Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e melhores para o ambiente do que todos os que existem ou já foram usados no passado. [Imagem: Subramanian Research Group].
Riscos dos pigmentos azuis
Para quem vive num planeta azul, pode parecer estranho saber que fabricar tintas azuis possa ser um problema.
O facto é que os pigmentos azuis têm-se mostrado problemáticos - o azul cobalto, criado em França no início do século 19, pode ser carcinogênico; o azul da Prússia liberta o venenoso cianeto; e outros pigmentos azuis não são estáveis quando expostos ao calor ou a ambientes ácidos.
Desde a antiguidade, que vários povos como os egípcios, chineses, e até os maias, sonham com a descoberta de compostos inorgânicos que possam ser usados para tingir os objectos de azul. Mas os sucessos não têm sido muito dignos de serem chamados assim.
Descoberta por acaso
Para quem vive num planeta azul, pode parecer estranho saber que fabricar tintas azuis possa ser um problema.
O facto é que os pigmentos azuis têm-se mostrado problemáticos - o azul cobalto, criado em França no início do século 19, pode ser carcinogênico; o azul da Prússia liberta o venenoso cianeto; e outros pigmentos azuis não são estáveis quando expostos ao calor ou a ambientes ácidos.
Desde a antiguidade, que vários povos como os egípcios, chineses, e até os maias, sonham com a descoberta de compostos inorgânicos que possam ser usados para tingir os objectos de azul. Mas os sucessos não têm sido muito dignos de serem chamados assim.
Descoberta por acaso
Agora, por um mero acaso, investigadores da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, descobriram uma família de compostos de manganês que pode pôr um fim nessa procura milenar.
Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e deverão gerar novos pigmentos azuis mais amigos do ambiente do que todos os que existem ou já foram usados no passado.
Os testes demonstraram que os novos pigmentos azuis suportam temperaturas extremamente elevadas e não descoram mesmo depois de uma semana mergulhados em uma solução ácida.
"Basicamente, esta foi uma descoberta acidental," conta Mas Subramanian, coordenador do laboratório onde o feliz "acidente" ocorreu.
"Nós estávamos explorando os óxidos de manganês por causa de algumas propriedades eletrônicas muito interessantes que eles apresentam, algo como poder ser ferroelétrico e ferromagnético ao mesmo tempo. Nosso trabalho não tinha nada a ver com pigmentos," conta o cientista.
Melhor pigmento azul da história
Não tinha, até que o estudante Andrew Smith retirou algumas amostras dos óxidos de manganês do forno e verificou que elas eram totalmente azuis, e de um azul belíssimo. Estava nascendo o mais novo, e provavelmente o melhor, pigmento azul da história.
A cerca de 1.200 ºC, o sem-graça óxido de manganês transformou-se num composto azul que pode ser usado como pigmento em tintas, sendo capaz de resistir ao calor e ao ataque de ácidos, além de não conter elementos tóxicos e a sua produção ser barata - os óxidos de manganês são produtos largamente disponíveis no mercado, com custo baixo.
Depois de analisar o composto e descrever sua estrutura e características físico-químicas em detalhe, os investigadores afirmam que o novo pigmento azul poderá ser usado em qualquer tipo de tinta, das impressoras a jacto de tinta até automóveis, artes e tintas para paredes.
Mente e olhos bem atentos
"Várias descobertas interessantes não foram realmente planeadas, nós temos assistido a isso ao longo de toda a história," diz Subramanian. "Há sorte envolvida nas descobertas, mas eu sempre digo aos meus alunos que v tem que estar alerta para reconhecer algo quando esse algo acontece, mesmo que não se esteja procurando por ele. A sorte favorece a mente atenta para descobrir coisas."
Notícia lida em http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Os compostos, de cor azul profunda, são fáceis e seguros de se fabricar, são muito mais duráveis e deverão gerar novos pigmentos azuis mais amigos do ambiente do que todos os que existem ou já foram usados no passado.
Os testes demonstraram que os novos pigmentos azuis suportam temperaturas extremamente elevadas e não descoram mesmo depois de uma semana mergulhados em uma solução ácida.
"Basicamente, esta foi uma descoberta acidental," conta Mas Subramanian, coordenador do laboratório onde o feliz "acidente" ocorreu.
"Nós estávamos explorando os óxidos de manganês por causa de algumas propriedades eletrônicas muito interessantes que eles apresentam, algo como poder ser ferroelétrico e ferromagnético ao mesmo tempo. Nosso trabalho não tinha nada a ver com pigmentos," conta o cientista.
Melhor pigmento azul da história
Não tinha, até que o estudante Andrew Smith retirou algumas amostras dos óxidos de manganês do forno e verificou que elas eram totalmente azuis, e de um azul belíssimo. Estava nascendo o mais novo, e provavelmente o melhor, pigmento azul da história.
A cerca de 1.200 ºC, o sem-graça óxido de manganês transformou-se num composto azul que pode ser usado como pigmento em tintas, sendo capaz de resistir ao calor e ao ataque de ácidos, além de não conter elementos tóxicos e a sua produção ser barata - os óxidos de manganês são produtos largamente disponíveis no mercado, com custo baixo.
Depois de analisar o composto e descrever sua estrutura e características físico-químicas em detalhe, os investigadores afirmam que o novo pigmento azul poderá ser usado em qualquer tipo de tinta, das impressoras a jacto de tinta até automóveis, artes e tintas para paredes.
Mente e olhos bem atentos
"Várias descobertas interessantes não foram realmente planeadas, nós temos assistido a isso ao longo de toda a história," diz Subramanian. "Há sorte envolvida nas descobertas, mas eu sempre digo aos meus alunos que v tem que estar alerta para reconhecer algo quando esse algo acontece, mesmo que não se esteja procurando por ele. A sorte favorece a mente atenta para descobrir coisas."
Notícia lida em http://www.inovacaotecnologica.com.br/
Bibliografia:Mn3+ in Trigonal Bipyramidal Coordination: A New Blue ChromophoreAndrew E. Smith, Hiroshi Mizoguchi, Kris Delaney, Nicola A. Spaldin, Arthur W. Sleight, M. A. SubramanianJournal of the American Chemical SocietyNovember, 2009Vol.: 131 (47), pp 17084-17086DOI: 10.1021/ja9080666
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