segunda-feira, 13 de julho de 2009

As primeiras estrelas do Universo eram "gémeas"



Processo de formação de estrelas é agora melhor compreendido por astrofísicos da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford graças a um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na quinta-feira na revista científica Science Express.
O estudo indica que muitas das primeiras estrelas do universo não se formaram sozinhas mas como "gêmeas". A observação foi possível graças a uma simulação por computador de como seria o Universo na sua origem.
"Acreditava-se que essas primeiras estrelas se formaram como astros únicos, mas agora vemos que muitas tinham "irmãs", disse Matthew Turk, do Laboratório Nacional de Aceleração de Stanford, que trabalha no Departamento de Energia americano, e é um dos autores do estudo.


"Essas estrelas foram as progenitoras da geração seguinte de estrelas, então se tivermos um conhecimento mais aprofundado sobre, podemos compreender como outras estrelas e galáxias se formaram."

Na simulação computadorizada, os pesquisadores criaram um universo virtual, no qual pulverizaram gás primordial e matéria negra, substâncias presentes logo após o chamado Big Bang, com um fundo de radiação cósmica cujas variações refletem a origem de todos os corpos celestes. Conforme o universo simulado se desenvolvia, ondas de gás e matéria negra giravam através de um cenário quente e denso. À medida que o Universo ia arrefecendo, os cientistas observaram que a gravidade começava a unir porções de material. Em áreas ricas em matéria negra, foram registradas as formações de estrelas. Numa das cinco simulações realizadas, uma única nuvem de poeira e matéria negra se transformou em estrelas gêmeas: uma com massa dez vezes maior do que o nosso Sol e outra 6,3 vezes maior.

Ambos os astros ainda estavam em processo de crescimento no final da simulação, e estariam aumentando ainda se a experiência se tivesse prolongado. "Esta descoberta abre um novo caminho de possibilidades de pesquisa. Essas estrelas podem ter evoluído para formar dois buracos negros, que por sua vez poderiam ter criado ondas gravitacionais", explicou Tom Abel, também do Laboratório de Aceleração.
Segundo os cientistas, a compreensão da formação e da evolução dos corpos celestes podem explicar como se formaram átomos presentes na Terra e até no corpo humano.
Fonte da notícia: ScienceDaily

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