domingo, 23 de janeiro de 2011

Descoberta Mamã Pterossaurus sem crista e com ovo



Foi encontrado fóssil do Pterossauro junto de um ovo preservado. A presença do ovo indica que este réptil voador era uma fêmea, o que permitiu aos investigadores atribuir um género a estas criaturas, pela primeira vez.

David Unwin, um paleobiólogo do Departamento de Estudos Museológicos da Universidade de Leicester, incorporou a equipa de investigação. Para ele, esta descoberta foi surpreendente: “Se alguém me dissesse a alguns anos atrás que iríamos encontrar este tipo de associação, teria rido e dito ‘talvez num milhão de anos’, porque este tipo de descobertas é muito raro.”

O Pterossauro, também referido como Pterodáctilos, dominou os céus na Era Mesozóica, há cerca de 220-65 milhões de anos atrás. Este espécimen em particular viveu há 160 milhões de anos. Foi descoberto por Junchang Lü, juntamente com os seus colegas, que escavavam rochas sedimentares na província chinesa de Liaoning. Nesta região foram encontrados diversos fósseis nos últimos anos, incluindo uma série de dinossauros com penas que moldaram o pensamento sobre a evolução das aves.

A nova criatura é do género Darwinopterus, mas tem sido apelidada simplesmente como 'Mrs T' pela equipa.

O estado da casca do ovo sugere que estava bem desenvolvido e que Mrs T devia estar muito próxima da postura quando morreu. Parece ter sofrido algum tipo de acidente uma vez que o antebraço esquerdo está partido.

Os investigadores conjecturam que possivelmente caiu enquanto voava devido a uma tempestade ou erupção vulcânica. Quando aterrou, afundou-se no fundo de um lago onde ficou preservada nos sedimentos.

Na publicação desta descoberta, na revista Science, os paleontólogos referem algumas características diferenciadoras de género, no Pterossauro.

“O mais importante deste indivíduo em particular é que tem uma pélvis relativamente grande comparada com outros indivíduos do mesmo Pterossauro Darwinopterus," explica Unwin. “Parece bastante razoável. As fêmeas põem ovos, logo provavelmente precisam de uma pélvis ligeiramente maior. O mais emocionante é que tem um crânio que não tem qualquer tipo de ornamento. Quando olhamos para outros indivíduos da mesma espécie, encontramos alguns com uma grande crista no crânio.”

Os investigadores acreditam que esta distinção da crista entre os vários espécimes do género Darwinopterus encontrados, corresponde a uma diferença de género. “Machos com grandes cristas e pequenos ancas e fêmeas sem crista e ancas maiores.”
Fonte: www.bbc.co.uk

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