sábado, 31 de janeiro de 2009

Estudo: MP3 pode levar dez milhões de jovens à surdez

MP3 pode levar dez milhões de jovens europeus à surdez

Comissão Europeia estuda medidas para reduzir malefícios dos leitores pessoais de música

Uma conferência em Bruxelas voltou a alertar para os perigos dos leitores Mp3 para a audição e a "catástrofe" que daí advirá se nada for feito. Entre as medidas equacionadas está uma maior limitação do volume máximo permitido.
Nessa conferência promovida pela União Europeia, vários responsáveis e investigadores traçarem um cenário negro para o futuro da juventude europeia, face ao uso dos leitores Mp3.
"Sejamos francos: estamos perante uma catástrofe se nada for feito rapidamente", afirmou ontem Stephen Russell da associação europeia de segurança para o consumidor ANEC, à Reuters. Antes, um painel da União Europeia especializado em riscos para a saúde estimou que até dez milhões de jovens europeus correm o risco de danificar a sua audição por utilizarem os seus leitores Mp3 com o volume demasiadamente alto.
Os especialistas fizeram ainda questão de referir que não existe qualquer cura conhecida para a perda de audição ou para a tinite - uma doença caracterizada pela sensação de um tinir contínuo nos ouvidos.
Na conferência, que reuniu peritos, cientistas, representantes da indústria, organizações de consumidores, fabricantes, deputados europeus e outras autoridades, foram discutidas as precauções que os utilizadores podem tomar, as soluções técnicas que a indústria pode aplicar para minimizar a perda de audição, a necessidade de mais regulação e a revisão das exigências mínimas de segurança para melhor proteger os consumidores.
A abrir a sessão, a comissária europeia para o consumidor, Meglena Kuneva, recordou que nos últimos quatro anos foram vendidos mais de 250 milhões de aparelhos áudio portáteis na União Europeia e que cerca de 100 milhões de pessoas os utilizam numa base diária. Depois de ouvidas as opiniões dos vários especialistas presentes, a Comissão Europeia irá agora analisar as conclusões do encontro e decidir quais as medidas que poderá tomar para minorar este problema de saúde.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia, João Marta Pimentel, confirmou à Lusa que "há cada vez mais casos de problemas de audição em jovens, o que está a causar preocupação na classe médica", lamentando a inexistência de dados sobre a situação.
De acordo com o especialista, os jovens "não estão informados sobre os riscos" de ouvir música num nível sonoro muito elevado e durante um tempo prolongado. Por este motivo sugeriu que os leitores portáteis sejam vendidos com uma bula, como as dos medicamentos, advertindo para os riscos de perda de audição.
O médico condenou ainda a utilização do tipo de auscultadores que encaixam no ouvido, fazendo "oclusão do canal auditivo", permitindo apenas a audição proveniente do aparelho.

Noticia retirada de Jornal de notícias, em 28 de janeiro 2009

Serotonina transforma gafanhotos em praga

Substância das depressões é a mesma das pragas dos gafanhotos

Gafanhoto (Schistocerca gregaria) - Imagem de Flickr

Um estudo acaba de revelar como uma espécie inofensiva e reclusa de gafanhoto se pode transformar numa praga devastadora. Biólogos revelaram que a serotonina, neurotransmissor implicado na depressão em seres humanos, é também a substância responsável pelas pragas de gafanhotos.A descoberta, divulgada na edição de ontem da revista Science, põe fim a um mistério biológico investigado há 90 anos.


O gafanhoto-do-deserto (Schistocerca gregaria) é uma praga capaz de causar graves perdas na agricultura em países como Ásia, África e Austrália. Mais conhecido como uma das pragas bíblicas lançadas contra o Egito, os seus enxames podem ter bilhões de insetos. E 20% do mundo é vulnerável à praga, segundo Stephen Rogers, biólogo da Universidade de Cambridge e um dos autores do estudo.


São tão diferentes os solitários gafanhotos normais que, até 1921, se pensava que eram de uma espécie diferente dos gregários que se transformam em pragas. Estes têm um aspecto bem diferente: são amarelados, maiores e com músculos mais fortes para conseguirem fazer voos prolongados (e rápidos, pois podem percorrer 90 quilómetros em cinco a oito horas).

Normalmente, o gafanhoto vive isolado. Mas, quando chove e a vegetação cresce, ele reproduz-se e aumenta a sua densidade populacional. Ele torna-se gregário.

Pesquisas anteriores tinham mostrado que estímulos físicos como o cheiro, visão e toque de outros gafanhotos alteravam a morfologia e comportamento dos insectos. Em dado momento,o comportamento gregário agrupa um enxame migratório na procura de comida.

Mas, mesmo depois de se ter determinado que estes animais são sempre a mesma espécie, que passa por uma extraordinária metamorfose no aspecto e comportamento, há 90 que se procurava o gatilho que a desencadeava. “Ninguém tinha sido capaz de identificar as modificações no sistema nervoso que transformam gafanhotos bastante anti-sociais em monstruosos bandos. A resposta tem sido procurada pelos cientistas há quase 90 anos”, disse Michael Anstey, o primeiro autor do trabalho, citado num comunicado de imprensa da Universidade de Cambridge (Reino Unido). Uma série de experiências feitas na espécie “Schistocerca gregária” permitiu determinar que os animais que estão no auge do comportamento gregário, formando bandos, têm três vezes mais serotonina no seu sistema nervoso do que os solitários e pacatos gafanhotos no seu estado normal. O sinal que desencadeia os passos iniciais da formação de bandos prende-se com o risco de fome — quando há animais a mais para os recursos disponíveis. “À medida que o ambiente desértico em que vivem se vai tornando mais seco, procuram comida, o que faz com que se aproximem cada vez mais”, comentou Stephen Rogers, outro autor da investigação. A partir daí, vão-se accionando outros mecanismos naturais, através do toque entre as patas dos animais, que se vai acentuando conforme os seus números vão subindo. Mas este químico natural que, quando em desequilíbrio, está implicado na depressão entre os humanos, é o que inicia a cascata de reacções para a transformação digna de Dr. Jekyll e Mr. Hyde. “Andam todos à procura de alimento e, quando se acaba, é inevitável que se formem grandes bandos”, explicou Rogers. Mas mais do que compreender um mistério biológico, este estudo poderá vir a servir de base para desenvolver formas de controlar estas pragas com base na serotonina – embora isso não seja para já, sublinha num comentário ao trabalho Paul Anthony Stevenson, da Universidade de Leipzig (Alemanha).
“Para serem eficazes, químicos que contrariassem a acção da serotonina teriam de ser aplicados quando os animais são ainda solitários, e aí seriam alvos raros, pois a densidade destes animais num deserto pode ser de apenas três animais por 100 metros quadrados””, diz. Além disso, os químicos de que actualmente dispomos e que poderiam cumprir essa função não passam pela cutícula dos gafanhotos, nem pelos revestimentos internos do sistema nervoso destes insectos. “E não são sequer selectivos para insectos, pelo que o seu uso seria ecologicamente injustificável.” Mas, apesar destas limitações, vale a pena investigar a pista da serotonina – com a esperança de que um dia se consiga controlar esta praga.

Fonte: Science

Jardim Zoológico e Fundação Calouste Gulbenkian em parceria


O Jardim Zoológico associou-se à Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito da exposição: “A evolução de Darwin”.
A partir de 12 de Fevereiro, data de aniversário de Darwin, poderá ver na Fundação Calouste Gulbenkian, a primeira reconstituição tridimensional do jovem Darwin. Esta exposição incluirá uma reconstituição da viagem do Beagle e do escritório do cientista. A Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolveu também um ciclo de conferências sobre a temática. Para mais informações sobre a exposição clique aqui.



O Jardim Zoológico estará presente na exposição, numa galeria anexa, que terá alguns animais: uma Tartaruga-terrestre, um Lagarto-dragão, uma Iguana-verde, entre outros.
Paralelamente a esta exposição, o Jardim Zoológico desenvolve no seu espaço o programa educativo: “Ao encontro de Darwin”. Para saber mais clique aqui. De uma forma divertida e interactiva os alunos são convidados a ir ao encontro de Darwin, tendo que para isso, seguir as indicações deixadas por ele sob a forma de cartas, ao longo de um percurso exploratório pelo Zoo durante o qual podem observar ao vivo algumas das espécies que levaram Darwin a questionar a diversidade biológica do planeta.
Os alunos têm ainda a oportunidade de debater com “Darwin” a teoria da evolução e comentar a sua viagem a bordo do Beagle. Para mais informações poderá telefonar para 21 723 29 60 ou enviar um e-mail para pedagogico@zoolisboa.pt
Fonte: site

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A vida de uma estrela

A VIDA DE UMA ESTRELA

Podes vizualizar e acompanhar 12 biliões de anos em seis minutos. Há coisas fantásticas, nao há?
O Vídeo revela os principais acontecimentos do ciclo de vida de uma estrela do tipo G, uma estrela como o nosso Sol.




Música: Hayling by FC Kahuna, vozes Hafdís Huld.

Aprecia o "Espectáculo".

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

NGC 253 - A Galáxia Frenética

ACTIVIDADE FRENÉTICA EM POEIRENTAS FÁBRICAS ESTELARES


Astrónomos do Instituto de Astrofísica das Canárias (Espanha) usando o NACO, um poderoso instrumento de ópticas adaptivas acoplado ao VLT (Very Large Telescope) do ESO, estudaram em grande detalhe NGC 253, uma das mais brilhantes e poeirentas galáxias espirais do céu. NGC 253 é também conhecida como a Galáxia do Escultor, pois situa-se na direcção da constelação do Escultor.

NGC 253 é uma das mais brilhantes galáxias espirais no céu, e também uma das mais poeirentas. A totalidade da galáxia é aqui observada, com a imagem no quadrado mostrando uma ampliação das partes centrais observadas com o instrumento NACO acoplado ao VLT e com o ACS do Telescópio Espacial Hubble.
Crédito: ESO
(clica na imagem para ver versão maior)

As ópticas adaptivas corrigem o efeito perturbador da atmosfera da Terra. Esta turbulência faz com que as estrelas pisquem de um modo que delicia os poetas, mas que frustra os astrónomos, dado que desfoca as imagens. Com as ópticas adaptivas em acção, o telescópio pode produzir imagens que são tão nítidas quanto o teoricamente possível, tal como se o telescópio estivesse no espaço.
O NACO revelou características na galáxia que têm apenas 11 anos-luz de comprimento. "As nossas observações proporcionam-nos o maior detalhe possível para que possamos, pela primeira vez, compará-las com os melhores mapas de rádio desta galáxia - mapas que já existem há mais de uma década," diz Juan Antonio Fernández-Ontiveros, o autor principal de um artigo científico detalhando os resultados.
Os astrónomos identificaram 37 brilhantes e distintas regiões, o triplo dos resultados anteriores, todos concentrados numa pequena região no núcleo da galáxia, que compreende apenas 1% do tamanho total da galáxia. Os astrónomos combinaram as suas imagens obtidas com o NACO com dados de outro instrumento do VLT, o VISIR, bem como imagens do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e de observações no rádio feitas pelo VLA (Very Large Array) e pelo VLBI (Very Large Baseline Interferometer). Devido aos seus maiores comprimentos de onda, os sinais de rádio não são afectados pela turbulência atmosférica. A combinação destas observações, obtidas em diferentes comprimentos de onda, providencia uma pista acerca da natureza destas regiões.


As regiões centrais da galáxia NGC 253. Os astrónomos identificaram 37 regiões brilhantes, provavelmente berçários estelares muito activos que pode conter até 100.000 estrelas. A imagem cobre um campo com 15 arco-segundos.
Crédito: ESO
(clica na imagem para ver versão maior)

"Pensamos agora que estas regiões são provavelmente berçários estelares muito activos que contêm imensas estrelas libertando-se dos seus casulos de gás e poeira," diz Jose Antonio Acosta-Pulido, membro da equipa. NGC 253 é conhecida pela sua intensa actividade de formação estelar. Cada região brilhante contém provavelmente 100.000 estrelas jovens e massivas.
Este detalhado conjunto de dados também leva os astrónomos a concluir que o centro de NGC 253 alberga uma versão maior de Sagittarius A*, a brilhante fonte de rádio situada no núcleo da Via Láctea e que sabemos ser um buraco negro supermassivo. "Descobrimos, pois, o que poderá ser um gémeo do nosso Centro Galáctico," diz o co-autor Almudena Prieto.
As descobertas da equipa encontram-se na edição de Janeiro da revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society Letters.

Fonte da notícia: Astronomia On-line

A lua já mostrou o seu lado escuro?

SERÁ QUE A LUA MUDOU A SUA FACE VISÍVEL?
Há milhares de milhões de anos atrás, a Lua poderá ter realizado o seu derradeiro "volte-face", quando um asteróide alternou a face visível da Terra.
O lado escuro da Lua nunca se mostra à Terra, porque a Lua roda uma vez por cada órbita que completa em torno da Terra. Mas uma análise das crateras de impacto mostra que o lado escuro pode já ter estado apontado na nossa direcção.


O lado visível da Lua. Crédito: NASA, Wikipedia
(clica na imagem para ver versão maior)


A face oculta da Lua.
Crédito: NASA, Wikipedia
(clique na imagem para ver versão maior)
Mark Wieczorek e Matthieu Le Feuvre do Instituto de Paris para a Física Terrestre em França estudaram a idade relativa e distribuição de 46 crateras conhecidas, formadas por impactos de detritos originários da cintura de asteróides do Sistema Solar.
De acordo com simulações computacionais, o hemisfério Oeste da Lua, visto da Terra, deveria ter cerca de 30% mais crateras que o hemisfério Este. Isto é porque o hemisfério Oeste tem sempre a sua face na direcção da órbita da Lua, o que o torna mais favorável a impactos, pela mesma razão que um maior número de gotas de chuva atingem o vidro da frente de um carro em movimento do que o vidro de trás.
No entanto, quando Wieczorek e Le Feuvre compararam as idades relativas das crateras, usando dados da sequência na qual o material ejectado foi depositado na superfície, descobriram que a verdade era a oposta. Embora a mais jovem das bacias de impacto estivesse concentrada no hemisfério Oeste, como esperado, as crateras mais antigas estavam na sua maioria concentrada no hemisfério Este. Isto sugere que a face Este foi uma vez mais bombardeada que a face Oeste.
Isto pode ser explicado se um grande impacto de um asteróide pôs a Lua em movimento. Tal impacto teria perturbado bastante a velocidade de rotação do satélite, que durante milhares de anos pareceria estar a virar-se lentamente do ponto de vista da Terra. Eventualmente, ficaria na posição actual.
As amostras de rocha recolhidas a partir de crateras formadas por uma colisão grande o suficiente sugerem que a Lua mudou de face visível há mais de 3,9 mil milhões de anos atrás, afirma Wieczorek. Sondas asiáticas actualmente em órbita da Lua poderão revelar mais crateras que possam suportar a ideia de "volte-face".



Fonte da notícia: Astronomia On-Line

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

DARWIN na Blogosfera


Já está no ar online o site Darwin 2009 do Ciência Viva, com informações, eventos, vídeos e muito mais.


Darwin2009 é uma celebração da vida e obra de Charles Darwin, mas é também um ponto de partida para discutir a Teoria da Evolução e as visões contemporâneas sobre os mecanismos de evolução biológica.

Top dos alimentos melhores para o cérebro

Pode ser difícil de acreditar mas tu podes manter o teu cérebro nas melhores condições se escolheres a alimentação correcta. E também se o treinares diariamente. Como? Lendo, trabalhando, estudando e descansando. Pensa põe exemplo que quando estás fazendo um puzzle, a ver televisão ou a dormir, o teu cérebro está sempre activo. Mesmo quando sonhas ele está a trabalhar. Está sempre em ”movimento”. Para que o teu cérebro se mantenha em óptimas condições precisas de comer e beber adequadamente.


Os brócolos mantém o teu cérebro numa performance superior.De acordo com pesquisas feitas pela Faculdade de Londres este alimento melhora a memória e auto-estima o que ajuda a retardar o processo de envelhecimento.Os brócolos não só ajudam a manter o seu cérebro em óptima forma como também a mantê-lo jovem. Assegura-te de que comes regularmente brócolos

O chocolate não só muito delicioso como também te faz feliz e é mais do que um simples afrodisíaco. Ele também é um excelente alimento para o cérebro. Cientistas da Universidade de Nottingham descobriram que comer chocolate puro estimula um acréscimo suplementar de sangue ao cérebro. O chocolate contém ainda numerosas substâncias químicas que tem uma reacção positiva no cérebro. Após ingestão de uma quantidade significativa de chocolate pessoas submetidas a testes revelaram-se espontaneamente mais alertas, melhor concentradas e recordaram mais informação.
O chocolate negro é rico em magnésio, mineral importante para a concentração e memória. A acção das flavonóides confere-lhe a propriedades antioxidantes e a presença de ácido gálico e de flavonóides atribui-lhe uma função cardioprotectora que baixa a tensão arterial.
Bom uso: Três a quatro quadrados por dia de chocolate com 70% de cacau.




Muitas pessoas não passam sem consumir bananas. Acreditam que aquelas acalmam. Facto ou fantasia? Não há nenhuma pesquisa cientifica que o confirme. Apesar de ser considerado um fruto que engorda, a verdade é que a banana é rica em vitaminas, sais minerais e glícidos (açúcares), Por isso come bananas de vez em quando. Elas fazem bem ao teu cérebro. Melhoram a criatividade e actividade intelectual .

Os peixes gordos, como o atum, a sardinha ou o salmão, são bons para o cérebro, sobretudo das crianças, e uma refeição, cinco vezes por semana, é a garantia de que se dá ao cérebro tudo o que ele precisa para que os neurónios funcionem bem. Os peixes são ricos em ácidos gordos ómega-3. Estes contribuem com alguns benefícios para o nosso cérebro, incluindo melhorias de aprendizagem, uma melhor memória, ajudam a combater alguns transtornos mentais como a depressão, transtornos de humor, esquizofrenia, e demência.
Por isso vamos comer peixe. Bom uso: Coma peixe cinco vezes por semana.






O ovo é um alimento é importante para o cérebro pois possui colina, nutriente presente na gema que contribui para a neurogênese, já a clara contém a glutamina, essencial para constituir o DNA, ou seja, o material genético de novas células na massa cinzenta.





O mirtilo e outros frutos vermelhos mantêem o cérebro mais activo durante mais tempo. Os frutos vermelhos são uma excelente fonte de antioxidantes, especialmente o mirtilo, a groselha. Os antioxidantes têm vindo a desempenhar um papel de extrema relevância em relação ao envelhecimento, para além do fornecimento básico de vitaminas e nutrientes ao organismo ajudam a combater as perdas de memória, a depressão e retardam o efeito da idade. Ao ingerir frutos vermelhos está ingerir vitaminas C, B1, B2 e B6, magnésio, fósforo, cálcio, potássio, ferro, zinco, cobre, ácido fólico.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Pessoas tranquilas, extrovertidas e com vida social têm menos riscos de demência


As pessoas tranquilas, extrovertidas e com uma vida social activa e participativa têm menos probabilidade de sofrer de demência que os indivíduos introvertidos que se stressam com facilidade e estão socialmente isolados.

Esta é a conclusão de uma equipa de cientistas do Instituto Karolinska de Estocolmo, num artigo publicado esta semana pela revista "Neurology", editado pela Academia Norte-americana de Neurologia.


Para chegar a esta conclusão, a equipa de investigadores estudou o estilo de vida social, a facilidade de relacionamento com os outros e as características da personalidade de 506 pessoas maiores de idade, as quais foram seguidas durante seis anos. Durante esse período, 144 destas pessoas desenvolveram demência.

Os cientistas descobriram que a tolerância ao stress e a estabilidade emocional, a extroversão e a actividade social são características que diminuem o risco de sofrer de demência. No estudo, as pessoas tranquilas e que não se alteram facilmente revelaram-se satisfeitas consigo próprias, enquanto que aquelas que não toleravam o stress eram emocionalmente instáveis, negativas e nervosas.

A equipa investigadora, liderada por Hui-Xin Xang, indicou que as pessoas mais extrovertidas eram socialmente activas e optimistas em comparação com as pessoas de baixa extroversão, que eram reservadas e introspectivas.

As primeiras mostraram um risco de desenvolver demência em 50% menor comparados com as pessoas que socialmente se isolam e se angustiam fácilmente.
Os cientistas recordam estudos anteriores que tinham demonstrado que a angústia crónica pode afectar algumas partes do cérebro, como o hipocampo, o que pode incluir o desenvolvimento da demência.
A contribuição da investigação reside na descoberta de que uma personalidade extrovertida e descontraída, em combinação com um estilo de vida social activo, pode diminuir o risco de sofrer dessa doença mental.

A boa notícia deste estudo é que hábitos de vida podem sempre ser alterados, enquanto que factores genéticos não. Contudo, estes resultados são apenas preliminares, não sendo ainda claro de que forma a atitude mental influencia o risco de demência.

Estima-se que actualmente, cerca de 24 milhões de pessoas a nível mundial têm perda de memória, problemas de orientação, entre outros sintomas característicos das demências (como a doença de Alzheimer). Este número pode vir a quadruplicar em 2040, sendo por isso fundamental compreender melhor estas doenças.

Fonte da notícia: Farmacia.com.pt

Água pura em Marte

CONFIRMA-SE A EXISTÊNCIA DE ÁGUA NOS PÓLOS DE MARTE

Planum Boreum, o mar gelado do calote polar norte contém água "de um elevado grau de pureza", de acordo com um estudo internacional. Usando os dados do radar SHARAD (Shallow Radar) instrumento a bordo da Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), uma equipa de investigadores franceses diz que os dados apontam para 95 por cento de pureza no gelo da calote polar . A calote polar norte é uma cúpula gelada de camadas materiais, semelhantes às dos grandes glaciares da Gronelândia e Antárctida, e que consiste de depósitos em camadas, principalmente de gelo contendo uma pequena quantidade de poeiras. Combinadas, as calotes polares dos pólos norte e sul de Marte espectavelmente detêm o equivalente a dois a três milhões de quilómetros cúbicos de gelo, o que representa cerca de 100 vezes mais do que o volume total dos Grandes Lagos da América do Norte, o que é cerca de 22684 de km3.

Marte visto pelo Telescópio Espacial Hubble (HST)
Crédito: NASA/ESA/HST Fonte: Universidade de Michigan
(clique na imagem para ver versão maior)

O estudo feito por investigadores da França do Instituto Nacional das Ciências do Universo (INSU), utilizando o radar SHARAD de construção italiana a bordo do satélite americano MRO. O radar SHARAD olha para líquidos ou para a água gelada nas primeiras centenas de metros (até 1 km) da crosta de Marte utilizando a sondagem sonar do subsolo. Ele pode detectar a existência de gelo e de água líquida.
Durante muito tempo pensou-se que a calote polar sul de Marte seria composta exclusivamente por dióxido de carbono gelado; no entanto, a Mars Express da ESA, confirmou que ela é composta de uma mistura de água e dióxido de carbono.

Este estudo do pólo norte de Marte foi publicado na Geophysical Research Letters, publicado pela American Geophysical Union.
Noticia retirada de: Astronomia On-Line

Fonte da Notícia:PhysOrg.com ( site original)

Também em Universe Today

Plataforma de gelo Wilkins presa por um filamento à Antárctida

Imagem da plataforma em 2008 (fotografia do BAS)


As alterações climáticas serão o motivo para que uma enorme plataforma de gelo (chamada Wilkins), do tamanho da Jamaica, se esteja a soltar na Antárctica. A British Antarctic Survey (BAS), uma instituição britânica dedicada ao estudo do continente, afirmou à Reuters que pouco mais do que um filamento mantém a plataforma unida ao continente: "Por milagre ainda está ligada. Se estava por um fio no ano passado, este ano está por um filamento", afirmou o glaciologista David Vaughan.

A instituição captou imagens via satélite e de vídeo de um bloco gigantesco, de mais de 40 quilómetros de comprimento e de 2500 metros de largura (diminuindo em algumas partes até aos 500 metros), a separar-se aos poucos da península Antárctida, num movimento que ainda não estabilizou. Os cientistas dizem que a ligação pode manter-se durante meses ou apenas dias, “pode soltar-se a qualquer minuto", afirmou Vaughan.

David Vaughan crê que foi ver o estertor da Plataforma de Gelo Wilkins, ao sair do primeiro - e eventualmente último - avião a pousar perto da parte mais estreita do gelo. Em 1950, a plataforma tinha quase cem quilómetros de largura, e que chegou a cobrir 16 mil quilómetros quadrados. Na descrição do analista, há icebergues em torno da plataforma e vêem-se algumas focas sobre os blocos de gelo.

imagem:www.guiageografico.com/imagens/foca.jpg

Nos últimos 50 anos, nove plataformas diminuíram de tamanho ou desabaram na Península Antárctica,(Larsen A, Larsen B y Larsen C, Príncipe Gustav, Muller, Jones, Wordie, George VI norte e George VI sul). Na totalidade, calcula-se que tenham desaparecido nada mais, nada menos que 25.000 quilómetros quadrados de gelo numa tendência atribuída ao efeito estufa. É uma consequência do aquecimento global, afirma o próprio Vaughan.
Fonte da notícia: cienciahoje.pt

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Descobertas novas espécies no mar da Tasmânia

(Foto: EFE)

Cientistas da Austrália e Estados Unidos descobriram várias novas espécies marinhas, como anémonas, corais vermelhos, e um espécime de ascídia carnívora, nas profundidades inexploradas do oceano, a sul da ilha australiana de Tasmânia.

O achado aconteceu nas ilhas de Lizard e Heron, que integram parte da Grande Barreira de Coral australiana, localizadas a noroeste do país. As expedições, levadas a cabo por investigadores do Instituto Australiano de Ciência Marinha, tinham como objectivo inventariar os corais moles conhecidos por octocoralários, devido aos oito tentáculos que possuem nas extremidades, e documentar a fauna australiana em profundidades não examinadas até agora.

Depois de várias análises, os investigadores lançaram alguns resultados iniciais assim como imagens impressionantes das espécies descobertas. Da grande variedade de espécies encontradas, destacam-se 300 novas espécies de coral mole, das quais mais de metade são completamente novas para a ciência, acreditam os cientistas. Os cientistas encontraram ainda uma estranha ascídia carnívora, aranhas do mar, esponjas gigantes e também comunidades dominadas por percebes e milhões de anémonas com tentáculos de cor violeta", referiu Thresher, membro da equipa de investigadores.
Durante a expedição científica que durou quatro semanas, os cientistas também encontraram novas evidencias do impacto causado pelo dióxido de carbono nos corais do leito marinho dessa zona, a quatro e dois quilómetros de profundidade.
Os investigadores de CSIRO e do Instituto de Tecnologia de Califórnia, referiram que alguns dos corais por eles descobertos nas profundidades estão a morrer. Aqueles recolheram dados a fim de estudar as ameaças colocadas pelo aquecimento global e o crescente nível de acidez detectado no oceano de maneira a encontrar soluções para a sobrevivência das barreiras de coral.
Os corais adquirem os seus característicos esqueletos duros mediante absorção dos materiais que se dissolvem na água do mar. Quando grandes quantidades de dióxido de carbono atingem a água dos oceanos, as alterações químicas que ocorrem reduzem a capacidade destes organismos marinhos de formar os seus esqueletos.
Em 2007 as Nações Unidas alertaram que a Grande Barreira de corais da Austrália, declarada Património da humanidade e com uma extensão de 340.000 quilómetros quadrados, corria risco de entrar numa fase de “extinção funcional”.
Um estudo publicado pelo Instituto Australiano de Ciências Marinhas no princípio de Janeiro, alertou para uma descida de 14% no crescimento da grande Barreira Coralífera Australiana, uma das de maior riqueza biológica do Mundo, durante os últimos 19 anos.
Fonte da notícia: elmundo.es

Criado Nanorobot para operar cérebro


Investigadores australianos, do laboratório de Nanofísica da Universidade de Monah, Clayton, criaram um nanorobot com diâmetro de 250 micrometros (a espessura de dois ou três cabelos!) que é uma arma potencial para operações ao cérebro. Esta nova tecnologia faz lembrar o filme de ficção científica de 1966, “Viagem Fantástica”.

Os cientistas tentaram criar algo que pudesse ser colocado nas artérias humanas, especialmente quando as tecnologias tradicionais não podem ser usadas.

A grande dificuldade esteve no desenvolvimento de um motor capaz de ir contra a corrente nos vasos sanguíneos, para um robot com estas dimensões. Este motor foi baptizado de Proteus, nome do submarino em miniatura, que no filme transporta os médicos (reduzidos a um tamanho microscópico), nos vasos sanguíneos de um agente infiltrado da União Soviética, a fim de destruírem um coágulo no cérebro.
O estudo foi publicado no Journal of Micromechanics and Microengeneering.
Notícia e imagem retiradas de Ciencia Hoje

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O olfacto mais antigo da natureza

Imagem retirada de diegodacal
Cientistas descobrem peça do puzzle que faltava no sistema olfactivo dos insectos. Num artigo publicado na revista Cell a Cientista LeslieB. Vosshall frisou que apesar de já se saber que os insectos possuem receptores de glutamato ionotrópico no cérebro, proteínas situadas nas sinapses neurais para mediar a comunicação entre neurónios, não se tinha conhecimento de que também os possuíam no "nariz".”Aparentemente parece uma ideia absurda” que a mosca tenha esses receptores posicionados para interagir com as pequenas moléculas do ar, refere a investigadora.Mas se pensarmos um pouco, faz sentido. O processo é igual ao que se desenrola no cérebro, só que em vez de captar pequenas moléculas na sinapse, os receptores do "nariz" tomam-nas do ar, prossegue a cientista.
A investigação teve inicio à dois anos, quando a equipa que investigava na altura o genoma da mosca descobriu seis genes de receptores de glutamato ionotrópico.Colocou-se a hipótese de de esses genes codificaram os receptores desconhecidos existentes nas antenas do nariz da mosca.. Cada antena do insecto está dividida em três tipos de neurónios do odor. Destes só dois eram conhecidos, o terceiro, situado numa franja sensível era um mistério para os cientistas.
Neste momento, L. Vosshal e os seus colegas da equipa demonstraram que essas células detectam odores através dos receptores ionotrópicos situados na parte terminal dos neurónios que tem acesso aos odores do mundo exterior.
Graças aos receptores, os neurónios respondem aos estímulos olfactivos. Os cientistas demonstraram – no “ extirpando” geneticamente um receptor da sua célula de origem e colocando-o numa outra distinta que passou a detectar odores.

Resolvido o mistério, os cientistas terão agora de explicar a razão dos insectos terem desenvolvido dois conjuntos de receptores de glutamato ionotrópico. Vosshal sugere que a função ancestral dos receptores seria a de detectar pequenas moléculas do ar, já que as plantas também os utilizam na detecção de produtos químicos existentes no ambiente.
Fonte da notícia: Natura Curiosa

sábado, 17 de janeiro de 2009

Flocos de neve mágicos, simétricos, únicos e belos

Flocos de neve "infinitas formas de indescritível beleza"

O cenário de neve com que todos fomos brindados nos últimos dias, elevando até cidades costeiras à categoria de belíssimos postais de Inverno, não deixou ninguém indiferente.

(…) Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

(…) Poema de Augusto Gil (exerto)

Que bonito que foi!

A leveza dos flocos de neve tempera a paisagem gelada. Aos poucos, o manto branco toma conta da paisagem. Os campos deixam de ser verdes, tomados de assalto por uma avassaladora e, contudo calma, onda de alvura cavalgada pelo nevão que cai há horas.
Os flocos de neve que pousam, uns atrás dos outros, levam o espírito para uma quietação singular. Diante da grandeza da neve a cair diante dos olhos consigo abstrair-me de tudo o resto, do mundo encerrado na sua pequenez. A alvura que vai tingindo tudo em redor é detergente para a alma, todos os males subitamente extintos.
O efeito novidade da suave dança dos flocos de neve na sua incessante queda deixa os sentidos numa anestesia de horas. Precipitam-se sobre o solo, na sua leveza. Ao início, o solo ainda molhado é o túmulo onde se derretem os primeiros e ainda tímidos flocos. A persistência da neve haveria de começar a deixar as suas marcas. De mansinho, alguns flocos amontoam-se num pedaço de relva que não resiste à temperatura gélida. O primeiro leito para um pedaço de brancura. Da brancura que, lentamente, vai tornando a paisagem em redor visível na alvura da neve empilhada.
Um extenso manto branco acomodava a paisagem. Já não havia relva desnudada, então agasalhada por um véu esbranquiçado. Os ramos das árvores surgiam, vergados pelo peso da neve neles deitada. E os telhados das casas, numa mutação de tonalidades, perdiam a cor de tijolo pelas telhas apoderadas pela capa de neve que nelas foi repousar.
Só que nem toda a magia do mundo é eterna. A neve começa a derreter de mansinho, depois mais depressa.
A paisagem retoma a sua originalidade, já desprendida do manto de neve que a ornamentou. No contraditório espectáculo do degelo surge uma tristeza, uma insólita mágoa. A mágoa das coisas que partem sem delas se retomar visitação. Aquela neve fundente, a alvura que se derretia na transparente água que lavava as ruas, era sinónimo de uma perda. Ou apenas a metáfora da existência.

A bela simetria dos flocos de neve esconde a física complexa que governa a formação, crescimento e desenvolvimento dos cristais de gelo sob diferentes condições ambientais.

Como se formam os flocos de neve?

Flocos de neve, tão leves, tão silenciosos, tão puramente brancos caiem do céu formando um imenso e belo manto branco que encanta os nossos olhos.

Assim como a chuva ocorre sob a forma de precipitação de gotas de água de maior ou menor dimensão, a neve cai sob a forma de flocos de maior ou menor dimensão que, quando examinadas ao microscópio, apresentam uma estrutura cristalina de várias formas, em que é mais frequente apresentarem-se em forma de estrela com seis pontas.
A neve forma-se quando a temperatura é tão baixa que a água passa ao estado sólido. Os flocos de neve surgem quando as gotas de água, ao caírem, atravessam uma massa de ar que se encontre perto do solo e tenha uma temperatura inferior a zero graus. Tal como a chuva, a neve também pode originar-se a partir dos cristais de gelo que constituem uma nuvem; logo que os cristais de gelo comecem a cair dentro da própria nuvem, chocam com gotas de água e com outros cristais de diferentes tamanhos, unindo-se e formando pequenos núcleos congelados – a este processo dá-se o nome de coalescência.
Quando os cristais têm um diâmetro superior a 0,2 mm, a velocidade de crescimento por coalescência é maior que a passagem directa de moléculas de água a cristais de gelo. Este fenómeno também ocorre no caso da chuva por coalescência, em que as gotas maiores barram a queda das gotas menores durante a sua queda.
No Inverno, quando a temperatura ao nível do solo é inferior à temperatura de fusão, o aglomerado de cristais de gelo chega à superfície terrestre, em forma de neve. Quando a temperatura é superior a 0º C (zero graus Celsius), a neve funde-se e converte-se em chuva.
Às vezes acontece que existe uma camada de ar mais quente acima do solo, apesar deste ter uma temperatura abaixo do ponto de fusão. Por exemplo, a temperatura da superfície terrestre e da camada de ar em contacto com o solo pode ser de 2º C negativos, e a 1200 metros de altitude pode haver uma temperatura de 3º C positivos. Neste caso, quando os flocos de neve atravessaram a camada de ar onde a temperatura seja superior a 0º C, fundem-se e transformam-se em gotas de água; à medida que estas continuam a realizar o seu trajecto em direcção ao solo, ao entrarem novamente numa camada mais fria, congelam-se novamente, parcial ou totalmente, antes de chegarem ao solo.
Mas se a camada de ar frio que se encontra imediatamente sobre o solo não for demasiado espessa ou demasiado fria, quer dizer, o suficiente para que as gotas de água voltem a congelar, então estas chegam à superfície em forma de água demasiado fria. Ao entrar em contacto com os objectos que se encontram sobre a superfície terrestre, que estão a uma temperatura muito mais baixa, a água congela rapidamente e o solo fica coberto de uma camada de gelo, muitas vezes com formas exóticas.

Por que os flocos de neve têm sempre seis lados?

Eles refletem exatamente a estrutura molecular, em forma de cristal, da água no estado sólido. Nesse estado, cada molécula é circundada por outras quatro, no ponto em que o hidrogênio é fixo, e os átomos de oxigênio se arranjam em camadas, formando um hexágono. Depois que o primeiro cristal é constituído, outras moléculas de água se agregam nos cantos da molécula inicial, formando as ramificações do floco. "Mesmo tendo sempre seis lados, os cristais aparecem em várias formas. A mais familiar é em ramos, mas há outras como placas, agulhas e prismas, dependendo da temperatura de formação do cristal na nuvem", diz o glaciologista Jefferson C. Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).



Diagrama da morfologia dos cristais de gelo (para ampliar a imagem, clique aqui. Créditos: http://www.snowcrystals.com/).

"O crescimento dos cristais é um problema complexo de dinâmica molecular. A morfologia macroscópica e o desenvolvimento de um cristal - ou seja, se ele faz facetas ou não, quão rápido ele cresce em condições diferentes e se ele se desenvolve em um único grande cristal ou muitos cristais pequenos - são regidos pela forma precisa como os átomos que o constituem são lançados para o seu lugar à medida que solidificam".


Os cientistas têm vindo a fazer crescer cristais de gelo em laboratório, observando formas de cristal com relação à temperatura e humidade. As principais conclusões são ilustradas no gráfico acima.

"Dois aspectos neste diagrama destacam-se imediatamente. Primeiro, os cristais tornam-se mais complexos à medida que a humidade aumenta: prismas simples surgem quando a humidade é reduzida, enquanto que as formas ramificadas complexas aparecem quando a humidade é elevada. Em segundo lugar, a morfologia global comporta-se de forma peculiar em função da temperatura, através da qual muda da forma tipo-placa para forma de coluna à medida que a temperatura baixa. Este comportamento tem-se revelado particularmente difícil de explicar, mesmo a um nível qualitativo. Na verdade, depois de 75 anos ainda não conseguimos explicar porque é que os cristais de gelo crescem de forma diferente quando a temperatura muda em apenas alguns graus ".

Obviamente, existem processos físicos a trabalhar, que operam em vários níveis, desde a escala nanométrica. Isto permite-nos dizer que a "ordem da desordem" é essencialmente a mesma ordem de qualquer outro caso de cristalização do estado líquido para o estado sólido. É uma ordem que resulta de arrefecimento, quando forças interatomicas se tornam dominantes sobre energias térmicas. Isto não deve ser confundido com a ordem em coisas vivas, uma vez que esta ordem deriva da informação. As coisas vivas são melhor descritas como tendo "Informação Complexa Específica.
Em segundo lugar, temos de nos lembrar que a temperatura e as nuvens de neve não são corpos homogéneos no céu. Existem gradientes de temperatura, gradientes de humidade, flutuações do vento e muitos outros factores. Coloquem-se todos juntos, e torna-se compreensível que cada floco de neve surge com uma história de crescimento de cristal e morfologia únicas. As improbabilidades extremas então são inevitáveis.

"[...] um floco de neve é uma estrutura extremamente improvável, façam-se as contas que se fizerem. Em particular, é extremamente improvável que uma agregação de moléculas de água ao acaso fosse montar um único floco de neve com uma determinada estrutura específica. E no entanto este fenómeno repete-se trilhões de vezes numa típica tempestade neve.

[. . .] Os flocos de neve apenas acontecem - uma massa de moléculas de água homogênea e indiferenciada arrefece e torna-se um mar de belos flocos de neve com estruturas muito específicas e diferenciadas. Poderiamo-nos quase convencer que os flocos de neve constituem uma demonstração de poder sobrenatural".

Agora admirem a indescrítivel beleza dos cristais de neve (fotografados por Kenneth G. Libbrecht com um fotomicroscópio especial).




Para ver mais cristais de neve:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/411_flocos_neve/page7.shtml , aqui e aqui. Existem cerca de 2005

"Cada floco é uma aventura fotográfica"

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Drogas afectam personalidade e funções cognitivas



O consumo crónico de estupefacientes, mesmo de drogas leves, provoca alterações permanentes de personalidade e deterioração das funções cognitivas, segundo estudos desenvolvidos na Universidade da Beira Interior (UBI).

A equipa, liderada pelo professor de Neuropsicologia Luís Maia, constatou que consumidores crónicos de drogas manifestam alterações de personalidade que os tornam mais irresponsáveis, mais irritáveis, impulsivos, egocêntricos e com tendência para cometer actos ilícitos, violência familiar e comportamentos de risco.

No que diz respeito às funções básicas da mente, como a memória, atenção, concentração, os dados são ainda preliminares, mas remetem para um "forte indicador de prejuízo funcional nas capacidades intelectuais de toxicodependentes crónicos".

As alterações ao nível da personalidade podem ser verificadas ao fim de três a quatro anos de consumo, no caso dos adolescentes em "franco desenvolvimento", ou mais tempo, no caso dos adultos com "características personalísticas já bem marcadas" e que iniciem o consumo de substâncias numa fase já adulta.

No entanto, a deterioração cognitiva pode ser evidenciada logo numa fase inicial de consumo, principalmente se o tipo de substâncias estiver dentro da classe das psicodislépticas, ou seja, "capazes de produzir processos psíquicos como a desrealização, depersonalização, problemas de memória e atenção ou concentração, delírios e alucinações, entre outras". Estão dentro desta classe o MDMA, vulgo ecstasy, o LSD, a heroína e a cocaína.

O início dos efeitos sobre as funções cognitivas depende ainda do tipo de consumo, "se ligeiro (poucas doses e em pequenas concentrações das substâncias) e de forma intermitente ou pesado (grandes quantidades e de forma contínua)", explicou Luís Maia à agência Lusa.

Efeitos nefastos das drogas

Para o professor do departamento de Psicologia e Educação da UBI, é claro que "todas as drogas provocam um efeito nefasto sobre o cérebro e a mente humana". Mesmo as chamadas "drogas leves", como canabis, haxixe, ácidos, MDMA, entre outras.


"Se no debate sobre a despenalização das chamadas drogas leves e se nos programas de informação aos jovens todos estes dados fossem passados de forma clara e inequívoca, talvez as opiniões acerca de medidas de redução de risco como as Salas de Consumo Assistido, não fossem, por vezes, tão banalmente discutidas", considera. Segundo o professor, estes resultados estão já largamente provados no consumo "pesado" de bebidas alcoólicas - entendido como a ingestão durante anos de vários litros de vinho, cerveja ou bebidas destiladas -, e foi a partir deste pressuposto que o estudo sobre os estupefacientes se desenvolveu. Mas habitualmente "não se aceitam tão facilmente que estas alterações possam estar tão presentes no consumo de drogas", refere o professor, que justifica a difícil aceitação com "questões mais filosóficas liberais de diferenciação das drogas leves e pesadas".

Os consumidores crónicos de bebidas alcoólicas apresentam alterações marcadas das funções cognitivas, desenvolvendo, por exemplo, doenças como demência alcoólica, que impede a pessoa de ter qualquer nova memória de qualquer novo evento.

Incapacidade de reconhecer

Um dos pacientes com este tipo de doença esteve a falar um par de horas com uma pessoa que lhe foi apresentada na ocasião, mas foi incapaz de a reconhecer quando saiu da sala por cinco minutos. "Quando a pessoa regressou, ao fim de cinco minutos, o paciente foi incapaz de a reconhecer e lidou com ela como se nunca a tivesse visto", contou o professor.

"O que os nossos estudos têm vindo a demonstrar é que, a exemplo do que ocorre com as bebidas alcoólicas, verificam-se fortes alterações personalísticas em consumidores crónicos de estupefacientes", afirmou. O consumo crónico é considerado pelos investigadores como superior a um período de 12 meses, sem intermitência.

O estudo mais recente, realizado entre Outubro de 2007 e Julho de 2008, comparou 38 sujeitos, dos quais 19 consumidores de drogas e utilizadores de um serviço de tratamento de toxicodependentes estatal e não consumidores, de ambos os sexos, da região de Viseu.

Fonte da notícia: cienciahoje.pt

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Neurocientistas à procura de um "Elixir do Amor"

Bioquímica dos processos amorosos pode tornar viável um elixir do amor

O Beijo - Gustav Klimt, 1908 [oil and gold on canvas]
Neurocientistas norte-americanos que estudam a bioquímica e genética dos processos amorosos publicaram na edição de 8 de janeiro da revista Nature um estudo que pode abrir caminho ao desenvolvimento de fármacos para aumentar ou diminuir atracção sexual.
Não se trata de uma investigação poética, nem particularmente romântica, como advertem os editores da revista, já que se trata de dissecar emoções em cadeias de processos bioquímicos.
Em termos bioquimicos a chave da equação do amor é a hormona oxitocina combinada com a dopamina. Mas também há genes que dificultam a vida amorosa em casal.

"A análise dos mecanismos cerebrais ajudou no passado a desenvolver terapias farmacológicas contra a ansiedade, as fobias ou as desordens pós-traumáticas. Agora ajudam a esclarecer o que é o amor", diz Larry Young, principal autor do estudo.

Os investigadores comprovaram que a ligação entre uma ovelha e o seu cordeiro ou entre um macaco e a sua cria é a mesma que existe nos seres humanos e resulta basicamente de uma descarga de oxitocina (uma hormona), refere este neurocientista do Centro de Investigações sobre Primatas de Yerkes, em Atlanta (Geórgia).

Esta hormona favorece os comportamentos maternais, já que ao ser injectada numa ovelha leva-a a ligar-se imediatamente a uma cria, mesmo que não seja sua, e o mesmo se passa com aos ratos fêmeas, que se ligam ao macho mais próximo quando recebem a dose adequada.

A oxitocina precisa no entanto de outro neurotransmissor, a dopamina, da qual resulta a recompensa e a motivação de determinado comportamento. Esta hormona aumenta com a cocaína, a heroína ou a nicotina e favorece a euforia e a habituação a um produto.

Os cientistas observaram que algumas regiões do cérebro relacionadas com a dopamina se activam quando uma mãe vê fotos de um filho ou alguém vê a imagem do namorado.

O gene da crise conjugal?
Na perspectiva de Larry Young, "talvez este vínculo com o parceiro tenha origem numa ligação maternal subjacente no cérebro e seja por isso que os peitos sejam um estímulo erótico para o sexo masculino, do mesmo modo que estimular a nuca ou os mamilos durante o acto sexual faz disparar a oxitocina e consolida o laço emocional na parte feminina".

Mutação do gene AVPRI 1A faz variar a qualidade das relações .
Para os homens há outros caminhos neuroquímicos, sendo que a hormona vasopressina potencia nos ratos a união ao par, a agressão aos rivais e os instintos paternais. Os cientistas comprovaram também que uma mutação do gene AVPRI 1A, receptor desta hormona, faz variar a qualidade das relações amorosas.

Segundo as conclusões do estudo, os homens portadores de uma variante daquele gene têm o dobro das probabilidades de ficar solteiros e, quando se casam, de terem rapidamente uma crise conjugal.

Por ajudar a compreender os mecanismos bioquímicos e genéticos do amor, este trabalho abre a possibilidade de se desenvolverem fármacos capazes de provocar sentimentos de amor ou desamor, tornando menos fictício o conceito de um "elixir do amor", pronto a desatar paixões em corações empedernidos.

Fonte da notícia: cienciahoje.pt

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Framboesas pretas ajudam a inibir crescimento do cancro

Investigadores norte-americanos revelaram que os antocianinos, uma classe de flavonóides presentes nas framboesas pretas, ajudaram a inibir o crescimento do cancro do esófago em ratos de laboratório.


O Dr. Gary D. Stoner, do Centro Oncológico da Universidade Estatal do Ohio, alimentou os ratos com um extracto rico em antocianinos de framboesa preta e descobriu que o extracto era quase tão efectivo, na prevenção do cancro do esófago em ratos, como as framboesas pretas inteiras contendo a mesma concentração de antocianinos.


Este estudo, publicado na “Cancer Prevention Research”, demonstra a importância dos antocianinos como agentes preventivos existentes nas framboesas pretas e valida descobertas “in vitro” semelhantes.

De acordo com o Dr. Stoner, os dados fornecem fortes evidências de que os antocianinos são importantes na prevenção do cancro.

Os investigadores concluíram ensaios clínicos utilizando pó de bagas inteiras, que têm apresentado resultados promissores, mas que requerem que os pacientes ingiram cerca de 60 gramas de pó por dia.


O Dr. Stoner acrescentou que, agora que se sabe que os antocianinos presentes nas bagas são quase tão activos como as próprias bagas inteiras, se espera que seja possível prevenir o cancro nos humanos através da utilização de uma mistura estandardizada de antocianinos.

Flor de Rubus niveus (framboesa) da família Rosaceae - Foto de Anestor Mezzomo

site:http://picasaweb.google.com/Amezzomo2002/Frutas7FruitsFruchteFruttiFrukter#5106316544542375538

Fonte da notícia: Farmacia.com.pt

domingo, 11 de janeiro de 2009

Buracos Negros formados antes das galáxias

Os buracos negros teriam se formado antes das galáxias, segundo astrônomos



Foto retirada de www.nasa.gov/.../galex/galex-20060823.html

Os buracos negros, que se encontram no centro de todas as galáxias, teriam sido os primeiros a se formar por ocasião do nascimento do Universo, segundo estudos de uma equipe de cientistas apresentado na conferência da American Astronomical Society, reunida mesta semana em Long Beach (Califórnia).

"Parece que os buracos negros apareceram primeiro", explicou Chris Carilli, astrônomo do National Radio Astronomy Observatory (NRAO). "Os indícios dessa hipótese cada vez são em maior número".

O cientista apresentou as principais conclusões das recentes pesquisas sobre os primeiros bilhões de anos do Universo, cuja idade giraria em torno dos, segundo calculam, 13,7 bilhões de anos.

Estudos anteriores sobre as galáxias e os buracos negros no seu centro revelaram uma relação intrigante entre as massas dos buracos negros e das estrelas e o gás da galáxia que gravita ao seu redor.

A relação da massa dos buracos negros e das estrelas e o gás galáctico que as envolve é praticamente a mesma em todo um vasto conjunto de galáxias de diferentes dimensões e idades.

Desse modo, a massa dos buracos negros no coração das galáxias é de cerca da milésima parte da das estrelas, do pó e do gás dessas galáxias, calcularam os cientistas.

"Essa relação constante indica que o buraco negro e o resto da galáxia interagem sobre seu respectivo desenvolvimento", indica Dominik Riechers, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), outro autor desses trabalhos.

"A grande pergunta é se o buraco negro e a galáxia crescem juntos, mantendo constante a relação ao longo do processo ou se um ou outro experimentaram, em algum momento, o desenvolvimento mais importante", conclui.

Fonte da notícia: noticias terra.com.br

Via Láctea é maior, mais densa e mais veloz do que se pensava

Núcleo da Via Láctea (Milky Way center)

Cientistas norte-americanos descobriram que a Via Láctea é 15 por cento maior em largura, 50 por cento mais densa e gira a uma velocidade quase 15 por cento maior do que se pensava anteriormente.

Estes dados foram apresentados por investigadores do Obervatório Nacional de Rádio e Astronomia e do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian numa reunião da Sociedade Americana de Astronomia realizada em Long Beach, Califórnia.

Por ter mais massa e ser mais veloz, tem também maior força gravitacional, sendo por isso maiores as possibilidades de colidir com galáxias vizinhas, como Andrómeda, mais cedo do que se previa, embora ainda a milhares de milhões de anos luz de distância, advertem os investigadores.

"Antes pensávamos que a Andrómeda era dominante e que nós éramos a irmã mais nova", afirmou Mark Reid, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. "Agora é mais provável que sejamos irmãs gémeas". O facto de as observações científicas serem feitas do interior da galáxia dificulta as medições e o estudo da sua estrutura, o que se torna mais fácil em relação às restantes galáxias.

Antes, o valor das magnitudes da Via Láctea era calculado a partir de medições indirectas, mas os rádio-telescópios VLBA da Fundação de Ciência Nacional dos Estados Unidos já conseguem registar imagens de alta qualidade e fazer medições directas de distâncias e movimentos independentemente de outros factores, como o brilho.

Nas imagens captadas pelos rádio-telescópios, os cientistas localizaram na Via Láctea regiões de profusa criação de estrelas em que as moléculas gasosas aumentam as emissões de rádio. Essas áreas servem de marcas brilhantes para o rádio-telescópio, o que permite determinar os movimentos tridimensionais dessas regiões, que na sua maioria não seguem um caminho circular à medida que se movem pela galáxia, mas elíptico e a uma velocidade inferior às descritas pelas outras regiões.

Foi assim possível calcular que a velocidade a que a Via Láctea gira em torno do seu centro é de 914.000 quilómetros por hora, 15 por cento mais do que os 791.800 quilómetros por hora que eram aceites como medida durante décadas. A equipa de investigadores sugeriu também que a galáxia tem quatro braços de gás e pó em espiral em que se formam estrelas, e não dois.

Informação retirada de: cienciahoje.pt

Importantes eventos celestes em 2009


IMPORTANTES EVENTOS CELESTES EM 2009
Aqui ficam alguns dos mais interessantes eventos celestes que terão lugar este ano.

22-26 de Fevereiro - Trio de planetas. Quem acorde cedo terá a hipótese de ver uma conjunção de Júpiter (magnitude -2,0), Mercúrio (-0,1) e Marte (+1,2), dentro de um círculo com 5 graus. Talvez uma meia-hora antes do nascer-do-Sol poderá observar Júpiter e Mercúrio situados mesmo perto do horizonte a Este-Sudeste. Marte, no entanto, será provavelmente muito mais complicado de observar contra o brilho do amanhecer a não ser que utilize binóculos. O círculo imaginário que contém os três planetas é mais pequeno (3,7º de diâmetro) a 24 de Fevereiro. Nas manhãs de 22 e 23 de Fevereiro, uma finíssima Lua irá interagir com estes três planetas de um modo muito interessante.


Conjunção de Mercúrio, Marte e Júpiter. Crédito: Miguel Montes, Stellarium

25 de Março - Vénus tanto é a Estrela da Manhã como a Estrela da Tarde (dificilmente observável de Portugal). Vénus atravessa um ciclo de 8 anos, o que significa que o seu comportamento será extremamente parecido ao de 2001, 1993, 1985 e aí por diante. E uma vez por ciclo nós cá no Hemisfério Norte temos uma breve janela de oportunidade para observar Vénus tanto ao nascer como ao pôr-do-Sol do mesmo dia. Isto acontecerá durante alguns dias, centrados a 25 de Março.
22 de Abril - Ocultação do planeta Vénus (não observável de Portugal). A costa Oeste dos EUA poderá observar uma fina Lua (iluminada a 8%) passar em frente de Vénus antes do nascer-do-Sol. Mais para Este, incluindo Portugal, este evento ocorre já durante o dia.
7 de Junho - Ocultação da estrela Antares e de M4. Esta noite, por volta da 1 da manhã, a Lua quase Cheia oculta o enxame globular M4 em Escorpião. Infelizmente, a ocultação de Antares pela Lua dá-se após ambos terem passado para baixo do horizonte.
22 de Julho - "Eclipse do Século" (não observável de Portugal). O eclipse solar total mais longo do século XXI terá lugar hoje, à medida que a sombra escura da Lua toca no Mar Arábico e depois segue para Nordeste ao longo do centro e partes Este da Índia, porções Sudeste do Nepal, a maioria do Butão, Norte do Bangladesh, Sul e Norte do Tibete. A umbra então cortará pelo meio da China, por cima do Este do Mar da China e na direcção das Ilhas Ryukyu (ou Nansei). O melhor local para observar o eclipse será cerca de 325 km Este-Sudeste de Iwo Jima. Para alguns, este será o melhor eclipse do século XXI, pois é o eclipse com maior duração entre 1991 e 2132.
De 10 de Agosto e 4 de Setembro - Saturno sem anéis (não observável de Portugal). Em contraste com 2003, quando o sistema de anéis de Saturno estava inclinado para a Terra no seu máximo de quase 27 graus, os anéis estarão orientados mais ou menos "de lado" para a Terra. Isto é devido à posição relativa de Saturno, da Terra e do Sol. O rápido movimento da Terra na sua órbita muda o nosso ângulo de visão desde uma posição de observação da face Sul dos anéis até à face Norte e durante um intervalo de mais de 3 semanas, os famosos anéis serão virtualmente impossíveis de observar (o máximo acontecerá no dia 4 de Setembro).

Saturno, sem anéis. Crédito: Miguel Montes, Stellarium

2-3 de Setembro - Júpiter sem satélites (não observável de Portugal). Quem aponta um pequeno telescópio para o planeta Júpiter, vê quase sempre algumas ou todas as famosas luas de Galileu. Normalmente pelo menos dois ou três destes satélites são imediatamente evidentes; por vezes todos os quatro. É muito raro quando apenas uma lua é observável, e mais raro ainda quando não se vê nenhuma. Para o hemisfério Oeste, Júpiter aparecerá sem luas durante quase duas horas.
8 de Outubro - Conjunção de Mercúrio e Saturno. Quando nascerem a Este antes do Sol, Mercúrio estará a apenas a 0,2º de Saturno. Com magnitude -0,7, Mercúrio será quase cinco vezes mais brilhante que Saturno (magnitude +1,0). Na realidade, esta bonita conjunção entre Mercúrio e Saturno será apenas parte de um conjunção alternante que também incluirá Vénus (-3,9). E na manhã de 16 de Outubro, a Lua, muito fina, a menos de dois dias de atingir a sua fase Nova, desliza para o lado dos planetas.

Conjunção de 8 de Outubro.Crédito: Miguel Montes, Stellarium


17 de Novembro - Chuva de meteoros Leónidas. Está previsto um breve espectáculo de até 500 meteoros por hora, com base nas previsões dos astrónomos do Caltech e da NASA. Espera-se que o máximo tenha lugar entre as 21:34 e as 21:44, hora Universal, o que favorece a Ásia.
13-14 de Dezembro - Chuva de meteoros Geminídeas. Um grande ano para estes fogos-de-artifício celestes pré-natalícios, com a Lua a apenas dois dias da sua fase Nova, e as previsões do número de estrelas cadentes atingirem as 120 por hora.
Fonte da notícia: Astronomia On-Line

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Iguanas cor-de-rosa nas Galápagos

Iguana rosa vista nas Galápagos-Foto de Gabriele Gentile


Há iguanas cor-de-rosa nas Galápagos que Charles Darwin não viu quando andou por lá.


Cientistas na Itália anunciaram ter descoberto um tipo de iguana rosa das Ilhas Galápagos que pode alterar a história da evolução da espécie no arquipélago.



Foto:/news.bbc.co.uk/2/shared/spl/hi/pop_ups/08/sci_nat_enl_1231183229/html/1.stm


Num artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, Cientistas da Universidade de Roma indicam que a iguana "se separou" das outras espécies de iguana de Galápagos há cerca de 5,7 milhões de anos.

A iguana cor-de-rosa foi vista pela primeira vez por guardas florestais do arquipélago em 1986, nas encostas de um vulcão da ilha de Isabela. Mas só em 2000 a espécie começou a ser analisada por cientistas.

Foi a partir de estudos de iguanas, pintassilgos e tartarugas de Galápagos, em 1835, que o britânico Charles Darwin desenvolveu a teoria da evolução das espécies por seleção natural.

Darwin, no entanto, não chegou a conhecer a iguana cor-de-rosa.
Mas o cientista têm uma desculpa: "Darwin não encontrou esta espécie porque ficou nas Galápagos apenas cinco semanas, e não visitou o vulcão Lobo, na ilha Isabela, único lugar do arquipélago onde vive esta espécie.

A descoberta levanta dúvidas.

Os cientistas da Universidade de Roma reuniram provas que sugerem que esta iguana rosada não é uma variação das iguanas mais conhecidas de Galápagos, a amarela 'Conolophus subcristatus' e' Conolophus pallidus, mas sim uma espécie separada.

Além de apresentarem comportamentos diferentes e características externas bastante distintas - como o formato de suas cristas, por exemplo -, as duas espécies têm DNAs pouco semelhantes.
Gentile e seus colegas analizaram DNA do sangue de 36 exemplares de iguanas. As sequencias genéticas dos répteis rosa são muito diferentes das apresentadas pelas iguanas terrestes amarelas, Conolophus pallidus e Conolophus subcristatus. Segundo os cientistas, isso significa que a linha que levou às espécies de iguanas mais conhecidas divergiu daquela que gerou a espécie cor-de-rosa há cerca de 5,7 milhões anos.

Mas a descoberta leva a outra série de dúvidas.

"Este acontecimento é um dos mais antigos de diversificação entre espécies no cenário das Galápagos", disse Gentile ao LiveScience. Os tentilhões de Darwin terão sofrido diversificação muito mais tarde que a separação das linhagens das iguanas rosa e amarela.

"Naquela época, todas as ilhas do oeste de Galápagos não existiam", disse Gabriele Gentile, chefe da equipe de cientistas. "Trata-se de um enigma, porque agora a iguana rosa vive numa pequena parte da ilha de Isabela que se formou há menos de 500 mil anos."
Segundo Gentile, mesmo as partes mais antigas do arquipélago podem ter menos de 5 milhões de anos.

O cientista diz que a explicação pode residir no facto de alguns vulcões que agora estão no fundo do mar se encontrarem acima da superfície quando os primeiros iguanas marinhos chegaram, o que permitiu que alguns subissem para a terra firme e começassem uma evolução separada.

Segundo Gentile, existem menos de cem iguanas cor-de-rosa e a espécie está ameaçada de extinção.
Fonte da Notícia: LiveScience

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009: Ano Darwin


Charles Darwin revolucionou completamente a nossa forma de pensar e explicar a extraordinária diversidade biológica da terra. Depois de uma célebre viagem de cinco anos à volta do Mundo no Beagle, e de um longo período de reflexão elaborou a Teoria da Evolução. Nesta Darwin explica inequivocamente, como todas as espécies são aparentadas umas com as outras e apresenta um mecanismo explicativo para a sua evolução que designou por selecção natural.
Quase um século e meio após a publicação da sua obra prima, "A Origem das Espécies", é absolutamente notável como o seu pensamento se mantém tão actual.
Charles Darwin adoraria saber que o seu pensamento continua a ser para todos nós, uma fonte permanente de inspiração.
Comemorações do ANO DARWIN:
O Ano Darwin é comemorado internacionalmente. As comemorações deste ano Darwin em Portugal são realizadas pela Fundação Calouste Gulbenkia , através do seu serviço de Ciência. O projecto tem já o seu website (www.gulbenkian.pt/darwin/). Um dos colaboradores do projecto mantém um blog informal sob Darwin e Evolução em http://a-evolucao-de-darwin.weblog.com.pt/ , lançado no 199º aniversário de Darwin, a 12 de Fevereiro de 2008 (essa foi a data oficial de lançamento de quase todas as organizações internacionais, incluindo www.darwin200.org ).


Para comemorar o bicentenário do Nascimento de Charles Darwin e os 150 anos da publicação da "Origem das Espécies" a Fundação Calouste GulbenKian inaugura a 12 de Fevereiro de 2009 a exposição " A Evolução de Darwin".

A Exposição "A Evolução de Darwin" (Galeria de exposições temporárias da Fundação Gulbenkian, decorrerá de 12 de Fevereiro a 24 de Maio 2009). Trata-se duma exposição internacional com cerca de 1000 m2, incluindo uma colaboração com o American Museum of Natural History (que produzirá cerca de 30% da área da exposição replicando dois módulos da sua aclamada exposição "Darwin"- presentemente no Natural History Museum de Londres, Milão e Buenos Aires), e em que recriará todo o ambiente naturalista dos séculos XVIII e XIX, as etapas iniciais da vida deDarwin, a viagem do Beagle e a sua estadia em Londres, o longo período que viveu em Downe até à sua morte, incluindo a polémica da publicação da "Origem". Haverá uma ponte para o Evolucionismo actual, cobrindo as contribuições de Mendel, Morgan e os descobridores daestrutura do DNA e código genético, e em pano de fundo os fundadores da "síntese" que hoje se aceita e ensina (Fischer, Haldane e Sewall-Wright) bem como dos cientistas que fizeram a sua ponte unificadora com toda a Biologia (Dobzhansky, Mayr, Stebbins e Simpson). A exposição terminará com uma secção de "cartas a Darwin" escritas por cientistas contemporâneos, e uma galeria final de evolução. Ao longo deste traçado haverá elementos expositivos completamente originais, nomeadamente:

  • A entrada será decorada com as gravuras originais de Albertus Seba e objectos naturais originais da época.



  • Far-se-á a reconstrução do gabinete de curiosidades naturais de Ole Worm, executado pela Fundação Ricardo Espírito Santo, e recheada com exemplares de muitos museus portugueses.



  • Todo o período pré-Darwin será ilustrado incluindo objectos originais provenientes de vários museus em Portugal,Espanha e França, e inclui um exemplar original do Systemae Naturae de Lineu, a colecção de Conchas originais de Lamarck, um esqueleto de Ibis original de Cuvier, uma múmia egipcia de Ibis do Museu de Arqueologia de Lisboa, e objectos contemporâneos, como um módulo interactivo que trata a sucessão geológica, o tempo da Terra e a sucessão de fósseis, bem como outro módulo interactivo com videos tipo "morph" que tratam a questão das homologias primeiro propostas por Cuvier de grande impacto visual.



  • Na ilustração do jovem Darwin haverá duas peças únicas no mundo: uma reconstrução de Darwin jovem (16-18 anos) feita pelo atelier Daynes (http://www.daynes.com/) talvez o mais reputado atelier de reconstruções anatómicas-cientificas do mundo e uma reconstrução do Beagle feita no Museu da Marinha em Lisboa, que deve ser a melhor e mais realista já feita desta barco(cerca de dois metros de comprido).



  • Será montada uma galeria externa no jardim, onde o Zoo de Lisboa fará a recriação física de alguns ambientes que Darwin visitou na viagem do Beagle, com animais e plantas vivas, acompanhadas de citações do diário de viagem de Darwin.



  • Conjunto de mapas originais de Fitzroy, cedidos pelo almirantado do Reino Unido; haverá ainda o empréstimo de um livro de notas original de Darwin, o primeiro da viagem no Beagle, aberto em Cabo Verde.



  • Os módulos do Beagle e Londres foram produzidos fisicamente sob a supervisão do American Museum of Natural History, e serão idênticos, embora de melhor qualidade, dos que equipam a exposição americana, actualmente no Natural History Museum em Londres. Detalhes destes módulos nos sites dos respectivos museus (http://www.amnh.org/ ou http://www.nhm.ac.uk/).



  • O módulo de Downe incluirá instalações e peças artísticas únicas sobre algumas das obras originais de Darwin, e um módulo com toda a correspondência original de Darwin com o naturalista português Arruda Furtado (incluindo o livro de Wallace sobre biogeografia que Darwin ofereceu e dedicou a Furtado), bem como os videos originais do American Museum of Natural History sobre a vida de Darwin e Evolução. Incluirá ainda uma re-interpretação expositiva do laboratório de Darwin, que misturará videos, pontos interactivos, com orquídeas e trepadeiras vivas.



  • Os módulos sobre Mendel (com as linhas de ervilha originais vivas) e Morgan (com moscas vivas) serão completamente originais. Inclui um projecto arquitectónico que representará o DNA como escada, um projecto do arquitecto britânico Geoffrey Packer, que incluirá pela primeira vez um "escorrega" de RNA.



  • Os módulos dos "sintese" contarão com icones diversos e jogos de computador que utilizam as equações originais de selecção e "drifting" de Haldane e Sewall-Wright, bem como alguns princípios estatísticos de Fischer.



  • Esta parte terminará com uma zona de "cartas a Darwin" escritas por cientistas contemporâneos.



  • O módulo final incluirá três "time-lines", com as diferentes escalas do tempo, incluindo uma linha de evolução biológica iludstrada com alguns dos melhores fósseis existentes em museus nacionais, a evolução humana, com réplicas dos crâneos mais representativos, e outra "premiere" mundial, produzida juntamente com Londres, um vídeo sobre a árvore da vida, feito pelo Welcome Trust e narrado por Sir David Attenborough.

Estão ainda planeadas:

-Uma série de conferências "No Caminho da Evolução", pensada para um público jovem, estudante, com jovens cientistas oradores nacionais. Iniciou-se em Outubro e terminará em Janeiro com intervenção de Eugénia Cunha, antropóloga da Universidade de Coimbra. Tem havido sistematicamente casa cheia (700-1000 pessoas) e vários milhares em live broadcast (http://live.fccn.pt/fcg/).



-Um Concurso "De Regresso às Galápagos" para alunos do secundário e 3º ciclo (até 5 Janeiro, ver webpage).

-Um Programa de conferências "Darwin's Evolution". Série internacional (com tradução simultânea), com alguns dos maiores nomes mundiais em Darwin da evolução. Decorrerá entre Fevereiro e Maio, concomitantemente com a exposição.

Fonte da Notícia: De Rerum Natura e Fundação Calouste Gulbenkian