sábado, 17 de julho de 2010

Descoberto o gene primordial do esperma ...chama-se Boule e tem 600 milhões de anos

Gene do esperma, tem 600 milhões de anos, chama-se “Boule” e é comum a homens e animais
A capacidade de produzir esperma não é única e exclusiva dos humanos. O número de organismos vivos que produzem esperma é incontável. O esperma permite-lhes reproduzir-se com membros da sua espécie e assim preservar a sua linhagem.
Mas se esta capacidade se estende a um número tão elevado de seres vivos, o que há de comum entre o esperma de um búfalo e o da mosca da fruta?

Eugene Xu, da Universidade de Northwestern encontrou a resposta clara para esta questão ao descobrir um gene presente em várias espécies que aponta a pista de que o esperma tem uma origem evolutiva comum e muito antiga.

Produção de esperma animal e humana tem uma única origem

Um dos genes responsáveis pelo esperma do homem tem 600 milhões de anos e resistiu aos efeitos da evolução animal, segundo um estudo da Universidade Northwestern, nos EUA, divulgado na revista académica científica "PLOS Genetics".

De acordo com Eugene Xu, investigador e professor de obstetrícia, o “Boule” é o mais antigo gene de produção de esperma alguma vez descoberto, pelo que ficou demonstrado que a capacidade de produzir “é muito mais antiga do que se pensava e teve provavelmente origem no início da evolução animal”.
Na investigação, Eugene Xu usou material recolhido em seres humanos, peixes, esquilos, galos, ouriços-do-mar e mosca da fruta, sendo que este investigador acredita que ficou provado que a produção de esperma animal e humana tem uma única origem.

O gene em questão foi descoberto pelo mesmo investigador em 2001, mas nada indicava, até ao momento, que houvesse uma origem comum no esperma de tantas espécies animais. Agora, os especialistas da Universidade de Northwestern esperam que a descoberta e exploração das características do gene Boule permita compreender melhor a infertilidade humana.

Outra possibilidade é o desenvolvimento de um anticonceptivo masculino, já que os cientistas eliminaram esse gene num rato e conseguiram que não produzisse esperma.

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