sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cientistas estudam os efeitos das represas nos salmões

Cientistas estudam os efeitos das represas nos salmões




Imagem - ovos de Salmo salar em
A jornada rio acima para desova de um salmão adulto não é fácil, mas o nadar dos seus filhotes, corrente abaixo também não é trabalho fácil. Em rios com controle de enchentes e represas hidrolétricas, como as existentes no noroeste do Oceano Pacífico, os jovens salmões são maltratados, sujeitos a mudanças de pressão extremas e golpes nos canais, túneis e turbinas de energia.

Cientistas estudaram os efeitos desse tratamento hostil durante anos, com o objectivo de desenvolver represas e equipamentos que maltratassem menos os peixes. Para detectar as forças em questão, eles usaram um peixe não verdadeiro com aparelhos medidores de aceleração incorporados no seu corpo, e embutiram sensores em peixes de verdade.

Agora eles possuem uma nova ferramenta. Ann Miracle, investigadora do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico de Richland, Washington, e seus colaboradores mostraram que é possível detectar directamente traumas cerebrais no salmão.

Miracle referiu que a ideia do trabalho havia surgido de uma discussão com Nancy D. Denslow, da Universidade da Florida, que relatou os seus esforços para detectar com rapidez traumas cerebrais de soldados através de um teste para constatar a presença de produtos resultantes da quebra de uma proteína encontrada nas membranas celulares. Danos celulares lançam enzimas que quebram a proteína em componentes menores.

"Percebi claramente que um biomarcador de danos físicos poderia ser muito útil," afirmou Miracle . Em primeiro lugar , a cientista teve que determinar se a mesma proteína da membrana celular e os produtos resultantes de sua quebra existiam no salmão. Depois de confirmar isso, ela e seus colegas testaram o método no tecido cerebral de um salmão real jovem que havia atravessado uma represa em Snake River.

Eles descobriram que, ao comparar as quantidades de proteína intacta com as quantidades dos produtos resultantes da quebra, podia ser feita uma avaliação dos danos cerebrais. Essa avaliação teve boa correlação com dados sensoriais sobre as condições que os peixes encontraram ao atravessar a represa. As descobertas foram publicadas no periódico de acesso livre PLoS One.

Miracle salientou que o objectivo era criar um teste não-letal que funcionaria da mesma forma que os testes em humanos, com análise do líquido raquidiano para encontrar indícios de produtos resultantes da quebra de proteína. "Este trabalho é um desafio maior em peixes," referiu ainda, "mas acreditamos que seja possível."

Fotos de Salmon salar em www.biolib.cz
notícia em The New York Times

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Cantinho das Aromáticas

“Hoje, a Natureza ficou mais rica”

O cantinho das aromáticas desabrochou.

Os alunos do 12 A-CT em Área de Projecto e munidos das ferramentas de jardinagem, com muito carinho e cuidado colocaram na terra do cantinho as jovens plantas, que mais tarde irão embelezar a escola e encher os nossos sentidos de aromas.

E as aromáticas são: Lavandula pinnata, Lavandula dentata( alfazema), Mentha pulejium (poejo), Helichrysum sp (caril), Artemisia dracunculus (estragão), Thymus citrio e Thymus vulgaris (tomilho).


Aftas na boca ... Vitamina B12 ajuda a curar




Investigadores israelitas referiram que, num estudo, doses nocturnas de vitamina B12 preveniram efectivamente o retorno de aftas na boca. O estudo, publicado na “The Journal of the American Board of Family Medicine”, descobriu que as aftas na boca recorrentes, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), reduziram significativamente após cinco ou seis meses de tratamento com vitamina B12, independentemente dos níveis iniciais de vitamina B12 no sangue.O investigador principal, o Dr. Ilia Volkov, do Hospital Clalit e da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, referiu que, durante o último mês de tratamento, um número significativo de participantes no grupo de intervenção atingiu um estado sem úlcera aftosa.Os investigadores testaram o efeito da vitamina B12 em 58 pacientes com estomatite aftosa recorrente, aleatoriamente seleccionados, que receberam uma dose oral de
1 000 microgramas de B12 ao deitar ou placebo, sendo testados mensalmente ao longo de seis meses.De acordo com o Dr. Volkov, a média de duração dos surtos e a média do número de aftas por mês diminuiu em ambos os grupos, durante os primeiros quatro meses do ensaio. Contudo, a duração dos surtos, o número de aftas e o nível de dor foram reduzidos significativamente aos cinco e seis meses de tratamento com vitamina B12. As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta. Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento, por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final. As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três e, de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.
Fonte da Notícia: http://www.farmacia.com.pt/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A CENOURA - " A Rainha dos Vegetais"

Nas minhas "viagens" pela Net encontrei um artigo de um grupo de trabalho de Área de Projecto, os KitHorta muito interessante sobre a cenoura. Aqui fica com algumas informações mais.

Cenouras de muitas cores


Foto de:

A cenoura (Daucus carota) pertence à família das Apiaceae (Umbelíferas). É originária da Europa e da Ásia, onde é cultivada há mais de dois mil anos, como um alimento importante.A sua raiz é tuberculosa, podendo ter um tamanho e formato variável. A sua coloração é geralmente alaranjada, mas pode ser branca, amarela, vermelha e roxa. Embora o caule não se note, as folhas crescem até entre 30 a 50 cm. Para quem não sabe a cenoura tem flores brancas.
Trata-se de uma planta herbácea, com até 50 centímetros de altura, as folhas são bastante recortadas e produz raiz tuberosa, que é a principal parte comestível e comercializada. Raiz tuberosa é o nome dado às raízes de determinadas plantas, como cenoura, nabo, rabanete, que têm a função de armazenar as suas reservas de alimentos.

É altamente recomendada pelos médicos devido ao seu alto valor nutricional, sendo rica em betacaroteno, um dos responsáveis pela cor alaranjada e um componente importante da vitamina A, além de fibras, minerais e antioxidantes. A parte comestível da cenoura é a raiz e esta pode ser consumida ao natural, ralada ou fatiada, ou em sumos e tortas ou simplesmente como acompanhamento cozidas. Nunca se deve descascar uma cenoura, pois a parte mais nutritiva está justamente perto da superfície. Basta lavá-la e raspá-la.
As cenouras multiplicam-se por sementes e gostam de sol pleno e de serem regadas regularmente. As principais espécies de cenoura são:
Nantes
Kuroda
Flaker
Chantenay
Danvers
Etc...
Diz a sabedoria popular que comer cenoura faz os olhos bonitos. Mas as suas virtudes terapêuticas não se ficam por aqui, ajudando também a combater a anemia, doenças da pele e problemas hepáticos.
Verdadeiro cocktail de saúde, a cenoura é um dos vegetais mais consumidos mundialmente, mas os seus primórdios não reúnem o consenso de todos os autores. Alguns acreditam que é originária da Gália, enquanto que outros defendem que provém da Ásia Menor, onde crescia em estado selvagem há mais de três mil anos. Inquestionáveis são as suas propriedades terapêuticas, úteis para inúmeros problemas de saúde.
Qualidades alimentares e virtudes terapêuticas- A cenoura contém vitaminas A,B e C, uma provitamina A (betacaroteno) antioxidante, além de açucares simples (levulose e dextrose) directamente assimiláveis. Apresenta também 7% de ferro, uma dose activa de cobre, sódio, cálcio, fósforo, bromo, iodo, zinco e manganês.- É laxativa e diurética. Regulariza o trânsito intestinal, cicatrizando e desinfectando a mucosa intestinal e estomacal.- Favorece a taxa de colesterol. Contém docraína, um vasodilatador coronário.- Intervém no bom estado da pele e das mucosas.- É tónica, remineralizante, favorece a hemoglobina (transportador do oxigénio) e contribui para o equilíbrio ácido-básico.- usada externamente é cicatrizante.- A semente da cenoura é carminativa, estimulante, aperitiva e diurética.
Estados e problemas de saúde que pode beneficiar-Anemia, astenia e problemas de crescimento e de convalescença. -Problemas hepáticos: com a alcachofra, constitui o remédio por excelência para o fígado e para os temperamentos biliosos, utilizando-se para combater a icterícia.-Irritação gastro-hepática e excesso de acidez no estômago.- Catarro nasal, sinusite e tosse.- Sarampo e varicela.- Eczemas, sardas e acne.- Deficiência da visão crepuscular e das cores, graças à sua forte concentração em provitaminas A e B9 caratenóides.- Fotofobia (hipersensabilidade à luz e hemeralopia).

Cada 100 gramas de Cenoura (Daucus carota) contém:
Calorias - 51kcal
Proteínas - 1,5g
Gorduras - 0,3g
Provitamina A - 14500 U.l.
Vitamina B2 (Riboflavina) - 30 mcg
Vitamina B3 (Niacina) - 0,3 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico) - 27 mg
Potássio - 290 mg
Sódio - 100 mg
Cálcio - 45 mg
Fósforo - 40 mg
Enxofre - 22 mg
Cloro - 5 mg
Magnésio - 4 mg
Silício - 2 mg
Ferro - 1 mg


E os esquilos também gostam ! Eles lá sabem porquê...

Paradoxo resolvido




A solução do Paradoxo de Gray

Setenta e dois anos. Este foi o tempo necessário para resolver o Paradoxo de Gray, que surgiu das observações do zoólogo britânico Sir James Gray, no decorrer dos seus trabalhos com golfinhos.


Gray apesar de verificar que alguns destes mamíferos marinhos conseguiam atingir velocidades na ordem dos 35 km/h, concluiu que os seus músculos não eram suficientemente fortes para suportar o esforço de nadar e manter tais velocidades. Uma contradição, que se manteve por explicar até aos nossos dias.

Durante o 61º Encontro Anual da Sociedade Americana de Física foi apresentada a solução para o Paradoxo de Gray. Um estudo recentemente realizado por um grupo de cientistas norte-americanos, recorrendo a tecnologia de ponta, concluiu que a cauda dos golfinhos conseguem produzir 10 vezes mais força do que Sir James Gray havia inicialmente formulado: os golfinhos conseguem produzir, em média, uma força equivalente a 90 kg, podendo atingir um máximo de 180 kg. Estes dados são agora consistentes com as observações das velocidades dos mesmos, solucionando assim o Paradoxo de Gray.
Notícia retirada de Zoomarine.blogdrive.com

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Um Choque Espacial

Dois satélites de comunicação colidiram pela primeira vez em órbita, lançando grandes nuvens de detritos para o espaço, anunciou a NASA no dia 12 de Fevereiro.

Satélite Iridium-33

“Às 19h56 de 10 de Fevereiro, a uma altura de 800 quilómetros, chocaram o satélite norte-americano Iridium-32 e o satélite militar russo Cosmos-2251. Este último foi lançado em 1993 do cosmódromo de Plesetsk. Deixou de funcionar a partir de 1995. O satélite norte-americano estava em funcionamento”.




Este foi o primeiro embate de dois aparelhos intactos no espaço. Segundo o porta-voz da NASA, Kelly Humphries, a verdadeira dimensão do acidente, que ocorreu terça-feira a 805 quilómetros da Sibéria, só será conhecida na próxima semana. “Os meios de controlo das Tropas Espaciais seguem os destroços dos satélites russo e norte-americano, formados após o choque entre eles a uma altura de 800 quilómetros”, declarou aos jornalistas Alexandre Iakuchin, vice-comandante das Tropas Espaciais russas. Iakuchin acrescentou que “presentemente, os meios de controlo do Espaço acompanham todos os destroços numa altura entre 500 e 1.300 quilómetros”.

As Tropas Espaciais do Ministério da Defesa da Rússia confirmaram e reafirmaram que os destroços não constituem uma ameaça directa para a Estação Espacial Internacional. Os especialistas da NASA sublinharam que a possibilidade de os destroços chocarem com a estação espacial internacional é baixa, uma vez que a colisão entre os dois satélites ocorreu 435 quilómetros acima da órbita da estação. "Sabíamos que isto poderia acontecer eventualmente", disse Mark Matney, um cientista do Centro Espacial Johnson, na cidade norte-americana de Huston, considerando que "este tipo de colisões começará a ter mais e mais importância nas próximas décadas". O incidente envolveu um satélite comercial Iridium, que foi lançado em 1997, e um satélite russo lançado em 1993, que não estaria operacional, ambos com 40 quilos. Os especialistas explicaram ainda que já existiram outros casos de colisão no espaço mas apenas de pequenas partes de satélites.
A quantidade de satélites colocada no espaço é muito grande, assim é inevitável que com tantos objectos no espaço os choques aconteçam. É a chamada falta de espaço no espaço, até parece ironia, mas é a mais triste realidade. Perante estes acidentes, por mais que os centistas digam que é seguro, eu tenho as minhas dúvidas. Será que nós teremos que esperar que algo pior aconteça, para que providências venham ser tomadas?!
Notícia retirada de CienciaHoje.PT
Link desta notícia: NASA

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Espectacular Exposição de Darwin na Gulbenkian


A exposição de Darwin na Gulbenkian inaugurada ontem (12.2.2009) no 200º aniversário do nascimento de Charles R. Darwin está espectacular.
A inauguração estava cheia de gente: centenas de pessoas acotovelaram-se para entrar na exposição. O elenco de visitantes parecia uma reunião de evolucionistas de Portugal pois estavam lá todos os "cérebros" da nossa praça: todos aqueles"clássicos" professores universitários, autores de livros de evolução, biólogos evolucionistas, jovens e menos jovens investigadores, etc. Foi com grande agrado que vi o entusiasmo à volta desta festa da evolução.

Parabéns aos organizadores! Fiquei fascinada.

Não percam esta exposição. Seria uma pena.

A exposição tem uma forte vertente pedagógica dirigida às escolas. Será "provavelmente a melhor exposição sobre Darwin em toda a Península Ibérica", como afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.


A exposição apresenta detalhadamente a vida e obra do célebre naturalista, com referências aos seus antecedentes histórico-científicos e os desenvolvimentos da sua teoria da evolução até à actualidade, ocupa mil metros quadrados e tem, pelo menos, três peças que se destacam aos olhos do visitante. Uma é a reconstituição da sua figura em tamanho natural, enquanto jovem a observar um escaravelho na mão esquerda (foto tirada ontem na exposição), feita a partir de registos fotográficos. Foi expressamente encomendada para a exposição à equipa de Elisabeth Daynès, já responsável por algumas das reconstituições antropomórficas mais famosas do mundo, como a de Tutankhamon e de antepassados dos hominídeos.


Réplica do HMS Beagle

Outro destaque que "enche de orgulho" José Feijó comissário científico da exposição, é uma réplica - feita nas Oficinas do Museu de Marinha - do Beagle, o navio em que Darwin embarcou para a sua viagem de exploração do Atlântico Sul (1831-1836), então com apenas 22 anos. Além desta réplica, que demorou dois anos a fazer e que José Feijó considera a melhor alguma vez construída para um museu, há também uma reconstrução da exígua cabine que Darwin ocupava, feita igualmente nas Oficinas do Museu de Marinha.

Outra peça espectacular, patente nos espaços dedicados ao século XX, que vão da redescoberta das leis de Mendel à síntese neo-darwinista dos anos 30 e 40 e à descoberta do código genético, é uma escada de ADN com 3,6 metros de altura desenhada pelo arquitecto britânico Geoffrey Packer.A escada vai até ao tecto da galeria e tem a particularidade, também em estreia mundial, de ter um escorrega de RNA que poderá ser usado pelos visitantes. "Basicamente, as pessoas sobem a escada pelo código genético e escorregam pela tradução genética", explicou.


Exposição interactiva

O Jardim Zoológico, em colaboração com a Gulbenkian colocou animais vivos numa galeria anexa ao recinto da exposição construída expressamente para o efeito do lado do jardim da Gulbenkian. Entre esses animais, de espécies que Darwin observou, estão tartarugas, iguanas e papagaios, entre outros. Os visitantes poderão ver filmes sobre Darwin e a selecção natural, usar computadores e testemunhar experiências com minhocas, orquídeas e trepadeiras a que Darwin se dedicou. Além de peças enviadas por museus internacionais, a exposição conta com espólios do Museu Nacional de História Natural, do Aquário Vasco da Gama, do Museu Geológico, dos Museus Zoológico e Antropológico de Coimbra e do Museu Nacional de Arqueologia de Lisboa. A seguir a Lisboa, a exposição será apresentada em Madrid, no Museu Nacional de Ciências Naturais, a partir de 01 Junho e até Janeiro de 2010, devendo depois continuar a circular até 2011, altura em que passará a constituir o núcleo de um futuro Museu da Ciência a construir em Oeiras.
imagem retirada de lusodinos.blogspot.com/

A-a-aaa-tchim! Os cientistas "leram" os genes dos vírus da constipação

Leitura integral das sequências genéticas de uma centena de estirpes de rinovírus.
Descodificado o genoma de todos os vírus da constipação por Cientistas.

Atchim! É a manifestação mais universal da infecção por um dos vírus mais vulgares e contagiosos que há: o vírus da constipação, ou rinovírus. Mas, apesar de tudo o que se sabe sobre ele – ou melhor dito sobre eles, pois existem inúmeras estirpes –, o facto é que contra a constipação só temos uma opção: aliviar os sintomas e esperar que passe.Por que é que não há ainda uma cura para um doença tão banal? “O insucesso do desenvolvimento de medicamentos eficazes contra a constipação”, diz Stephen Liggett, da Universidade de Maryland, em comunicado, “deve-se ao facto de a informação sobre a composição genética das estirpes [de rinovírus] ter sido incompleta”. Com a sua equipa e colegas da Universidade de Wisconsin e do Instituto J. Craig Venter, Liggett publicou ontem, no site da revista "Science", o estudo das sequências genéticas de todas as estirpes conhecidas do vírus da constipação. Isto poderá permitir, pela primeira vez, desenvolver uma cura.Mas porque é tão importante a cura, se a constipação não parece assim tão grave? De facto, os rinovírus nem sempre são inócuos: podem conduzir a crises de asma e a pneumonias graves. “Pensa-se geralmente que a constipação só é uma chatice, mas pode ser debilitante para os muito novos e os mais idosos”, diz Liggett, “e pode desencadear crises de asma agudas em qualquer idade. E estudos recentes indicam que, nas crianças, os rinovírus podem reprogramar o sistema imunitário e torná-las asmáticas na adolescência.”Os cientistas “leram” os genes de 99 estirpes de rinovírus consideradas de referência – e de mais umas 10 recentemente identificadas “no terreno” – o nariz de pessoas constipadas. Comparando as semelhanças e diferenças, construíram a árvore genealógica dos rinovírus – não apenas para perceber a sua evolução e estrutura, mas também para identificar as suas vulnerabilidades, potenciais alvos de futuros tratamentos. Saber, por exemplo, quais são as moléculas à superfície das células do sistema respiratório que permitem a entrada dos rinovírus é essencial para o conseguir bloquear.A tarefa poderá porém ser bastante mais complexa do que previsto: os cientistas descobriram também, através da análise dos genomas, que a mesma pessoa pode ser infectada ao mesmo tempo por várias estirpes – e que, quando isso acontece, os vírus podem trocar ADN entre si e gerar uma estirpe totalmente nova, algo que não se pensava ser possível. “Isto poderia levar à emergência de novas estirpe de rinovírus mais perigosas”, diz Claire Fraser-Liggett, outra co-autora. Mas os cientistas acreditam que a informação genética agora revelada deverá permitir prever o potencial patogénico de cada estirpe e antecipar maneiras de vencer a infecção.

Notícia retirada de PÚBLICO.PT

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

HojÉ...Dia de Festa de Anos


Se fosse vivo, Charles Darwin faria hoje duzentos anos.


Um pouco por todo mundo haverá homenagens e cerimónias de celebração deste bicentenário. Em Lisboa, inaugura-se hoje a exposição A Evolução de Darwin, às 19h, na Fundação Calouste Gulbenkian (Avenida de Berna, 45A, Lisboa). Mas a festa de anos própriamente dita será no Frágil (Rua da Atalaia, 126, bairro alto, Lisboa), a partir das 23h.


O pai da teoria da Evolução por Selecção Natural, foi o quinto filho de Susannah e Robert Darwin e nasceu em Shrewsbury, Reino Unido, a 12 de Fevereiro de 1809. O seu interesse pelo mundo vivo e pelo coleccionismo sistemático revelam-se logo na sua juventude, passada no campo a caçar perdizes e a apanhar besouros e, sempre que possível, longe da escola. Depois de uma tentativa falhada como estudante de medicina na Universidade de Edimburgo, muda-se para a Universidade de Cambridge, como estudante de Teologia. É em Cambridge que conhece John S. Henslow, pastor e professor de Botânica, que se tornará uma figura central na vida de Darwin. É Henslow que envia Darwin na sua primeira expedição científica, uma expedição geológica ao País de Gales com o Professor Adam Sedgwick; e é também ele que sugere Darwin como jovem naturalista para seguir a bordo do navio HMS Beagle. Quando embarca na viagem do Beagle em volta do mundo, Darwin tem 22 anos. Quando regressa, cinco anos depois, é um naturalista feito e um teórico emergente.
Se, quando regressou da viagem, Charles Darwin ambicionava ser um par dos grandes cientistas da época, a que chamava “great guns”, nunca foi sua intenção perturbar a ordem social. São as observações que Darwin faz durante a viagem que, de forma persistente, suscitam as perguntas a que se propôs responder: Como explicar a diversidade biológica e, especificamente, a incrível panóplia de formas que parecem adaptar os organismos de uma espécie tão perfeitamente ao ambiente em que vivem? E como explicar os padrões a que essa diversidade parecia obedecer: a semelhança entre espécies que viviam em localidades próximas, a semelhança entre espécies insulares e espécies continentais, a semelhança entre espécies vivas e espécies fósseis.
A estas perguntas Darwin deu uma resposta incrivelmente simples, Evolução por Selecção Natural. Muitas vezes debaixo de fogo intenso, a teoria de Darwin sobreviveu até hoje sem grandes alterações. Com a elucidação da estrutura molecular do ADN, já no século XX, ficaria estabelecida a sua base molecular.
Hoje, a Evolução é a linha unificadora de todas as disciplinas da Biologia.


A exposição, A Evolução de Darwin celebra o bicentenário de Charles Darwin contando a história da teoria evolutiva - a forma como ela evoluiu até aos nossos dias. Do final dos naturalistas do século XVII, à viagem do Beagle, passando pela “Sala das Moscas” de Morgan e por uma molécula de ADN gigante, a exposição é uma aventura com descobertas para todas as idades.

Escrito por Filipa Vala retirado de :http://a-evolucao-de-darwin.weblog.com.pt/

A Evolução de Darwin

Inaugura-se hoje a exposição "A Evolução de Darwin". A inauguração terá lugar na galeria de exposições temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 0) pelas 19 horas.
A exposição permanecerá entre 13 de Fevereiro a 24 de Maio de 2009
Av. de Berna, 45-A Lisboa
Terça-feira a domingo das 10.00h às 18.00h
Mais Informações:http://www.gulbenkian.pt/darwin/home.html

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Como calar os Transposões

Cientistas do IGC controlam sequências móveis de DNA
Pesquisa esclarece mecanismo de silenciamento dos genes saltitantes no pólen.



Arabidopsis thaliana, um modelo frequentemente usado em estudos genéticos.
Foto em www-ijpb.versailles.inra.fr/.../cyto/arabido.htm

Uma equipa de cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência, (ICG) conseguiu, pela primeira vez, isolar as três partes que constituem os grãos de pólen da planta Arabidopsis thaliana. Graças ao recurso a uma técnica inovadora apoiada na citometria de fluxo os investigadores esclareceram assim alguns dos mecanismos que resultam no silenciamento de genes que podem provocar mutações prejudiciais. O avanço foi reportado dia cinco de Fevereiro num artigo publicado na prestigiada revista científica Cell.

Imagem de grãos de pólen de Arabidopsis thaliana observados ao microscópio elecrónico. site: http://aob.oxfordjournals.org/content/vol100/issue6/cover.dtl


Esses genes chamam-se transposões e são muitas vezes chamados de genes saltitantes porque podem saltar de lugar para lugar dentro do genoma. A aleatória mudança de sítio destas sequências móveis de DNA está envolvida na evolução dos organismos mas por vezes também pode interferir na função de outros genes e provocar mutações. Quando estas mutações ocorrem nas células sexuais podem ser transmitidas às gerações seguintes. Os transposões existem em todos os genomas conhecidos e constituem cerca de 45 por cento do genoma humano. Geralmente, estão silenciados.
Ao integrarem-se numa posição do genoma, diferente da original, essas sequências móveis de DNA, explica um comunicado do Instituto Gulbenkian de Ciência, podem alterar a função e organização de outros genes e causar mutações prejudiciais para as células e para o organismo. Houve então a necessidade de perceber como exercer o controlo apertado da sua expressão, até porque se essas mutações ocorrerem nas células sexuais serão transmitidas à próxima geração.


Os investigadores do ICG, Jörg Becker, José Feijó e Filipe Borges, que trabalharam com o grupo de Robert Martienssen, do Cold Spring Harbor Laboratory (EUA) conseguiram “encontrar” os transposões activos nos grãos de polén da planta Arabidopsis thaliana (um modelo frequentemente usado em estudos genéticos). Com a inovadora técnica dividiram as três partes que constituem o pólen, o núcleo vegetativo das duas células sexuais masculinas. Depois, perceberam que estes genes saltitantes encontravam-se activos no núcleo vegetativo mas que estavam silenciados nas células sexuais. Recorrendo mais uma vez à técnica de separação de células desenvolvida no IGC, verificaram que os genes eram silenciados pelos chamados pequenos RNAs de interferência (siRNA na sigla em inglês). Serão estes siRNAs que “calam” os genes saltitantes nos gâmetas masculinos e evitam, desta forma, as tais mutações prejudiciais que poderiam ser passadas à geração seguinte da planta. Os cientistas acreditam que este mecanismo também poderá estar presente na mosca da fruta, nas amibas e algas.

“Agora somos capazes de olhar para a activação de genes nas células sexuais do grão de pólen e reunir informações surpreendentes, já que podemos afirmar que estas células são geneticamente mais activas do que se pensava”, refere Jörg Becker. Ainda estamos muito longe desse cenário, mas, teoricamente, Filipe Borges admite que este conhecimento adquirido poderá ser útil para perceber como algumas mutações prejudiciais acontecem nos humanos e passam para as gerações seguintes. Eventualmente, ao abrir a porta para um melhor entendimento do mecanismo de silenciamento destes genes saltitantes a pesquisa poderá até contribuir para futuras terapias capazes de “calar” os transposões.

O estudo foi realizado com financiamentos dos National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos da América, e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), em Portugal.

Fontes da notícia:CienciaHoje e Público

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Para além das primeiras impressões


Assim como as orelhas não evoluíram para segurar os óculos, as impressões digitais não foram seleccionadas para ajudar a capturar os bandidos em series de TV (e, eventualmente, na vida real).

Uma das funções conhecidas das impressões digitais é o aumento da fricção com o objectivo de segurar objectos. Se a pele que se encontra na ponta dos dedos fosse lisa, como nos rabinhos dos bebés, objectos poderiam deslizar mais facilmente de nossas mãos (um perigo elevadíssimo para os nossos primatas ancestrais quando precisassem de saltar nas árvores, de ramo em ramo).

Um estudo publicado na revista científica Science sugere mais uma função para as impressões digitais: aumentar a nossa percepção de texturas. Para testar esta hipótese, os cientistas envolvidos no projecto criaram um sensor de texturas e o cobriram com uma capa lisa ou com uma capa que simulava impressões digitais. Eles descobriram que as impressões digitais artificiais amplificavam até 100 vezes certos tipos de vibrações provocadas pela superfície testada. Curiosamente, as vibrações amplificadas eram justamente as que ocorriam na frequência a que os nossos sensores tácteis funcionam (200-300 Hz). Isso sugere que a distância entre os riscos das impressões digitais e os nossos sensores estão funcionalmente relacionados.

Além disso, é possível que as curvas presentes nas impressões digitais também ajudem a optimizar sensações de textura, uma vez que elas permitiriam a amplificação de vibrações originadas em diferentes direcções.

Fonte da notícia:Brontossauros em meu Jardim

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Eu adoro a minha infância activa e saudável



A União Internacional Contra o Cancro (UICC) lançou quarta-feira, 4 de Fevereiro, a campanha “Eu adoro a minha infância activa e saudável”, uma iniciativa que surgiu no âmbito do Dia Mundial do Cancro.

Este dia marca uma campanha que vai durar o ano inteiro, e na qual a UICC vai trabalhar com pais, professores e decisores de todo o mundo com o objectivo de se encorajar as crianças a fazerem uma alimentação saudável, realizarem exercício físico e a manterem um peso saudável.

A obesidade em adultos e crianças está a crescer exponencialmente. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde existem actualmente mil milhões de adultos com excesso de peso, sendo que 300 milhões são considerados clinicamente obesos.

Segundo International Obesity Taskforce, uma em cada dez crianças em idade escolar tem excesso de peso, correspondendo a cerca de 30 a 45 milhões de crianças, ou seja, entre 2 a 3% das crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos são obesas.

Mais informações podem ser consultadas em:

Fonte da notícia: Farmácia.com.pt

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

" Titanoboa"- A maior Serpente Prehistórica do Mundo

Cientistas encontraram o Fóssil da maior serpente do Mundo. Esta descoberta pode ajudar a perceber as alterações climáticas .

Recriação artística da Titanoboa cerrejonensis descoberta na Colômbia - Imagem Nature ,Jason Bourque

Os cientistas que estudam os restos da maior serpente do Mundo, descobertos no Norte da Colômbia, acreditam que estes poderão trazer revelações sobre o clima e o meio ambiente em que viveu o réptil há 60 milhões de anos.

Baptizada de "Titanoboa Cerrejonensis" devido ao seu tamanho e à localização da mina de carvão de Carrejón onde foi encontrada há cerca de dois anos, a gigantesca serpente tem mais de 13 metros de comprimento e um peso de 1,25 toneladas, de acordo com os paleontólogos que analisaram as suas vértebras e cujas conclusões do estudo estão publicadas na última edição da revista "Nature".

"É a maior serpente que o Mundo conheceu", declarou à "Nature" Jason Head, da Universidade de Toronto Mississauga, principal autor do estudo e membro da equipa internacionais que analisou o fóssil. Jason Head comparou o tamanho do réptil com um autocarro e disse que o seu corpo era tão largo que não caberia na porta de uma casa.




A vértebra de uma Anaconda actual (esquerda) e a vértebra da Titanoboa. Foto Ray Carson - Universidade da Florida (direita).

"Esta descoberta dá-nos uma visão única e importante do passado", declarou Jonathan Bloch, da Universidade da Florida, cientista que dirigiu a expedição à Colômbia, juntamente com Carlos Jaramillo, do Instituto Smithsonian de investigação tropical no Panamá. Segundo Jonathan Bloch, o fóssil data da época do Paleoceno, período de 10 milhões de anos que se seguiu à extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos.

Na opinião dos cientistas, o tamanho do réptil é revelador porque a dimensão das serpentes e de outros animais de sangue frio depende da temperatura do seu habitat Com base no seu tamanho, Head e Bloch calculam que a "Titanoboa" tinha necessidade de uma temperatura média anual entre os 30 e os 34 graus centígrados para sobreviver, seis graus mais do que a média actual na cidade costeira colombiana de Cartagena (28 graus).

Implicações da descoberta

Carlos Jaramillo explicou que os cientistas sabem pelos fósseis de plantas encontrados em Carrejón que a zona, que hoje é árida, foi um bosque tropical no período do Paleoceno. "No Paleoceno, os níveis de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera eram o dobro dos existentes actualmente e a selva tropical sobrevivia a 32 graus, cinco mais do que os que se registam actualmente naqueles bosques", afirmou o botânico, que destacou as implicações desta descoberta para compreender o efeito climático sobre as plantas tropicais.

Nunca tinham sido encontrados na zona equatorial da América do Sul fósseis de um vertebrado com entre 55 e 65 milhões de anos de antiguidade devido à densidade da selva e à maior deterioração dos cadáveres devido ao calor, explicou David Polly, da Universidade de Indiana, EUA, outros dos autores do estudo.

"Por um lado, esta nova espécie permite-nos compreender melhor a história das serpentes e, por outro lado, dá-nos uma indicação do clima nos trópicos no período em que estavam a começar a evoluir grupos modernos de organismos", declarou.

Na região de Carrejón foram também encontrados muitos esqueletos de tartarugas gigantes e dos extintos antepassados dos crocodilos, que na opinião dos cientistas foram aparentemente devorados pela gigantesca serpente. As maiores serpentes da actualidade são as anacondas, que medem entre cinco e sete metros, e as pitons, com um comprimento entre um e seis metros.


Carlos Jaramillo sublinhou que se prosseguirem as alterações climáticas será possível ver no futuro serpentes como a "Titanoboa", ainda que para isso tenham de passar milhões de anos, já que as espécies evoluem lentamente. O que mais alarma os cientistas, segundo Polly, é a rapidez com que se estão a produzir as alterações climáticas, já que podem impedir a que as espécies e os ecossistemas se adaptem.

Fonte da notícia: CienciaHoje

Site da notícia original:

http://www.nature.com/news/2009/090204/full/news.2009.80.html

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fumar na adolescência pode causar depressão na vida adulta

Fumar na adolescência pode causar depressão na vida adulta


Photo credits: ндК™ aka Lewis Lin

Estudo considera a possibilidade da nicotina poder afectar o funcionamento do sistema nervoso

O estudo foi realizado por cientistas norte-americanos, e publicado na revista científica Neuropsychopharmacology.

Os investigadores administraram doses diárias de nicotina ou uma substância de água com sal em ratos de laboratório durante o período de 15 dias. Após esse período, os cientistas submeteram os ratos a diversas experiências para testar as suas reacções em situações de stress, bem como a sua resposta à oferta de recompensas.

Os resultados revelam que os ratos que foram administrados com nicotina começaram a apresentar sintomas associados à depressão, como a ansiedade, repetição de hábitos de limpeza, e uma diminuição no consumo de recompensas, como os doces, tendo ainda demonstrado imobilidade em situações de stress.

“O estudo é interessante porque é o primeiro a mostrar que a exposição à nicotina na adolescência pode ter consequências neurobiológicas a longo prazo”, afirmou Carlos Bolanos, coordenador do estudo.

Segundo a equipa de investigadores, os resultados observados nos roedores sugerem que o mesmo pode acontecer com humanos, pretendendo ainda alertar os jovens para mais um risco associado ao consumo de tabaco.

“Se fumarem, os jovens precisam estar cientes dos potenciais efeitos a longo prazo que o cigarro pode trazer para o corpo", acrescentou ainda o investigador.

Fonte da notícia: Farmacia.com.pt

COROT-Exo-7b é o seu nome. E é o exoplaneta mais pequeno

Descoberto o mais pequeno exoplaneta de que há registo
COROT-Exo-7b é o nome do planeta que pode ter características semelhantes à Terra.



Cientistas da Agência Espacial Francesa descobriram o mais pequeno exoplaneta (planeta fora do sistema solar) de que até agora existe registo. O exoplaneta mede menos do dobro da terra e está na órbita de uma estrela semelhante ao sol.

De acordo com os cientistas franceses, o corpo celeste que agora foi descoberto pode ser rochoso como a terra, porém as suas temperaturas são tão altas que possivelmente está coberto por lava ou por vapor de água.

“Esta descoberta é um passo muito importante no caminho de perceber a formação e evolução do nosso planeta”, referiu Malcolm Fridlund, da Agência Espacial Europeia, que também participa na missão.“Pela primeira vez, detectámos inequivocamente um planeta que é ‘rochoso’, no mesmo sentido, que a Terra”, assegurou Fridlund.
Cerca de 330 exoplanetas foram já encontrados na órbita de outras estrelas, que não o Sol, muitos dos quais são gigantes de gás com características idênticas a Júpiter ou Neptuno.

A nova descoberta, chamada de COROT-Exo-7b, é diferente. Orbita muito próximo da sua estrela em cada 20 horas, com temperaturas máximas que vão dos 1000 aos 1500 graus Célsius.

Os astrónomos, usando um telescópio orbital, acharam o planeta, quando este passou em frente ao seu sol, diminuindo a luz.

A maior parte dos exoplanetas tem sido descoberta com o recurso a medidas indirectas, na sua maioria olhando aos efeitos que têm nos campos gravitacionais dos seus sóis.
Noticia retirada do jornal Público

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Novas espécies de anfíbios descobertas na Colômbia

Biólogos descobriram dez novas espécies de anfíbios na Colômbia


Pristimantis genus - Rã da chuva -AFP


Um grupo de cientistas ao serviço da organização norte-americana Conservation International descobriu, na Colômbia, 10 novas espécies de anfíbios. A investigação teve lugar na região montanhosa de Darien (Taparcuna), na fronteira com o Panamá, e a descoberta foi noticiada na segunda-feira, 2 de Fevereiro - Dia Mundial das Zonas Húmidas.
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As descobertas incluem nove espécies de rãs e uma de salamandra. A região de Darien é conhecida pela sua riqueza em espécies endémicas, e a Colômbia é um dos países do mundo com maior variedade de anfíbios - mais de 754 espécies identificadas.

Os anfíbios são considerados pelos cientistas importantes indicadores da saúde de um ecossistema e até da existência de condições para a vida humana, já que a sua pele permeável os expõe directamente aos elementos externos e à eventual degradação do meio ambiente ( a sua pele "regista" a contaminação com metais pesados, pesticidas, herbicidas e agentes responsáveis pelachuva ácida. Quase um terço da população total de anfíbios no planeta corre risco de extinção.


Actualmente, Tacarcuna é uma zona que sofre com o abate florestal, exploração de gado, caça, exploração mineira e fragmentação dos habitats. Estima-se que 30 por cento da sua vegetação natural já desapareceu.

“O elevado número de novas espécies de anfíbios é um sinal de esperança, mesmo com a grave ameaça de extinção que enfrentam estes animais em muitas outras regiões do mundo”, acrescentou.

Robin Moore, especialista em anfíbios na Conservation International, sublinhou que actualmente um terço de todas as espécies de anfíbios do planeta está ameaçada de extinção. “Os anfíbios são muito sensíveis às mudanças no ambiente (…). São uma espécie de barómetro e são os primeiros a responder a essas mudanças, como por exemplo as alterações climáticas”, explicou.

Os anfíbios ajudam a controlar a progressão de doenças como a malária e o dengue porque se alimentam dos insectos que transmitem essas doenças às pessoas.

A equipa quer trabalhar com as populações locais de Tacarcuna para que “encontrem formas mais sustentáveis para proteger os seus recursos naturais, também para seu benefício”, considerou Moore.
Fonte da Notícia: Elmundo.es

Viagem dos sons através dos nossos ouvidos

Posso contar-te um segredo?

Como funciona o ouvido? Como detectamos os sons? Como chegam até ao nosso cérebro?
O som é uma vibração de moléculas. Quando ele é produzido, faz com as moléculas do ar (ou de qualquer outro meio material) vibrem de um lado para o outro. Isso faz vibrar o grupo de moléculas seguintes, que por sua vez provoca a vibração de outro grupo, e assim o som se propaga.
O ouvido é essencialmente um mecanismo de recepção de ondas sonoras e de conversão de ondas sonoras em impulsos nervosos. O ouvido é um sistema extremamente complexo, o primeiro dos cinco sentidos que se desenvolve no feto e o que permite o primeiro contacto com o mundo.
O ouvido capta os sons, converte-os em impulsos eléctricos e transmite-os através das fibras nervosas ao cérebro, que os lê e interpreta.
Para entender melhor, imaginemos que entramos neste órgão e "visitamos" as suas partes" que são: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.

1) Canal auditivo 2) Tímpano 3) Martelo 4) Bigorna 5) Estribo
6) Janela oval 7) Tromba de Eustáquio 8) Cóclea 9) Nervo auditivo




Video retirado do site:

http://ensinofisicaquimica.blogspot.com/2008/05/uma-viagem-ao-ouvido.html. Legendas adicionadas por Ana Alegria a vídeo disponibilizado no YouTube, no canal myeralex, utilizando o webware overstream

Ouvido externo
Comprende o pavilhão auricular, comummente chamado "orelha" (que ajuda a estabelecer de onde provem um som), o canal auditivo e a delgada membrana do tímpano. Quando os sons chegam à membrana, esta converte-os em vibrações que se transmitem ao ouvido médio.


Ouvido médio
Em apemas um centímetro quadrado, o ouvido médio contém os três ossículos mais pequenos do corpo humano: o martelo, a bigorna e o estribo. Os movimentos provocados pelo tímpano amplificam-se vinte vezes para transmitir ao ouvido interno quer um som individual, quer uma orquestra inteira.

Ouvido interno
Numa pequena estrutura chamada cóclea o caracol tem vinte mil células ciliadas, algumas das quais processam os sons fortes e outras os fracos. As células ciliadas convertem as vibrações em impulsos eléctricos que através das delgadas fibras do nervo acústico chegam ao cérebro, onde determinam a sensação auditiva.