Equipa do IBMC divulga estudo sobre propriedades regeneradoras do ácido ascórbico
As frutas cítricas são ricas em vitamina C - foto em flickr.com
Um grupo de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) do Porto e da Universidade de Leicester (Reino Unido) realizou um estudo onde confirma o poder da vitamina C na regeneração da pele. Em comunicado enviado à Lusa, o grupo de investigadores salienta que “os dados comprovam que a vitamina C favorece a cicatrização de feridas através da estimulação da reentrada dos fibroblastos quiescentes no ciclo celular, promovendo a migração de células”.“Contribui assim para a manutenção de uma pele saudável, possuindo propriedades anti-oxidantes que protegem o DNA celular contra a danificação pela oxidação”, sublinham os autores da investigação, frisando que estas conclusões “podem conduzir a avanços na prevenção e tratamento de lesões ou cancro da pele”. Este estudo identificou novas propriedades protectoras da vitamina C nas células da pele humana, com base na identificação da expressão de genes que promovem uma melhor regeneração mesmo que haja danos no DNA de algumas células. Os investigadores analisaram o efeito da longa exposição de um derivado da vitamina C, o ácido ascórbico 2-fosfato (AA2P), em fibroblastos dérmicos humanos (células responsáveis pela regeneração da pele). Os resultados demonstraram que “a vitamina C protege a pele através da promoção da proliferação e migração de fibroblastos, permitindo também a reparação de potenciais danos no DNA”. Em vez de se centrar apenas nos efeitos imediatos da simples adição da vitamina C às células, este estudo foi mais longe e focou-se nos efeitos da exposição contínua. Desta exposição resultaram “fibroblastos mais capazes de cicatrizar os danos resultantes da oxidação do DNA, aumentando o número de células que migraram para a área danificada, o que indica melhoria na cicatrização”, sustentam os investigadores.
Fonte da notícia: cienciahoje.pt
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