Sendo o Dia Mundial da Árvore e Mundial da Poesia
e porque " Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora" - Alberto Carneiro,
deixo esta poema sobre a:
Árvore, cujo pomo, belo e brando
Árvore, cujo pomo, belo e brando,
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
Luís Vaz de Camões
1 comentário:
Que belo poema. Uma bonita forma de ressalvar a importância das árvores.
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