quinta-feira, 26 de julho de 2012

Urso polar muito mais velho!





ADN sugere que ursos polares são muito mais velhos do que pensávamos.
Os ursos polares vivem no planeta Terra há quatro ou cinco milhões de anos, e não há 150 mil, como se pensava até há pouco tempo. Esta é a conclusão tirada da investigação liderada pelo biólogo Webb Miller, da universidade de Penn State, Pensilvânia (Estados Unidos), depois de utilizar um novo método de análise genómica, que compara sequências de ADN de ursos polares dos nossos dias com ursos castanhos e pretos.
A equipa que analisou também fragmentos de um dente de um urso polar com 120 mil anos, tinha como objectivo inicial perceber como pode esta espécie lidar com as alterações climáticas, mas os resultados foram surpreendentes.
Em primeiro lugar, os cientistas perceberam que estes ursos passaram por “muitas mudanças climáticas extremas” no passado, aumentando e reduzindo a população, respectivamente, quando o clima era mais frio ou quente.
Mais tarde, eles concluíram que, pelos marcadores genéticos das características do urso polar – pêlo branco e capacidade para armazenar gordura – esta espécie estará entre nós há quatro ou cinco milhões de anos.
Esta teoria arrasa completamente outra, que colocava a origem dos ursos polares numa data entre 60 e 600 mil anos atrás. Aliás, o próprio Webb Miller escreveu um artigo, há três anos, que explicava que o número certo seria 150 mil anos.
“Bem, estávamos mesmo errados. Muito errados. Os ursos polares estão aqui há milhões de anos”, explicou o biólogo num artigo publicado ontem no Proceedings of the National Academy of Science.
O estudo sugere que o número de ursos polares se alterou bastante ao longo dos tempos, coincidindo com as principais alterações climáticas que aumentaram ou reduziram a quantidade de gelo de mar Árctico.
A principal conclusão do estudo, por outro lado, afirma que os ursos polares já sobreviveram a épocas mais quentes, mas isso não quer dizer que consigam novamente fazê-lo. Ou seja, não há certezas sobre o futuro da espécie.

Fonte da notícia;
http://greensavers.sapo.pt/2012/07/24/adn-sugere-que-ursos-polares-sao-muito-mais-velhos-do-que-pensavamos/
 

Gronelândia perde a sua capa de gelo ao mais alto nível.

Quando é que vamos começar a dar atenção aos sinais ????? Quando??????
Cerca de 97% da superfície da camada de gelo que cobre a Gronelândia derreteu este mês, o degelo mais vasto de que há registo nos 30 anos de observações de satélite da ilha, alertou a NASA.
A conclusão dos cientistas baseia-se em imagens captadas por três satélites diferentes, segundo as quais o degelo foi particularmente rápido entre os dias 8 e 12 de julho.
Durante esses quatro dias, a área derretida passou de 40% do total da superfície da camada de gelo para 97%, o que significa que a quase totalidade da camada sofreu algum derretimento - desde as extremidades finas próximas da costa até ao centro, com mais de três quilómetros de espessura.



Estas duas imagens, captadas por satélites da NASA, têm apenas quatro dias de diferença. A da esquerda data de 8 de julho e a da direita de dia 12 NASA
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Apesar de cerca de metade da área gelada da Gronelândia normalmente derreter durante os meses de Verão, a velocidade e a escala em que isso ocorreu este ano surpreendeu os cientistas, que já descreveram o fenómeno como “extraordinário”( BBC).
Os investigadores afirmam que, num verão normal, cerca de metade da superfície da camada de gelo da Gronelândia derrete e, enquanto nos pontos mais elevados a água volta rapidamente a congelar, perto da costa alguma da água é retida pelo gelo e o resto perde-se no oceano.
Mas este ano a extensão do degelo na superfície ou perto dela aumentou dramaticamente, alertam os cientistas, que ainda não determinaram se este descongelamento irá afetar o volume total de perda de gelo e contribuir para a subida do nível do mar.

“Quando vemos degelo em zonas que não tínhamos visto antes, pelo menos durante um longo período de tempo, isso faz-nos questionar o que é que se está a passar”, disse o cientista chefe da NASA, Waleed Abdalati. “É um grande sinal, cujo significado só conseguiremos entender nos próximos anos”, disse, citado pela BBC.
Abdalati esclareceu que ainda não é possível determinar se este é um fenómeno natural, embora raro, ou se este degelo se fica a dever ao aquecimento global provocado pelo Homem.

Ler mais:
http://expresso.sapo.pt/degelo-na-gronelandia-assusta-cientistas-da-nasa=f742073#ixzz21iFTXsqM

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Para descobrir ..."Eu e o meu corpo"

Viagem de descoberta por vários órgãos e, sobretudo, células do corpo humano. Faz a ligação entre as diferenças entre os órgãos e as diferenças entre as células que os constituem: temos órgãos diferentes porque as células que os constituem são diferentes também, em aspecto e em função. Inclui também uma secção que explica como é que os cientistas sabem tanto sobre as células, introduzindo alguns dos métodos utilizados: cultura de células, microscopia e estudo de animais para se compreender os humanos.



O vídeo de animação «Eu e o meu Corpo», produzido pelo Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) em Lisboa, arrecadou o primeiro lugar na categoria de Material Didáctico de Ciências do concurso internacional ‘Ciencia en Acción’, edição de 2011. O projecto, financiado pela Casa das Ciências com o apoio técnico da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), foi realizado por Ana Godinho, Catarina Júlio e Ana Mena, membros da equipa de comunicação do IGC, em colaboração com Diana Marques (ilustradora), Cláudio Silva (FCCN) e Alexandre Gil (estudante do 7º ano).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Diz olá à Medusa em versão artificial, criada em laboratório a partir de células de rato


 Medusa feita de silicone e células de rato nada na água quando sueita a um campo elétrico
 crédito: Harvard Univ./Caltech

Movimenta-se e parece-se com uma medusa (ou uma alforreca, se preferirem) mas é artificial. É apenas uma imitação feita com recurso a silicone que, por sua vez, serviu de base para ali fazer crescer células musculares cardíacas de ratos. É um “mini-robô” orgânico e chama-se Medusoide que vem noticiado na mais recente edição da Nature Biotechnology.
Para que serve? Para ajudar a saber mais sobre engenharia de tecidos e, especialmente, sobre o coração e outros músculos humanos.

Como surgiu esta medusa ?
A  técnica de natação das medusas que consiste em usar um músculo para sucessivos impulsos na água – semelhante às batidas de um coração – terá sido o ponto de partida para  os investigadores que viram este animal como um bom modelo de estudo no campo da engenharia de tecidos. Como muita coisa no mundo da ciência, este início fez-se de forma quase acidental quando um dos cientistas envolvidos no projecto estava a apreciar animais marinhos num grande aquário. “Comecei a pesquisar organismos marinhos e quando vi a medusa no New England Aquarium apercebi-me imediatamente das semelhanças e diferenças entre a forma como este animal move-se e o coração humano”, conta Kevin Kit Parker, professor de Bio-engenharia e Física Aplicada em Harvard. E assim foi criado um coração “bio-inspirado”.
Após alguns anos a investigar os mecanismos de propulsão usados pela medusa, analisando a forma como contrai e expande o seu corpo e como se serve da dinâmica da água para nadar, começou o projecto de criação da versão artificial. A forma foi conseguida com o recurso a uma fina membrana de silicone, desenhando-se aqui oito apêndices semelhantes aos seus “braços”. Depois recorreram a células do músculo cardíacos de ratos que foram colocadas e cultivadas no topo do animal e que cresceram de acordo com um padrão de proteínas previamente impresso no seu corpo (imitando a arquitectura muscular da medusa) e que permitiu que estas células se tornassem um músculo coerente para nadar.
Submersa num fluido capaz de conduzir electricidade, a Medusoide foi então submetida a choques eléctricos para promover as contracções próprias da sua forma de se movimentar na água. A imitação do desempenho biológico natural estava completa e resultou. Aliás, os investigadores referem que o robô começou a contrair-se ligeiramente mesmo antes da estimulação eléctrica. Agora, dizem, o futuro passa por aperfeiçoar a criação talvez ao ponto de fazer com que a Medusoide se movimente de forma autónoma. Por outro lado, a receita usada para a medusa artificial poderá ser melhorada ao ponto de possibilitar a criação de um estimulador cardíaco feito inteiramente com matéria-prima biológica.
Fonte da notícia: o publico.pt  e
http://www.nature.com/news/artificial-jellyfish-built-from-rat-cells-1.11046

Relâmpago, uma maravilha natural, filmado em câmara lenta

Um relâmpago é uma descarga eletrostática aleatória. É o resultado de um forte desequilíbrio de carga elétrica entre dois pontos. Normalmente entre as nuvens, e por vezes, também, entre as nuvens e o solo. Eles são rápidos, violentos e perigosos mas também um dos espetáculos mais fascinantes da natureza.
Um relâmpago visto a olho nu é apenas um vislumbre passageiro do poderoso trovão que se segue. Tudo acontece demasiado rápido para conseguir realmente perceber o que aconteceu.
O vídeo em questão mostra o desenvolvimento e a formação de um relâmpago a 7207 fotogramas por segundo. Vídeo postado por Tom A. Warner, da ZT Research, mostra um relâmpago a acontecer em câmara lenta.



Fonte:http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2681584

sábado, 14 de julho de 2012

O que é que a banana têm? O genoma "descascado"

A banana - base da alimentação e da economia para mais de 400 milhões de pessoas no mundo, que foi "domesticada" há 7000 anos a partir de espécies selvagens, acaba de ter o seu genoma sequenciado.

A espécie comestível e a selvagem cujo genoma foi agora revelado Fotografia © Angélique D'Hont
Sabias que as bananas mais comuns nas prateleiras dos nossos supermercados - as bananas Cavendish e que a maioria tanto aprecia- são totalmente estéreis ( se reparares não possuem sementes)? E que esse é também o caso da maioria das variedades de bananas comestíveis existentes no mundo? No caso da Cavendish, que foi introduzida no Ocidente nos anos 1950, isso significa que andamos desde então a comer a "mesma" banana: todas as Cavendish descendem, por clonagem, de uma única planta-mãe, surgida na China, provavelmente, há milhares de anos. Dada a quase total ausência de diversidade genética que daí decorre, as bananas estão em perigo de extinção.  Duas doenças causadas por fungos - uma nova forma do chamado "mal-do-panamá" e a sigatoka-negra são letais para esta variedade de banana, de longe a mais importante do ponto de vista comercial. E não há nada no seu genoma susceptível de a proteger.
A descodificação da sua informação genética foi feita por um grupo internacional de investigadores, coordenado pela equipa francesa de Angélique D'Hont, do CIRAD, o centro de cooperação internacional em ainvestigação agronómica para o desenvolvimento, em Monpelier, França. E a informação, publicada dia 12 de julho, na revista Nature, pode ser essencial não só para melhorar a produção mundial desta fruta mas sobretudo para encontrar formas eficazes de combater os fungos que, volta, não volta, atacam as espécies comestíveis.
   "O conhecimento do genoma vai facilitar consideravelmente a identificação dos genes responsáveis por características tais como a resistência às doenças e a qualidade da fruta", escreve o CIRAD em comunicado. Para fazer a sequenciação dos 520 milhões de "letras" do genoma da banana - mais de 36 mil genes, distribuídos por 11 cromossomas -, os cientistas escolheram uma variedade selvagem da mesma espécie que a Cavendish (Musa acuminata, cujo genoma entra na composição de todas as variedades comestíveis de banana, cruas ou cozinhadas). A variedade escolhida tem, contudo, uma genética menos bizarra do que a Cavendish. É que, ao contrário do que é normal e da variedade sequenciada, a Cavendish possui três cópias de cada cromossoma em vez de duas...
Fonte  da notícia: jornal o público e

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como explicar a teoria da evolução de uma forma simples

Dúvidas sobre como se processa a evoução biológica? Vê o excelente vídeo que de uma maneira muito simples explica os mecanismos que causam a evolução.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Já temos o Higgs ( "Bosão de Higgs" ) e sem meter Deus ao barulho .

Cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), organização a que Portugal pertence, anunciaram hoje de manhã numa conferência em Genebra (Suíça), que descobriram uma nova partícula subatómica que pode ser o bosão de Higgs, também conhecido por "partícula de Deus". A
descoberta de uma nova partícula marca «um grande dia para a Ciência», mais perto de descobrir como funciona o Universo, mas sem meter Deus ao barulho.

Porque é tão importante esta descoberta?

 Esta descoberta é o culminar de 50 anos de «trabalho e expetativa»,  desde que, nos anos 1960, o físico escocês Peter Higgs avançou com a teoria de que haveria uma partícula responsável pela massa das outras partículas fundamentais do Universo.

Estas partículas fundamentais, a um nível sub-atómico, são «os eletrões, os 'quarks', protões, eletrões e os neutrinos», que têm todos massas muito diferentes, e a partícula de Higgs seria uma «complementar» que lhes confere essas massas diferentes. 

O Higgs é fundamental para explicar a razão por que todas as outras partículas que constituem a matéria têm massa, isto é, porque existe o Universo onde vivemos. No fundo, é a peça que faltava no puzzle do chamado Modelo-Padrão, uma colecção de teorias que integra todos os conhecimentos atuais sobre o comportamento das partículas fundamentais da matéria.
A descoberta da nova partícula subatómica surge na sequência das experiências feitas pelo maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, localizado em Genebra

A descoberta anunciada pelo CERN «não é o fim de nada, mas pode ajudar a esclarecer o que se passou no início do Universo».
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cern-anuncia-descoberta-da-particula-de-deus=f737354#ixzz1zlT5rp1W

Claro que sem o contributo de várias ciências como a fisica e a matemática  e da tecnologia não seria possível descobertas como estas e a compreensão do Universo. A física é, no sentido lato, a chave que os cientistas utilizam para tentar perceber a natureza, apoiados pela linguagem da matemática. Desde os tempos dos antigos gregos, passando por Kepler, Galileu, Newton, Einstein e todos os outros, que percebemos que este método funciona notavelmente bem.
Em particular, ficamos convencidos de que um mecanismo funciona quando permite prever coisas que ainda não aconteceram, desde o movimento de um pêndulo até á ocorrência de eclipses. E a história da ciência tem sido uma sucessiva construção de observações, teorias, busca de provas e demonstrações, que tem permitido progressos fantásticos na compreensão do mundo que nos rodeia.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/bosao-de-higgs-nascido-a-4-de-julho=f737267#ixzz1zlGt2R82