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segunda-feira, 19 de julho de 2010

ANFíBIOS: Interessantes por Natureza

Mais um grande motivo para visitar o Oceanário. Os ANFÍBIOS. E eles são rãs, sapos, salamandras, tritões e cecílias. Vêm vê-los e admirá-los. Vais gostar deles.

Clica na imagem para aumentares

O Oceanário de Lisboa abriu no dia 16 de Julho, ao público uma área, totalmente dedicada aos anfíbios, onde habitam vinte espécies diferentes, de água doce, com formas peculiares, cores exuberantes e adaptações extraordinárias.

O principal objectivo deste novo projecto do Oceanário é sensibilizar os visitantes para a actual crise de extinção que os anfíbios atravessam e alertar para a necessidade urgente de alteração de comportamentos, visando a conservação destes animais, vitais para o equilíbrio dos ecossistemas.

Com um total de 80 m2, este espaço apresenta várias espécies de anfíbios – rãs, sapos, salamandras, tritões e cecílias – provenientes de três continentes, de países como Portugal, China, Colômbia, Estados Unidos da América, Suriname, México, Costa Rica e Vietname.

Núria Baylina, Curadora do Oceanário de Lisboa, realça que “os anfíbios são dos animais mais ameaçados actualmente, pelo que as espécies e ambientes aqui representados pretendem dar a conhecer estes fascinantes animais e simultaneamente, alertar os visitantes para a importância da sua conservação e protecção.”

O projecto pretende criar uma ligação emocional com o visitante, fomentando um sentimento de admiração por este grupo de animais através de uma colecção de aquaterráreos que representam ambientes de todo o mundo, integrados num espaço de beleza singular.

Esta nova área do circuito expositivo do Oceanário pode ser visitada, todos os dias, das 10h00 às 19h00 (horário de Verão).

Noticia em http://www.oceanario.pt/

terça-feira, 11 de maio de 2010

UMA PATA NA ÁGUA OUTRA NA TERRA

EXPOSIÇÂO ANFÍBIOS

Os anfíbios constituem o grupo de vertebrados mais ameaçado a nível mundial. Em Portugal, são animais pouco conhecidos pela população, estando frequentemente associados a mitos e crenças populares responsáveis pela sua aversão generalizada.
Integrada nas comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, esta exposição pretende alertar para os perigos deste grupo e mudar a imagem destes animais de forma lúdica e interactiva.
Esta exposição constitui, o primeiro evento do plano de recuperação e remodelação da casa Andresen em pólo de excelência de divulgação da Biodiversidade.
A exposição pode ser visitada (ainda) até 15 de Maio na Casa Andresen, Jardim Botânico do Porto, todos os dias das 10h00 às 18h00. A organização é do CIBIO-UP.

"Nesta exposição, podes encontrar as rãs, salamandras, sapos e tritões de Portugal em diferentes aquaterrários que recriam os seus habitats naturais. As características mais espantosas destes animais ameaçados são exploradas de forma lúdica e interactiva e a participação de alguns dos melhores fotógrafos da natureza portugueses permitirá observar a sua beleza e a diversidade espantosa de cores, formas e comportamentos", explicam os organizadores.


A partir de dia 22 de Maio, «Uma pata na água outra na terra» junta-se às Comemorações do Dia Internacional da Biodiversidade, que o Ciência Hoje assinala no Palácio Sotto Mayor, na Figueira da Foz, onde vai ficar aberta ao público durante três semanas.




Podes ler mais em: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=41379&op=all

sábado, 3 de abril de 2010

“Save the Frogs Day”


A 30 de Abril de 2010, no “Save the Frogs Day” - dia internacional da conservação dos anfíbios, decorrerá na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa uma conferência onde será apresentado um conjunto excepcional de trabalhos nacionais e internacionais sobre este grupo faunístico particularmente sensível e tão frequentemente negligenciado.
Os anfíbios são particularmente sensíveis a alterações do meio e as suas populações têm vindo a regredir a um ritmo preocupante em todo o planeta, devido a um conjunto alargado de ameaças. Nos últimos 20 anos crê-se que se terão extinguido 168 espécies de anfíbios a nível mundial, um número alarmante que se prevê que continue a aumentar nas próximas décadas.
Apesar de ainda não se ter extinguido nenhuma espécie de anfíbio em Portugal, o panorama nacional não é animador, estando ameaçados pela destruição de habitat e desaparecimento de zonas húmidas para urbanização, monoculturas florestais exóticas, barragens e infra-estruturas viárias, poluição de rios e ribeiras, introdução de espécies exóticas, perseguição directa.

Neste contexto, e associado à iniciativa 2010 - Ano Internacional da Biodiversidade, o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-UP) e a Naturlink estão a organizar a conferência “Ecologia e Conservação de Anfíbios”, na qual serão apresentados os resultados de diversos projectos nacionais e internacionais relativos à ecologia e conservação destes animais, discutindo as principais ameaças a que estão sujeitos e como as enfrentar. A conferência decorrerá no próximo dia 30 de Abril de 2010 (“Save the Frogs Day” - dia internacional da conservação dos anfíbios), no auditório nº 2 da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. de Berna , nº 45A, Lisboa).

Pretende-se que este evento seja não só muito útil e interessante para técnicos e investigadores que trabalham ou venham a trabalhar com anfíbios, bem como para planeadores, empresários, gestores do território, professores e estudantes, chamando a atenção da opinião pública para a fragilidade e importância deste grupo faunístico e da sua conservação.
Informação retirada do site:
http://naturlink.sapo.pt/

terça-feira, 2 de março de 2010

Pesticida altera o sexo das rãs: de machos para fêmeas

O pesticida atrazina produz mudança de sexo transformando machos em femeas as quais conseguem reproduzir-se com sucesso. Na foto verifica-se o acasalamento de dois machos. o animal debaixo que sofreu os efeitos da exposição à atrazina consegue produzir ovos viáveis . (Foto: Tyrone B. Hayes/University of California)
A atrazina, o herbicida mais utilizado nos Estados Unidos, consegue tornar rãs machos em fêmeas, que são capazes de se reproduzirem com sucesso, adianta um novo estudo publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Embora investigações anteriores tenham demostrado que a atrazina pode causar anomalias sexuais nas rãs, como hermafroditismo, este estudo é o primeiro a descobrir que os efeitos da atrazina são duradouros e podem influenciar a reprodução de anfíbios.
De acordo com Tyrone B. Hayes, autor do estudo e investigador da Universidade da Califórnia (EUA), os resultados obtidos sugerem que a atrazina poderá ter efeitos potencialmente prejudiciais sobre as populações de anfíbios, animais que já estão a sofrer um declínio global. Sendo que esta substância, que já é proibida na Europa, interfere com a produção do estrógenio, presente nas mulheres e nas rãs, os resultados poderiam também ter implicações para os seres humanos, diz Hayes.
Os investigadores da equipa de Hayes acompanharam o crescimento de um grupo de 40 rãs, que se desenvolveu em água a qual continha níveis de atrazina semelhantes aos verificados em ambientes onde este herbicida é utilizado. Compararam posteriormente este grupo com outro composto também por 40 rãs criadas em água sem atrazina.
Tyrone B. Hayes e col. verificaram então que as rãs que não foram expostos ao herbicida permaneceram do sexo masculino, enquanto dez por cento das rãs do outro grupo foram completamente feminizadas. Embora os seus genes indicassem que eram do sexo masculino, a sua anatomia era feminina, possuindo inclusivamente ovários. Estas rãs conseguiram mesmo acasalar com machos e produzir ovos férteis. Nas rãs expostas à atrazina, mas que não mudaram de sexo e se mantiveram machos, foi verificado que houve uma redução da fertilidade e dos níveis de testosterona. Além disso, demonstraram estar menos aptas para comportamentos de acasalamento. retiradas estas estas conclusões, Hayes alerta para o perigo da atrazina que, juntamente com as mudanças climáticas, a perda de habitat e o perigo das espécies invasoras, pode pôr em risco as populações de anfíbios.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Novas espécies de anfíbios descobertas na Colômbia

Biólogos descobriram dez novas espécies de anfíbios na Colômbia


Pristimantis genus - Rã da chuva -AFP


Um grupo de cientistas ao serviço da organização norte-americana Conservation International descobriu, na Colômbia, 10 novas espécies de anfíbios. A investigação teve lugar na região montanhosa de Darien (Taparcuna), na fronteira com o Panamá, e a descoberta foi noticiada na segunda-feira, 2 de Fevereiro - Dia Mundial das Zonas Húmidas.
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As descobertas incluem nove espécies de rãs e uma de salamandra. A região de Darien é conhecida pela sua riqueza em espécies endémicas, e a Colômbia é um dos países do mundo com maior variedade de anfíbios - mais de 754 espécies identificadas.

Os anfíbios são considerados pelos cientistas importantes indicadores da saúde de um ecossistema e até da existência de condições para a vida humana, já que a sua pele permeável os expõe directamente aos elementos externos e à eventual degradação do meio ambiente ( a sua pele "regista" a contaminação com metais pesados, pesticidas, herbicidas e agentes responsáveis pelachuva ácida. Quase um terço da população total de anfíbios no planeta corre risco de extinção.


Actualmente, Tacarcuna é uma zona que sofre com o abate florestal, exploração de gado, caça, exploração mineira e fragmentação dos habitats. Estima-se que 30 por cento da sua vegetação natural já desapareceu.

“O elevado número de novas espécies de anfíbios é um sinal de esperança, mesmo com a grave ameaça de extinção que enfrentam estes animais em muitas outras regiões do mundo”, acrescentou.

Robin Moore, especialista em anfíbios na Conservation International, sublinhou que actualmente um terço de todas as espécies de anfíbios do planeta está ameaçada de extinção. “Os anfíbios são muito sensíveis às mudanças no ambiente (…). São uma espécie de barómetro e são os primeiros a responder a essas mudanças, como por exemplo as alterações climáticas”, explicou.

Os anfíbios ajudam a controlar a progressão de doenças como a malária e o dengue porque se alimentam dos insectos que transmitem essas doenças às pessoas.

A equipa quer trabalhar com as populações locais de Tacarcuna para que “encontrem formas mais sustentáveis para proteger os seus recursos naturais, também para seu benefício”, considerou Moore.
Fonte da Notícia: Elmundo.es

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Fungo ameaça dizimar populaçoes de anfíbios em todo o mundo

Fungo ameaça dizimar populações de anfíbios em todo o mundo

Foto:http://www.ra-bugio.org.br/anfibios

Relatórios da IUCN (International Union for Conservation of Nature) revelam que 1896 espécies, representando 32% dos anfíbios mundiais se encontram em risco. As ameaças a estes animais incluem doenças virais, perda de habitat, seca, poluição e falta de alimento mas parece que a principal é mesmo o fungo: o Batrachochytrium dendrobatidis. Estão a ser tomadas medidas para controlar esta praga, nomeadamente o resgate de indivíduos do seu habitat natural mas, tal como revela um estudo recente, não vai ser fácil de combater.

O Batrachochytrium dendrobatidis é um fungo parasita que foi recentemente associado ao declínio das espécies de anfíbios que se tem vindo a verificar ao longo dos últimos 50 anos em todo o mundo, com destaque para as florestas montanhosas tropicais da Austrália e Panamá. Está na origem de uma micose cutânea (infecção da pele por um fungo) designada por Chytridiomicose. já que está incluido na divisão Chytridiomycota, a qual engloba os fungos mais primitivos. Foi descoberto pela primeira vez em 1998 e é o único fungo desta divisão conhecido por parasitar vertebrados. Pode sobreviver no ambiente, especialmente em meios aquáticos, durante várias semanas e provocar infecções latentes nos hospedeiros, o que dificulta muito a sua erradicação.
Afecta tanto adultos como girinos (formas larvares dos anfíbios) embora nestes últimos afecte apenas a região bucal porque o resto do corpo não é ainda revestido pelas células queratinizadas em que se desenvolvem. Já foi descrito em 38 espécies de anfíbios, incluindo sapos, rãs e salamandras em todos os continentes com excepção da Ásia.

Neste momento pensa-se que será o principal responsável pelo declínio global nas populações de anfíbios que tem ocorrido desde os anos 60. É capaz de matar um sapo adulto em 10 a 18 dias embora a forma como a patologia se desenvolve seja ainda desconhecida. Até ao momento foram descritas duas hipóteses: um processo físico em que o fungo destrói as células da epiderme e o hospedeiro, que respira pela pele, morre por asfixia, ou um processo químico em que o fungo produz um tipo de substância tóxica.
Até agora a maioria dos esforços para conservação dos anfíbios foram concentrados na identificação de espécies em alto risco de extinção estabelecendo programas de reprodução em cativeiro em unidades de biosegurança em que os indivíduos estão protegidos de Batrachochytrium dendrobatidis.

“A resposta imediata tem sido a adequada: tirar as espécies ameaçadas do seu estado selvagem e mantê-las em cativeiro” diz Trent Garner do Institute of Zoology, em Londres. Acrescenta no entanto que “estamos eventualmente a deixar de fora espécies muito importantes, isto porque, inevitavelmente, umas acabam por ter prioridade sobre as outras”.

Agora está a surgir uma estratégia alternativa que no passado muitos julgaram impossível: reduzir a quantidade de Batrachochytrium dendrobatidis nas populações selvagens e permitir que convivam com ele.

Em experiências laboratoriais Garner e os seus colegas têm demonstrado que é possível curar os girinos infectados com Batrachochytrium dendrobatidis banhando-os numa solução de itroconazole, um antifúngico, durante 5 minutos por dia e ao longo de 7 dias. “Mesmo usando dosagens muito baixas, conseguimos mostrar que é possível eliminar o Batrachochytrium dendrobatidis dos anfíbios” diz Garner que apresentou os seus resultados num encontro sobre o declínio dos anfíbios na Zoological Society of London, na passada semana.

Além disso, uma inspecção detalhada um mês depois demonstrou que estes não sofreram qualquer um dos efeitos secundários da droga, como lesões hepáticas.

No princípio do próximo ano, Garner e a sua equipa irão viajar para Maiorca, em Espanha, onde o Batrachochytrium dendrobatidis afecta o sapo parteiro de Maiorca (Alytes muletensis), que ocupa a 55ª posição na lista das 100 espécies anfíbias em maior risco de extinção, de acordo com a Zoological Society of London.

A equipa planeia resgatar girinos desta espécie do habitat em que vivem, submetê-los ao mesmo tratamento e devolvê-los de novo à natureza. Como o Batrachochytrium dendrobatidis pode ainda afectar estes indivíduos, a equipa de Garner vai experimentar com quantos girinos tratados e quantas vezes a população sobreviverá com um nível aceitável de indivíduos. “O objectivo é a atenuação e não a eliminação” diz Garner. “Já que os sintomas da doença variam de acordo com a quantidade de fungo a que os anfíbios estão expostos, tal redução pode tornar a infecção por Batrachochytrium dendrobatidis menos mortal e mesmo reduzir o número de novas infecções”.
Richard Griffits da University of Kent, em Canterbury, no Reino Unido,adverte também que pode ser necessária uma estratégia diferente para combater o Batrachochytrium dendrobatidis noutras partes do mundo. Garner admite que as coisas podem tornar-se mais complicadas se, por exemplo, o número de espécies que partilham o mesmo habitat for maior.

Outra opção discutida na reunião para proteger as populações de anfíbios deste fungo e outras ameaças é preservar o seu esperma e ovos para que a diversidade genética possa ser mantida mesmo com o número de exemplares a diminuir. Por exemplo, desde Junho que o Projecto Amphibian Ark tem vindo a discutir o estabelecimento de Biobancos para anfíbios.

Fonte da noticia: http://www.animalia.pt/

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

As mais raras do Mundo

As rãs estão entre os animais mais coloridos e diversificados da Natureza. São anfíbios, pertencem à ordem dos anuros, juntamente com os sapos . Sapos e rãs têm cabeça e tronco unidos num grande corpo achatado, sem pescoço e cauda, patas anteriores curtas e posteriores longas. Distinguem-se porque os sapos possuem uma pele rugosa e dedos curtos, as rãs têm pele lisa e dedos longos.
Apresento-vos as mais raras e interessantes rãs do Mundo



A foto de cima pertence a uma Rã verde de olhos vermelhos (Agalychnis callidryas), uma das mais coloridas e raras também. Vive nas árvores, nos bosques tropicais numa extensão que vai desde o sul do México até ao norte da Colômbia, passando pela América Central. Costuma medir entre 5 a 7 centímetros. O que a caracteriza é a sua cor, que pode cambiar de modo a camuflar-se dependendo do seu humor e do meio ambiente. As suas cores muito vivas afectam grandemente os seus predadores, o que se torna numa protecção bastante eficaz para ela.



Apresentamos de seguida a rã maior de todas:

a rã goliat (Conraua goliath).



Chega a atingir 40 cm e a pesar 3 quilos. Pode viver até aos 15 anos. Apenas é encontrada na África Ocidental, em rios de fundo arenoso. Alimenta-se de Insectos e às vezes de rãs mais pequenas


Vimos a rã maior do Mundo , agora é a vez de olharmos para a rã mais pequena do mundo. Concorrendo a este título, temos duas candidatas: A Rã dourada brasileira(Brachycephalus didactylus) e a Monte iberia (Eleutherodactylus iberia).


Como podem ver nas fotos são muito pequenas. Na fotografia superior temos a rã dourada brasileira, que chega a medir 9,8 milímetros e como o seu nome indica tem uma cor dourada e habita numa zona reduzida do sudeste do Brasil. Em baixo temos a rã Monte ibéria Eleuth, que mede também entre 9,6 e 9,8 milímetros. Foi descoberta recentemente em 1996, no Monte Ibéria, Cuba. Só vive em duas pequenas regiões de Cuba. É uma rã muito misteriosa, porque continuamos a saber muito pouco acerca dela.


Seguimos esta viagem pela rã que salta mais: a Litoria nasuta .



Esta rã vive nas zonas costeiras da Austrália e também em Papua Nova Guiné. Tem cores variadas e só mede cerca de 55 milímetros de largura. O que a caracteriza são as suas patas traseiras que são extremamente largas, e que lhe permitem dar saltos muito longos e rápidos.

E terminamos esta viagem com a rã mais rara - uma rã com" cauda". Como referi no início as rãs caracterizam-se por não possuir cauda, mas existe uma excepção a rã (Ascaphus truei) que apresenta uma estrutura semelhante a uma cauda apesar de não o ser. Esta estrutura só existe nos machos e é na realidade uma parte da cloaca - extremidade final do sistema digestivo que nestes animais tem a função de depositar o esperma nas fêmeas durante o acasalamento .
As rãs com cauda também são consideradas raras porque apresentam uma fecundação interna ao contrário das outras rãs que possuem fecundação externa.


Herbicida Atrazina - ameaça letal para anfíbios

Esta rã norte-americana é uma das vítimas do herbicida (Foto: Neal Halstead/Universidade do Sul da Flórida)
A mortandade generalizada de sapos, rãs e outros anfíbios em vários locais do nosso planeta e que constitui uma das maiores crises ambientais ds últimos anos, tem uma nova e letal ameaça. Trata-se da atrazina, um herbicida largamente usado na agricultura cuja acção devastadora na sobrevivência destes animais está sendo investigada por cientistas americanos. A atrazina faz com que, ao mesmo tempo, os principais parasitas dos anfíbios se multipliquem e o sistema de defesa do organismo deles fique fragilizado. O resultado? Uma catástrofe.

Dados de campo e experimentais foram publicados na edição desta semana da revista científica "Nature". A equipe liderada por Jason R. Rohr, do Departamento de Biologia da Universidade do Sul da Flórida, estudou anfíbios do interior dos Estados Unidos, mas é bastante provável que as suas conclusões se apliquem a outras áreas do mundo. "Tendo em conta a falta de regulação efectiva do uso de herbicidas em muitos países tropicais, é bastante provável que até os anfíbios de áreas aparentemente virgens estejam ameaçados por este problema", declarou Rohr.
A atrazina provoca nos anfíbios como sapos, rãs e salamandras malformações grotescas dos membros, danos nos rins, inchaços severos e morte. O seu sistema imunitário fica seriamente afectado, os animais perdem as suas defesas. A explicação do grupo de cientistas é a de que a atrazina aumenta a reprodução dos trematódes muito acima do normal. Os anfíbios morrem com os intestinos lotados destes vermes parasitas.

O mecanismo é relativamente simples. Esses vermes ao longo de seu ciclo de vida tem como hospedeiros intermédios caracóis. Estes, por sua vez, comem certos tipos de algas, as perifíticas, que ficam fixas a superfícies debaixo de água. Os dados mostram que os herbicidas conseguem matar outros vegetais aquáticos, mas não as algas perifíticas. Mais algas significa mais caracóis e, portanto, mais vermes que provocam a morte dos anfíbios.
Rohr refere que os europeus baniram o uso do herbicida sem nenhum prejuizo para a produtividade agrícola, o que indica que se pode acabar com a sua utilização. E é bom não subestimar sapos e companhia como bichinhos sem importância - muito pelo contrário, refere:
"Os anfíbios têm funções muito importantes na maioria dos ecossistemas. Podem alterar a dinâmica de algas, os sedimentos de água doce e a decomposição das folhas. São predadores importantes e também fontes de alimento para muitas espécies. Comem várias espécies de artrópodes que são muitas vezes considerados pragas, como mosquitos e moscas. Uma espécie de salamandra americana tem a maior biomassa entre todas as espécies de vertebrados do nordeste dos EUA - o seu desaparecimento certamente alteraria todo o ecossistema. E, é claro, substâncias do organismo dos anfíbios têm muito interesse para a medicina - embora diversas espécies provavelmente estarão extintas antes de conseguirmos estudá-las", conclui. o cientista Rohr.
Site original da notícia: nature.com

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Biologia no Verão "Os Répteis: Herpetólogo por um dia!"

"Sabes o que é a Herpetologia? É a ciência que estuda os répteis e anfíbios! Queres ser Herpetólogo por um dia? Vem aprender a apanhar lagartixas, medi-las, pesá-las, distinguir machos de fêmeas. Aprender a registar e tratar dados."



Dias 6 e 13 de Setembro de 2008

Local: ZPE de Castro Verde/ Castro Verde/ Beja
Organização: Ciência Viva e Liga para a Protecção da Natureza (LPN)


Contacto/Informações:
- LPN: Estrada do Calhariz de Benfica, 187 1500-124 Lisboa; Tel 217780097; Fax 217783208; Email lpn.natureza@lpn.pt; http://www.lpn.pt/.
- Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Morada: Agência Ciência Viva Rua do Pólo Sul, Lote 1.01.1.1, 3º A1990-273 Lisboa, Telefone: (+351) 21 898 50 20, Fax: (+351) 21 898 50 55; http://www.cienciaviva.pt/.