O trevo-de-quatro-folhas foto de flickr
A oitava planta, conhecida como Trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifolia), existe em vários países, mas tem vindo a regredir em Portugal.Todas as espécies classificadas como "em perigo crítico" de extinção ocupam uma área de distribuição reduzida, sendo o principal objectivo deste projecto contribuir para a sua conservação.
A Corriola do Espichel encontra-se restrita às áreas do Cabo Espichel e litoral da Serra da Arrábida, enquanto a "Linaria ricardoi", uma herbácea associada a ecossistemas agrícolas, prefere o Baixo Alentejo Interior.
O Trevo-de-quatro-folhas habita essencialmente locais inundados e margens de rios (bacias do Vouga, Lima, Minho e Douro). O único núcleo conhecido localiza-se na praia fluvial da cidade do Peso da Régua.
O Narciso-do-Mondego, uma planta com flores amarelas que ocorre em áreas abertas e clareiras florestais, prefere, como o nome indica, a bacia do Mondego.
A área de distribuição do Miosótis-das-praias é igualmente muito reduzida, já que se encontra na totalidade no Parque Natural Sintra-Cascais. Cerca de 95 por cento desta população com cem mil exemplares está localizada junto à praia do Abano.
Da Diabelha do Algarve conhecem-se apenas três núcleos, que ocupam 50 hectares, estando um destes inserido no Sítio de Importância Comunitária do Barrocal. A população conhecida não ultrapassa os dez mil indivíduos.
Ainda mais escassa é a população de Diabelha do Almograve (três a quatro mil exemplares). Este pequeno arbusto coloniza clareiras de matos litorais, persistindo apenas junto a Vila Nova de Milfontes.
Quanto ao Álcar do Algarve, os cerca de 10 mil espécimes existentes estão espalhados pelos solos arenosos do litoral algarvio nos concelhos de Faro, Olhão e Loulé.
Portugal está “na lista dos países que não cumprem a Convenção para a Biodiversidade porque nunca elaborou um Livro Vermelho das Plantas, um documento essencial para identificar as espécies vegetais mais ameaçadas e desenvolver planos de gestão apropriados para a conservação no território nativo e fora dele" afirma Helena Freitas.
A nível europeu, só Portugal e a Macedónia não dispõem de um Livro Vermelho, diz Dalila Espírito Santo.
Estas especialistas defendem a criação de um banco de sementes que salvaguarde os recursos genéticos vegetais a nível nacional e a inclusão das espécies ameaçadas num Livro Vermelho de forma a assegurar a sua protecção.
O único banco de sementes de âmbito nacional, o Banco Português de Germoplasma Vegetal, é dedicado a espécies agrícolas com interesse alimentar. A conversão das florestas em explorações agrícolas intensivas, incêndios, espécies exóticas e alterações climáticas são alguns dos factores críticos para a sobrevivência das plantas.Fonte da noticia: cienciahoje.pt e A União - jornal online
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