sábado, 6 de junho de 2009

A nossa pele é um” país das maravilhas”… para bactérias


Na tua opinião em que zonas da pele podem ser encontradas as comunidades de bactérias mais diversificadas? A resposta certa não é nem nos sovacos nem na zona da barriga.




De acordo com um estudo cientifico o ponto forte da diversidade de bactérias na nossa pele é o antebraço. E as surpresas não ficam por aqui.
O número de bactérias que vive dentro do nosso corpo e na fronteira do mesmo existe na proporção de 10 para cada célula, mas só agora os cientistas iniciaram a lista dos residentes que habitam a nossa pele. Graças a técnicas de sequência genética os cientistas conseguiram identificar uma grande variedade de bactérias na pele humana (Science, 23 de Maio, 2008, pág.1001). Mas até essa data ainda mingúem tinha comparado colónias de bactérias de diferentes zonas da pele do corpo humano.



Em Bethesda, Maryland, USA, o National Human Genome Research Institute (NHGRI) efectuou um estudo Pesquisa efectuou um estudo em voluntários . Estes utilizaram sabonete para peles sensíveis durante uma semana. Posteriormente e após 24 horas sem se lavarem, os voluntários regressaram ao laboratório, onde foi feita a recolha de amostras em 20 diferentes zonas do corpo, desde as narinas até ao umbigo, zona preferidas pelos amantes dos jeans de cós descido.
A equipa analisou o RNA das bactérias das amostras recolhidas e classificou-as com base nos seus genomas.

Os cientistas descobriram cerca de 1000 espécies, que se repetiam nas várias pessoas.Provou-se que temos habitantes iguais nas narinas e nas costas. O total de microrganismos sugere que a nossa pele é tão diversificada como os nossos intestinos que dão guarida a um elevado número de bactérias – entre 500 a 1000 espécies.
A equipa registou grandes diferenças . Ao contrário do que os adolescentes com acne poderiam pensar, as zonas oleosas como a testa e o couro cabeludo são menos variáveis em biodiversidade que zonas secas como o antebraço. A zona mais estéril registou-se atrás das orelhas, com uma média de 15 espécies. Pelo contrário na zona do antebraço foram encontradas 44 espécies. Através de exame repetido nos voluntários meses depois
verificou-se poucas alterações nas bactérias.
A razão da diferença em bactérias nas diferentes zonas ainda é desconhecida. Pode ter a ver com as propriedades da pele, como a oleosidade ou a presença de pêlos, com a exposição às bactérias ou com uma mistura das duas razões.

No que se refere ao antebraço, a geneticista e co-autora do trabalho Júlia Segre sugere que aquela zona exposta dos braços é um bom local para as bactérias. Pois ao contrário do que se passa com as mãos, poucas vezes lavamos os antebraços. Qualquer que seja a razão as pesquisa mostram que a localização é um factor importante. Fica no entanto provado que a pele é um ecossistema que alberga bactérias que não são homogéneas.
A pesquisa “ pode ser uma contribuição para explicar a razão porque certas doenças da pele aparecem numas zonas do corpo e não noutras” afirma o dermatologista Richard Gallo da Universidade da Califórnia, San Diego.

O passo seguinte, segundo Segre, será investigara relação entre os mini ecossistemas bacterianos e doenças como o eczema e a psoríase.
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