domingo, 8 de fevereiro de 2009

Para além das primeiras impressões


Assim como as orelhas não evoluíram para segurar os óculos, as impressões digitais não foram seleccionadas para ajudar a capturar os bandidos em series de TV (e, eventualmente, na vida real).

Uma das funções conhecidas das impressões digitais é o aumento da fricção com o objectivo de segurar objectos. Se a pele que se encontra na ponta dos dedos fosse lisa, como nos rabinhos dos bebés, objectos poderiam deslizar mais facilmente de nossas mãos (um perigo elevadíssimo para os nossos primatas ancestrais quando precisassem de saltar nas árvores, de ramo em ramo).

Um estudo publicado na revista científica Science sugere mais uma função para as impressões digitais: aumentar a nossa percepção de texturas. Para testar esta hipótese, os cientistas envolvidos no projecto criaram um sensor de texturas e o cobriram com uma capa lisa ou com uma capa que simulava impressões digitais. Eles descobriram que as impressões digitais artificiais amplificavam até 100 vezes certos tipos de vibrações provocadas pela superfície testada. Curiosamente, as vibrações amplificadas eram justamente as que ocorriam na frequência a que os nossos sensores tácteis funcionam (200-300 Hz). Isso sugere que a distância entre os riscos das impressões digitais e os nossos sensores estão funcionalmente relacionados.

Além disso, é possível que as curvas presentes nas impressões digitais também ajudem a optimizar sensações de textura, uma vez que elas permitiriam a amplificação de vibrações originadas em diferentes direcções.

Fonte da notícia:Brontossauros em meu Jardim

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