'Paris japonica', planta com maior genoma conhecido. (Foto: Neil Roger / Flickr / Creative Commons 2.0 nc).
Botânicos da Kew Botanical Gardens britânica afirmam que a planta Paris japonica possui o maior genoma conhecido, e é encontrada no Japão. A descoberta , que realça a vulnerabilidade da planta mereceu publicação na revista científica Botanical Journal of the Linnean Society.
A Paris japonica é uma planta para jardineiros pacientes. Para obter um exemplar com 80 centímetros, é preciso um ambiente húmido, sem sol directo, com muitos nutrientes e uma paciência de santo – depois de plantada, o caule pode demorar até quatro anos a despontar. A planta é exigente e isso pode estar associado aos 152,23 picogramas (um picograma é um bilionésimo de um grama) de ADN que cada célula tem. Uma quantidade enorme, 50 vezes maior do que cada célula humana carrega, que é apenas de três picogramas.
De acordo com o estudo, o menor dos genomas conhecidos é encontrado no parasita de mamíferos Encephalitozoon intestinalis, com apenas 0,0023 pg. Antes de estudar o material genético da Paris japonica, cientistas acreditavam estar próximos do limite máximo para o volume de genomas. O record pertencia a uma espécie de peixe pulmonado encontrado em águas africanas - o Protopterus aethiopicus, com 132,83pg.
"Algumas pessoas podem questionar-se que consequência tem um genoma tão grande e se realmente importa uma espécie ter mais ADN do que outra", disse Ilia Leitch, investigadora do jardim de Londres Kew Gardens. "A resposta é um 'sim' – um grande genoma aumenta o risco de extinção", disse.
Segundo a investigadora, quanto mais ADN o genoma tem, mais a célula demora a replicar toda a molécula para poder dividir-se. "Pode demorar mais para que um organismo com um genoma maior complete o seu ciclo de vida do que um com um genoma menor", explicou a investigadora citada pela Reuters. Normalmente espécies com genomas grandes estão menos adaptadas a viver em solos poluídos e toleram mal condições ambiente extremas. "Que são cada vez mais relevantes no mundo em mudança", conclui a cientista.
Como comparação, vegetais em desertos, que precisam crescer rápido após as chuvas raras, possuem genomas pequenos. Plantas com DNAs maiores são geralmente excluídas deste tipo de habitat.
De acordo com o estudo, o menor dos genomas conhecidos é encontrado no parasita de mamíferos Encephalitozoon intestinalis, com apenas 0,0023 pg. Antes de estudar o material genético da Paris japonica, cientistas acreditavam estar próximos do limite máximo para o volume de genomas. O record pertencia a uma espécie de peixe pulmonado encontrado em águas africanas - o Protopterus aethiopicus, com 132,83pg.
"Algumas pessoas podem questionar-se que consequência tem um genoma tão grande e se realmente importa uma espécie ter mais ADN do que outra", disse Ilia Leitch, investigadora do jardim de Londres Kew Gardens. "A resposta é um 'sim' – um grande genoma aumenta o risco de extinção", disse.
Segundo a investigadora, quanto mais ADN o genoma tem, mais a célula demora a replicar toda a molécula para poder dividir-se. "Pode demorar mais para que um organismo com um genoma maior complete o seu ciclo de vida do que um com um genoma menor", explicou a investigadora citada pela Reuters. Normalmente espécies com genomas grandes estão menos adaptadas a viver em solos poluídos e toleram mal condições ambiente extremas. "Que são cada vez mais relevantes no mundo em mudança", conclui a cientista.
Como comparação, vegetais em desertos, que precisam crescer rápido após as chuvas raras, possuem genomas pequenos. Plantas com DNAs maiores são geralmente excluídas deste tipo de habitat.
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