A exposição de Darwin na Gulbenkian inaugurada ontem (12.2.2009) no 200º aniversário do nascimento de Charles R. Darwin está espectacular.
A inauguração estava cheia de gente: centenas de pessoas acotovelaram-se para entrar na exposição. O elenco de visitantes parecia uma reunião de evolucionistas de Portugal pois estavam lá todos os "cérebros" da nossa praça: todos aqueles"clássicos" professores universitários, autores de livros de evolução, biólogos evolucionistas, jovens e menos jovens investigadores, etc. Foi com grande agrado que vi o entusiasmo à volta desta festa da evolução.
A inauguração estava cheia de gente: centenas de pessoas acotovelaram-se para entrar na exposição. O elenco de visitantes parecia uma reunião de evolucionistas de Portugal pois estavam lá todos os "cérebros" da nossa praça: todos aqueles"clássicos" professores universitários, autores de livros de evolução, biólogos evolucionistas, jovens e menos jovens investigadores, etc. Foi com grande agrado que vi o entusiasmo à volta desta festa da evolução.
Parabéns aos organizadores! Fiquei fascinada.
Não percam esta exposição. Seria uma pena.
A exposição tem uma forte vertente pedagógica dirigida às escolas. Será "provavelmente a melhor exposição sobre Darwin em toda a Península Ibérica", como afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
A exposição apresenta detalhadamente a vida e obra do célebre naturalista, com referências aos seus antecedentes histórico-científicos e os desenvolvimentos da sua teoria da evolução até à actualidade, ocupa mil metros quadrados e tem, pelo menos, três peças que se destacam aos olhos do visitante. Uma é a reconstituição da sua figura em tamanho natural, enquanto jovem a observar um escaravelho na mão esquerda (foto tirada ontem na exposição), feita a partir de registos fotográficos. Foi expressamente encomendada para a exposição à equipa de Elisabeth Daynès, já responsável por algumas das reconstituições antropomórficas mais famosas do mundo, como a de Tutankhamon e de antepassados dos hominídeos.
Réplica do HMS Beagle
Outro destaque que "enche de orgulho" José Feijó comissário científico da exposição, é uma réplica - feita nas Oficinas do Museu de Marinha - do Beagle, o navio em que Darwin embarcou para a sua viagem de exploração do Atlântico Sul (1831-1836), então com apenas 22 anos. Além desta réplica, que demorou dois anos a fazer e que José Feijó considera a melhor alguma vez construída para um museu, há também uma reconstrução da exígua cabine que Darwin ocupava, feita igualmente nas Oficinas do Museu de Marinha.
Outra peça espectacular, patente nos espaços dedicados ao século XX, que vão da redescoberta das leis de Mendel à síntese neo-darwinista dos anos 30 e 40 e à descoberta do código genético, é uma escada de ADN com 3,6 metros de altura desenhada pelo arquitecto britânico Geoffrey Packer.A escada vai até ao tecto da galeria e tem a particularidade, também em estreia mundial, de ter um escorrega de RNA que poderá ser usado pelos visitantes. "Basicamente, as pessoas sobem a escada pelo código genético e escorregam pela tradução genética", explicou.
Exposição interactiva
O Jardim Zoológico, em colaboração com a Gulbenkian colocou animais vivos numa galeria anexa ao recinto da exposição construída expressamente para o efeito do lado do jardim da Gulbenkian. Entre esses animais, de espécies que Darwin observou, estão tartarugas, iguanas e papagaios, entre outros. Os visitantes poderão ver filmes sobre Darwin e a selecção natural, usar computadores e testemunhar experiências com minhocas, orquídeas e trepadeiras a que Darwin se dedicou. Além de peças enviadas por museus internacionais, a exposição conta com espólios do Museu Nacional de História Natural, do Aquário Vasco da Gama, do Museu Geológico, dos Museus Zoológico e Antropológico de Coimbra e do Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa. A seguir a Lisboa, a exposição será apresentada em Madrid, no Museu Nacional de Ciências Naturais, a partir de 01 Junho e até Janeiro de 2010, devendo depois continuar a circular até 2011, altura em que passará a constituir o núcleo de um futuro Museu da Ciência a construir em Oeiras.
imagem retirada de lusodinos.blogspot.com/
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