sábado, 31 de outubro de 2009
Abóboras afastam BRUXAS ...e MICRÓBIOS
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Azahar na casa nova, em Silves
Pouco passava das quatro da tarde quando o jipe do Centro Zoológico de Jerez chegou à Herdade da Santinha, em Silves, mas Azahar, a fêmea de lince ibérico que atravessou a fronteira, ainda teria de esperar que todos os jornalistas estivessem presentes, para poder ganhar de novo liberdade condicionada.
Em Silves, onde foi libertada, Azahar conta agora com uma 'casa' de cerca de mil metros quadrados e bastante maior do que o espaço em que vivia.
Segundo relatou ao Observatório do Algarve Iñigo Sanchez, biólogo do Zoo espanhol, a fêmea viajou "bastante calma" durante todo o percurso, que rondou os 400 quilómetros de distância. "Saímos à uma da tarde (espanhola) e chegámos aqui perto das quatro", disse.
Azahar viajou dentro de uma caixa desde Espanha, sempre monotorizada por um veterinário.
Assim que os biólogos abriram a caixa, Azahar saíu que nem uma seta, dando vários saltos e só passado mais de uma hora o animal se acalmou.
Azahar, que tem agora cinco anos, viveu nos últimos três em cativeiro no jardim zoológico de Jerez de la Frontera. Não é um animal nascido em cativeiro, tendo sido capturada em 2006 após lhe ter sido detectado um problema na coluna, com a ajuda das múltiplas câmaras instaladas no parque de Jerez.
O animal, que se alimenta de coelho bravo, foi transferido hoje para Portugal ao abrigo do protocolo entre os ministros do Ambiente de Portugal e Espanha assinado em Agosto de 2007.
Agora, o Centro de Reprodução pretende que, após a adaptação, Azahar acasale com um dos machos que chegará ainda este ano.
O Plano de Acção procura como uma meta final, a longo prazo, possibilitar a reintrodução do lince-ibérico na sua área histórica de distribuição. O modelo estratégico de actuação assenta num conjunto de medidas que se complementam: o programa de reprodução em cativeiro, a recuperação e a manutenção do habitat favorável, e a reintrodução de espécimes da espécie em territórios adequados. Entre outros aspectos, ressalta a importância da gestão agrícola, florestal e cinegética para a criação das condições adequadas nos habitats potenciais de lince. O programa desenvolvido no CNRLI vai procurar favorecer o estabelecimento de uma população cativa de lince-ibérico viável do ponto de vista sanitário, genético e demográfico.
O CNRLI integra a rede ibérica de centros de reprodução de lince. Foi construído expressamente para servir este plano e inaugurado em Maio deste ano, resultando o seu financiamento de uma medida de sobrecompensação pela construção da barragem de Odelouca. A gestão é assegurada pelo ICNB.
Notícia lida aqui e também no portal do ICNB
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Super olhos de camarão inspira nova geração de DVDs
Super olhos - O camarão mantis é considerado o animal com os olhos mais complexos do reino animal, sendo capaz de ver em profundidade e com visão trinocular (Foto: Sterling Zumbrunn/Cortesia Conservation International).
Os olhos de um crustáceo marinho inspiram engenheiros para o desenvolvimento de uma nova geração de aparelhos leitores de discos digitais, eventuais sucessores do DVD.
O camarão mantis (Odontodactylus scyllarus) que pode ser encontrado na Grande Barreira de Coral, na Austrália tem o sistema de visão mais complexo de que se tem notícia. Animais dessa espécie são capazes de distinguir 12 cores primárias - o homem distingue apenas três - e podem distinguir entre formas diferentes de luz polarizada - algo que o homem não é capaz.
Segundo o estudo, feito por investigadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, células sensíveis à luz, presentes nos olhos do camarão, actuam como placas que alteram o plano das oscilações das ondas luminosas que passam por elas (placas polarizadoras).
Essa capacidade faz com que esses crustáceos convertam luz polarizada linearmente em luz polarizada circularmente e vice-versa. Dispositivos conhecidos como placas polarizadoras de quarto de onda fazem essa função em leitores de CD ou de DVD e em filtros polarizadores de câmeras fotográficas ou de vídeo.
Entretanto, esses dispositivos fabricados pelo homem tendem a operar bem, apenas para uma cor, enquanto o mecanismo natural dos olhos do camarão mantis funciona em quase todo o espectro de luz visível.
Esquema do olho do camarão mantis, mostrando as células R8, que superam qualquer equipamento já feito pelo homem com a mesma finalidade. [Imagem: Robert et al.]
"Nosso trabalho revelou o design e mecanismos únicos da placa polarizadora no olho do camarão mantis. Trata-se de algo realmente excepcional, que supera qualquer equipamento que o homem tenha produzido nesse sentido até hoje", disse Nicholas Roberts, principal autor do estudo.
Simplicidade inteligente
Por que esta espécie de camarão precisa de tanta sensibilidade à luz polarizada é algo que os cientistas desconhecem. Mas sabe-se que a visão polarizada é usada por animais para sinalização sexual ou para comunicação secreta, que evite chamar a atenção de predadores.
Os autores do estudo apontam que a capacidade inusitada do camarão mantis pode também actuar na visualização de presas, ao melhorar a capacidade de ver com clareza no meio aquático.
"Especialmente notável é que se trata de algo simples, um mecanismo natural composto por membranas celulares enroladas em tubos, mas que supera completamente os equipamentos artificiais", disse Roberts.
Biomimetismo
"Entender o funcionamento desse mecanismo natural poderá ajudar a fabricar melhores dispositivos ópticos, que poderiam usar, por exemplo, cristais líquidos produzidos especialmente para imitar as propriedades das células presentes nos olhos do camarão mantis", sugeriu.
Não seria o primeiro crustáceo a inspirar produtos do tipo. Em 2006, um componente presente no olho da lagosta inspirou o desenho de um detector de raio X para um telescópio europeu, em trabalho coordenado por Nigel Bannister, da Universidade de Leicester.
O artigo A biological quarter-wave retarder with excellent achromaticity in the visible wavelength region, de Nicholas Roberts e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em http://www.nature.com/
Noticia lida em http://www.inovacaotecnologica.com.br/
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Mexilhão das fontes hidrotermais dos Açores já tem Genoma sequenciado
Daí foi necessário olhar de uma forma global para a expressão de todos os genes (ou transcriptoma) que indicam “os mecanismos moleculares envolvidos nos processos de adaptação a ambientes caracterizados por ausência de luz solar, elevados níveis de pressão hidrostática e de concentração de metais pesados, níveis muito baixos de pH e, ainda, valores extremos de temperatura”. Este trabalho de sequenciação do transcriptoma de um invertebrado é o primeiro a nível nacional. É também o primeiro a nível mundial respeitante a um animal das fontes hidrotermais de ambiente marinho profundo. A análise do transcriptoma de Bathymodiolus azoricus teve início no laboratório de Genética e Biologia Molecular do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, no âmbito dos trabalhos de investigação na área da imunidade inata em invertebrados marinhos dos Açores. A análise das cerca de 860000 sequências obtidas através da tecnologia da pirosequenciação com o sistema GS FLX Titanium da 454-Life Sciences-Roche esteve a cargo da equipa da Unidade de Serviços Avançados do Biocant, liderada por Conceição Egas e de Miguel Pinheiro, da Unidade de Bioinformática do mesmo centro. Da investigação resulta a criação de uma base de dados sobre o transcriptoma deste animal que estará disponível brevemente. A tecnologia da pirosequenciação permitiu obter, no caso do Bathymodiolus, cerca de 86000 sequências de cDNA e 44000 proteínas homólogas a outros organismos vivos. As protéinas identificadas e catalogadas em grandes grupos funcionais, na base de dados DeepSeaVent, tornarão os estudos sobre as adaptações fisiológicas do mexilhão das fontes hidrotermais muito mais facilitados, para além de revelarem genes e proteínas potencialmente interessantes do ponto de vista biotecnológico. A base de dados irá funcionar posteriormente no DOP, tendo sido adquirido, para o efeito, um servidor inteiramente dedicado aos futuros trabalhos de bioinformática, não apenas do DeepSeaVent Bathymodiolus azoricus, mas de outras bases de dados que irão ser criadas a partir de camarões das fontes hidrotermais, corais de profundidade, e peixe espada, sob a responsabilidade dos colegas, respectivamente, Raul Bettencourt, Marina Carreiro e Sergio Stefanni.
Herança do HARPS - a incrível descoberta de 32 novos planetas extra-solares
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
HojeÉ...UM DIA PARA SABOREAR
O MENU VAI SER ESPECIAL...COMEMORA ESTE DIA...
VAMOS APRENDER A COMER BEM...
PELA NOSSA SAÚDE
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
E a Quantidade de CO2 Emitida É...
Para além das emissões de CO2, poderás consultar e comparar as taxas de natalidade e mortalidade de cada país.
Neste site descobrirás que em Portugal cada pessoa emite por ano 4,82 toneladas de CO2. Na China este valor é de 3,7 toneladas com tendência a aumentar. Já nos E.U.A. cada pessoa emite 19,66 toneladas de CO2 por ano.
Para descobrires mais dados, consulta
No mar profundo dos Açores...espectaculares jardins de coral preto
De acordo com o investigador, a descoberta só foi possível graças à utilização do ROV Luso (Veículo de Controlo Remoto), que «mergulhou» ao largo das ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge, a profundidades entre 400 e 1000 metros.
«Mais uma vez se confirmou a riqueza de habitats e a biodiversidade marinha do mar profundo dos Açores», frisou, esta quarta-feira, à Lusa, Pedro Ribeiro, biólogo do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
O Rov Luso seguiu a bordo do navio oceanográfico Almirante Gago Coutinho e descobriu «espectaculares jardins de coral preto, do género Leiopathes», que se juntam aos já conhecidos jardins de coral do Condor, da Fossa do Hirondelle e do Menez Gwen.
Nesta missão científica foram também observadas várias espécies de crustáceos, como o «Gastroptychus formosus», que é frequentemente associada aos corais negros, além de extensas áreas dominadas por esponjas e bancos de ostras, onde se encontrou o crinóide «Cyathidium foresti», considerado um fóssil vivo.
O balanço da missão é positivo, mas foi «fortemente condicionado pelo estado do mar», que obrigou o navio Gago Coutinho a alterar o rumo previsto, tendo mesmo de abrigar-se entre as ilhas do Grupo Central.
Pedro Ribeiro diz que o estado do mar prejudicou também os trabalhos, uma vez que durante os seis dias de missão com o ROV Luso, apenas três foram «bem sucedidas».
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Solução à vista para Corações Partidos
Investigação sobre ribossomas vale Nobel da Quimica
As suas investigações ajudaram a conhecer as diferenças entre os ribossomas das células bacterianas e as humanas, pelo que graças a esta descoberta agora será possível desenhar novos antibióticos que ataquem unicamente os organismos patogénicos.
domingo, 11 de outubro de 2009
"Nossa Estação Biológica" Galardoada em Barcelona
A Estação Biológica do Garducho, propriedade do CEAI, está integrada na Rede Natura 2000, sendo um local de abrigo e de reprodução de várias espécies emblemáticas e ameaçadas de extinção, como a Águia-imperial-ibérica, a Águia de Bonelli, a Abetarda, o Sisão e o Cortiçol-de-barriga-preta.
O júri do certame deste ano destaca na obra arquitectónica de João Maria Trindade, o facto de “gerar lugares e emoções no meio de uma paisagem sem fim”.
“Aprecia a forma como eleva a sua potente massa, deixando passar sob a sua sombra o território e a vida da fauna”, explica a acta do júri.
Para Arcadi Pla y Masmiquel, presidente do júri, tratou-se de reconhecer “a dupla visão” do centro do Garducho, que cria uma “peça singular, que lê a paisagem, criando um momento que avalia e se integra na própria paisagem”.
“É uma peça que quase levita sobre a paisagem e que nasce para acolher um centro de investigação sobre a própria paisagem”, explicou à Lusa.
“Mesmo sem ser esse o objectivo, demo-nos conta nas últimas reuniões que estávamos a avaliar uma nova forma de arquitectura sustentável, que vê a natureza de outra forma, não como um lugar apenas para colonizar, mas para valorizar”, disse.
sábado, 10 de outubro de 2009
Pela 1ª Vez Genoma humano em 3D
Agora, graças ao trabalho de Dekker a mesma pode ser observada de forma mais nítida ." Vai mudar a forma de como estudamos os cromossomas -afirma o biólogo-. Abrirá a caixa negra. Não conhecíamos a organização interna do genoma, agora podemos apreciá-la com elevada resolução.. Relaciona essa estrutura à actividade dos genes e observa como essa estrutura varia nas células ao longo do tempo".
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Queres uma maça? Toma duas.
“Nem queria acreditar no que os meus olhos estavam vendo. A divisão em vermelho e verde ao longo do fruto é impressionantemente perfeita como se eu a tivesse pintado", disse o incrédulo Morrish, pintor e decorador e que cultiva maças há 45 anos.
Noticia lida em http://www.ojocientifico.com/
Saturno tem o maior anel do Sistema Solar
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Um pouquinho menos de mistério na migração das enguias
"Após o momento em que as enguias deixam as áreas costeiras, não sabemos mais nada", disse Kim Aarestrup, experiente investigador do Instituto Nacional de Recursos Aquáticos da Universidade Técnica da Dinamarca. "Elas praticamente desaparecem" afirmou.
Mas Aarestrup e seus colegas resolveram parte do mistério da migração das enguias. Usando pequenos dispositivos presos às enguias, eles rastrearam parte da jornada de 4,8 mil km da costa oeste da Irlanda até o Mar do Sargaço.
Segundo Aarestrup, foram usados pequenos rastreadores que se libertavam dos corpos das enguias em datas específicas, e subiam à superfície, transmitindo dados para um satélite. Os cientistas examinaram 100 mil enguias e verificaram que 22 pesavam cerca de 2,3 kg, um peso cinco vezes maior do que o de uma enguia típica.
As enguias partem da costa no Outono da região e supõe-se que cheguem ao Mar do Sargaço na Primavera. Por isso, os investigadores programaram a maioria dos rastreadores para serem libertados a 1 de Abril. Segundo o seu relato na Science, foi cedo demais: o mais longe que qualquer uma das enguias conseguiu viajar foi cerca de 1,3 mil km.
Aarestrup disse ser possível que os rastreadores tenham criado tanta carga que desaceleraram a deslocação do animal. Se não for o caso, e as enguias naturalmente demorem mais para chegar até lá, a programação dos rastreadores "precisa de ser ajustada" de modo a conseguirmos coompreender todo o processo da desova.
Os dados também mostram que as enguias nadam a profundidades de quase 200 m à noite, mas descem para cerca de 610 m durante o dia. A descida a águas mais frias, segundo os cientistas , atrasa a maturação sexual das enguias até chegarem ao Mar do Sargaço - seja lá em que data for.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Nobel para a Telomerase – a enzima da imortalidade celular
De acordo com o Comité Nobel, Elizabeth Blackburn (de nacionalidades australiana e norte-americana) e os norte-americanos Carol Greider e Jack Szostak receberam o Nobel da Medicina pelos seus trabalhos relacionados com esta enzima que "protege os cromossomas do envelhecimento". "Os três cientistas descobriram a solução para um grande problema da biologia: como os cromossomas podem ser inteiramente copiados durante a divisão celular e como eles se protegem contra a degradação", explica o comité Nobel.
sábado, 3 de outubro de 2009
O "vestido novo" da libélula
As libélulas do Mediterrâneo tem "sede"
Calopteryx xanthostoma - foto de carlos castañeda navarro ( em miradanatural.es)
Ainda que algumas das espécies sejam objecto de medidas de protecção através de legislação internacional , outras não estão protegidas apesar do seu elevado risco de extinção, adverte a UICN.
Os 67 por cento das libélulas mediterrâneas, "boas indicadoras da qualidade da água", estão ameaçadas pela alteração dos seus habitats e pela poluição, informam. Em concreto, a libélula 'Sympetrum depressiusculum', que era comum encontrar-se no Mediterrâneo está agora na situação de vulnerável e em declínio por causa da intensificação agrícola da cultura do arroz.
Sympetrum depressiusculum, macho encima, fêmea em baixo: 07/08, Pierrelatte (Drôme) ©Jean-Michel Faton- imagens aqui
14 por cento destes insectos vive só nos ecossistemas mediterrâneos de água doce, entre os quais estão alguns dos habitats mais ameaçados e ricos em biodiversidade. A maioría das espécies ameaçadas concentram-se no leste de Espanha, no sul da Turquia e nos Balcãs, a noroeste da Argélia e ao norte da Tunísia.
Por exemplo, a libelinha , 'Calopteryx exul', que se encontra em declínio e está classificada em perigo, vive nos ambientes aquáticos do Magreb, cujos ecossistemas estão afectados pela exploração dos recursos hídricos feita pelo homem, a contaminação, a irrigação e a seca. "A selecção e protecção das áreas mais importantes são fundamentais para garantir a sobrevivência destas espécies afirmou Annabelle Cuttelod, da UICN e coautora do estudo. Neste sentido, a UICN propõe acções programadas a longo prazo, a nível regional, nacional e internacional e enfatiza a responsabilidade que os países do Mediterrâneo tem de proteger as populações a nível global.