domingo, 31 de maio de 2009

Tabaco reduz a taxa de fecundação e a qualidade dos embriões

Espermatozoides humanos - foto retirada daqui
Especialista adverte que o consumo de tabaco pode dar origem a uma fragmentação do ADN dos espermatozóides, o que pressupõe uma redução da taxa de fecundação e implantação e da qualidade embrionária. O Dr. Vicente Badajoz, coordenador do Laboratório de Ginefiv, assinalou que a fragmentação do ADN dos espermatozóides (gâmetas masculinos) pode surgir de forma intrínseca, no próprio processo de maturação dos espermatozóides, ainda que existam também factores externos que podem condicionar estas lesões, como a varicocele (varizes nos testículos), processos febris recentes, obesidade, dietas inadequadas ou, evidentemente, as substâncias tóxicas do tabaco. O número e o tipo de rupturas ou lesões do ADN do espermatozóide condicionam a integridade do material genético, dificultando assim a obtenção de uma gravidez, mesmo através de tratamentos de reprodução assistida. Além disso, as substâncias como a nicotina e os compostos tóxicos, como fenóis, hidrocarbonetos aromáticos e mesmo pesticidas, todos presentes nos cigarros, podem dar lugar à referida fragmentação. De acordo com o Dr. Badajoz, existem vários métodos para detectar estas anomalias no ADN do espermatozóide, embora normalmente só se realizem em pacientes com problemas de esterilidade e naqueles que se submeteram a vários tratamentos de reprodução assistida com as suas companheiras e não conseguiram uma gravidez. Existem duas metodologias diferentes para a detecção da fragmentação do ADN espermático. No método TUNEL (Marcação de Terminações dUTP pela Deoxinucleotidil Transferase Terminal), os espermatozóides são expostos a uma enzima e aqueles que apresentam um ADN fragmentado mostram uma coloração diferente no microscópio. No método de avaliação da estrutura da cromatina espermática (SCSA, sigla em inglês) e no teste de dispersão da cromatina espermática (SCD, sigla em inglês), os espermatozóides com ADN intacto produzem um halo que corresponde à cromatina (conjunto de células que constituem o cromossoma) livre de proteínas, enquanto que os que têm o ADN fragmentado não produzem o referido halo.

Como não começar... um vício




Como não começar

O tabaco mata! O tabaco é responsável, anualmente, por milhares de mortes. Um em cada dez fumadores vê a sua esperança de vida reduzida em cerca de 20 anos. Para além de alguns tipos de cancro, o tabaco também origina várias patologias. O tabaco é caro! Independentemente de serem adquiridos em maços ou enrolados à mão, os cigarros podem fazer reduzir rapidamente um orçamento e endividar um jovem ou uma família. No que diz respeito às patologias causadas pelo tabaco, elas implicam enormes despesas de saúde para os contribuintes e sistemas de saúde públicos. O tabaco provoca alterações! Ele reduz o paladar e o olfacto. O tabaco causa danos no corpo, tanto interiores como exteriores! O tabaco causa problemas respiratórios e faz reduzir o desempenho desportivo e sexual, provoca a impotência masculina e, no caso das mulheres, leva a gravidez ectópica, abortos espontâneos e distúrbios no crescimento do bebé. Além disso, o tabaco enfraquece o cabelo e faz secar a pele, que se torna cinzenta. O tabaco é uma droga! Rapidamente, o tabaco cria dependência da qual é muito difícil escapar. O primeiro cigarro, muitas vezes fumado em grupo, pode ser perigoso. O tabaco é uma porta aberta para outras dependências! Para aquelas pessoas que estão dependentes do álcool ou de outras drogas, independentemente de serem leves (haxixe ou cannabis) ou duras, elas começaram, na maior parte das vezes, por ficar dependentes do tabaco. O tabaco é prejudicial para quem se encontra junto do fumador! Para além dos incómodos suportados pelas famílias dos fumadores, o fumo causa desconforto e doenças imediatas ou a longo prazo. As crianças, em particular, são vulneráveis ao fumo das outras pessoas. Actualmente, o tabaco está fora de moda! Para os jovens, o tabaco é geralmente associado a uma intranquilidade ou rebelião disfarçada contra a autoridade e a sociedade em geral. Em muitos locais, como transportes e lugares públicos, é geralmente proibido fumar. O acto de fumar tornou-se num gesto levado a cabo secretamente, num local isolado, ao mesmo tempo que se está cada vez mais ciente dos perigos que ele representa. O fumador pode ser visto como uma pessoa irresponsável e individualista, que não tem consideração por si próprio nem pelos outros.

Fonte da notícia - aqui

Help - Por uma Vida sem Tabaco





Hoje dia 31 de Maio comemora-se o Dia Mundial sem tabaco.



A Comissão Europeia (UE) assinala o Dia Mundial sem Tabaco, a 31 de Maio, com a realização de testes de medição de monóxido de carbono (CO) em todos os Estados-Membros da União Europeia, acção integrada na campanha Help - Por uma Vida sem Tabaco.


A campanha tem como objectivo persuadir os cidadãos dos 27 países da UE, principalmente os jovens, a não começar ou a deixar de fumar.
Em Portugal, a acção realiza-se no Centro Comercial (CC) Amoreiras, em Lisboa, durante todo o dia 31 de Maio, dando oportunidade aos visitantes de avaliarem o seu nível de CO (substância cancerígena produzida pelo fumo do tabaco). O teste destina-se a fumadores, mas também a não fumadores, que muitas das vezes estão expostos ao fumo passivo. A medição de CO decorrerá das 10 às 22 horas, junto ao hipermercado Jumbo
Esta acção será comunicada por um grupo animadores que circulará na zona envolvente ao centro, chamando a atenção, de forma peculiar, para os efeitos negativos do tabaco.
A organização da campanha em Portugal convida à participação de todos, através da realização do teste e da adesão ao espírito do projecto.


Fonte da notícia Portal da Saúde

Para saberes mais sobre a campanha visita o site:

Campanha HELP – Por Uma Vida Sem Tabaco

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Cientistas conseguem observar 'fases' de planeta fora do Sistema

Concepção artística das "fases" de planeta extra-solar (Foto: Observatório de Leiden)

OBSERVADAS FASES EM PLANETA EXTRASOLAR

Cientistas conseguem observar 'fases' de planeta fora do Sistema Solar
Feito foi possível com o satélite franco-europeu CoRoT.
O Planeta é grande como Júpiter, mas gira próximo à sua estrela.

Quatro séculos atrás, o célebre astrônomo Galileu Galilei ficou famoso por, entre outras coisas, apontar um telescópio na direção de Vênus e constatar que o planeta, magnificado, apresentava fases, iguais às que a Lua apresenta em seu movimento ao redor da Terra. Agora, astrônomos do Observatório de Leiden, na Holanda, fizeram exatamente a mesma coisa, mas com um planeta localizado fora do Sistema Solar. Pode parecer pouca coisa, mas não é. Enquanto Vênus - o astro observado por Galileu - é o vizinho mais próximo da Terra e aparece no céu, a olho nu, como um objeto bastante brilhante, o planeta CoRoT-1b (HD 189733b) está tão distante que nem mesmo com o auxílio dos mais poderosos telescópios é possível observá-lo com clareza. O objeto em questão está na categoria dos Hot Jupiters, assim chamados porque são gigantescos como Júpiter, mas orbitam muito próximos a suas estrelas-mães, o que faz deles incrivelmente quentes - inabitáveis, portanto. O feito foi obtido graças ao poder do telescópio espacial CoRoT, satélite franco-europeu que conta com participação brasileira e tem como uma de suas missões principais descobrir planetas fora do Sistema Solar. Ele monitorou o HD 189733b por 55 dias seguidos. Nessas circunstâncias, era impossível observar a luz vinda do planeta evitando a luz proveniente da estrela vizinha. Devido a este facto , a descoberta e o monitoramento de planetas pelo CoRoT envolve uma complexa análise da luz vinda daquela região, que permite dizer quando um astro planetário passa à frente da estrela e, com análises subsequentes, observar a contribuição luminosa do planeta para a luz total que chega à Terra. Atavés dessa análise, os cientistas liderados por Ignas Snellen conseguiram detectar uma flutuação gradual da luz vinda do planeta, conforme ele passava pelas fases crescente, minguante e nova. Esta última ocorria durante o chamado "trânsito", quando o planeta passa à frente da estrela. Já a fase cheia, não foi visível porque nesse momento o planeta estaria passando atrás da sua estrela. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico científico britânico "Nature".
Links:
Nature (requer subscrição)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Finalmente... Genoma do ratinho totalmente sequenciado

Genoma do ratinho totalmente sequenciado ao fim de 10 anos
O genoma do ratinho, o animal mais utilizado nos laboratórios do mundo inteiro para estudar doenças humanas, foi lido na sua totalidade. Já existiam “rascunhos” do genoma do cão, do gato, do rato, etc. Mas o único genoma completo de mamífero – o único sequenciado sem “buracos” –, era até aqui o genoma humano. Tudo começou há dez anos, com o ADN de uma única estirpe de ratinhos de laboratório (Mus musculus). A sequenciação, que exige a clonagem de inúmeros fragmentos da gigantesca molécula, seguida da sua montagem na ordem certa – é sempre uma façanha técnica –, foi realizada pela equipa de Deanna Church, dos National Institutes of Health, nos EUA. Entretanto, o novo genoma já começou a revelar os seus segredos.O ratinho é globalmente (goste-se ou não) um excelente modelo para o estudo das doenças humanas e o teste de potenciais tratamentos. Mas o seu genoma não é idêntico ao nosso, visto terem evoluído separadamente durante os últimos 90 milhões de anos. Por isso, a extrapolação para o ser humano de resultados obtidos no ratinho pode ser arriscada e é essencial saber quais são os genes comuns aos dois genomas e quais os específicos de cada um. “Uma melhor compreensão do genoma do ratinho, e portanto da biologia do ratinho, permitirá aumentar a utilidade do ratinho enquanto modelo para as doenças humanas”, escrevem os autores na revista online "PLoS Biology". Essa tarefa de análise coube à equipa de Leo Goodstadt e Chris Ponting, da Universidade de Oxford, e mostrou que a maioria dos genes do ratinho – 75 por cento – tem um equivalente directo no ser humano (mas não os outros 25 por cento). “Só quando juntámos todas as peças do puzzle”, referiu hoje Goodstadt em comunicado da sua Universidade, “é que percebemos que há um grande número de genes que apenas existem no ratinho.”

Fonte da noticia: Público.PT

Artigo original em:

terça-feira, 26 de maio de 2009

Programa para Salvar Beleza Ameaçada na Austrália

Austrália lança projecto pioneiro para salvar cavalos-marinhos
A União Internacional para a Conservação da Natureza diz que há oito espécies de cavalos-marinhos ameaçadas no planeta. A organização aponta o cavalo-marinho-do-cabo, nativo da África do Sul, como a espécie mais ameaçada.


Cavalos marinhos - Fotos: David Harasti


Um biólogo marinho lançou na Austrália um programa inédito para tentar salvar espécies de cavalos-marinhos ameaçadas.
O biólogo David Harasti, da Universidade de Newcastle, na Austrália, criou filhotes de duas espécies não ameaçadas em cativeiro nos últimos seis meses e libertou-os-os no seu habitat, na baía de Sydney.
A maioria das espécies de cavalos-marinhos não se adapta bem ao cativeiro, apresentando um alto nível de stress e baixo índice de reprodução. A esperança que resulta desta experiência é de que as crias consigam sobreviver sozinhas.
Se a experiência, realizada com animais das espécies cavalo-marinho-de-barriga, a maior espécie existente, e o cavalo-marinho-branco, funcionar, o programa poderá ser usado com espécies em extinção em outros países.
"Estamos a testar a hipótese de cavalos-marinhos nascidos em cativeiro serem capazes de se adaptar à natureza, pois poderíamos introduzir o programa noutros países onde as populações estão a diminuir, como Filipinas, Vietname e Indonésia, que possui o maior número de cavalos-marinhos do mundo " disse Harasti à BBC.
Para Harasti, a maior ameaça aos cavalos-marinhos é a pesca abusiva - motivada, entre outras coisas, pelo uso do animal na medicina tradicional chinesa -, além do desenvolvimento urbano e degradação dos habitats.

O cientista diz que, com o passar dos anos, a perda de habitats naturais como campos de esponjas, corais e algas, levaram algumas espécies da Austrália a habitar regiões próximas das redes especiais de protecção contra tubarões. "Agora eles dependem delas, pois que as redes são "perfeitas" para os animais, já que fornecem protecção contra predadores.

A Austrália abriga pelo menos 20 das 60 espécies de cavalos-marinhos conhecidas no mundo, o que a torna o país possuidor da maior diversidade de espécies de cavalos-marinhos no mundo.

Novas espécies continuam a ser descobertas. Recentemente a menor espécie de cavalo-marinho do mundo foi encontrada próxima da costa da Indonésia. O Hippocampus denise tem apenas 16 milímetros de comprimento.

O investigador diz que os cavalos-marinhos são a única espécie do mundo na qual o macho dá à luz, podendo dar ter cerca de cem filhotes de uma vez só.

Segundo Harasti, quando a fêmea e o macho iniciam o processo de acasalamento, ficam juntos durante toda a temporada. "Recentemente descobrimos também que eles são monogámos de longo-prazo, pois os pares continuam juntos nas temporadas seguintes de acasalamento".
Fonte notícia: BBC Brasil

segunda-feira, 25 de maio de 2009

No trilho do lobo

Por trilhos de lobos

Lobo Ibérico Canis Lupus Signatus imagem em portal.icnb.pt
Percurso interpretativo ao longo da Serra do Alvão .

O Núcleo de Estudos e Protecção do Ambiente (NEPA) e o Grupo Lobo, em colaboração com a Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a empresa de animação turística «Montes de Encanto», vão organizar no próximo sábado um percurso interpretativo – «Por terras de Lobo», ao longo da Serra do Alvão. Esta iniciativa, integrada no Projecto «Ciência e Natureza», pretende sensibilizar os participantes para a importância da fauna e flora silvestres e da sua preservação como forma de assegurar a sobrevivência e a valorização do meio natural. O percurso guiado, com início pelas 9h junto da aldeia de Alvadia, permitirá passagens por alguns dos pontos de interesse paisagístico da serra, incluindo paragens interpretativas, com actividades lúdico-pedagógicas, e terminará no Fojo do Lobo, próximo da Samardã, pelas 19h, onde decorrerá uma sessão narrativa sobre a dimensão mítica do lobo, com a colaboração do escritor e investigador Alexandre Parafita. Refira-se que o Fojo do lobo é um dos lugares mais emblemáticos da tradição rural dos povos serranos que, noutros tempos, ali atraíam e sacrificavam até à morte esta espécie selvagem para protegerem os seus gados. No caso do fojo da Samardã, trata-se de área de 50 metros de diâmetro, onde estes animais após entrarem não conseguiam sair. Os pastores colocavam ali uma rês doente que, com os seus balidos, atraía qualquer lobo que andasse por perto, posteriormente abatido. Não há, contudo, já notícia de que tal prática ali ocorra nos dias de hoje.

Fonte da notícia: cienciahoje.pt

terça-feira, 19 de maio de 2009

São oito e estão em perigo crítico de extinção

O Alcar do Algarve foto em flickr.com/photos/valter/368926229/

Oito plantas, das quais sete só existem em Portugal, estão classificadas como espécies "em perigo crítico" de extinção, segundo o Plano Nacional de Conservação da Flora em Perigo.
As sete plantas em perigo de extinção são elas : Corriola do Espichel (Convolvulus fernandesii), Linaria ricardoi, Narciso do Mondego (Narcisus scaberulus), Miosótis-das-praias (Omphalodes kuzinskyanae), Diabelha do Algarve (Plantago algarbiensis), Diabelha do Almograve (Plantago almogravensis) e Álcar do Algarve (Tuberaria major).



O trevo-de-quatro-folhas foto de flickr


A oitava planta, conhecida como Trevo-de-quatro-folhas (Marsilea quadrifolia), existe em vários países, mas tem vindo a regredir em Portugal.Todas as espécies classificadas como "em perigo crítico" de extinção ocupam uma área de distribuição reduzida, sendo o principal objectivo deste projecto contribuir para a sua conservação.
A Corriola do Espichel encontra-se restrita às áreas do Cabo Espichel e litoral da Serra da Arrábida, enquanto a "Linaria ricardoi", uma herbácea associada a ecossistemas agrícolas, prefere o Baixo Alentejo Interior.
O Trevo-de-quatro-folhas habita essencialmente locais inundados e margens de rios (bacias do Vouga, Lima, Minho e Douro). O único núcleo conhecido localiza-se na praia fluvial da cidade do Peso da Régua.
O Narciso-do-Mondego, uma planta com flores amarelas que ocorre em áreas abertas e clareiras florestais, prefere, como o nome indica, a bacia do Mondego.
A área de distribuição do Miosótis-das-praias é igualmente muito reduzida, já que se encontra na totalidade no Parque Natural Sintra-Cascais. Cerca de 95 por cento desta população com cem mil exemplares está localizada junto à praia do Abano.
Da Diabelha do Algarve conhecem-se apenas três núcleos, que ocupam 50 hectares, estando um destes inserido no Sítio de Importância Comunitária do Barrocal. A população conhecida não ultrapassa os dez mil indivíduos.
Ainda mais escassa é a população de Diabelha do Almograve (três a quatro mil exemplares). Este pequeno arbusto coloniza clareiras de matos litorais, persistindo apenas junto a Vila Nova de Milfontes.
Quanto ao Álcar do Algarve, os cerca de 10 mil espécimes existentes estão espalhados pelos solos arenosos do litoral algarvio nos concelhos de Faro, Olhão e Loulé.


Portugal está “na lista dos países que não cumprem a Convenção para a Biodiversidade porque nunca elaborou um Livro Vermelho das Plantas, um documento essencial para identificar as espécies vegetais mais ameaçadas e desenvolver planos de gestão apropriados para a conservação no território nativo e fora dele" afirma Helena Freitas.


A nível europeu, só Portugal e a Macedónia não dispõem de um Livro Vermelho, diz Dalila Espírito Santo.

Estas especialistas defendem a criação de um banco de sementes que salvaguarde os recursos genéticos vegetais a nível nacional e a inclusão das espécies ameaçadas num Livro Vermelho de forma a assegurar a sua protecção.

O único banco de sementes de âmbito nacional, o Banco Português de Germoplasma Vegetal, é dedicado a espécies agrícolas com interesse alimentar. A conversão das florestas em explorações agrícolas intensivas, incêndios, espécies exóticas e alterações climáticas são alguns dos factores críticos para a sobrevivência das plantas.

Fonte da noticia: cienciahoje.pt e A União - jornal online

Stress pode contribuir directamente para a obesidade


Stress pode contribuir directamente para a obesidade


Investigadores norte-americanos afirmam que os níveis elevados de stress em adolescentes podem contribuir para o seu excesso de peso ou obesidade A equipa de cientistas analisou dados provenientes de um estudo com seis anos de duração, medindo a altura e peso de adolescentes de forma a determinar o seu índice de massa corporal, que era utilizado para determinar o status de peso baseado em sistemas de classificação. Os investigadores acrescentaram ainda que a insegurança relativamente à alimentação e família foi também determinado através de entrevistas.Foram estudados cerca de mil adolescentes, com idades entre os 10 e os 15 anos, bem como as suas mães, provenientes de famílias com rendimentos mínimos. Os investigadores constataram que 47% dos adolescentes tinham peso a mais ou eram obesos, mas essa percentagem aumentou para 56% naqueles que tinham mais factores de stress. Os cientistas afirmam que o adolescente que tem mais stress, causado por diversos factores como as notas da escola, problemas de saúde ou mentais, comportamentos agressivos ou consumir álcool ou drogas, têm uma probabilidade superior de se tornarem obesos ou terem excesso de peso.



imagem retrirada do site - http://www.fmft.net/

Fonte: farmacia.com.pt ( artigo publicado por Pedro Santos em 18 maio 2009 às 16:05)

sábado, 16 de maio de 2009

Ciência à La Carte - CIÊNCIA NA COZINHA


CIÊNCIA NA COZINHA

Aconteceu na Secundária no dia 14 de Maio …uma tarde diferente plena de sabores, aromas, texturas, muita cor e conhecimento. Muitos foram os interessados em descobrir a Gastronomia molecular ( novo ramo da ciência dos alimentos). Foram abordadas questões da gastronomia do ponto de vista científico, onde as moléculas foram o centro das atenções - o objectivo era divulgar a ciência de uma forma "saborosa".

Da teoria passou-se à prática. No meio de varinhas mágicas, tubos de ensaio, pipetas, seringas gigantes e outros instrumentos de laboratório e de nomes como azoto líquido, gelo seco, soluções, dispersões, suspensões, emulsões, agar, géis, alginatos, enzimas e espumas sob uma boa dose de imaginação e muita técnica todos puderam vizualizar e provar mousse de chocolate, caviar (esferas) de xarope de cereja, esparguete de menta (de cor verde) e gelados feitos na hora.

Aqui ficam algumas imagens...

As Expert em Gastronomia Molecular - Engªs Margarida e Susana



O grupo Ciência à La Carte

O Grupo e a Professora

O Público

Já não havia lugar...

Os ingredientes e utensilios da Gastronomia molecular

A preparar esferas( xarope de cereja numa solução de alginato)

O Caviar( as esferas) que sabe a cereja

Assim é divertido fazer esparguete

O Esparguete era verde e sabia a menta

A mousse (emulsão de chocolate) que emoção!

A fazer gelado recorrendo ao Azoto liquido

E voilá o gelado

E o gelado também era delicioso...

mas soube a pouco


A COZINHA É CORAÇÃO, MÃOS E CABEÇA...

...A CIÊNCIA DÁ O SEU CONTRIBUTO

AS OBRAS DE ARTE CULINÁRIA SÃO EFÉMERAS - SÃO DESTRUÍDAS QUANDO APRECIADAS

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Não é MAGIA é CIÊNCIA na COZINHA

Ciência À La Carte





Quinta-feira, 14 de Maio, as Engªs. Margarida Guerreiro e Susana Dias trazem-nos a Cozinha Molecular. Descobre a física e a química escondidas nesta surpresa!

É às 15 h, no Refeitório.

Entra na onda: vem explorar e experimentar o fantástico mundo da Gastronomia Molecular.
Organização: Grupo Alunos 12ºD CT- Área de Projecto

Professora Responsável Lucinda Mendes
Clube Ciência em Movimento

“Herschel” e “Planck” lançados a 14 de Maio

Imagem ESA

A Agência Espacial Europeia (E.S.A.) confirmou a data de lançamento dos satélites “Herschel” e “Planck”para o próximo dia 14 de Maio, através de um satélite Ariane 5, a partir do Centro Espacial de Kourou (Guiana Francesa). Recorde-se que a partida destes dois satélites, fabricados pela Thales Alenia Space, foi adiada por diversas vezes, devido a verificações adicionais. O telescópio espacial “Herschel” vai estudar a formação das estrelas e das galáxias, enquanto que o “Planck” destina-se a analisar a irradiação emitida pelo “Big Bang” há 13,7 mil milhões de anos.



Aproveita esta oportunidade e assiste ao vivo dia 14 de Maio ao lançamento dos satélites Herschel e Planck (início às 14h).

Fontes da notícia:

"TRIÂNGULO DE CORAL" pode morrer no final do século XXI

Triângulo de coral - imagem daqui

O final do século XXI pode ditar o fim da região mais importante de recifes de coral do planeta, com 76 por cento das espécies de coral do mundo. O alerta foi dado pela «World Wildlife Fund» (WWF), avisando que a subida das temperaturas, a poluição e a sobre-pesca ameaçam esta “Amazónia Marinha”, que compreende países como a Indonésia, Filipinas, Malásia, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão e Timor-Leste.
O apelidado Triângulo de Coral, que ocupa apenas um por cento da superfície da terra, é a casa para 30 por cento de todos os recifes de coral do mundo e para 76 por cento do número das espécies de coral conhecidas no planeta Terra.
A organização WWF apresentou um relatório na Conferência dos Oceanos, em Manado, Indonésia, que teve por base 300 artigos científicos sobre zonas costeiras, recifes e mares da região. A WWF lembra que os recifes de corais são a “base da vida de 100 milhões de pessoas”.
Ove Guldberg, da Universidade de Queensland e coordenador do estudo, disse que, “ainda não nos apercebemos da rapidez com que este sistema está a mudar”.
Segundo a WWF, 40 por cento dos recifes e mangais do Triângulo de Coral já desapareceu. “Alterámos a forma como o planeta funciona em termos de correntes [oceânicas] e isto com apenas um aumento de 0,7ºC em termos de temperatura”. “O que vai acontecer com um aumento de 2ºC?”, acrescentou a organização. No comunicado divulgado pela WWF, lê-se ainda que “até ao final do século vamos assistir à perda desta riqueza à medida que aumenta a temperatura dos oceanos, a acidez e o nível do mar e que os ambientes costeiros ficam mais fragilizados. Como resultado assistiremos ao aumento da pobreza, à diminuição da segurança alimentar e a migrações para áreas urbanas”.
O estudo estima que a capacidade dos recifes de coral de suportarem as populações caia 80 por cento. “Dezenas de milhões de pessoas serão forçadas a abandonar as zonas costeiras e rurais devido à perda das suas casas, dos alimentos e dos rendimentos”, acrescentou. Austrália e Nova Zelândia deverão ser os novos destinos destas populações. Mas a “catástrofe” poderá ser evitada se forem tomadas medidas climáticas globais e iniciativas regionais para combater a poluição e a sobre-exploração pesqueira, sublinha a WWF.
Imagem de Triângulo de coral daqui






Fonte da notícia: CienciaHoje.pt e também aqui

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Novas descobertas no "mal-amado" mundo das aranhas

Os biólogos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Luís Crespo e Jorge Paiva, descobriram duas novas espécies de aranhas no Jardim Botânico de Coimbra chamadas de Tegenaria barrientosi e Parapelecopsis conimbricensis.

Luis Crespo e Jorge Paiva no Jardim Botânico de Coimbra

A Tegenaria barrientosi entrou-lhe, literalmente, pela casa dentro. Luís Crespo estava a viver perto do Jardim Botânico, em Coimbra, e reconheceu a pequena aranha que lhe entrou em casa. “Em vez de acabar esmagada por uma vassoura, acabou num tubinho para ser analisada”, conta. E agora é uma nova espécie descrita num artigo publicado (no mês passado) na revista de zoologia Zootaxa.

As aranhas são normalmente consideradas seres repelentes, mas que assumem um papel muito importante no equilíbrio dos ecossistemas. “Como predadores de topo, as aranhas são excelentes bioindicadores.

Numa outra vertente, as aranhas produzem toxinas que podem ser usadas para o desenvolvimento de fármacos”, explica o biólogo da FCTUC. As teias de aranha, devido ao seu riquíssimo complexo proteico, produzem a seda natural com a melhor qualidade do mundo. Segundo Luís Crespo, com a descrição destas novas espécies está “aberto o caminho para novos estudos sobre a evolução da espécie e a sua utilidade para o Homem”. O biólogo prepara-se agora para estudar as aranhas das ilhas Selvagens e de Porto Santo.


“A biodiversidade é mal conhecida em Portugal e revela o valor patrimonial biológico do jardim botânico, um Jardim como uma enorme biodiversidade vegetal e animal, algumas delas raras e protegidas, como por exemplo, o mocho-real ou bufo-real (Bubo bubo), o maior mocho da Europa”, salientou Jorge Paiva, biólogo da FCTUC.


O jardim botânico é “um laboratório natural riquíssimo, que é necessário explorar, cuidar e preservar pela comunidade científica”, acrescenta Paiva. Colhidas em 2004, as novas espécies começaram a ser estudas um ano depois, com a colaboração da Universidade de Basel. Um trabalho complexo e moroso que implicou, ainda, a comparação com outras espécies existentes já descritas e registadas no World Spider Catalogue, uma base de dados providenciada pelo Museu de História Natural de Nova Iorque, onde constam todas as espécies existentes no mundo. De acordo com o World Spider Catalogue, existem 40 mil e 700 espécies. “Mas as estimativas apontam para que existam mais de 170 mil”. No catálogo das espécies existentes em Portugal (http://www.ennor.org/ ), o biólogo Pedro Cardoso contabiliza 779 espécies. Mas, nota Luís Crespo, “se juntarmos as espécies que foram recentemente publicadas e as que estão submetidas a contagem o número sobe para 819 espécies, sendo que certamente haverá mais para descobrir”.


Foto de Tegenaria barrientosi que mede cerca de sete milímetros tirada daqui
Os primeiros exemplares de Tegenaria barrientosi e a Parapelecopsis conimbricensis foram colhidos no Jardim Botânico de Coimbra mas Luís Crespo encontrou mais noutros locais. A Parapelecopsis conimbricensis que é descrita num artigo que aguarda publicação foi colhida também na Reserva Natural do Paúl de Arzila, por exemplo, e no mesmo trabalho o biólogo apresenta-nos outras seis novas espécies para a Ciência encontradas no norte de Portugal e Espanha, no Parque Natural do Douro Internacional, no Parque Florestal de Monsanto (Lisboa) e noutros locais dispersos do país.

A Tegenaria barrientosi e a Parapelecopsis conimbricensis são de famílias bem diferentes, diz Luis Crespo. “A nível filogenético... São primos afastados”, simplifica. Estas aranhas não são toxicologicamente perigosas para o homem. Aliás, a maior parte não é”, informa o biólogo. Além de inofensivas, as espécies que vivem no Jardim Biológico de Coimbra são pequeninas. A Parapelecopsis conimbricensis mede uns dois a três milímetros de corpo e a Tegenaria barrientosi cerca de sete. Entusiasmado, o especialista conta que para conseguir identificar um nova espécie é preciso uma trabalho rigoroso de análise de uma série de pormenores, a estrutura reprodutora, os olhos, as cores, o tamanho. No caso da Parapelecopsis conimbricensis há uma característica que merece destaque: “Os machos têm uma espécie de elevação na cabeça, que é uma espécie de torre com alguns olhos, onde existem dos sulcos que julgamos que são os locais onde a fêmea se prende quando acasalam”. Os estudos do comportamento virão mais tarde confirmar ou não a teoria, mas Luís Crespo não consegue esconder o ânimo com a descoberta. Algumas destas descobertas, como nos contou, entram-lhe pela casa dentro. Outras dão-lhe mais trabalho e ele tem de montar armadilhas para as conseguir. E há aranhas de estimação na casa de Luís Crespo? “Vivas? Não, não concordo. Só tenho uma aranha viva em casa quando preciso de a criar até adulta para os meus trabalhos. De resto, tenho uma colecção de exemplares em casa... alguns milhares. Mas estão em tubinhos conservadas em álcool.

Fontes da notícia: Cienciahoje e Público.pt

sábado, 9 de maio de 2009

As maiores Trilobites do Mundo em Portugal

Os apaixonados da Paleontologia e o público em geral conhecem muito bem as trilobites - fósseis da Era Paleósoica. O que se torna impressionante é encontrar um número tão grande destes fósseis juntos como o do achado que ocorreu em Portugal em Arouca. É a maior e mais completa acumulação destes seres préhistóricos e também a que tem os maiores exemplares alguma vez encontrados.

Uma equipa internacional de paleontólogos liderada por investigadores do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) descobriu em Arouca vários grupos de fósseis de trilobites com 465 milhões de anos. Apesar de não haver espécies novas, a importância da descoberta deve-se à dimensão dos indivíduos que, segundo os investigadores, são os maiores do mundo.

“São as maiores trilobites do mundo”, disse logo Artur Sá ao PÚBLICO, co-autor com uma equipa espanhola do artigo publicado este mês na revista "Geology". Em Canelas, no Geoparque Arouca, estão descritas 20 espécies de trilobites – um dos fósseis mais representado da era do Paleozóico. As trilobites viveram durante mais de 280 milhões de anos até desaparecerem há 250 milhões de anos quando se deu a grande extinção do final do período Pérmico, antes da era dos dinossauros.

Na pedreira de Arouca, só cinco ou seis espécies é que apresentaram um tamanho fenomenal. Habitualmente, as espécies não ultrapassam os dez centímetros, aqui a maioria ultrapassava os 30 centímetros e o maior fóssil tem 86 centímetros de comprimento.

Qual a razão do tamanho fenomenal das trilobites, perguntarão?

Há 465 milhões de anos a zona da Arouca perto de Aveiro estava submersa e ficava pertíssimo do pólo sul, junto da costa do continente chamado Gondwana. O frio e as águas com uma baixa concentração de oxigénio permitiram às trilobites crescerem mais, num ambiente protegido em que seres maiores com um metabolismo mais lento estariam bem adaptados. Segundo o paleontólogo, este “gigantismo polar” é uma característica que acontece hoje em muitos artrópodes - filo que engloba os insectos e os crustáceos - que vivem em condições parecidas.

Mas esta descoberta também lança luzes sobre o comportamento social destes animais. “Até agora os indivíduos conhecidos eram solitários, aqui temos uma grande quantidade de trilobites todas juntas e metros e metros sem trilobites”, explicou Artur Sá, Professor do departamento de Geologia da UTAD.

O investigador aponta duas razões que podem explicar o fenómeno: no mar, as trilobites juntavam-se para as mudas das carapaças, ficando agregadas para se protegerem enquanto as novas estruturas enrijeciam. Parte dos fósseis são das mudas e não de trilobites, o que dá força a esta teoria. Por outro lado, o objectivo do ajuntamento poderia ser a reprodução, como acontece em artrópodes actuais. O maior grupo de trilobites encontrado em Arouca pertencia à espécie Ectillaenus giganteus, e contava com mais de mil indivíduos com 15 a 20 centímetros que preenchiam uma área de 15 metros quadrados.

Muitos fósseis mostram trilobites encolhidas, provavelmente pela falta de oxigénio. Por questões paleoambientais o mar nesta região teria baixas concentrações do gás. Graças ao seu tamanho e ao baixo metabolismo, teoriza-se que as trilobites poderiam descer até profundidades de 150 metros para se alimentar de partículas orgânicos. A falta de oxigénio matou-as mas ajudou à fossilização. “Trata-se aqui de uma preservação excepcional, que só ocorre quando temos sedimentos muito finos e ausência de oxigénio”, frisa o investigador.
Algums dos fósseis de trilobites encontrados em Portugal. Geoparque Arouca/CSIC
Imagem retirada de Elmundo.es.

terça-feira, 5 de maio de 2009

As Estrelas sequestram Planetas...



Estudo mostra que já existiram planetas que foram engolidos pelas suas estrelas



Um dos mais recentes exoplanetas descobertos tem os dias contados. O CoRoT-7 B está apenas a 2,4 milhões de quilómetros de distância da sua estrela (mais próximo do que Mercúrio está do Sol) e, segundo as mais recentes investigações, tem mil milhões de anos de vida antes de ser destruído e engolido pela sua estrela.“As órbitas destes planetas variam muito lentamente, ao longo de escalas temporais de dezenas de milhões de anos”, afirma Brian Jackson, astrónomo do Laboratório Planetário e Lunar da Universidade de Arizona, citado pelo site ScienceDaily. “Ao fim de muito tempo, a órbita do planeta aproxima-o suficientemente da estrela para que a gravidade comece a destruí-lo.”O investigador é o primeiro autor de um artigo que está para ser publicado no “Astrophysical Journal” que prova que um planeta com uma órbita muito próxima dos seu sol pode ser engolido pela própria estrela. Esta uma teoria foi desenvolvida há um par de anos através de modelos de computador. Ao estudar um dado sistema estelar, os astrónomos desenvolviam modelos sobre o número de planetas que esse sistema tinha, unsando modelos computorizados ara calcular as variáveis. Mas as observações directas mostram que planetas que se previa estarem perto das estrelas, muitas vezes não existem.“Quando olhamos para as propriedades observáveis de um planeta extra-solar, podemos ver que isto já aconteceu – alguns planetas já se afundaram nas suas estrelas”, disse Rory Barnes, astrónomo da Universidade de Washington e co-autor do mesmo artigo. A investigação centrou-se em planetas como o CoRoT-7 B. Quando um planeta está muito próximo da sua estrela, a força gravítica entre ambos aumenta, o que deforma a superfície da estrela, com grandes "marés" que nascem a partir da atmosfera gasosa. “As marés distorcem a forma da estrela. Quanto maior for a distorção causada pela maré, mais rapidamente vai tragar o planeta, explica Brian Jackson. A destruição é lenta mas inevitável, disse o cientista, referindo-se a CoRoT-7 B, que é o exoplaneta mais pequeno que se conhece, com um diâmetro apenas 1,7 vezes maior do que o da Terra e uma temperatura à superfície entre os 1000 e 1500 graus. “O planeta ou é destruído antes de alcançar a superfície da estrela, ou neste processo acaba por interceptar a sua atmosfera e o calor oblitera-o.”Os investigadores esperam não só compreender como é que as estrelas destroem os planetas e afectam a sua órbita, mas também como são afectadas por isso. “Por exemplo, a frequência da rotação das estrelas tende a decair [ao longo do tempo]. Assim, as estrelas mais velhas costumam girar mais lentamente do que as mais novas”, apontou Jackson. “No entanto, se num passado recente uma estrela consumiu um planeta, isto faz com que gire mais rápido. Por isso estaríamos a olhar para estrelas com uma rotação demasiado rápida para a sua idade”, concluiu.

Notícia e imagem retirada de Público.Pt

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PORTUGAL PÕE TELESCÓPIOS AO SOL

O nosso Sol - imagem daqui

Já lá vai o tempo da roupa estendida nas açoteias algarvias. Este fim-de-semana, o Centro de Ciência Viva do Algarve vai dar corpo a uma nova modalidade de exposição solar. E os telescópios são as estrelas. A tradição já não é o que era nos típicos terraços do Algarve. Que o diga o Centro de Ciência Viva (CCVAlg) do Algarve, que este fim-de-semana vai dar início a mais uma maratona de observações astronómicas de uma forma sui generis. No dia 3 de Maio (domingo), dia Internacional do Sol, a organização do Ano Internacional da Astronomia (AIA 2009) desafia os curiosos a juntarem-se na açoteia do CCV algarvio para observarem o Sol através de telescópios especiais. A iniciativa terá lugar das 11h30 às 12h30.

Faro marca assim o arranque de mais um ciclo de observações do Sol e de Saturno e dos seus anéis, procurando recriar as observações que o famoso astrónomo Galileu Galilei fez há precisamente quatro séculos. A iniciativa faz parte do mega-projecto do Ano Internacional da Astronomia "E agora eu sou Galileu".

Depois de Faro, os olhos portugueses voltam a centrar-se no Sol no dia 13 de Maio às 11 horas, desta feita no MadeiraShopping, no Funchal, uma cortesia da Universidade da Madeira. No dia 17 de Maio às 16 horas, é a vez do NUCLIO, Núcleo Interativo de Astronomia, apontar os telescópios à estrela mais próxima da Terra, no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, em Cascais.
As cores de Saturno (imagem retirada daqui)

Depois do Sol, é a vez de Saturno e os seus anéis desfilarem perante os telescópios nacionais. A 16, a 29 e a 30 de Maio, o segundo maior planeta do Sistema Solar é a estrela das observações da iniciativa "E agora eu sou Galileu", que se realizam em Lisboa, na Praça do Império, em frente ao Planetário Calouste Gulbenkian (sempre às 21 horas, uma organização da Associação Portuguesa de Astrónomos Amadores), e na Tapada da Ajuda (dias 16 e 30 de Maio, às 20h30, da responsabilidade do Observatório Astronómico de Lisboa).

Nos mesmos dias, Saturno e os seus anéis estarão ainda sob a mira nocturna dos telescópios de Mira, no Jardim do Visconde (excepto no dia 29), e de Coimbra, no Parque Verde do Mondego. As duas iniciativas estarão respectivamente a cargo do Observatório Astronómico de Mira e do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra.

As lentes insulares também estarão de olhos postos no planeta gigante. A Universidade da Madeira organiza uma sessão de observação de Saturno no dia 29 de Maio às 22 horas na freguesia dos Prazeres, na Calheta.

A Sul, a açoteia do CCV de Faro volta também a ser invadida pelos telescópios no dia 23 de Maio. Desta vez, Saturno será o principal protagonista da observação nocturna.

Ao longo do mês, os interessados são convidados a consultar a página do AIA 2009 (http://www.astronomia2009.org/) para actualização das datas e locais destas iniciativas, que deverão continuar a multiplicar-se de Norte a Sul do país.

O Ano Internacional de Astronomia é organizado em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Astronomia, com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), da Fundação Calouste Gulbenkian, do Ciência Viva, do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e da European Astronomical Society (EAS).

Links:
AIA 2009 (Página UNESCO/IAU)

CENTENAS DE BURACOS NEGROS ERRANTES PODEM VAGUEAR PELA VIA LÁCTEA

De acordo com novos cálculos, centenas de buracos negros massivos, deixados para trás desde o princípio do Universo, poderão vaguear pela Via Láctea. Acredita-se que estes buracos negros solitários estavam originalmente no centro de galáxias pequenas e leves. Ao longo de milhares de milhões de anos, estas galáxias anãs colidiram umas com as outras formando galáxias gigantescas como a Via Láctea. A ideia de tais buracos negros errantes já foi anteriormente sugerida, mas uma nova simulação computacional calculou que centenas devem ter sido deixados para trás, e pensa-se que possam estar rodeados por pequenos enxames estelares.
"Estes buracos negros são relíquias do passado da Via Láctea," disse o investigador Avi Loeb do Centro Harvard-Smithsonian para a Astrofísica. "Poder-se-á dizer que somos arquéologos estudando estes tesouros, a aprender mais sobre a história da nossa Galáxia e a história da formação dos buracos negros no princípio do Universo."

Impressão de artista que mostra um buraco negro errante flutuando perto de um enxame globular nos confins da Via Láctea.Crédito: David A. Aguilar (CfA).

Para os que estão levando as mãos à cabeça pensando que um dia destes um buraco negro nos vai engolir não se preocupem porque o buraco negro errante mais próximo deverá residir a milhares de anos-luz de distância. Parece que a Terra está segura.
É provavel, isso sim, que antes de uns quantos milhões de anos, o Sol se apague.
Os astrónomos estão ansiosos de os localizar, com o objectivo de obter pistas acerca da formação da Via Láctea, pois pensa-se que datem dos dias da formação galáctica do Universo.

Nessa altura, quando duas jovens galáxias com buracos centrais colidiam, os seus buracos negros fundiam-se e formavam um único buraco negro. No caos da fusão, o buraco negro seria expelido para os limites da galáxia, como mostra o novo modelo computacional.
Este prevê que centenas de tais buracos negros possam ainda existir nos confins da Via Láctea, cada um contendo entre 1000 e 100.000 massas solares. Seriam difíceis de avistar sozinhos, dado que não são visíveis. Podem, no entanto, ser detectados quando a matéria que estão prestes a "engolir" é superaquecida à medida que acelera para dentro.
Outro sinal tantalizante que pode marcar um buraco negro vagabundo: um enxame estelar que o rodeia, atraído desde uma galáxia anã quando o buraco negro escapou. Apenas as estrelas mais próximas do buraco negro seriam apanhadas, por isso o enxame teria que ser muito compacto.
Estes enxames são tão pequenos que cada um parece, vistos à distância, apenas uma única estrela. Por isso, os astrónomos terão que usar truques para os distinguir, tal como separar a luz dos enxames nos seus componentes principais, para descobrir aí estrelas individuais escondidas.

"O enxame estelar que rodeia o buraco negro actua como uma espécie de farol de aviso que aponta para recifes perigosos," disse Ryan O'Leary, do mesmo centro. "Sem as brilhantes estrelas, os buracos negros seriam impossíveis de descobrir."

O número de buracos negros que vagueiam pela nossa Galáxia depende do número de galáxias, (que deram origem à nossa actual), que continham buracos negros nos seus núcleos, e de como estas proto-galáxias se fundiram para formar a Via Láctea. A sua descoberta e estudo poderá providenciar novas pistas acerca da história da nossa Galáxia.

Links:

SPACE.com
PHYSORG.com
Fontes da notícia:
http://espaciociencia.com/
http://www.livescience.com/space/090429-rogue-black-holes.html
http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/