terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Projecto quer salvar a ovelha churra de extinção


Imagens de David Barroso retiradas daqui
A Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco está a tentar dar uma nova vida à raça de ovelhas Churra do Campo, que deu fama à carne de borrego e ao queijo da Beira Baixa, mas que actualmente está ameaçada de extinção.
Actualmente estão cadastradas 203 ovelhas Churras do Campo, 35 das quais propriedade da ESA de Castelo Branco. A escola agrária está agora empenhada em garantir a reprodução dos animais, ao mesmo tempo que estuda as características da carne e do leite no sentido de potenciar o seu uso em produtos comerciáveis.
O projecto de recuperação e preservação da ovelha Churra do Campo faz parte do programa Rotas da Transumância e garantiu o apoio financeiro do fundo comunitário INTERREG. Para além da ESA o projecto inclui os municípios onde a Churra do Campo tinha implantação: Penamacor, Idanha-a-Nova e Fundão.
Entre os municípios Penamacor assume a parte de leão do projecto, tendo conseguido a recuperação de alguns animais dispersos, rigorosamente seleccionados pelos investigadores da ESA para se garantir a preservação da raça genuína. Para além das ovelhas existentes da ESA as demais ovelhas recuperadas estão por conta da Câmara Municipal de Penamacor, que conta também com a colaboração da Cooperativa Agrícola da Meimoa (Meimoacoop).
A ovelha Churra do Campo, com cujo leite se produziam os famosos queijos da Beira Baixa, caracteriza-se por ter uma estatura pequena. De cor branca, a lã só não cobre parte da cabeça e a extremidade livre dos membros, quase chegando ao solo na época da tosquia. É ainda uma sua característica a cabeça pequena, deslanada, mas com lã na fronte e ganachas, cornos raros nas fêmeas e frequentes nos machos, olhos grandes e orelhas curtas e horizontais.
A ovelha do «Campo» (era assim que o povo designa as terras da raia da Beira Baixa) foi sendo substituída por outras raças mais produtivas, o que a fez dispersar e desaparecer das explorações agrícolas da região. Porém, foi com a ovelha churra que se tornou famosa a carne de borrego e os queijos da Beira Baixa. Daí a importância da recuperação desta espécie ovina, pois assim poderá voltar a garantir-se a genuinidade de alguns produtos regionais além da premissa básica de que se deve “entregar às gerações futuras o património genético” recebido dos antepassados como afirmou Moitinho Rodrigues, director da ESA.
Fonte da Notícia: cienciahoje.pt

2 comentários:

AL disse...

Boa noite. No âmbito da disciplina de Área Projecto de 12º Ano da Escola Secundária da Lourinhã, estamos a desenvolver um projecto e para que este se concretize necessitaremos da sua/vossa colaboração. O nosso projecto é apresentar a arte da Gastronomia Molecular à nossa escola e seria interessante convidarmos alguém que estivesse mais familizariado com o assunto. Seria possível dar-nos os contactos das Engenheiras Margarida e Susana que foram à vossa escola fazer uma apresentação? Agradecemos esta ajuda valiosa, pois já contactámos com várias engenheiros do Cooking Lab, mas não foi possível virem à nossa escola.
Ainda não temos nenhuma data marcada concreta (provavelmente em Maio), mas voltaremos a contactar assim que decidirmos algo em relação a isso. Entretanto agradecíamos que nos desse a sua resposta no e-mail: gastronomia.molecular@gmail.com.

Atenciosamente,
André Lopes
Diogo Santos
Filipa Jesus
Nicole Simão

AL disse...

peço desculpa, mas o e-mail correcto é gastronomia.molecular@hotmail.com.

obrigado pela atenção,
André Lopes
Diogo Santos
Filipa Jesus
Nicole Simão