sexta-feira, 21 de março de 2008

hojtambémÉ

Dia Mundial da Poesia



Sendo o Dia Mundial da Árvore e Mundial da Poesia

e porque " Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora" - Alberto Carneiro,
deixo esta poema sobre a:




Árvore, cujo pomo, belo e brando

Árvore, cujo pomo, belo e brando,

natureza de leite e sangue pinta,

onde a pureza, de vergonha tinta,

está virgíneas faces imitando;


nunca da ira e do vento, que arrancando

os troncos vão, o teu injúria sinta;

nem por malícia de ar te seja extinta

a cor, que está teu fruito debuxando.


Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo

a meu contentamento, e favoreces

com teu suave cheiro minha glória,


se não te celebrar como mereces,

cantando-te, sequer farei contigo

doce, nos casos tristes, a memória.


Luís Vaz de Camões

1 comentário:

Marco Bento disse...

Que belo poema. Uma bonita forma de ressalvar a importância das árvores.