quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

"MISTÉRIO" DOS BIGODES DOS RATOS


Neurocientistas do MIT desvendam «mistério» dos bigodes dos ratos
Estudo sobre a percepção publicado hoje na Neuron



Imagine-se um pau a percorrer uma paliçada de estacas de madeira. A frequência das vibrações provocadas dependem do espaço entre as estacas, do comprimento e flexibilidade do pau e da velocidade imprimida a este movimento. É assim que funciona a percepção dos ratos, diz uma equipa de neurocientistas do MIT. De acordo com o estudo publicado hoje na revista científica "Neuron", está dado o passo que faltava para a compreensão dos sistemas de percepção do homem e de todas as espécies. A equipa conseguiu pela primeira vez captar o processo de transmissão da informação sensorial recolhida pelos bigodes ao cérebro. Um vídeo capturado através de uma câmara de alta velocidade (3200 frames por segundo), mostra como é que os ratos utilizam os bigodes para explorar as superficies.

Ver video

(Foto e vídeo: cortesia de Jason Ritt, do McGovern Institute for Brain Research, MIT)
Fonte: Ciência Hoje em 2008-02-28

FAST-FOOD

Fast-food” aumenta taxa de ALT e níveis de HDL
Estudo apresentado na revista da “British Medical Association”

Comer "fast-food" durante um mês pode revelar-se devastador para o fígado, aumentando, de modo preocupante, a taxa da enzima alanina aminotransferase (ALT), mas, ao invés, aumenta os níveis de HDL ou "bom colesterol", revela um estudo publicado na revista da British Medical Association (BMA).

Investigadores da Universidade de Linkoping, na Suécia, pediram a 12 homens e seis mulheres, de 30 anos, magros e saudáveis, que consumissem duas refeições diárias num restaurante de comida rápida durante um mês. Foi-lhes solicitado também que limitassem a sua actividade física.

Os resultados foram surpreendentes: Um dos voluntários foi excluído do estudo porque a taxa de ALT era dez vezes superior à normal, indicou Frederik Nystrom, um dos autores da investigação. Do mesmo modo, em 11 dos 18 inquiridos, incluindo os que nunca tinham ingerido bebidas alcoólicas, os níveis de ALT atingiram um estado normalmente associado a problemas no fígado.

A taxa de ALT indica problemas variados e sérios no fígado, nomeadamente, consumo excessivo de álcool, acumulação de gordura no fígado (esteatose ou estatohepatite não alcoólica), hepatite C, hepatite B.

Contudo, o estudo também concluiu que "a taxa de colesterol HDL aumentou verdadeiramente durante quatro semanas" e que existe uma "ligação entre o aumento das gorduras saturadas e a subida da taxa do bom colesterol".

Fontes: Lusa e Imprensa Internacional
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
19 de Fevereiro de 2008

Arca de Noé das plantas nasce hoje junto ao Árctico


Com uma colecção inicial de 250 mil amostras de sementes - um sexto da sua capacidade total - o Banco Global de Sementes de Svalbard é hoje inaugurado numa pequena ilha do arquipélago norueguês de Svalbard, no círculo polar Árctico. Já lhe chamaram a "arca de Noé da plantas" e, de forma mais dramática, "cofre-forte do juízo final". Dramatismos à parte, e de acordo com o espírito do seu principal mentor, Cary Fowler, do Global Crop Diversity Trust e, da própria ONU, que apadrinhou o projecto, este banco será sobretudo a memória viva dos dez mil anos da história humana na agricultura.Construído no interior de uma montanha gelada, a 120 metros de profundidade, e a mil quilómetros do Pólo Norte, esta arca de Noé das plantas, que hoje arranca com a presença do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e da Nobel da Paz Wangari Mattai, não é um banco de sementes como os outros.Actualmente, há pouco mais de mil bancos de sementes no mundo. São arquivos regionais, ou nacionais, uns mais completos que outros, mas nenhum global como este. O de Svalbard será uma memória universal e contará com uma amostra de cada variedade e de cada espécie agrícola hoje existente no mundo. Embora não se saiba exactamente quantas espécies agrícolas diferentes existem a nível global, os números mais aceites andam entre 1,2 e 1,5 milhões. Com capacidade para o dobro, o banco de Svalvard é virtualmente inesgotável.Promovido por uma organização internacional que se dedica à preservação genética de plantas agrícolas, a Global Crop Diversity Trust, dirigida por Cary Fowler, o banco universal de sementes "preservará a biodiversidade das espécies e variedades agrícolas, o que permitirá restabelecer a agricultura no futuro, se houver uma catástrofe global, como uma guerra nuclear ou um desastre climático", explicou Fowler ao DN, no ano passado, sublinhando que essa não é "a única razão". Este banco será acima de tudo um arquivo de segurança. "Nos últimos anos", notou Fowler, "se este banco já existisse tê- -lo-íamos usado pelo menos uma dúzia de vezes para repor a espécie no país do origem. Por exemplo, em Setembro de 2006, as Filipinas ficaram com o seu banco de sementes quase todo destruído quando o país foi atingido por um tufão". A partir de hoje, a solução para um problema deste tipo estará em Svalbard.
Fonte Diário de Notícias Filomena Naves em 26-02-08

Montanhas do Pólo Sul da Lua

As altas montanhas do Pólo Sul da Lua
Região considerada favorável para descida é muito acidentada

Mapa digital das elevações do Pólo Sul da Lua (imagem NASA)

Uma região do Pólo Sul da Lua que tem sido considerada um possível ponto de descida para missões tripuladas ou robóticas é muito mais acidentada do que se julgava, revelou hoje a NASA.

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Imagem virtual da cratera Shackelton (imagem NASA - clique para ampliar)

A região caracteriza-se por grandes elevações e crateras profundas, segundo imagens captadas pelo sistema de radares do complexo de Goldstone, no deserto de Mojave (Califórnia). Trata-se das imagens mais precisas, de 20 metros por píxel, conseguidas até hoje de uma zona próxima da cratera Schackleton, no pólo sul lunar, refere a NASA.

Esta zona, que poderá conter quantidades importantes de água no estado sólido, é considerada o mais provável ponto de descida numa futura missão tripulada ao satélite natural da Terra. No entanto, "tem elevações de 6.200 metros e depressões quatro vezes mais profundas do que o Grande Canyon" do rio Colorado, disse Doug Cooke, administrador adjunto do directório de sistemas de exploração da NASA.

Segundo Scott Hensley, do Laboratório de Propulsão por Jacto (JPL) da NASA, as imagens captadas pelo sistema de radares permitem ver características do terreno tão pequenas como uma casa. As imagens anteriores daquela zona do pólo sul lunar tinham sido obtidas pela sonda espacial Clementine com uma resolução de um quilómetro por píxel.

As novas imagens são 50 vezes mais detalhadas, segundo a NASA, mas será possível observar ainda melhor a zona quando se der a aproximação, no final do ano, da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter. Essas imagens terão uma resolução de um metro por píxel, o que ajudará a NASA a identificar locais com melhores condições para uma descida.

Fonte: Ciência Hoje em 2008-02-28

SUBSTITUTO PARA PLUTÃO


Já há substituto para Plutão
Simulações informáticas sugerem existência de mais um planeta no Sistema Solar

Ainda não há luz no fundo do Sistema Solar mas cientistas japoneses dizem que dentro de dez anos será confirmado um novo planeta

Cálculos teóricos baseados em simulações informáticas apontam para a existência de mais um planeta, o nono, nos confins do Sistema Solar, afirmam cientistas da Universidade de Kobe (oeste do Japão) hoje citados na imprensa nipónica.

"É muito provável que evolua na fronteira do nosso sistema solar um verdadeiro planeta com 30 a 70 por cento da massa da Terra", dizem os cientistas. Na sua perspectiva, esse planeta misterioso, que corresponderia à nova definição adoptada em 2006 pela União Astronómica Internacional (UAI), "poderá ser descoberto dentro de dez anos, o mais tardar, se forem realizadas investigações em grande escala".

O planeta, situado a 12.000 milhões de quilómetros da Terra, gira em torno do Sol numa órbita elíptica cada 1.000 anos, num plano inclinado de 20 a 40 graus, segundo cálculos realizados pelos cientistas a partir de efeitos gravitacionais observados em Neptuno.

O estudo da equipa de investigadores, dirigida pela pelo professor Tadashi Mukai, será publicado em Abril no Astronomical Journal, editado pela Sociedade Astronómica Americana. A hipótese da existência deste "planeta X" surge depois da comunidade astronómica mundial ter decidido em 2006 excluir Plutão da lista dos planetas de pleno direito do Sistema Solar.

Descoberto em 1930 pelo astrónomo norte-americano Clyde Tombaugh, Plutão foi despromovido para a categoria de "planeta anão" por não corresponder à nova definição, mais restritiva, adoptada pela UAI. Plutão foi desclassificado ao abrigo dessa definição por não ter criado um vazio na sua órbita e transitar na cintura de Kuiper, entre numerosos detritos cósmicos.

Além disso, o seu tamanho é muito menor do que o da Terra, e mesmo que o da Lua, e a inclinação da sua órbita não é semelhante à da Terra, nem à dos outros sete planetas do Sistema Solar. Os oito planetas do Sistema Solar plenamente dignos desse nome são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Fonte: Ciência Hoje em 2008-02-28

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

ROBÔS

Robôs de busca e salvamento, aeronaves não tripulados e robôs humanóides
Mostra robótica junta tecnologia de ponta e público em geral no Dolce Vita Porto
Robôs terrestres de busca e salvamento, aeronaves não tripuladas para detecção de fogos florestais e monitorização em ambiente marinho e partidas de futebol robótico entre robôs humanóides, são as principais atracções da mostra Robótica organizada pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) no Dolce Vita Porto. De 29 de Fevereiro a 2 de Março, adultos e crianças são convidados pelo Laboratório de Sistemas Autónomos do ISEP a observar e experimentar robôs móveis, com o objectivo de divulgar o o que de melhor se faz no país e no mundo nesta área.

Segundo a organização, a mostra pretende dar a conhecer as potencialidades emergentes da robótica, desconhecidas da generalidade do público, como as vantagens para monitorização ambiental, prevenção de fogos florestais e capacidade de intervenção em situações de busca e salvamento ou cenários de recuperação de catástrofes.

Enquadrada no ciclo de exposições organizadas pelo ISEP no Dolce Vita Porto, que vai decorrer em diferentes fins-de-semana até Abril, a iniciativa arranca na próxima sexta-feira com desafios para todo o tipo de público, que vai poder observar mas também interagir com tecnologia de topo como as aeronaves não tripuladas do programa FALCOS para detecção remota de fogos florestais e monitorização em ambiente marinho, os veículos marinhos ROAZ, ROAZ II e ROVs (veículos operados remotamente) para missões de segurança e monitorização ambiental, robôs terrestres LINCE de exploração remota e busca e salvamento.

De acordo com a organzação, um dos pontos altos da mostra será um desafio de futebol robótico entre robôs jogadores de futebol da equipa ISePorto, entre os quais se destacam robôs humanóides.

Com esta iniciativa, o Laboratório de Sistemas Autónomos (LSA), um laboratório de Automação e Robótica integrado no Departamento de Electrotécnica do ISEP, visa dar a conhecer ao público em geral e de forma participada as aplicações emergentes da robótica e a sua mais-valia para a gestão diária e de situações de crise que afectam as populações.

Fonte: Ciência Hoje em 2008-02-26

UM SÓ CABELO


Um só cabelo pode permitir a identificação de vítimas de homicídio
Um só cabelo permite saber onde estava alguém há semanas

Um só cabelo é suficiente para reconstituir os movimentos de uma pessoa nos Estados Unidos, graças a um novo teste que poderá permitir à polícia verificar os álibis ou identificar as vítimas de homicídios, revela um estudo.

Com a ajuda de simples amostras de água da torneira e restos de cabelos recolhidos nos cabeleireiros de todo o país, investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, conseguiram pôr em evidência diferentes químicos, suficientemente significativos para servir de marcadores geográficos.

Thure Cerling, de Utah, liderou investigação
O estudo, publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Procedimentos da Academia Nacional das Ciências, em tradução livre), revela que 85 por cento das variações de isótopos de hidrogénio e oxigénio nos cabelos de uma pessoa se devem a diferentes composições da água potável.

Um só fio de cabelo pode, por exemplo, permitir a determinação do lugar onde se encontrava uma pessoa há semanas, e mesmo anos, consoante o comprimento do cabelo e o tempo em que caiu.

A equipa de investigadores, liderada pelo geoquímico Thure Cerling, elaborou um mapa com diferentes rácios de isótopos de hidrogénio e oxigénio presentes nos cabelos, que, apesar de não permitirem determinar com precisão lugares, possibilitam identificar diferentes áreas geográficas.

O mapa já permitiu, inclusive, reconstituir o itinerário de uma vítima de homicídio, não identificada, que foi encontrada, há oito anos, no Estado do Utah. Uma amostra dos seus cabelos revelou que a vítima, uma mulher, passou os últimos dois anos da sua vida entre os estados de Idaho, Montana e Wyoming e, possivelmente, Washington e Oregon.

A técnica poderá também ser utilizada pelos médicos para determinar os sintomas associados ao agravamento de doenças alimentares ou pelos antropólogos e arqueólogos que procuram reconstituir as migrações das populações ou animais desaparecidos, segundo os cientistas.
Fonte: Ciência Hoje

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Bola de espuma toca música experimental no Porto
Projecto iAVi, de Simão Costa, junta ciência e música para um estudo sobre o comportamento humano


Uma bola de espuma com 30 centímetros de diâmetro suspensa por um elástico podia à partida servir para muitas coisas. Acrescentem-se sensores que permitem a produção musical através do toque e tem-se um instrumento musical, de características inéditas, pronto para aguçar a curiosidade de do público. O projecto iAVi, de Simão Costa, vai ser apresentado no próximo sábado, 1 de Março, na Galeria Fernando Santos, na Rua Miguel Bombarda no Porto. A partir das 16h30, o público vai poder interagir com a bola musical e dar largas à imaginação. O projecto visa perceber como é que os eventos sonoros afectam as pessoas tanto ao nível psicológico como físico.

O instrumento experimental reage automaticamente ao toque, reproduzindo sob a forma de som e imagem os estímulos que recebe. Os sensores instalados no interior da bola permitem que o computador "veja" e "ouça" o que o público está a fazer e que se recolha informações sobre o comportamento das pessoas.

De acordo com a organização, o público vai poder controlar o comportamento da bola através de botões instalados no chão, que permitem viajar através dos conteúdos memorizados pelo dispositivo electrónico montado no interior da bola e criar material audiovisual único.

O projecto de Simão Costa, com o nome "instalações Áudio Vídeo interactivas" (iAVi), tem por objectivo estimular a curiosidade pela música experimental e estudar o relacionamento do ser humano com o som em espaços públicos. Prromovido pela agência Ciência Viva e pela Direcção-Geral das Artes, o projecto conta já com meses de investigação sobre a forma como as pessoas se relacionam com o som em diferentes contextos.

O projecto iAVi insere-se no Programa Rede de Residências: Experimentação Arte / Ciência e Tecnologia, sendo o INESC Porto uma das entidades que acolhe os artistas. De acordo com o INESC esta iniciativa confirma a missão da associação em promover a interdisciplinaridade entre arte e ciência, uma vez que o programa visa directamente estimular a sinergia de trabalho e investigação entre as duas áreas.

Ao longo do projecto, Simão Costa concluiu que a disponibilidade e o interesse por conteúdos experimentais ao nível da música não está directamente relacionado com o nível cultural ou de instrução das pessoas e que os eventos sonoros influenciam os comportamentos das pessoas psicologicamente mas também num plano físico, imediato e altamente intuitivo.
Fonte: Ciência Hoje





segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Cientistas descobrem Krill antárctico a três mil metros de profundidade

Cientistas descobrem krill antártico a três mil metros de profundidade
Expedição na Península Antárctica revela que a espécie afinal não vive apenas à superfície

Investigadores dizem que a população de krill antárctico diminuiu 80 por cento nos últimos 30 anos (créditos: British Antarctic Survey)

Uma equipa de cientistas britânicos descobriu um habitat de krill (nome colectivo dado a um conjunto de espécies de animais invertebrados semelhantes ao camarão) antárctico a três mil metros de profundidade, nas águas da Península Antárctica. Até agora os investigadores pensavam que o Euphausia superba, um crustáceo parecido com o camarão, só vivia na camada superior do oceano.


ROV permitiu observação exaustiva a 3000 metros de profundidade
Segundo os responsáveis, encontrar uma população activa, a alimentar-se e em pleno período de desova quase no fundo do mar, altera completamente o conhecimento sobre a maior fonte de alimento para peixes, lulas, pinguins, focas e baleias da região.

OA descoberta, publicada esta semana na revista científica "Current Biology", foi coordenada por cientistas do British Antarctic Survey (BAS) e do National Oceanography Centre (NOCS), em Southampton. No relatório, a equipa descreve a mais-valia de um robot de imersão controlado à distância (RoV) na identificação e observação de habitats a grandes profundidades.

"Esta nova descoberta corrige de forma significativa o nosso conhecimento sobre a distribuição e ecologia do krill antártico em profundidade", disse Andrew Clarke, do BAS. "Foi uma surpresa poder observar krill adulto a alimentar-se activamente, incluindo fêmeas que estavam perto do período de desova".

O krill antárctico pode crescer até aos 6 centímetros e vive entre 5 e 6 anos. Os biólogos dizem que esta espécie é uma das maiores fontes de proteínas do planeta e que pode ser pescada com facilidade para consumo doméstico. O peso total do krill antárctico está calculado entre 50 e 150 milhões de toneladas.

Os cientistas estão a investigar a espécie desde o início do século XX. Até aqui, campanhas oceanográficas com técnicas de eco-som e recolha de amostras sugeriam que o grosso da população estava confinada aos 150 metros superiores da coluna de água

"A possibilidade de utilizar o RoV nas águas profundas da Antárctica deu-nos uma oportunidade única de observar o krill e descobrir a diversidade de animais que vivem no fundo do mar, entre os 500 e os 3500 metros de profundidade", disse Paul A. Tyler do NOCS. "Estas observações são importantes porque além de podermos ver estas espécies podemos identificar as suas relações individuais e a sua relação com o meio envolvente".

De acordo com os investigadores, esta descoberta revela que o comportamento dos organismos marinhos, mesmo os mais primitivos, pode ser mais complexo e variado do que anteriormente se pensava. "Ainda temos muito a aprender sobre as profundezas do mar e da importância da sua exploração na tentativa de conhecer melhor o mundo em que vivemos", salientaram.

De acordo com os investigadores, a população de krill antárctico diminuiu 80 por cento desde os anos 1970. A explicação para este declínio pode estar no descongelamento do gelo do mar, uma vez que a espécie se alimenta de algas encontradas na superfície gelada. A temperatura média na Península Antárctica aumentou 2,5ºC nos últimos 50 anos. Segundo os cientistas, ainda não se percebe exactamente a relação entre a diminuição do gelo do mar e o aquecimento mas a explicação poderá ser a mesma para o declínio da espécie.


Fonte: Ciência Hoje

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Obesidade infantil pode ser genética




Estudo britânico sugere que a obesidade infantil por estar na carga genética e não no estilo de vida

A pesquisa foi publicada na revista American Journal of Clinical Nutrition, comparando 5 mil pares de gémeos idênticos e não idênticos, chegando à conclusão de que 77% das diferenças entre os níveis de índice de massa corporal (IMC), bem como o perímetro da cintura, eram determinadas pelos genes.

Segundo os cientistas, os estudos efectuados em gémeos são uma excelente forma de avaliar como a carga genética ou o meio afectam o desenvolvimento das pessoas, pois os gémeos idênticos possuem os mesmos genes, ao invés dos gémeos não idênticos que dividem metade da carga genética.

No entanto, devido ao facto de eles nasceram ao mesmo tempo e crescerem no mesmo ambiente, provavelmente têm os mesmos hábitos alimentares, o que permite aos investigadores avaliar o quanto que dessa diferença é atribuída aos genes ou ao meio.

"É errado culpar os pais pelo excesso de peso das crianças porque é mais provável que o problema seja genético", afirmou Jane Wardle, coordenadora do estudo.

A investigadora fez, no entanto, questão de salientar que os resultados da pesquisa não significam que uma criança com pré-disposição genética para a obesidade se torne obesa. Importante, sim, é proporcionar-lhes uma dieta saudável de forma a protegê-las contra o risco da doença.

Estima-se que na Europa uma em cada cinco crianças tenham excesso de peso, sendo que em Portugal, 11,3% das crianças com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos são obesas.


Fonte: Farmácia .com.pt.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

COM OS OLHOS POSTOS NO CÉU

Dia 21/02/2008 - Eclipse total da Lua
Um eclipse da Lua ocorre sempre que o nosso satélite passa pelo cone de sombra projectado pela Terra no espaço. Os eclipses lunares só podem ter lugar quando a Lua atinge a fase de Lua cheia, ou seja, quando se encontra no lado oposto ao Sol.


O NUCLIO vai efectuar o acompanhamento deste eclipse a partir do observatório astronómico do Instituto Geográfico do Exército, em Lisboa (Av. Dr. Alfredo Bensaúde, Olivais Norte) onde estarão alguns astrónomos com telescópios para acompanhar este bonito fenómeno da natureza.

Caso as condições meteorológicas o permitam, na madrugada da próxima quinta-feira, 21 de Fevereiro, a entrada é livre, a partir das 00h45 e até ao fim da totalidade, cerca das 04h00. As efemérides deste eclipse podem ser consultadas no Portal do Astrónomo.

Podes acompanhar todas as fases de um eclipse total da Lua, conforme indicado:

P1 - Entrada da Lua na penumbra - 21.02.2008 às 00h 36m
U1 - Entrada da Lua na sombra - 21.02.2008 às 01h 43m
U2 - Início do eclipse total - 21.02.2008 às 03h 00m
M - Máximo do eclipse - 21.02.2008 às 03h 25m
U3 - Fim do eclipse total - 21.02.2008 às 03h 50m
U4 - Saída da Lua da sombra - 21.02.2008 às 05h 07m
P4 - Saída da Lua da penumbra - 21.02.2008 às 06h 15m
Desejamos-te uma boa observação do eclipse

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão, um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. O significado deste aumento de temperatura é objecto de análise por parte dos cientistas. Causas naturais ou responsabilidade humana?

Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes de origem humana na atmosfera é causa do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos retêm uma parte dessa radiação que seria reflectida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.

Denomina-se efeito de estufa à absorção, pela atmosfera, de emissões infravermelhas impedindo que as mesmas escapem para o espaço exterior.

(Clica na imagem para ver a animação)


O efeito de estufa é uma característica da atmosfera terrestre, sem este efeito a temperatura seria muito mais baixa. O desequilíbrio actual acontece porque este efeito está a aumentar progressivamente.

Os principais gases causadores do efeito de estufa são o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) e CFCs (clorofluorcarbonetos). Actualmente as suas concentrações estão a aumentar. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera aumenta devido à sua libertação através da indústria, transportes e pela desflorestação (as plantas retiram o dióxido de carbono da atmosfera).

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados mostram que o aumento médio da temperatura foi de 0.5 ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000.

Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas que estão a diminuir, do aumento do nível global dos mares, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo. Maiores períodos de seca, furacões mais intensos e inundações são cada vez mais frequentes.

O Protocolo de Quioto visa a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Contudo os EUA, o maior poluidor mundial, ainda não assinou esse protocolo.

A propósito deste assunto veja a entrevista de James Hansen.


Fonte: Centro de Competência Malha Atlântica.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

CEBOLA SEM LÁGRIMAS



Já não vai ser preciso tanto

Cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que "não faz chorar", ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz a reacção, noticia hoje a imprensa britânica. Um dos autores da investigação, Colin Eady, afirma que a descoberta poderá acabar com um dos maiores enigmas da cozinha, o da relação entre a cebola e as lágrimas.

O instituto de investigação neo-zelandês Crop and Food recorreu a tecnologia australiana de silenciamento de genes neste projecto, que começou em 2002, depois de cientistas japoneses terem identificado o gene responsável pela produção da enzima lacrimogénea

"Pensávamos que o agente lacrimogéneo era produzido espontaneamente pelo corte das cebolas, mas eles (os cientistas japoneses) provaram que era controlado por uma enzima", referiu Eady. A enzima é libertada com o corte da cebola e desencadeia uma cadeia de reacções químicas de que resulta a formação de um irritante que estimula as glândulas lacrimais dos olhos e provoca as lágrimas.

"A tecnologia de silenciamento de genes cria uma sequência que desliga o gene indutor das lágrimas na cebola, impedindo-o de produzir a enzima", explicou. O cientista reconheceu que o sabor do bolbo poderá ser afectado pela alteração da sua composição genética, mas espera que possa ser melhorado numa fase posterior da investigação.

"O que esperamos é ter essencialmente muito dos aromas agradáveis e doces das cebolas, sem o amargo associado ao factor lacrimogéneo", adiantou. Mas apesar da expectativa que a descoberta possa criar no público, a maioria dos cozinheiros terá de esperar 10 a 15 anos para poder picar cebolas sem chorar, preveniu o cientista.
Fonte: Ciência Hoje

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

GUERRA AO AQUECIMENTO GLOBAL

O aquecimento global é um problema de todos nós. Também é teu.
A solução do problema está nas tuas mãos. Podes começar a actuar desde já. Basta seguires algumas das sugestões apresentadas na imagem.
Aproveita e treina o teu Inglês.

Fonte: Oceanário de Lisboa - http://www.oceanario.pt/