clima, a invasão de espécies exóticas e a desflorestação nos países em vias de desenvolvimento juntamente com a urbanização nos países desenvolvidos (perda de solo disponível).

As invasões biológicas podem provocar extinções em grande escala de fauna e flora nos bosques tropicais e temperados.

O  estudo prevê para o ano 2050 um mundo muito mais pobre  no que respeita à riqueza de plantas e animais.

Perda de biodiversidade pode deixar-nos sem medicamentos



Se  a  extinção de espécies de plantas  e animais continuar a acontecer aos milhares, a humanidade poderá ficar sem medicamentos num futuro bem próximo. São as previsões apontadas por uma centena de especialistas da Escola de Medicina de Harvard (Estados Unidos) no livro "Sustaining Life".
 
O livro alerta a população para o perigo que poderá ser deixar de haver novos tratamentos para a dor, as infecções e uma elevada variedade de doenças incluindo o cancro.

Achim Steiner, Director do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), reforçou claramente aquando da publicação do livro:

"Temos que fazer algo para evitar esta perda da biodiversidade. A  sociedade depende da natureza para o tratamento das doenças".

A situação é deveras preocupante. Mais de 16.000 espécies estão em perigo de extinção.
Steiner  salientou ainda que alguma culpa do problema se deve ao facto das empresas farmacêuticas se centrar cada vez mais em produzir produtos com componentes químicos, minorando a importância da natureza.

Fonte: ecologia verde

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Células induzidas curam lesões cardíacas em animais




 
Investigadores norte-americanos utilizaram pela primeira vez células embrionárias induzidas para reparar lesões cardíacas em ratos, revelou um estudo divulgado hoje pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os cientistas do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, nos Estados Unidos de América (EUA), destacam no relatório que os resultados obtidos podem levar à criação de sistemas para curar lesões provocadas por um ataque cardíaco ou alguma outra doença.

"O potencial clínico é enorme", afirmou Jay Schneider, professor auxiliar de Medicina Interna e autor do estudo. O investigador lembrou que, apesar dos progressos no tratamento e prevenção dos ataques cardíacos, o coração não pode reparar-se por si próprio depois de sofrer danos. "O enfarte é um problema criado pelo Homem. É o resultado de uma maior longevidade e da arteriosclerose [termo genérico para o espessamento e endurecimento da parede arterial">", indicou Jay Schneider.

No estudo, os investigadores norte-americanos analisaram cerca de 147.000 moléculas à procura de uma que pudesse transformar células embrionárias humanas e do sangue numa espécie de células cardíacas não maturas. Ao implementar essas células activadas pelo composto, formado por moléculas identificadas como Sh-z nos corações danificados dos animais, as células humanas começaram a funcionar e melhoraram a actividade cardíaca dos ratos.

Os ensaios demonstraram, segundo os autores, que as células tratadas com o SH-z eram capazes de criar moléculas e proteínas que apenas podem ser encontradas em células do coração. Uma semana após estas terem sido implementadas nos animais o funcionamento do seu coração "melhorou notavelmente". Após três semanas os cientistas constataram que o órgão danificado era tão forte como antes das lesões.

Foi também possível evidenciar que as células humanas estavam vivas e que estas se tinham incorporado no tecido cardíaco, apesar de os cientistas não terem sido capazes de determinar se as células humanas se encontravam totalmente funcionais. "Isto é um bom passo. Demonstrou-se que o composto pode actuar em células embrionárias do sangue, que já estão a ser utilizadas em outras investigações clínicas. Isto pode acelerar o progresso face a outros estudos para reparar lesões no coração", afirmou o responsável do estudo.

Ciência Hoje
 http://nationalgeographic.abril.com.br/ng/imagem/ed83_coracao_slide03.jpg


terça-feira, 22 de abril de 2008

HojeÉ


Dia da TERRA
O dia 22 de Abril é reconhecido internacionalmente como o Dia Mundial da Terra.
As Nações Unidas proclamaram o ano de 2008, o Ano Internacional do Planeta Terra.
A Carta de Digne – Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra -foi aprovada em 1991.

Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra (Digne, 1991)

1 - Assim como cada vida humana é considerada única, chegou a altura de reconhecer, também, o carácter único da Terra.

2 - É a Terra que nos suporta. Estamos todos ligados à Terra e ela é a ligação entre nós todos.

3 - A Terra, com 4500 milhões de anos de idade, é o berço da vida, da renovação e das metamorfoses dos seres vivos. A sua larga evolução, a sua lenta maturação, deram forma ao ambiente em que vivemos.

4 - A nossa história e a história da Terra estão intimamente ligadas. As suas origens são as nossas origens. A sua história é a nossa história e o seu futuro será o nosso futuro.

5 - A face da Terra, a sua forma, são o nosso ambiente. Este ambiente é diferente do de ontem e será diferente do de amanhã. Não somos mais que um dos momentos da Terra; não somos finalidade, mas sim passagem.

6 - Assim como uma árvore guarda a memória do seu crescimento e da sua vida no seu tronco, também a Terra conserva a memória do seu passado, registada em profundidade ou à superfície, nas rochas, nos fósseis e nas paisagens, registo esse que pode ser lido e traduzido.

7 - Os homens sempre tiveram a preocupação em proteger o memorial do seu passado, ou seja, o seu património cultural. Só há pouco tempo se começou a proteger o ambiente imediato, o nosso património natural. O passado da Terra não é menos importante que o passado dos seres humanos. Chegou o tempo de aprendermos a protegê-lo e protegendo-o aprenderemos a conhecer o passado da Terra, esse livro escrito antes do nosso advento e que é o património geológico.


8 - Nós e a Terra compartilhamos uma herança comum. Cada homem, cada governo não é mais do que o depositário desse património. Cada um de nós deve compreender que qualquer depredação é uma mutilação, uma destruição, uma perda irremediável. Todas as formas do desenvolvimento devem, assim, ter em conta o valor e a singularidade desse património.


 

ESPECIAL DIA DA TERRA





“Especial Dia da Terra”
“National Geographic” celebra o Dia da Terra com 24 horas de documentários
 
O “National Geographic Channel” celebra o Dia da Terra com a emissão de 24 horas de documentários dedicados à protecção e conservação do planeta.

No “Especial Dia da Terra” destacam-se as estreias de quatro produções: “A Mecânica do Planeta: Cozinha à Luz Solar”, às 20h05; “Macaco: Música Multicultural de Barcelona”, às 21h00; “A Pegada Humana”, às 21h30 e “Retrato da Terra: O Estado do Planeta” às 22h30.

“A Mecânica do Planeta: Cozinha à Luz Solar” apresenta mais um episódio da oficina ecológica de Dick e Jem, desta vez na Andaluzia para ajudar um proprietário de uma quinta a extrair do seu poço água suficiente para dar ao seu gado. Os dois oferecem-se também para construir um forno solar gigante para fazer uma “paella” para a população nas festas da localidade. Enquanto Dick constrói um moinho de vento tradicional, Jem enfrenta a tarefa de construir um motor Sterling – que aproveita as diferenças de temperatura dentro de um cilindro para mover a cápsula que utiliza para a bomba que permite extrair a água do poço. No documentário pode ser visto qual dos engenhos sairá vencedor e se algum dos dois conseguirá preparar “paella” suficiente para satisfazer o apetite de todos os participantes na festa.

O documentário “Macaco: Música Multicultural de Barcelona” apresenta a banda espanhola “Macaco”, conhecida por misturar rumba catalã, “reggae” e “hip hop”. Macaco sobe ao palco com uma acústica criada para agitar corpos e mentes. O vocalista e músico Dani Carbonell (mais conhecido como Dani Macaco) fala dos primeiros tempos da banda, das suas influências musicais e a da utilização das várias línguas na sua música.

Quantificando as marcas que cada ser humano deixa no mundo
Imagine que consegue ver tudo o que consumiu ao longo da vida: todo o lixo que gerou e até as lágrimas que chorou. Ao longo da vida, cada ser humano deita, em média, 40 toneladas de lixo para os contentores, consome 7550 litros de leite, toma quase 7163 duches, nos quais consome cerca de um milhão de litros de água, e tem 104.390 sonhos. No documentário “A Pegada Humana” juntou-se todo o pão consumido, em média, ao longo da vida e ateou-se fogo a todo o metano emitido. Tudo para criar uma visualização única e persuasiva das marcas que cada um de nós deixa no mundo.

“Retrato da Terra: O Estado do Planeta” analisa as emissões de dióxido de carbono e dos programas de reflorestação e avalia os efeitos positivos e negativos que os diversos países exerceram no nosso planeta ao longo de 2007. No ano passado, a Terra sofreu a emissão de oito milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, a extracção de 90 milhões de toneladas de peixe dos seus oceanos e o arranque de 11 mil milhões de árvores das suas florestas.

A China, que abriu uma central térmica de carvão, superou, pela primeira vez, os Estados Unidos em emissões totais de carbono. No entanto, investiu 8 mil milhões de dólares para construir a Muralha Verde da China, sob a orientação do maior projecto de reflorestação do mundo, estendendo-se por quase 4500 quilómetros. Por sua vez, os Estados Unidos vão pôr em marcha um programa piloto de armazenagem de dióxido de carbono, no qual serão depositados cerca de 3 mil milhões de toneladas de dióxido em solo americano.

Fonte - PÚBLICO em 21 -04-08

segunda-feira, 21 de abril de 2008

400 jovens do Básico e Secundário três dias em congresso de geociências em Coimbra


A Barragem da Aguieira é um dos pontos a visitar


Quatro centenas de estudantes do Ensino Básico e Secundário de vários pontos do país participam a partir de amanhã, em Coimbra, no III Congresso de Jovens Geocientistas, para apresentar trabalhos que desenvolveram nas escolas.

Durante três dias vão participar em quatro visitas de campo, para observar "in situ" aspectos relacionados com a biologia e a geologia, para que no confronto com a realidade ganhem conhecimentos, explicou à agência Lusa a organizadora do evento, Celeste Gomes.

De acordo com aquela docente do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), instituição que organiza os congressos de jovens geocientistas, serão apresentados nove dezenas de trabalhos, em formato de comunicação oral e de posters, desenvolvidos nas suas escolas.

Alguns dos temas trabalhados pelos jovens abordam as alterações globais, as alterações climáticas, os recursos geológicos ou os recursos geológicos da região de implantação da escola que frequentam. O programa contempla na segunda-feira duas visitas de campo, às regiões da Barragem da Aguieira e da Serra da Estrela. Na quarta-feira, estão programadas mais duas visitas de campo, às regiões de Figueiró dos Vinhos e da Senhora da Candosa - Cabril do Ceira.

O dia 22, terça-feira, Dia Mundial da Terra, é dedicado à apresentação das comunicações, uma sessão que terá uma cerimónia de abertura onde estará presente Maria Helena Henriques, coordenadora do Comité Português para o Ano Internacional do Planeta Terra. O Congresso de Jovens Geocientistas, que o Departamento de Ciências da Terra da FCTUC realiza em terceira edição, assume este ano uma particular pertinência em virtude de 2008 ser o Ano Internacional do Planeta Terra, proclamado pela Resolução 60/192 na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O congresso está centrado nos alunos e pretende que estes desenvolvam competências (conhecimentos, capacidades e atitudes), gerais e específicas, como seja a concepção e implementação de percursos de pesquisa, refere uma nota de divulgação do evento.


Pretende-se ainda fomentar a compreensão do papel das geociências na progressão do conhecimento sobre o Universo, a Terra, a Vida e a Sociedade, bem como o reconhecimento da relevância das geociências no desenvolvimento das sociedades actuais e na adopção de atitudes que contribuam para a sustentabilidade no planeta Terra.

Os 400 jovens presentes no congresso representam 22 escolas do país, de Baião (região do Douro) até Amarelejo (Alentejo). Coimbra, que acolhe o congresso, está representada por cinco estabelecimentos. Os participantes, dos Ensinos Básico e Secundário, tem entre 10 e 16 anos.

A nossa escola vai participar no concurso Geocientistas com os trabalhos

  • Argilas, um recurso mineral da Soladrilho
  • Será que Portugal está na rota do ouro negro
  • Deixem o carro na garagem
  • Al Gore....O último Nobel da Paz.

Todos os grupos apresentam poster. O último representa a Escola com apresentação oral.

Fonte: cienciahoje

CURA PARA O ACNE - DIZEM OS CIENTISTAS





21 de Abril de 2008

Parece que o acne que tanto preocupa os adolescentes poderá ter os dias contados. Cientistas afirmam que encontraram um tratamento para o acne. Acaba de ser produzido um fármaco - SMT D002 - que segundo os investigadores poderá converter-se num tratamento eficaz que poderá reduzir o fluxo de sebo (gordura produzida pela pele) em 90%.



Os cientistas acreditam que esta droga que era utilizada para tratar
outra doença poderá ser mais eficaz que o ácido
retinóico ( forma de vitamina A)
usada até à data para tratar casos de
acne moderado ou severo uma vez que muitos pacientes não respondiam ao tratamento.

Para que a droga se torne mais eficaz os investigadores prevêem converter a droga num creme anti-acne de aplicação fácil. Ainda não revelam o nome por motivos comerciais.

Esperemos que realmente o tratamento seja tão eficaz como referem.


A acne é uma doença bastante comum e muito frequente na adolescência.

Causas
São 3 os fatores que contribuem para o surgimento da acne:
Superprodução de óleo (sebo)
Eliminação irregular de células do folículo
Crescimento de bactérias com inflamação.

A acne ocorre quando os folículos pilossebáceos ficam obstruídos por uma secreção sebácea e células mortas. Cada folículo aparece conectado a glândulas sebáceas que libertam uma secreção conhecida como sebo para lubrificar o pêlo e a pele. Essas glândulas apresentam um desenvolvimento muito elevado na puberdade, por estímulo das hormonas sexuais. Elas distribuem-se na face, tronco e nas costas e produzem gordura, que é eliminada através dos poros. Quando o organismo produz uma quantidade em excesso de sebo e células mortas, pode ocorrer a obstrução do poro. Quando bactérias contaminam esta secreção, principalmente o Propionibacterium acnes, ocorre uma inflamação e surge a acne.

Outros fatores podem alterar a produção de sebo tais como: alterações hormonais, presença de outras bactérias, certas medicações, hereditariedade e stress.

quinta-feira, 17 de abril de 2008



Desde Março e graças a Greenpeace, será possível denunciar qualquer agressão ao meio ambiente através da internet. Em colaboração com o projecto Fotodenuncia, este novo espaço ambiental criado permite a qualquer cidadão entrar em contacto para denunciar estos actos malignos. Com telemóvel ou com uma camara, qualquer poderá fotografar ou gravar situacões de injúria como a contaminação de mares e rios, incêndios provocados ou outras e publica-las na web.
O site é http://fotodenuncia.greenpeace.es/ .Este também proporciona informação para todos aqueles que a visitem.O objetivo deste projecto é o de colaborar na protecção do meio ambiente denunciando estes actos que destroem a nossa paisagem. Esta ferramenta teve origem no grande número de pessoas que se dirige à organização para denunciar qualquer agressão ambiental concreta. Com a web de Fotodenuncia, Greenpeace dá oportunidade de publicar as imagens que denunciam as injúrias ao ambiente a todas as pessoas, associaçõess e comunidade em geral.


Segundo Henrique Soler, responsável da área de voluntariado de Greenpeace, esta nova iniciativa pode ser muito útil.
Esta é uma via directa e efectiva de cada um ter a sua quota parte na defesa do nosso Planeta

quarta-feira, 16 de abril de 2008

HojeÉ

Dia Mundial da Voz



Queres ter uma voz fantástica? Então cuida dela


"VOZ EDUCADA, SAÚDE CUIDADA"



O que é a voz?

A voz é o som produzido pela vibração das pregas vocais (também conhecidas como cordas vocais), na laringe, pelo ar vindo dos pulmões.

A falta de conhecimento da importância de certos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como conseqüência o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como, por exemplo, edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contato, entre outras.

O trabalho de reeducação tem como objetivo a adequação das estruturas fonoarticulatórias e a conscientização das pessoas para o uso adequado da voz.

As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, muitas vezes, necessitam de um treinamento de apoio para desenvolver o seu potencial vocal.

O QUE DEVES FAZER PARA CUIDARES DA TUA VOZ 

Bebe água, regularmente, em temperatura ambiente, em pequenos goles. A água hidrata as pregas vocais;
Mantém uma alimentação saudável e regular. Evita achocolatados e derivados do leite, principalmente quando for utilizar a voz como instrumento de trabalho, pois estes aumentam a secreção do trato vocal;
Evita café, bebidas gasosas e o cigarro. Eles irritam a laringe. Além disso, o cigarro aumenta consideravelmente as hipóteses de cancro de laringe e pulmão;
Come uma maçã – ela é adstringente, ou seja, limpa o trato vocal e sua mastigação exercita a musculatura responsável pela articulação das palavras.
Na hora de acordar e levantar da cama espreguica-te e faz alongamentos para relaxar;
Durante o banho, deixa a água quente cair nos ombros, fazendo movimentos de rotação com a cabeça e ombros. Isso ajuda a diminuir a tensão do dia-a-dia;
Enquanto estiveres falando, mantém a postura do corpo sempre direita, na vertical, porém relaxada, principalmente a cabeça;
Utiliza alguns horários do teu dia para descansar e relaxar, tentando poupar a voz;
Quando estiveres com uma rouquidão por mais de 15 dias, procura um otorrinolaringologista e/ou um profissional em fonoaudilogia.


Hábitos Prejudiciais:
Gritar ou falar com muita intensidade: sempre que possível procura aproximar-te da pessoa para conversar. Quando estiveres escutando música ou assistindo Televisão, baixa o volume, evita brincadeiras de  competição sonora;
Pigarrear – essa acção provoca um forte atrito nas pregas vocais, irritando-as;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente;
O fumo é altamente nocivo, pois quandoquente agride o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais, podendo causar desde irritação, pigarro, edema, infecção. É considerado um dos principais fatores desencadeantes do cancro de laringe.;
O consumo de álcool em excesso também é prejudicial para as pregas vocais e tem efeito analgésico propiciando abusos vocais.;
Chupar gomas ou pastilhas fortes quando estiver com a garganta irritada. Isso mascara o sintoma e a pessoa tende a forçar a voz sem perceber. Quando o efeito da pastilha passa, a irritação na garganta aumenta.
Ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da humidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão.
Falar durante os exercícios físicos: qualquer exercício de esforço muscular junto com a fala irá provocar sobrecarga na musculatura da laringe;
Cantar de maneira inadequada ou abusiva em videokês ou fazer parte de corais sem preparo vocal.
O uso de pastilhas refrescantes antes de cantar/falar. Estas geralmente têm efeito “anestésico” e tu podes cometer abuso vocal sem te dares conta;
Falar em demasia em quadros gripais ou em crises alérgicas, pois o tecido que reveste a laringe está inchado e o atrito das pregas vocais durante a fala passa a ser de forte agressão.
Falar muito após o consumo de grandes quantidades de aspirinas, calmantes e diuréticos: a aspirina provoca o aumento da circulação sangüínea na periferia das pregas vocais, com a associação do atrito de uma prega contra a outra há um aumento da fragilidade capilar. Os diuréticos e calmantes ressecam as mucosas;
Ingerir líquidos em temperaturas extremas, ou seja, muito gelado ou muito quente; alimentos e bebidas geladas também causam choque térmico, provocando muco e edema nas pregas vocais;
Usar roupas apertadas na altura do pescoço e na cintura, pois irá dificultar a livre movimentação da laringe e também a movimentação do diafragma;
Ingestão de alimentos pesados e muito condimentados, pois além de provocarem azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas, dificultam também a movimentação livre do músculo do diafragma, essencial para a respiração;
O ar condicionado – prejudica a mucosa das pregas vocais, pois o resfriamento é realizado através da redução da humidade do ar com conseqüente ressecamento do trato vocal, o que leva a pessoa a produzir a voz com maior esforço e tensão;


A prevenção vocal só depende da conscienlização de cada pessoa, pois  a voz é um sinal de saúde e devemos tratá-la adequadamente.

*texto elaborado pela Fonoaudióloga Ângela Guimarães Coelho

domingo, 13 de abril de 2008

Os alimentos no nosso organismo


Gostas de aprender coisas novas? Queres conhecer o que acontece aos alimentos dentro do nosso organismo?

Escolhe o prato que mais te apetece e faz uma viagem pelo interior do corpo humano.

Diverte-te.


Clica aqui para começares

sábado, 12 de abril de 2008

Espanha: Descoberto escaravelho que come e enterra bolotas

Investigadores espanhóis descobriram a primeira espécie de escaravelhos capaz de arrastrar, enterrar e consumir bolotas, uma acção que facilita a germinação das sementes deste fruto, na medida em que estas ficam protegidas de predadores como aves ou roedores.















Após enterrar as bolotas, os escaravelhos da espécie Thorectes lusitanicus começam a comer a parte que está mais afastada do embrião (vegetal), mas não a consomem por completo, pelo que as sementes continuam a poder gerar novas plântulas (plantas recém-nascidas).
Existem mesmo casos de coleópteros (uma das várias ordens de insectos), que se refugiam dentro dos frutos durante o Inverno.
Apesar de a sua dieta incluir bolotas de sobreiro, azinheira e carvalho, estes escaravelhos preferem as de sobreiro, explicou Jorge Lobo, co-autor do estudo realizado pelo Centro Superior de Investigações Científicas, em parceria com a Universidade de Alicante.
A equipa de investigadores acredita que estes escaravelhos preferem as bolotas por estas terem um alto teor de ácidos gordos essenciais, estando provado que os Thorectes lusitanicus alimentados por este fruto mostram taxas de actividade maiores, óvulos mais desenvolvidos e uma resistência-extra ao frio.
O género Thorectes inclui 43 espécies de escaravelhos, das quais 20 se encontram no território íbero-balear, não possuem asas e estão adaptadas ao consumo de fezes de vertebrados e outros detritos em decomposição.
Segundo os investigadores, «agora é necessário calcular que percentagem das bolotas enterradas geram novas plantas» e saber «se a taxa de germinação depende da composição vegetal e da presença de vertebrados herbívoros».

Resumo da notícia e fotos publicadas em CSIC -www.csic.es/prensa em 11 de Abril 2008

terça-feira, 8 de abril de 2008

ÀS QUARTAS ...NO LABORATÓRIO

Finalmente !
Vamos por as mãos na CIÊNCIA.

As experiências no laboratório de Biologia têm início no dia 9 de Abril às 14h 50m.

Não te esqueças. A tua presença é indispensável.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Primeira rã sem pulmões


Descoberta primeira rã sem pulmões




Uma equipa de investigadores confirmou a descoberta da primeira "rã sem pulmões". De acordo com o estudo publicado amanhã pela revista científica "Current Biology", os cientistas da National University of Singapore encontraram duas populações do anfíbio "Barbourula kalimantanensis", uma rã aquática que respira através da pele, numa recente expedição à região indonésia do Bornéu.


"Sabíamos que teríamos de ter muita sorte para encontrar a rã", disse David Bickford, um dos responsáveis pela expedição. "Havia gente a tentar há trinta anos. Mas quando conseguimos e eu comecei a fazer as primeiras dissecações no local, devo dizer que estava muito céptico relativamente à ausência de pulmões. Não me parecia possível. Ficámos um pouco chocados quando verificamos que era verdade para todas os espécimes que tínhamos recolhido em Kalimatan, na Indonésia".


Até esta expedição só tinham sido descobertos e dissecados dois espécimes. "A coisa que mais me deixa espantado é que ainda deve haver muitas espécies, as primeiras em qualquer coisa (como neste caso a primeira rã sem pulmões), para ser descobertas", acrescentou Bickford. "Temos de explorar um pouco mais além do que fizeram antes de nós".

Nos animais tetrapódes, animais que apoiam quatro membros no solo, a ausência de pulmões ocorre apenas nos anfíbios. Exemplos disto são algumas espécies de salamandras e uma espécie de apodas, anfíbios que se parecem com pequenas cobras. No entanto, explicou Bickford, a completa ausência de pulmões é um evento evolucionário raro.

Segundo o estudo, a descoberta da ausência de pulmões na rã vai ao encontro da ideia de que os pulmões são uma característica maleável nos anfíbios. A "Barboroula kalimantanensis" vive em ambientes frios e de água corrente pelo que a ausência de pulmões pode ter resultado da adaptação a estes factores, sugerem os investigadores.
De acordo com a investigação, o ambiente rico em oxigénio terá feito com que a espécie diminuísse o seu ritmo metabólico, espalmasse o seu corpo de forma a aumentar a área de superfície da pele e desenvolvesse uma força ascensional negativa, isto é, uma tendência para afundar em vez de flutuar.
Para os cientistas, vai ser preciso novos estudos sobre esta rã para esclarecer tudo o que não se sabe sobre a singularidade da espécie e o seu perigo de extinção. No entanto, apelam desde já à conservação dos habitats agora descobertos.
"É uma espécie ameaçada sobre a qual não sabemos praticamente nada, com uma capacidade fantástica de respirar totalmente através da pele e cujo futuro está a ser ameaçado, por exemplo, pela exploração ilegal das minas de ouro da região", disse Bickford."Não há respostas simples para este problema".

Fonte: Ciência Hoje

ENCONTRADO O BURACO NEGRO MAIS PEQUENO

NASA
Astrónomos identificam o buraco negro mais pequeno até agora conhecido
02.04.2008 - 12h02 Reuters
Astrónomos da Agência espacial norte-americana (NASA) identificaram o buraco negro mais pequeno até agora conhecido. O J1650 tem uma massa quatro vezes maior do que o nosso Sol e o tamanho aproximado de uma grande cidade.

“Há anos que os astrónomos tentam saber qual o tamanho mínimo possível de um buraco negro e este pequeno é um grande passo na resposta a esta questão”, comentou Nikolai Shaposhnikov,
do Centro Espacial Goddard, da NASA, em Maryland.

Apesar da sua reduzida dimensão, a sua força gravitacional poderá ser maior do que muitos dos outros buracos negros identificados no centro das galáxias.

Nesta ilustração está representado um buraco negro e o gás quente acumulado à sua volta

Shaposhnikov explicou que se alguém se aventurasse próximo do J1650 - na zona Sul da constelação Ara, na Via Láctea - a gravidade esticaria o seu organismo ao ponto de se parecer com um fio de esparguete.

O satélite da NASA Rossi X-ray Timing Explorer, aliado a uma nova técnica para estimar o tamanho do buraco negro, permitiu chegar a esta descoberta, anunciada numa conferência da Sociedade Astronómica Americana, em Los Angeles.

O novo método consiste em medir as oscilações do gás quente que se acumula à volta do buraco negro, quando este absorve a matéria.

Shaposhnikov e o seu colega Lev Titarchuk descobriram que o J1650 tem uma massa 3.8 vezes maior do que o Sol e um diâmetro de cerca de 24 quilómetros. “Isto torna o buraco negro num dos objectos mais pequenos encontrados fora do nosso sistema solar”, disse Shaposhnikov.

Antes do J1650, o buraco negro mais pequeno conhecido era o GRO 1655-40, com uma massa 6.3 vezes a do Sol.

Fonte: PÚBLICO.PT

sexta-feira, 4 de abril de 2008

KNOJO - O Vídeo oficial

Finalmente já podemos visualizar as imagens de alguns momentos bem passados na visita de estudo ao Knojo - Ciência Indiscreta do Corpo Humano.

Eclipse lunar- Fevereiro 08 - Vídeo

Para os que não tiveram oportunidade ver o último eclipse total desta década, aqui vos deixo uma sequência de fotografias que mostra todo o processo.
Para fazer o vídeo foram usados um telescópio Celeston C8 e uma câmara Canon 350 d. Rendam-se ao magnífico espectáculo.



quinta-feira, 3 de abril de 2008

NOVO SANTUÁRIO PARA MARIPOSAS


David Attenborough e David Bellami são dois importantes naturalistas que se propoem construir em Inglaterra o maior santuário para mariposas do mundo. Este projecto estimado em 33 milhões de euros albergará um enorme recinto com doze jardins adjacentes que ocuparão uma área total de onZe hectáres.
O facto de algumas das 54 especies autóctones se encontrarem em perigo de extincão,levaram estes dois naturalistas a apostar neste ambicioso projecto. David Attenborough comentou :
Esta progressiva extinção mostra a destruição do meio ambiente. Há que tomar medidas urgentes em beneficio das futuras geracões.
Butterfly World (assim se chamará o novo santuário para as mariposas) ficará situado perto da localidade británica de St. Albans e contará com o apoio de Clive Farrell. Farrell é um apaixonado pelas mariposas que já realizou projectos muito semelhantes na Suiça, Estados Unidos e Inglaterra.
O santuario estará terminado em Março de 2011 e no seu interior poderemos ver mais de 10.000 mariposas de 250 especies diferentes que voarão debaixo de uma mesma cúpula gigante. Além do mais, haverá um centro de investigacião e educacão contiguo ao santuário.


Fonte: ecologiaverde.com

quarta-feira, 2 de abril de 2008

PORQUE DESAPARECERAM OS MAMUTES?

Aquecimento global e acção humana responsáveis pelo desaparecimento dos mamutes
Estudo orientado por português esclarece uma das maiores extinções da história dos grandes mamíferos.

Porque é que se extinguiram os mamutes? A pergunta é finalmente respondida num estudo publicado hoje pela revista científica "PLoS Biology". Segundo uma equipa de cientistas do Conselho Superior de Investigação Científica espanhol (CSIC), do Centro Nacional de Investigação sobre a Evolução Humana (CNIEH) e do Colégio Imperial de Londres, os enormes mamíferos foram vítimas do aquecimento global dos últimos 20 mil anos, com a progressiva destruição dos seus habitats. Mas a derradeira causa da extinção, dizem os investigadores, foi o facto de o Homem ter caçado os últimos espécimes.
Desde que, em 1809, Mikhail Adams descobriu o primeiro vestígio fóssil de um mamute na Rússia, os cientistas têm tentado identificar os factores que levaram à extinção destes mamíferos. Traçadas várias hipóteses, o estudo agora publicado, financiado pela Fundação BBVA no âmbito do programa Apoio à investigação em Biologia da Conservação, conclui que a extinção da espécie ocorreu devido à acção conjunta das alterações climáticas e do Homem. O aquecimento do planeta desde o último Máximo Glaciar (entre os 21 mil e 10 mil anos atrás) até ao Holoceno médio (período actual da escala do tempo geológico, que se iniciou há 11500 anos) restringiu os habitats favoráveis aos mamutes às zonas árcticas, por outro, as migrações humanas para norte desencadearam a extinção final, explicam os investigadores. Segundo o estudo, há 21 mil anos, quando os mamutes sobreviviam nos seus habitats, as temperaturas eram muito mais baixas do que são hoje e a precipitação mais escassa. No centro de França, por exemplo, as temperaturas médias eram de -6ºC e a precipitação de 400mm/anos. Há 6000 anos, altura em que terá começado a extinção da espécie, a temperatura média da região já tinha aumentado para os 4ºC e a precipitação para os 1000mm/ano. De acordo com os investigadores, este aumento global da temperatura levou à redução das vastas estepes frias em que viviam os mamutes, o que favoreceu o aumento do impacto humano (antrópico) sobre a espécie e que acabou por condenar a sua sobrevivência. A equipa desenvolveu diferentes modelos para avaliar as condições climáticas em que viviam os mamutes há 42 mil anos, 30 mil anos e 21 mil anos. Os modelos relacionavam a distribuição dos mamutes nesses períodos (conhecida através de vestígios fósseis datados previamente) com mapas de simulação climatérica em que se quantificavam as temperaturas mais frias e mais quentes, bem como os níveis de precipitação. Depois de definirem as condições climáticas em que vivia o mamífero, projectaram-nas para o momento da sua extinção (há 3500 anos) e para um período com um clima similar ao da extinção, há 126 mil anos, em que o mamute terá sobrevivido.
Humanos caçaram os últimos mamutes.
De acordo com os investigadores, se há 126 mil anos as condições climáticas óptimas para a sobrevivência do mamute cobriam uma superfície aproximada de 0,3 milhões de quilómetros quadrados, muito inferior aos 3,7 milhoes de há 21 mil anos, e até inferior aos 0,8 milhões de há 6000 anos, o único factor que explica porque é que o mamute não desapareceu então, milhares de anos mais cedo, é que na altura não convivia com o Homo sapiens sapiens no norte da Eurasia. Os modelos de identificação de áreas com habitats favoráveis foram depois incorporados em modelos de dinâmicas de populações de mamutes que incluíam o possível impacto antrópico. Segundo o cálculo realizado, no momento da extinção, a espécie estava reduzida a poucos espécimes na Sibéria Árctica. A extinção terá ocorrido devido à caça humana dos últimos mamutes, numa relação de um mamute por pessoa a cada três anos, segundo a estimativa mais alta, e um por pessoa cada 200 anos, segundo a estimativa mais baixa.
Conclusões relevantes para a previsão de futuras extinções
Segundo David Nogués-Bravo, primeiro autor do estudo que é assinado como cientista orientador pelo português Miguel Bastos Araújo, "a incorporação dos métodos que utilizados para prever as extinções do futuro na análise do desaparecimento das espécies do passado representa uma novidade radical no âmbito do estudo das extinções quaternárias". Esta nova metodologia "vai permitir conhecer as causas que levaram ao risco de extinção de outras grandes espécies de mamíferos na Europa, como os rinocerontes e as hienas", acrescentou Joaquín Hortal, investigador do Colégio Imperial de Londres. Para os investigadores, a extinção dos mamutes deve ser vista como exemplo para os riscos de extinção que muitas espécies podem vir a sofrer nas próximas décadas. "A acção conjunta das alterações climáticas e da pressão antrópica directa, como por exemplo as alterações na exploração do solo, podem levar à extinção de outras espécies no futuro", disse Miguel Araújo, investigador do CSIC. Os modelos desenvolvidos pelos autores sugerem outras zonas que se mantinham favoráveis aos mamutes no momento da sua extinção fora da Sibéria, como por exemplo a Mongólia. Novas expedições em busca de vestígios fósseis podem ajudar a clarificar como foram os últimos dias do mamífero. "A investigação sobre espécies que se extinguiram no passado pode oferecer muita informação útil sobre os processos finais que desencadeiam as extinções e, assim, ajudar a compreender melhor qual pode ser o impacto das actuais alterações globais sobre a biodiversidade", conclui David Nogués-Bravo.
Fonte: Ciência Hoje em 01-04-08